sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Desafio literário 2013

Mais um desafio literário e mais uma vez eu fico pensando "ah, não vou participar, isso acaba prendendo minhas leituras etc.", mas na hora que os temas são anunciados, fico louca fazendo minha lista, hahaha.

Bom, então aqui está a minha lista rascunho, mais com opções de leitura do que com escolhas definitivas. Se alguém tiver sugestões, eu aceito! Se alguém quiser sugestões, pode pedir!


Janeiro - Tema Livre

Para aproveitar o tempo junto da família e dos amigos com muita leitura, o tema é livre! Aproveitem para escolher obras que, por algum motivo, não foram lidas no ano que se foi. Releituras não valem, pois o propósito maior do DL é desencalhar os livros daquela lista básica de leituras pendentes – que não para de crescer nunca.

Hora de desencalhar os livros comprados/emprestados, viva!

Fevereiro - Livros que nos façam rir

No mês da alegria e da folia, está valendo quaisquer obras que despertem o riso pela comicidade presente no enredo.

- Tristram Shandy - Laurence Sterne (detalhe: eu comecei a ler esse livro há aproximadamente um mês, mas no meu ritmo de leitura, fevereiro é um bom prazo para terminá-lo xD)
- Qualquer Terry Pratchett que eu tiver em mãos
- Cândido - Voltaire

Março - Animais protagonistas

Após as festas de fim de ano e o carnaval, quando a vida é retomada de fato, devemos ler obras cujos personagens protagonistas são os animais. Vale dizer que eles podem até compartilhar a posição de personagem principal com outros personagens humanos, mas nunca estando em menor destaque.

- Eu sou um gato - Natsume Soseki (não gostei muito do E Depois, mas vou dar uma nova chance ao autor; esse livro parece mais legal)
- O leão e o chacal mergulhador (vale fábula, né?)

Abril - Uma ou mais das quatro estações no título

Se a tendência é Outono/Inverno ou Primavera/Verão, não importa. A moda da vez é ler obras que contenham no título uma ou mais das quatro estações do ano.

- Verão - Coetzee
- O outono do patriarca - Gabriel Garcia Marquez

Maio - Livros citados em filmes

Literatura e Cinema são tão intrínsecos! Para quem é cinéfilo, não será tão difícil escolher as obras citadas em filmes; para quem não o é não há motivo para preocupação. Nossa equipe irá preparar uma lista especial para atender aos objetivos não só deste mês como também de todo DL.

Esse eu ainda não sei. Não assisto muitos filmes e os que assisto não são lá muito de ficar citando coisas... Sugestões?

Junho - Romance Psicológico

No Brasil, o romance psicológico mais famoso é Dom Casmurro, de Machado de Assis. Até hoje, paira dúvida se Capitu traiu Bentinho. Este gênero literário, portanto, caracteriza-se por ressaltar a mente humana. O meio ambiente em que se passa a história é irrelevante se comparado ao pensamento e ao comportamento dos personagens, cuja intimidade é revelada pelo agir e sentir.

- Os ratos - Dyonelio Machado (quero ler isso livro faz um tempão, mas sempre deixo para depois, então ele é a prioridade do mês)
- Ratos - Gordon Reece
- A paixão segundo GH - Clarice Lispector
- A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
- O agente secreto - Joseph Conrad
- Algo do Philip Roth

Muitas opções, livros mais densos e mês péssimo para leituras. :/

Julho - Cor ou cores no título

Férias é tudo de bom para quem pode! Pena que o tempo no inverno é acinzentado, né? Então aproveitem o tempo livre embaixo do edredom e com muita leitura. Neste mês só está valendo obras que contenha no título cor ou cores.

- O caderno vermelho - Paul Auster 
- A menina do capuz vermelho - Angela Carter

- O dia em que troquei o meu pai por dois peixinhos vermelhos - Neil Gaiman

- O roubo do elefante branco - Mark Twain
- Nascido em um dia azul - Daniel Tammet
- Olhos de cão azul - Gabriel Garcia Marquez
- O cão amarelo - Georges Simenon
- Antes do baile verde - Lygia Fagundes Telles
- A casa verde - Mario Vargas Llosa
- Meu nome é vermelho - Orhan Pamuk

Fui jogando nomes de cores na busca do skoob e marcando tudo que achei legal, haha. Foi bom ver que tem tantas opções, porque esse era um tema que estava me dando dor de cabeça.

Agosto - Vingança

A vingança é o ato de agir contra uma pessoa em resposta ao que ela tenha feito de prejudicial, de modo que ela sinta na pele o que se passou e que não repita mais a ação nociva. É o famoso “Olho por olho, dente por dente”. Neste mês, devemos nos deliciar com obras cuja trama seja a da vingança.

- O cigano - Stephen King
- Carrie - Stephen King
- A letra escarlate - Nathaniel Hawthorne

Peguei das sugestões do DL mesmo...

Setembro - Autores Portugueses Contemporâneos

O ícone maior da literatura portuguesa é, sem dúvida, José Saramago – o único a receber o Prêmio Nobel. Mas que tal descobrirmos outros talentos literários de Portugal? Neste mês, então, devemos ler obras de autores portugueses contemporâneos. Com certeza, haverá grandes revelações literárias!

- A máquina de fazer espanhóis - Valter Hugo Mãe
- O dia dos prodígios - Lídia Jorge (deveria ter lido para a faculdade, mas não passei das primeiras páginas, rs)
- Algo da Teolinda Gersão

Outubro - Histórias de superação

Quem sobrevive a grandes tragédias ou a graves doenças, comumente, relata sua experiência de superação, através da luta e da fé, pelos meios de comunicação locais, regionais, nacionais e internacionais. Neste mês, devemos ler histórias de superação – sejam reais ou fictícias e aproveitá-las como lições para toda a vida.

- Morte e vida de Charlie St. Cloud - Ben Sherwood

Não é lá meu tema preferido, mas veremos...

Novembro - Livros que foram banidos

A leitura é tão importante para a formação do ser humano que, em vários momentos da história, determinados livros foram banidos por serem considerados, pelas autoridades, inadequados à população – que poderia ser subvertida por meio da leitura. Em novembro, que tal ler livros que foram banidos?

- O conto da aia - Margaret Atwood

Eu até daria uma pesquisada melhor e faria uma listona como a de julho, já que os livros banidos são muitos, mas novembro é um mês tenso para leituras, então se eu conseguir ler esse único livro já fico contente. (se der tempo, eu tento encaixar um infanto-juvenil aí)

Dezembro - Natal

O ano passou voando! Para desacelerar o passo, devemos ler obras que falem do Natal – a época mais fraterna do ano. Entre um capítulo e outro, não se esqueçam de: montar o pinheiro, decorar a casa, comprar presentes, organizar o amigo secreto, preparar o cardápio e desejar FELIZ NATAL a todos! 

- O natal de Poirot - Agatha Christie
- A aventura do pudim de natal - Agatha Christie

Blé, não gosto de natal. u_u

Desafio literário - AvóDezanove e o segredo do soviético


É triste que o mês de autores africanos seja novembro, o mês mais tumultuado do ano para mim. Eu estava muito ansiosa para conhecer mais dos escritores da África, mas, é, não vai dar. Por sorte consegui encaixar essa leitura aqui bem no finalzinho do mês e não vou ficar sem participar do DL mais uma vez.


Escolhi esse livro porque o comprei para uma disciplina da faculdade e acabei não precisando ler (viva a desorganização da professora!). Já tinha lido um livro do autor anteriormente, "Os da minha rua", além de ter assistido uma palestra dele (muito simpático).

"AvóDezanove e o segredo do soviético" é um livro com gosto de infância e nostalgia, sobre a vida tranquila na PraiaDoBispo, com suas crianças, o louco EspumaDoMar, a VóAgnette, a VóCatarina e outros. Mas a construção do mausoléu pelos soviéticos põe tudo em risco e as crianças precisam agir para salvar o local.

A história tem momentos divertidíssimo e o estilo de Ondjaki me agrada muito, exceto quando ele se torna poético demais, mas é porque eu sou chata e sem sensibilidade para essas coisas. O livro tem um narrador infantil, o que dá aquela perspectiva única e mágica que só as crianças têm.

Para quem leu "Os da minha rua" esse livro tem um gostinho especial; como os dois são baseados na infância do autor, muitos personagens aparecem nas duas obras, mesmo que seja só uma referência rápida aqui e ali.

E eu fiquei feliz em ver que teve mais gente que leu Ondjaki este mês. :)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Samurai Champloo

Começarei aqui uma série de resenhas sobre os animes que eu terminar de assistir, com o intuito de incentivar minha irmã a assisti-los. Provavelmente vou desistir desse "projeto" logo, mas pelo menos eu comecei.

O último anime que assisti foi Samurai Champloo. Fui com altas expectativas devido aos elogios ouvidos por aí e por ser uma obra de Shinichiro Watanabe, diretor de Cowboy Bebop, e não me decepcionei. Ou melhor, minhas expectativas foram superadas!

Samurai Champloo narra a jornada de três personagens pelo Japão. Mugen é impulsivo, barulhento e tem um estilo um tanto peculiar de lutar. Jin é um samurai clássico, calado, misterioso e centrado. Os dois são o oposto um do outro, mas acabam reunidos por Fuu, que os resgata de uma condenação à morte e em troca ordena que eles a ajudem a encontrar o samurai com cheiro de girassol. Sim, essa parte do cheiro de girassol é estranha. Então eles seguem viagem em plena era Edo, em que se misturam elementos clássicos do Japão, como os próprios samurais, com elementos modernos, como hip-hop e baseball. A essência do anime é a mistura e isso também inclui uma certa aleatoriedade e mudanças bruscas de um episódio para o outro. A base seria a comédia, mas há episódios mais sérios (e alguns realmente incríveis e memoráveis).

Toda a parte visual e musical do anime são muito bem feitas (menos em um episódio, que o traço mudou de repente e ficou estranho). Destaque para o visual dos personagens, na maioria simples, mas marcante, e para a mistura entre música tradicional japonesa com hip-hop e outras coisas atuais. Em um ou dois episódios usaram música tradicional japonesa de maneira realmente incrível.

Eu gostei bastante das referências históricas, porque pude ver algumas coisas que estudei sobre a história japonesa, mas sei que para muita gente isso não seria algo exatamente positivo.

O anime lembra bastante Cowboy Bebop em alguns aspectos: o trio de personagens, a episodicidade aleatória e algumas coisas específicas em um episódio e outro, mas Samurai Champloo é bem mais descontraído e tem um brilho próprio (eu gostei mais de SC do que de CB, admito, mas sei que em geral ocorre o contrário).