quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

[Sochi] Pares


Pares é a disciplina que menos acompanho na patinação. É aquela dispensável, a que eu deixo de assistir quando o streaming está ruim ou o horário não ajuda. Consequentemente, muito do que assisti ontem e hoje foi novidade para mim.

Com exceção dos veteranos, vi poucas caras conhecidas. E percebi que ter assistido as apresentações de alguns na competição por equipes me fez gostar mais deles. Fiquei bem triste pelos erros dos italianos Berton/Hotarek e vibrei pela boa apresentação dos americanos Castelli/Shnapir, assim como gostei do desempenho dos chineses Peng/Zhang no curto e sofri com os erros do longo (e fiquei surpresa ao perceber que o Zhang da dupla é o mesmo Zhang da dupla Zhang/Zhang. Eu gostava deles).

Gostei bastante dos programas dos canadenses Duhamel/Radford, com vários movimentos originais. Também gostei dos outros canadenses, Moore-Towers e Moscovitch, com um programa curto divertido e um longo bonito.

Pang/Tong são meus preferidos sentimentalmente. Conheci e comecei a gostar deles no mundial de 2005, o mundial em que eu mais vibrei e torci fanaticamente. Gostei da graciosidade e leveza deles. Depois, com meu acompanhamento esparso dos pares, não segui a carreira deles com atenção, mas fico contente em vê-los ainda em ação. Nessa olimpíada eles apresentaram programas fortes e bonitos, mas cometeram pequenos erros e acabaram ficando em quarto. É uma pena, e tem gente que achou o resultado discutível, mas eu achei justo. Por mais que eu fique com aquela sensação meio amarga, pois essa provavelmente será a última olimpíada deles (e talvez a última competição), acho que eles podem ser orgulhar dessa participação.

Savchenko/Szolkowy são meus preferidos "conceitualmente". Gosto da ousadia deles, da criatividade nos programas e dos figurinos de gosto duvidoso. Eles foram bem no curto (ainda assim, 4 pontos abaixo de V/T), mas no longo o Robin caiu em um salto e eles arriscaram no triple axel lançado e caíram bem no finalzinho. Eu esperava que eles conseguissem a prata, mas não deu.

Eis alguns modelitos que eles já usaram:


























Lindos, não? (eu gosto dos de palhaço, até).

O casal russo Stolbova/Klimov me surpreendeu com uma apresentação bem segura, acertando todos os elementos, e um programa interessante.

E Volosozhar/Trankov venceram com 18 pontos de vantagem. Tecnicamente eles foram ótimos, mas ainda acho os PCS que eles recebem exagerados. Não gosto muito do programa curto deles e acho o longo beirando o ruim/chato, achei as notas muito infladas e me junto ao povo que reclama e reclama sem entender muito bem aos critérios da avaliação. Mas tudo bem.

Amanhã começa o masculino e acaba esse meu afastamento emocional que prevalece até agora (ou não prevalece, há). Amanhã começa o sofrimento pra valer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário