domingo, 31 de janeiro de 2016

Randomicidades do mês: janeiro/2016 (leituras)

Janeiro foi um mês cheio de leituras, filmes e animes, portanto, vou dividir as randomicidades do mês em três posts para poder escrever mais sobre algumas dessas coisas.

Livros lidos


O vitral encantado - Diana Wynne Jones
Lido para o DL Skoob. Resenha aqui.
Nota: 3,5


To All the Boys I've Loved Before - Jenny Han
Foi o escolhido do mês do meu clube do livro. Eu não estava lá com alta expectativas, porque sabia que o livro tem um clichê que eu acho forçado, típico de fanfic ruim: o namoro falso. Mas apesar de ainda achar esse clichê ruim, o livro é delicinha demais. Os personagens são interessantes, principalmente a irmã mais nova da protagonista, que é uma figura, e o garoto do relacionamento falso, um fofo. O livro também foca bastante nas relações familiares, o que sempre me agrada. Não é um livro incrível, mas gostei muito.
Nota: 4


P.S. I Still Love You - Jenny Han
O primeiro livro terminou em aberto e não consegui resistir ao segundo. Porém, enquanto o primeiro foi uma grata surpresa, o segundo foi decepcionante. O livro tem ótimos momentos: a Kitty continua sendo a personagem mais divertida e adorável que existe, o novo crush é fofo e eu adorei o jogo de infância dos personagens, mas esse livro é focado demais em problemas de relacionamento e eu odeio isso. Além disso, a protagonista e seu namorado estavam bastante irritantes.
Nota: 3


A casa torta - Agatha Christie
Esse livro tem uma história engraçada: eu o encontrei no lixo! Ok, não exatamente no lixo, mas em uma caixa ao lado do lixo do prédio. O pobrezinho foi salvo e, depois de alguns anos na estante, finalmente foi lido. Eu esperava encontrar o Poirot ou a Miss Marple, mas o personagem central aqui é Charles Hayward, que se envolve na investigação do assassinato do avô de sua noiva. Meio na condição de colaborador da polícia, meio na condição de quase membro da família, ele se embrenha no enorme casarão familiar e conhece cada um dos moradores excêntricos. O primeiro problema é que Charles não é o mais brilhante dos investigadores e deixa muitas pistas passarem. O segundo problema é que nenhum personagem aparenta ter motivos para cometer o crime, o que deixa o meu lado leitora-detetive confuso e desanimado. Mas o final!!! Sou péssima detetive, porque fui pega de surpresa mais uma vez.
Nota: 3,25


História do dinheiro - Alan Pauls
Lido para o desafio Volta ao mundo. Resenha aqui.
Nota: 3


Como treinar o seu dragão - Cressida Cowell
O livro é bem diferente do pouco que eu vi do filme. Além de não ter nenhuma personagem feminina relevante, o Banguela do livro é um dragãozinho nanico e egoísta, e o vínculo entre ele e Soluço é muito tênue. Tirando isso, o livro é divertido e gostoso de ler, mas não consegui me apegar muito e não pretendo continuar a ler a série.
Nota: 3,5


Arrecife - Juan Villoro
Lido com antecipação para o desafio Volta ao mundo. Resenharei em breve.
Nota: 3,5


A bicicleta que tinha bigodes - Ondjaki
Esse é o terceiro livro do Ondjaki que leio e o terceiro que explora o mesmo núcleo de personagens, provavelmente inspirados na infância do autor. Nesse livrinho de leitura rápida e agradável, um menino deseja escrever um conto para ganhar uma bicicleta em um concurso, mas lhe faltam ideias. Então ele conta com a ajuda de seus amigos para roubar uma ideia do tio Rui, o escritor que vive lá na rua deles. Adoro como o Ondjaki cria narradores infantis e adoro sua escrita poética. É o tipo de livro que te deixa com um sorrisinho ao finalizar a leitura.
Nota: 4


Só para fumantes - Julio Rámon Ribeyro
Fiquei com medo desse livro porque o prefácio é incrivelmente chato, chato, pedante, chato! (Ou talvez simplesmente acadêmico demais.) Mas os contos em si têm aquela linguagem límpida que dá gosto de ler, com personagens incrivelmente reais. Como em qualquer coletânea, alguns contos agradam mais, outros agradam menos, mas no geral achei o livro ótimo!
Nota: 4,25


Eles eram muitos cavalos - Luiz Ruffato
Já tinha ouvido falar bastante do livro, tanto positivamente quanto negativamente. Ele é formado por 70 episódios que retratam a cidade de São Paulo. Temos, então, pequenos contos, cartas, listas, diálogos, que nos revelam as diferentes facetas dos habitantes da cidade. O estilo moderno, fragmentado, pode ser um pouco irritante para quem prefere a boa e velha prosa tradicional, como eu, mas o livro não se limita ao estilo: há muitos episódios interessantes, curiosos e comoventes, e, para quem conhece São Paulo, é interessante ver a cidade como personagem de livro.
Nota: 3,25

Quadrinhos lidos


Nimona - Noelle Stevenson
Outra leitura para o clube do livro. Eu estava animada para ler essa HQ mesmo sem saber nada da história porque o traço é muito fofinho. Pelos primeiros capítulos, eu imaginei que ela seguiria um formato mais cômico, com capítulos curtos e histórias fechadas, mas o livro seguiu outro rumo, em uma história mais complexa que não conseguiu me conquistar. Apesar disso, os personagens são adoráveis e muitíssimo interessantes. A protagonista, Nimona, tem o poder de se transformar em qualquer animal e uma personalidade divertida, mas ao mesmo tempo não está nem aí para as regras morais do resto da humanidade e, ao se tornar parceira do vilão Blackheart, coloca o mundo em risco. Blackheart é outro personagem interessante, com seu ressentimento e seu passado de ex-herói em formação. Sinto que os personagens poderiam ter sido mais bem explorados, mas talvez só ache isso porque não gostei tanto da história.
Nota: 3,25


Limit e Vitamin - Keiko Suenobu
Finalmente terminei Limit! O mangá teve seus altos e baixos, mas gostei razoavelmente. Vitamin é bem intenso, correspondeu às minhas expectativas. Pretendo resenhar os dois mangás em um post separado. 

Aquisições


Depois de exagerar nas compras em dezembro, estou tentando me conter, então as aquisições de janeiro são basicamente mangás e um livro que ganhei.

Fiquei meio em dúvida se compraria Vitamin ou não, mas vi na banca e não resisti. O último volume de Limit e o terceiro de Orange chegaram aqui em casa no começo de janeiro. O que também chegou foi Sobrevivente, que ganhei no sorteio do Desafio Skoob! Adoro sorteios, bem que eu poderia ganhar mais umas vezes. ;)

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Projeto Ghibli #5: Gauche, o violoncelista


Gauche, o violoncelista
Título original: Cello Hiki no Gauche
Diretor: Isao Takahata
Ano: 1982

Baseado em um livro do escritor Kenji Miyazawa, esse filme curto, de pouco mais de uma hora, nos apresenta Gauche, um jovem violoncelista que toca em uma orquestra local. Criticado duramente pelo maestro durante os ensaios, ele passa a treinar com afinco em seu pequeno chalé. No entanto, seus ensaios são sempre interrompidos pelos animais que vivem nas redondezas, que pedem que ele toque para eles. No início Gauche fica irritado com as interrupções e trata os bichinhos com impaciência, tocando violentamente para espantar o gato ou se recusando a tocar as notas pedidas pelo cuco, mas no final ele percebe que suas interações com os animais o ajudaram a aprimorar suas habilidades musicais.

O enredo é bastante simples e segue uma fórmula previsível, com a lição de que podemos aprender coisas novas de fontes inesperadas e alcançar a excelência por meio do esforço. Os animais que visitam Gauche são fofos e protagonizam momentos divertidos ou comoventes, como o do ratinho curado pelo som da música. Gauche, no entanto, não é o personagem mais simpático do mundo, principalmente no início.

Observem a foto do Beethoven ao fundo. Medonha, né?

O que mais se destaca no filme é a música, como seria de se esperar de uma animação sobre um violoncelista. A sinfonia tocada pela orquestra é nada mais, nada menos que a 6ª sinfonia de Beethoven, a Pastoral, minha música preferida. Além de ser executada pela orquestra, ela serve de trilha sonora durante todo o filme, embalando as belas cenas bucólicas (impossível não lembrar de Fantasia nesses momentos). A sinfonia foi muito bem utilizada, sempre em sintonia com os acontecimentos na vida de Gauche, de modo que quase dá para pensar que ela foi composta especialmente para o filme.

A trilha sonora realmente dá vida à animação e transforma o que poderia ser apenas uma história simpática em algo mais marcante, mas talvez esse seja apenas a opinião de uma fã de carteirinha da Pastoral, que sentiu o coração palpitar mais forte só de ouvir os primeiros acordes logo no início do filme. De qualquer forma, vale a pena assistir o filme e tirar suas próprias conclusões.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Livro: História do dinheiro

Título: História do dinheiro
Título original: Historia del dinero
Autor: Alan Pauls
Tradutora: Josely Vianna Baptista
Editora: Cosac Naify

Inicialmente, eu queria comprar o livro História do cabelo, parte da trilogia do argentino Alan Pauls que também inclui esse História do dinheiro, além da História do pranto. Eu não sabia muito bem sobre o que era o tal livro, mas já tinha lido uma resenha e, bem, cabelo é algo interessante, não é? Aí, no bota-fora da Cosac Naify, incluí o dito cujo na minha listinha de "se não tiver os livros que eu quero eu compro esses". Claro que chegando lá acabei comprando os livros que mais queria e os que eu não queria tanto, além de uns aleatórios, porque só custavam dez reais, como resistir? Mas não tinha história do cabelo, nem do pranto, só do dinheiro. Eu até tomei coragem, perguntei para a atendente, fiquei esperando eles buscarem no estoque, mas nada. Então comprei o do dinheiro mesmo.

Toda essa história é só para justificar essa leitura como válida para o Desafio Livrada! na categoria "livro que você não sabe por que tem". Eu sei por que tenho esse livro, mas também sei que foi uma compra meio sem motivo. E meio que me arrependi de ter comprado.

O romance se passa na Argentina entre os anos 1960 e 2000, revelando o cenário econômico instável da época e como ele afeta a vida dos personagens. O livro acompanha o protagonista desde a infância em suas lembranças sempre permeadas pela presença do dinheiro. Do fascínio que ele tinha pelo primeiro morto que viu, um amigo da família que morreu em um acidente de helicóptero, desaparecendo com uma enorme quantia de dinheiro, até às dificuldades da mãe em gerenciar o próprio dinheiro no fim de sua vida, passando pelo vício do pai no jogo e o poder que o dinheiro herdado exercia sobre toda a família.

Meu problema com o livro é que o autor escreve frases incrívelmente longas e confusas, em paragráfos compridos e cansativos, e eu simplesmente não estava a fim. Não é nem questão de estar no momento certo, acho que eu nunca estarei no momento certo para esse tipo de livro se ele não tiver um enredo muito forte ou personagens mais interessantes, porque durante a leitura meu interesse ficava oscilando feito doido. O livro tem alguns momentos marcantes, mas a maneira errática de narrar me cansou e me deixou impaciente para terminar logo a leitura.

Acho a ideia da trilogia do Alan Pauls fantástica e imagino que ler a série completa seja uma experiência interessante, para ter uma visão mais completa do mesmo protagonista a partir de diferentes enfoques, mas acho que não vou me arriscar nos outros, não é para mim.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Anime: Nihon Animator Mihonichi


Nihon Animator Mihonichi, também conhecido como Japan Animator Expo, é um projeto dos estúdios Khara e Dwango que reúne 35 curtas de diretores e de gêneros variados, criado para expôr o trabalho de novos animadores. O projeto, feito para exibição na internet, foi bastante comentado por contar com Hideaki Anno (diretor de Neon Genesis Evangelion) como produtor e, posteriormente, pela popularidade de um de seus curtas, ME!ME!ME!.

Os curtas são bastante diferentes entre si. Há bastante ficção científica, ação e vídeos musicais, mas também há coisas bastante inesperadas em um projeto do tipo (japonês e razoavelmente comercial), como uma animação baseada em um romance do escritor tcheco Karel Čapek. Parte da graça de assistir ao anime é ir às cegas e ter a surpresa de encontrar algo novo, não apenas na história mas também no estilo, a cada episódio.

O meu problema com a série é que a maioria dos curtas não faz o meu tipo. Há um excesso de robôs gigantes, ritmo frenético, spin-offs e referências a séries/franquias que eu não conheço (exceto Evangelion, que é sempre bem-vindo) e falta vidinha cotidiana, ritmo tranquilão e ousadia visual. Além disso, achei que muitos curtas apresentaram premissas ótimas, mas não souberam desenvolvê-las nos sete minutos, parecendo mais um trailer do que uma narrativa com início, meio e fim.

Claro que em 35 curtas alguns se destacaram, então vou comentar um pouquinho sobre eles:


Ep. 6 - 20min Walk From Nishi-Ogikubo Station, 2 Bedrooms, Living Room, Dining Room, Kitchen, 2mos Deposit, No Pets Allowed.(Nishi-Ogikubo-eki Toho 20-bu, 2 LDK, Shikirei 2 Kagetsu, Petto-fuka) 

Esse foi o meu curta favorito! Eu estava meio decepcionada com o projeto até então, mas ao assisti-lo fiquei motivada para ver o resto, na esperança de que encontraria algo tão bom quanto ele (o que infelizmente não aconteceu). A história mostra uma moça que acorda de sonhos intranquilos e se vê minúscula no meio de seu apartamento. Nós a vemos como uma pessoa pequenininha, mas o namorado dela a vê como uma barata e tenta a todo custo esmagá-la. O arte do curta, com traços rascunhados e cores suaves, é muito bonito.


Ep. 18 - The Diary of Ochibi (Ochibi-san)

Animação em stop-motion sempre conquista o meu coração, e essa é especialmente fofinha, representando as quatro estações e fazendo uso de bento, leques e canecas como fundo para a animação.


Ep. 27 - Bubu & Bubulina

A história não é das mais fascinantes, mas o visual é lindo demais, colorido e exuberante do jeito que eu gosto. ;)


Ep. 28 - ENDLESS NIGHT

É sobre patinação no gelo!!!! E a coreografia é do Kenji Miyamoto, famoso coreógrafo japonês que já trabalhou com muitos patinadores que eu adoro! Não sou a maior fã da música, mas o curta é agradável.

Concluindo, o projeto é interessante. Por mais que o resultado seja irregular e não apresente tanta variação temática quanto eu gostaria (por que tantos robôs?), vale a pena dar uma olhada em alguns dos curtas. 

domingo, 10 de janeiro de 2016

Livro: O vitral encantado

Título: O vitral encantado
Título original: Enchanted Glass
Autora: Diana Wynne Jones
Tradutora: Raquel Zampil
Editora: Galera Junior

Com a morte de seu avô, um mago poderoso, Andrew herda uma propriedade e um campo de proteção. Acostumado à sua vida não-mágica de professor universitário, ele não sabe muito bem o que fazer com toda a magia ao seu redor e tudo o que deseja é aproveitar o sossego do local para se dedicar ao seu livro. A chegada de Aidan, um menino órfão perseguido por criaturas misteriosas, põe a tranquilidade em risco e obriga a Andrew a vasculhar suas lembranças da infância ao lado do avô para lidar com as responsabilidades mágicas.

Desde que li a trilogia do Castelo Animado, tenho a Diana Wynne Jones como uma das minhas autoras preferidas. Adoro os personagens carismáticos e as histórias repletas de reviravoltas que ela criou. O vitral encantado, um dos últimos livros escritos pela autora, apresenta uma premissa que me lembra bastante a de A casa dos muitos caminhos, porque os dois livros têm protagonistas não muito ligados à magia tomando conta de uma casa obviamente mágica. Além disso, o livro apresenta diversos personagens divertidos e excêntricos e as reviravoltas típicas da autora.

No entanto, o livro ficou abaixo das expectativas. Ele está longe de ser ruim, mas achei o ritmo irregular e fiquei bastante insatisfeita com o clímax, que me pareceu uma grande bagunça sem sentido. Como a história envolve personagens folclóricos, talvez eu é que não tenha entendido as referências ocultas, porque realmente espero que tenha algo a mais por trás daquele feitiço da árvore. Também não estou muito certa do que pensar sobre a revelação final, que foi uma grande surpresa para mim, mas não de todo agradável.

O que realmente brilha no livro são os personagens, principalmente os habitantes locais e suas vidinhas pacatas, mas cheias de magia, competições esquisitas, ingenuidade e/ou rabugice. São personagens bastante planos, mas tão adoráveis! E nesse livro alguns deles ainda vêm em dobro!

Uma vez, no fórum do Neopets (saudades), uma menina me contou que admirava como a Diana Wynne Jones criava os finais de seus livros, com cenas cheias de personagens e grandes revelações surpreendentes, em que tudo inicialmente parece uma bagunça, mas vai fazendo sentido aos poucos. Era isso que eu esperava do livro e foi nesse aspecto que ele me decepcionou. A maior parte dele é boa, pena que a conclusão não está à altura.

Livro lido para o Desafio Skoob (gênero fantasia) e para o Desafio Livrada! (Um autor elogiado por um escritor de quem você gosta; no caso, a Diana já foi elogiada pelo Neil Gaiman)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Desafios literários para 2016 (e minha eterna indecisão)

Fiquei refletindo e protelando por um tempão, mas finalmente decidi (ou não) quais serão os desafios literários dos quais participarei em 2016.

No ano passado eu inventei de criar meu próprio desafio, que não cumpri, e de participar de dois outros. No final, só consegui completar um, o Desafio Literário Skoob. Neste ano eu deveria ser sensata e me dedicar a apenas um desafio, mas aí vejo os que as pessoas criaram, acho alguns temas legais e fico com vontade de participar de tudo. Acabei selecionando três desafios que me agradaram e são mais ou menos compatíveis com os meus tipos de leituras. Depois de anos participando de desafios, vou levar as coisas menos a sério. Não vou sofrer com leituras indesejadas só para completar desafio. Se o tema não me agradar ou se eu ver que não vai rolar, tudo bem.



Vou participar novamente, porque foi uma experiência agradável e já me acostumei com o formato. Vários temas são repetecos de desafios anteriores, então talvez eu leia alguns livros planejados faz tempo que foram preteridos na época.

JANEIRO - Gênero Fantasia
O vitral encantado - Diana Wynne Jones
Os moomins e o chapéu do mago - Tove Jansson

Já tive uma fase muito fã de fantasia, mas hoje não curto tanto. As única opções na minha estante são esses infanto-juvenis gracinha.

FEVEREIRO - Autor(a) Asiático(a)
Irmãos - Yu Hua
Declínio de um homem - Osamu Dazai
O rosto de um outro - Kobo Abe
O último homem na torre - Aravind Adiga
Algo de algum país ainda não lido para o Desafio Volta ao Mundo em 80 Livros

Gosto muito do pouco que conheço da literatura japonesa e indiana. Gostaria de poder ler todos da lista e ainda explorar autores de países que ainda não li, mas é coisa demais para um mês.

MARÇO - Livro escrito por mulher
To the Lighthouse - Virginia Woolf

Vamos ver se eu finalmente leio esse clássico. 

ABRIL - Livro sobre Holocausto
O pianista - Wladislaw Szpilman
O leitor - Bernhard Schlink

Não gosto do tema, mas os dois livros escolhidos são uns que já pensei em ler em desafio/clube do livro e acabei desistindo.

MAIO - Autor(a) Africano(a)
O fio das missangas - Mia Couto
O mundo se despedaça - Chinua Achebe
Algo de algum país ainda não lido para o Desafio Volta ao Mundo em 80 Livros

Muitas possiblidades, muito desconhecimento da minha parte.

JUNHO - Livro com 3 palavras no título
Vernon God Little - DBC Pierre

Sempre esqueço que tenho esse livro, coitado. Chegou a hora de ele brilhar!!!

JULHO - Livro com Serial Killer
O silêncio dos inocentes - Thomas Harris

Também não sou fã desse tema, mas quem sabe não é a hora de eu finalmente conhecer o Hannibal?

AGOSTO - Biografia
Só garotos - Patti Smith

Em dúvida se vale como biografia ou se é um livro de memórias. Se não valer, azar, vou ler mesmo assim. u_u

SETEMBRO - Autor(a) Brasileiro(a)
O menino que se trancou na geladeira - Fernando Bonassi

Livro empacado na estante. Minha irmã não gostou muito, então estou com o pé atrás.

OUTUBRO - Thriller Psicológico 
Love - Stephen King

Outro livro empacado na estante. Comprei para ser meu primeiro Stephen King, mas depois dois outros passaram na frente porque livro da biblioteca tem preferência. Uma injustiça será reparada.

NOVEMBRO - Clássicos da Literatura Estrangeira
Hamlet - Shakespeare
Absalão, Absalão - William Faulkner

Apesar de eu até gostar de clássicos, li pouquíssimos nos últimos tempos (e não senti a menor falta, hahaha). Vou aproveitar o tema para tentar ler o Hamlet rejeitado em outras ocasiões da vida. E se não der, vou de Faulkner mesmo. ;)

DEZEMBRO - Nome de Cidade, Região ou País no Título
Budapeste - Chico Buarque
Kyoto - Yasunari Kawabata

Adoro pensar nas possibilidades desse tema e quero muito ler os que eu escolhi.



Acompanho o blog Livrada! faz um bom tempo e adoro suas resenhas bem-humoradas. O Desafio já é uma tradição do blog, mas nunca participei antes. Talvez dessa vez dê certo, talvez não, mas vou tentar, de qualquer jeito. O desafio tem 15 temas (sendo que um dos temas é um livro específico) e pode ser completado em qualquer ordem, o que ajuda bastante na hora de conciliar com outras leituras.

1- Um prêmio Nobel
Hora de voltar aos favoritos? Acho que vou de Faulkner ou Kawabata, já que provavelmente lerei um deles no Desafio Skoob.

2- Um livro russo
Será que termino a Nova antologia do conto russo? Será que encaro o Oblomóv? Talvez o Almas mortas? Irmãos Karamazov? Muitas dúvidas.

3- Um cânone da literatura ocidental
Hamlet ou To the Lighthouse, o que eu ler no Desafio Skoob.

4- Uma novela
A festa de Babette - Karen Blixen

5- Um livro que você não sabe por que tem 
Não sei. Em geral eu compro os livros porque 1) quero ler ou 2) estão muito baratos, então eu sempre sei o porquê. Talvez aqui eu considere um livro que comprei e esqueci da existência ou me arrependi.

6- Um autor do seu estado
Fernando Bonassi

7- Um livro publicado por uma editora independente 
Não sei ainda.

8- Uma ficção histórica 
Não sei.

9- Um livro maluco 
Eeeee Eee Eeee - Tao Lin

10- Um livro que todo mundo já leu menos você
O hype do momento: A amiga genial - Elena Ferrante

11- Um autor elogiado por um escritor de quem você gosta 
Já vi o Neil Gaiman falando bem da Diana Wynne Jones, então ela será minha escolhida.

12- Um livro bobo
Sendo Nikki - Meg Cabot. É a continuação de Cabeça de vento.

13- Um romance de formação 
Não sei.

14- Um livro esgotado
Não sei. Se valesse releitura eu ia de O tradutor cleptomaníaco.

15- As aventuras do bom soldado Svejk



Esse desafio é baseado no do Conversa Cult de 2014. Desde que iniciei meu projeto de Volta ao Mundo fico muito animada em acompanhar os projetos semelhantes dos outros em busca de sugestões. Esse desafio consiste em ler livros de 12 países, mais 5 países bônus, seguindo uma ordem determinada. Já li a maioria desses países, mas ler mais sempre é bom. :3

Janeiro: Argentina
História do dinheiro - Alan Pauls

Fevereiro: México
Pedro Páramo - Juan Rulfo
Arrecife - Juan Villoro

[Bônus: Colômbia]
Mais Gabo talvez?

Março: Canadá
Too Much Happiness - Alice Munro

[Bônus: Islândia]
A raposa sombria - Sjón

Abril: Irlanda
O que der vontade.

Maio: Finlândia
Não sei, porque é provável que em maio eu já tenha lido o livro dos moomins. Acho que na biblioteca tem uns livros policiais finlandeses.

[Bônus: Alemanha]
Contos do E.T.A. Hoffman, possivelmente.

Junho: França
Zazie no metrô - Raymond Queneau
As coisas - Georges Perec

Julho: Nigéria
Chinua Achebe ou Chimamanda

[Bônus: África do Sul]
Verão - Coetzee

Agosto: Irã
Não sei. Sugestões?

Setembro: Índia
Aravind Adiga, se eu já não tiver lido, ou Narayan.

Outubro: Japão
O que eu não tiver lido ainda dos livros que tenho. Ou Tanizaki. Ou Mishima.

[Bônus: China]
Yu Hua ou Mo Yan.

Novembro: Indonésia
Preciso pesquisar.

Dezembro: Austrália
Algo da Melina Marchetta ou Nick Cave.

É isso. Vi outros desafios que pareceram interessantes, mas não dá para conciliar todos. Já estou duvidando seriamente de que conseguirei participar minimamente desses três, mas tudo bem.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Retrospectiva 2015

Minha retrospectiva está meio atrasada, mas ninguém liga, né? 2015 foi um ano bem morno para mim em questão de vida pessoal e também seguiu essa tendência no entretenimento, com apenas umas duas obras realmente memoráveis. Apesar de eu não ter me animado muito com as coisas sobre as quais escrevo aqui, fiquei bastante animada em escrever aqui sobre elas (ou pelo menos mais do que o normal). Não sou a blogueira mais exemplar e sei que a qualidade dos meus posts é bem irregular, mas em 2015 eu me diverti bastante escrevendo no blog e acho que é isso o que mais importa. :)

Livros


2015 foi um ano em que li mais do que o normal, o que me deixa feliz, mas que teve poucos favoritos para a vida, o que me deixa triste. Imagino que isso aconteceu devido a uma combinação de fatores: chatice da minha parte, saturação e escolhas não tão boas, mais voltadas aos desafios e projetos do que ao que eu realmente queria ler (que eu não sei o que é). A tendência pessimista é que a situação não mude muito em 2016, mas tudo bem, não quero ficar nessa busca pelo livro que mudará a minha vida, só quero uns livrinhos divertidos para passar o tempo, e isso até que eu tive bastante em 2015.

Números

93 livros lidos
- 3 releituras
- autores de 28 nacionalides diferentes (mas apenas 9 válidos para o meu desafio Volta ao Mundo)
- 42 autoras mulheres e 51 autores homens
- 7 graphic novels
- 7 livros de contos
- 1 de crônicas
- 1 livro teórico

Melhores leituras
(sem ordem específica)

Middlesex - Jeffrey Eugenides
A cabeça do santo - Socorro Acioli
Winnie Puff - A. A. Milne
Suíte em quatro movimentos - Ali Smith

Piores leituras
(idem)

Uma casa na escuridão - José Luís Peixoto
O alquimista - Paulo Coelho
O bom Jesus e o infame Cristo - Philip Pullman
Loving The Band - Emily Baker

Filmes


Passei o ano alternando entre a vibe "adoro filmes, quero ver tudo e virar cinéfila!!!" e a "ai, que preguiça!". Nessas oscilações, vi alguns filmes bem legais, saí um pouco da zona de conforto, conheci mais da obra de diretores que admiro e tive algumas decepções. Foram 40 filmes no total, o que é um número razoável.

Talvez o que mais tenha marcado o ano foi o início do meu projeto de ver todos os filmes do Ghibli, que está caminhando lentamente, mas não parou, e os cinemas especiais aqui de São Paulo, que sempre oferecem uma programação interessante e me animam a sair de casa para ver algo diferente. Comecei 2016 na vibe de querer ver muitos filmes e espero que ela se mantenha por algum tempo.

Filmes preferidos

O conto da princesa Kaguya (Isao Takahata)
Ninguém pode saber (Hirokazu Koreeda)
Thelma e Louise (Ridley Scott)
O lobo atrás da porta (Fernando Coimbra)
$9.99 (Tatia Rosenthal)
Nebraska (Alexander Payne)
Que horas ela volta? (Anna Muylaert)
Digimon Adventure Movie (Mamoru Hosoda) (na verdade esse é um curta, mas vai entrar na lista mesmo assim)

Animes


Mantive um ritmo constante com os animes, equilibrando entre os que estavam faz tempo na minha listinha e as novidades do ano. Finalmente vi séries que eu estava quase certa de que gostaria, mas sempre adiava, como Utena e Kino no Tabi, e elas se revelaram à altura das expectativas.

Animes preferidos

Working!!!

Mangás


Uma das minhas metas de 2015 era ler mais mangás, porque faz alguns anos que voltei a assistir anime, mas eu quase não lia mangá. Como acompanho alguns blogs sobre otakices em geral, acabava tomando conhecimento de títulos interessantes e ficava só na curiosidade.

Minha meta foi cumprida modestamente. Entre mangás em papel e scans no computador e no tablet, li 11 mangás completos, mais uma releitura de metade do Rurouni Kenshin, dois mangás começados e dois one-shots curtinhos. A maioria das obras que escolhi tem poucos volumes, então não é como se eu tivesse lido muita coisa, mas são mangás bastante diversos que expandiram meus horizontes e estão me ajudando a nortear minhas leituras futuras. O bom de começar a explorar uma mídia até então pouco conhecida é que são tantas possibilidades, tantas obras e autores que você nem imagina.

Se reclamei de não ter lido nenhum livro que me impactou profundamente, não posso dizer o mesmo dos mangás. Oyasumi Punpun foi de longe a melhor obra do ano, englobando todas as mídias. O mangá é tristíssimo, a arte é linda e é impossível ficar indiferente diante da história que ele apresenta.

Mangás preferidos

Oyasumi Punpun - Inio Asano
Solanin - Inio Asano

Encerro aqui minha retrospectiva e aproveito para desejar a todos um 2016 cheio de bons livros, filmes e tudo mais!