quinta-feira, 8 de março de 2012

DL 2012 - Unhas


Título: Unhas
Autor: Paulo Wainberg
Editora: Leya

Esse é o último dos três livros que comprei a dois reais no sebo-para-arrecadar-dinheiro-para-formatura da escola da minha irmã. Eu nem teria me tocado que ele poderia se encaixar no tema do mês de março, serial killer, se não o tivesse visto na lista de uma das participantes do DL (obrigada, pessoa!).

Eu nunca tinha ouvido falar do livro, nem do autor, e a sinopse não despertou muito interesse em mim. Mas o título é "Unhas" e unhas são algo de extrema importância na minha vida. Fui roedora compulsiva de unhas até uns dois anos atrás. Só consegui parar após ter problemas com infecção, com ajuda de uma chantagenzinha básica da minha mãe e o começo de um interesse por esmaltes adquirido graças à minha irmã. Não vou ser dessas que fica dando graças a Deus por ter conseguido largar o vício e que agora o considera uma coisa nojenta e totalmente prejudicial. Eu acho que roer as unhas é legal e de vez em quando dá uma vontade de retornar ao hábito, mas o apelo das unhas crescidas é quase nulo para mim. E agora eu substitui a roeção por novas manias meio irritantes.

No entanto, o livro não fala de unhas das mãos e sim de unhas dos pés! Não tenho nenhum tipo de grande obsessão por unhas dos pés, embora eu as roesse quando era criança e só parei porque isso não era socialmente aceito. Muito triste tudo isso.

Mas voltando ao livro, ele narra a história de um cara aparentemente normal que, com o pseudônimo de Unhas, decide virar exterminador de paixões proibidas, ou seja, ele mata o objeto da paixão. Não vou falar mais da história porque acho que isso estraga parte do prazer de ler o livro. (Na verdade, eu não falo mais porque sou péssima em escrever sinopses. Odeio isso).

O romance não segue uma forma muito linear. Ele alterna capítulos sobre os assassinatos anteriores de Unhas, seu caso atual, um conto policial, divagações filosóficas, sociológicas, psicológicas sobre o ser humano e altas reflexões sobre o ato de cortar as unhas dos pés, que parece ser uma obsessão do protagonista. Na minha modesta opinião, ele devia roer logo as unhas dos pés, aí não ficaria com todo esse problema de se cortar com a tesourinha, não achar a posição ideal etc. Acho que ele não teria problemas em cometer um ato não aceito socialmente.

Concluindo, o livro não é a melhor coisa que já li na vida, mas é legal e adota uma forma diferente para contar a história. Com certeza valeu os dois reais.