terça-feira, 30 de setembro de 2014

#BookadayBrazil - 2ª parte

Metade final dessa tag. (primeira parte aqui)

16. Um livro para transformar alguém em um leitor
Difícil essa... Acho que depende muito da pessoa e da faixa etária.
Para crianças eu recomendaria algo do Roald Dahl. Para adultos, não sei.

17. Um livro que represente o seu país
Macunaíma - Mario de Andrade
Para mim esse livro é meio que uma síntese do Brasil e é por isso que o escolho aqui.

18. Um livro favorito escrito por uma mulher


Harry Potter - J.K. Rowling
Harry Potter de novo porque sim!

19. Um livro premiado favorito


Andar duas luas - Sharon Creech
Ganhou a medalha Newberry, prêmio americano para livros infanto-juvenis que eu tenho em alta consideração. Entre os vencedores há livros dos quais gosto muito, como Ponte para Terabítia, O doador e Buracos. Esse livro é uma coisa fantástica, mas preparem os lencinhos que ele é de fazer chorar.

20. Um livro recomendado pelos seus pais
Os meninos da rua Paulo, Ferenc Molnár.
Meu pai me recomendou e desde então eu li e reli e amei com todas as minhas forças.

21. Um livro que você leu para a escola e amou


Contos da rua Brocá - Pierre Gripari
Nunca fui dessas que odeia as leituras obrigatórias e gosto bastante de vários livros de vestibular, mas os livro para a escola que mais amei foram os de quando eu era mais nova. Contos da rua Brocá foi o mais marcante e estimulava a minha imaginação com suas histórias estranhas e engraçadas, suas casas de cinco francos, as bonecas engolidas por tubarões, as meninas que cuspiam cobras, os sapatos com vida própria... Bruxa vagabunda, cuide bem da sua...!

22. Seu livro de poesias favorito
Ou isto ou aquilo - Cecília Meireles
Não sou muito de ler poesia e não me lembro de ter lido muitos livros do gênero, mas Ou isto ou aquilo é muito divertido e encantador e tinha um poema que parecia feito especialmente para mim, "Uma palmada bem dada", haha.

23. Um livro que se passa em um país que você gosta ou sonha em visitar


E depois - Natsume Soseki
Gosto bastante do Japão, mas nunca tive muita vontade de viajar para lá, até ver os posts no JustLia sobre a viagem dela e ficar fascinada. Apesar de eu não ter gostado tanto do E depois quanto esperava, ele é especial para mim por se passar em um período histórico que me interessa, o início da era Meiji.

24. Um livro que fez você questionar tudo


O dia do curinga - Jostein Gaarder
No começo pensei em distopias, que sempre me fazem questionar a sociedade em que vivemos, mas depois optei por O dia do curinga, que traz algumas reflexões muito interessantes nas filosofices dos personagens e na própria estrutura narrativa.

25. Seu personagem polêmico preferido
Kevin Katchadorian, de Precisamos falar sobre o Kevin - Lionel Shriver
Foi o único que me veio à cabeça. :P

26. Um livro que combina com dias de sol


As irmãs Penderwick - Jeanne Birdsall
Sou mais de livros com um pé na melancolia, que vão melhor com um dia nublado, quem sabe uma leve garoa, então demorei bastante para achar um que se encaixasse nessa categoria. As irmãs Penderwick é um livro fofo e divertido, desses livros singelos que te faz se sentir bem.

27. Um livro que tenha uma personagem feminina marcante
Garota exemplar - Gillian Flynn
Para o bem ou para o mal, impossível esquecer de Amy.

28. Um livro que você já comprou muitas vezes para dar de presente
Nenhum. Não costumo dar muitos presentes já que não tenho vida social :P

29. Um livro brasileiro que pouca gente leu


Unhas - Paulo Wainberg
Só conheço uma pessoa que leu, em um desafio literário, faz tempo. Depois disso, nunca mais ouvi falar sobre esse livro ou sobre o autor.

30. O melhor livro que você leu em setembro


Luna Clara & Apolo Onze - Adriana Falcão
Fiquei dividida entre esse e Ciranda de Pedra, mas Luna Clara me conquistou de uma maneira que poucos livros conseguem. ♥

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Sakura Card Captors: filmes e curtas



Na verdade isso era para ser parte da minha retrospectiva de setembro, mas minha resenha do segundo filme foi ficando cada vez maior, então achei melhor fazer um post próprio.

Para quem não sabe, Sakura Card Captors é um anime de 1998, baseado em um mangá do CLAMP, que passou aqui no Brasil por um bom tempo no Cartoon Network e tornou mágicas as tardes/manhãs de muita gente por aí. É sobre uma menina que acidentalmente liberta umas cartas mágicas e precisa recapturá-las, o que não parece tão atraente assim, mas tudo no anime/mangá é tão fofinho e os personagens são tão adoráveis, divertidos e bem-desenvolvidos que a fórmula aparentemente repetitiva e banal de capturar-uma-carta-por-episódio não cansa nem um pouco, e quando percebemos, nós telespectadores estamos "emotionally invested" e não há mais como voltar atrás.

Sakura foi meu anime preferido quando eu era adolescente. Eu não perdia um episódio e lembro até hoje do baque emocional que senti quando o anime chegou ao fim. O tempo passou, outros animes vieram e talvez Rurouni Kenshin tenha ocupado a posição de "anime preferido emocionalmente" que antes era de Sakura. Apesar disso, ele continua sendo um dos meus queridinhos e sobreviveu com louvor a uma sessão de "vamos rever isso aqui de quando eu era mais nova e ver se continuo gostando ou se acho uma baboseira só". Também reli o mangá recentemente e, meu deus, que coisa linda!

A arte do mangá é muito linda ♥

Apesar de eu amar Sakura, só fui assistir o primeiro filme e os curtas do OVA agora, então não sei se essas seriam minhas opiniões se os visse quando minha sakuramania estava no auge.



Sakura - O filme

Sakura ganha uma viagem para Hong Kong em um sorteio e leva sua turminha para a viagem. Lá encontra uma misteriosa e poderosa feiticeira que guarda ressentimento do mago Clow e quer descontar na card captor.

O filme começa bem legal, com aquela pegada cotidiana e a turminha turistando e curtindo um ambiente diferente, mas assim que a trama começa pra valer o filme fica meio chato. A história não é ruim, mas me pareceu meio lenta e talvez tenha um estilo mais sério que não combina muito com o anime. Talvez o verdadeiro problema seja que ele não foca muito no desenvolvimento dos personagens e para mim essa é que é a graça de Sakura.



Sakura e a carta selada

O segundo filme da card captor funciona como a conclusão do anime, que terminou meio em aberto em relação aos sentimentos de Sakura por Shoran. Eu já tinha visto esse filme faz tempo, na época que vendia o VHS em bancas de jornal, e não gostava muito, talvez por ele se concentrar demais no romance Sakura x Shoran. Hoje, um pouco mais distanciada emocional e temporalmente do anime, acho o filme bem legal. As partes cômicas e cotidianas estão bem de acordo com o resto da série e as partes de aventura e ação são bem melhores que as do primeiro filme. O que me incomodou foi:

1) A cara de sofrimento que a Sakura faz toda vez que vai tentar se declarar para o Shoran. Entendo que ela seja tímida, mas ela já sabe que o menino gosta dela e está certa dos próprios sentimentos, então não deveria ser tão difícil se declarar e não precisa fazer essa cara de choro/dor.

2) O fim. O problema vai aumentando e ameaçando destruir tudo e todos. Como Sakura resolve as coisas? Com uma conversinha de um minuto! Tudo bem, o filme é sobre o amor e o amor resolve tudo, mas me pareceu algo bem "opa, gastamos tempo demais em cenas de ação no parque de diversões e em quase-declarações da Sakura e agora temos que resolver tudo em cinco minutos!".

Apesar das críticas, achei o filme muito agradável de assistir e digno do resto do anime. Em vários momentos fiquei com aquela sensação boa de awnnnn ♥ que só animes como Sakura conseguem provocar.


Leave it to Kero-chan!

Esse é um especial hilário de dez minutos com Kero e Suppy disputando o último takoyaki do prato. Sem querer o takoyaki é arremessado pela janela e os dois mascotes saem em uma perseguição desenfreada pela cidade. O especial conta com a presença do grande Yamazaki para abrilhantar a situação.


Especiais

São três episódios curtinhos de cinco minutos. O primeiro é como um making-of da abertura e tem uma parte hilária com o Kero com voz de Yukito. No segundo Sakura e Tomoyo fazem bolos com a ajuda de Eriol, mas os doces desaparecem misteriosamente. E o último é o melhor e me fez rir muito porque tem o Yamazaki como centro e uma importante questão que não vou contar aqui para não estragar, hihihi.

domingo, 21 de setembro de 2014

Volta ao mundo em 80 livros - Impressões de leitura (6ª parte)

Passaram mais de três meses desde meu último post com as leituras do desafio Volta ao mundo. Fiquei muito tempo nos mesmos países de sempre, mas no último mês desencalhei uns livros da estante e li países inéditos em sequência.

Aqui vão meus comentários sobre eles.

O duplo - Fiódor Dostoiévski (Rússia)
Esse livro está há um tempão mofando na minha estante e finalmente decidi dar uma chance para ele. Acho o tema de duplo interessante e gostei muito de Crime e Castigo, então minhas expectativas estavam altas, mas a leitura foi arrastada e penosa. Comecei gostando muito, mas chegou um momento em que o estilo da narrativa ficou mais truncado e incômodo de ler devido à mente do protagonista, e meu interesse foi diminuindo até o ponto de eu encarar a leitura como uma tarefa indesejada. Foi chato, mas não deixa de ser um livro interessante.


Tia Julia e o escrevinhador - Mario Vargas Llosa (Peru)
Gosto muito do Vargas Llosa e esse é um que meu pai me recomendou. Ele alterna capítulos narrando a história do protagonista e seu amor proibido pela tia mais velha e divorciada com as radionovelas do autor amigo do protagonista. Essas radionovelas são muito divertidas, cheias de dramas e suspense, e vão ficando cada vez mais malucas e misturadas.


O palácio da meia-noite - Carlos Ruiz Zafón (Espanha)
Li esse por causa do projeto Volta ao mundo em 12 livros do blog ConversaCult. Já li outros dois do Zafón antes (A sombra do vento e Marina) e, apesar de ter gostado, acho o autor superestimado. Tem algo no estilo dele que não me agrada, algo que soa forçado, mas em geral a trama é interessante e é uma leitura que prende. No caso do Palácio da meia-noite, nem isso aconteceu muito bem. O livro começa misterioso e envolvente, mas vai ficando cada vez pior. Achei os personagens mal desenvolvidos e a trama meio mal construída e clichê. Já vi gente dizendo que esse é o pior do autor, e espero que seja. Ok, falei super mal do livro, mas não é tão chato assim, só não tem nada de especial. :P


O jantar - Herman Koch (Holanda)
Faz um tempão que quero ler esse livro. A sinopse me lembra muito o filme O deus da carnificina e em geral gosto desse tipo de coisa que provoca certo mal estar, hehe. E sim, esse livro é desses com personagens desagradáveis em situações desagradáveis e que deixa um gosto ruim na boca. Talvez eu não tenha gostado tanto quanto esperava, mas é um bom livro.


A casa dos náufragos - Guillermo Rosales (Cuba)
Lembro de ter lido uma resenha sobre esse livro em algum desafio literário, mas não lembro em que tema foi, nem o que me cativou nele. É sobre um cubano exilado em Miami e mandado a uma boarding home, uma espécie de hospício/asilo. Apesar de sofrer algumas alucinações, o personagem é lúcido e isso só faz com que enxergue melhor toda a decadência do lugar e o tratamento injusto que ele e os outros "hóspedes" recebem. O livro tem muito de autobiográfico, pois o autor passou por experiências semelhantes no exílio.


Por enquanto é isso. Alguém tem dicas de escritores de países que ainda não li para o desafio (africanos e asiáticos seriam uma boa)?

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

#BookadayBrazil - 1ª parte

Essa tag foi criada pelo site We love this book e adaptada pelos blogs Pipa não sabe voar e O pintassilgo. A ideia é responder cada item diariamente e postar nas redes sociais, mas eu não me dou bem com desafios diários e não participo de redes sociais além do Facebook, que basicamente só uso por causa dos grupos, então decidi postar aqui no blog que é mais divertido.

Para deixar a coisa mais fofinha, tirei fotos dos livros com meus bichinhos de pelúcia. Alguns ficaram sem foto porque fiquei com preguiça de procurar os livros.


1. Um livro favorito sobre livros e/ou livrarias


A história sem fim - Michael Ende
Adoro esse livro sobre um garoto que descobre um livro mágico e acaba adentrando no universo dele. Toda a jornada dele como leitor e, mais tarde, como herói é fascinante.

2. Um livro favorito cuja história se passa em uma escola


Harry Potter - J. K. Rowling
Não consegui pensar em muitos que se passem quase exclusivamente em uma escola, então vai Harry Potter mesmo. :P

3. Um livro favorito sobre a infância


O pequeno Nicolau - Sempé/Goscinny

Pensei em vários aqui, mas como reli O pequeno Nicolau recentemente, ele é o escolhido. Leitura divertidíssima.

4. Um livro que você comprou por causa da capa

Charlie and the chocolate factory - Roald Dahl
Eu já tinha lido esse livro umas duas vezes, mas não tinha um exemplar para chamar de meu. Foi só quando vi essa edição fofíssima da Penguin em desconto que me animei a comprar. Pena que as ilustrações de dentro não são fofinhas assim.

5. Um livro que você comprou apesar da capa


Tia Julia e o escrevinhador - Mario Vargas Llosa
Não tenho muitos livros com capa horrível, então selecionei um com capa apenas feia. Não gosto muito de livros com foto na capa e essa, com esse rádio meio deslocado na frente e o casal brega, não me agradou.

6. Livro de contos favorito


Adoro contos, mas não tenho bem um livro de contos favorito, porque o conteúdo muitas vezes é irregular. Pensei no Saki, na Katherine Mansfield, no Roald Dahl, no Tchekov, mas aí lembrei dessa antologia que me agradou muito. Gostei de quase todos os contos e fiquei muito curiosa para conhecer mais da obra dos autores.

7. Um livro que tenha um jantar ou festa literária favorito


Luna Clara & Apolo Onze - Adriana Falcão
Li esse livro recentemente e adorei. A festa da história dura anos e anos, e foi por isso que pensei nele.

8. Um romance de formação favorito


Um grande garoto - Nick Hornby
Pensei bastante nesse item e escolhi um que não sei se vale, hehe, mas eu gosto muito desse livro e é meio que sobre a formação dos dois personagens.

9. Livro ilustrado favorito


The Roald Dahl Treasury - Roald Dahl
O Roald Dahl é meu autor preferido e o Quentin Blake, meu ilustrador preferido, então claro que esse seria o escolhido. Esse livro é muito bonito e me inspirou bastante na época em que eu gostava de desenhar.
                     

10. Uma paixão literária

Sirius em sua forma canina

Sirius Black, de Harry Potter - J. K. Rowling
Não tenho paixão por nenhum escritor em si, gosto da obra de vários, mas dificilmente é aquela coisa de "leio até a lista do supermercado", então escolhi um personagem por quem tenho uma leve paixonite, o Sirius Black.

11. Um livro que te deu esperança


Momo e o senhor do tempo - Michael Ende
Achei difícil escolher o livro dessa categoria. Acho que sou pessimista e só me lembro do lado ruim das coisas, mas lembro que a leitura Momo me deixou com uma sensação boa.

12. Seu livro favorito sobre uma guerra


O retorno do rei - J. R. R. Tolkien
Não sou muito fã de ler sobre guerras, apesar de gostar bastante dos Zusaks e John Boynes da vida, mas aí minha irmã me lembrou de O senhor dos anéis, que tem a guerra no último volume (e eu preciso reler).

13. Um personagem que mais se parece com você


Charmain Baker de A casa dos muitos caminhos - Diana Wynne Jones
Pensei, pensei e pensei, mas não consegui achar um personagem tão loser quanto eu. Por algum motivo eles sempre amadurecem durante o livro e isso é algo com o que eu não me identifico :P. Então a escolhida foi Charmain Baker, porque ela gosta de ler e não sabe fazer tarefas domésticas!

14. Sua amizade literária favorita


Tibby, Lena, Carmen e Bridget de A irmandade das calças viajantes - Ann Brashares
Gosto muito dessas quatro e de, apesar de muito diferentes e de passarem grande parte dos livros separadas, elas sempre estão lá para ajudar umas às outras.

15. Policial ou detetive literário preferido

Achei essa capa simpática, mas não li esse livro

Arsène Lupin - Maurice Leblanc 
Gosto do Lupin porque ele é um detetive ladrão e isso torna suas investigações mais divertidas.

Por enquanto é isso, posto a segunda parte da tag no fim do mês.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Top 10: música clássica

Depois de ler As variações de Lucy e ver o que a personagem comentava sobre suas músicas preferidas, resolvi fazer uma listinha com as minhas músicas clássicas preferidas.

Minha relação com a música clássica é um pouco diferente da que tenho com a música "popular". Em geral para uma peça me conquistar eu preciso ouvi-la várias vezes ou ela precisa fazer parte de um ~momento especial~. Consequentemente, a maioria das músicas que gosto faz parte de algum filme/anime ou é de flauta doce.

Obs: como algumas das músicas preferidas da Lucy eram super clichê, me senti no direito de ter uma seleção clichê também.

Sinfonia nº 6 (Pastoral) - Beethoven


Conheci essa sinfonia pelo filme Fantasia, como boa parte das pessoas. Toda aquela folia na Grécia antiga, com pégasos, centauros, cupidos e cia, sempre me cativou, e são essas as imagens que me veem a mente quando ouço a música. Por ser uma peça que conheço tão bem, ela deve ser a única sinfonia que eu acho fantástica de cabo a rabo, sem nenhuma parte mais chatinha ou enfadonha.
É uma música alegre e vivaz, com lindos momentos de delicadeza. Gosto particularmente quando os instrumentos de sopro estão em destaque.

Concertos de Brandenburgo nº 4 - J. S. Bach


Conheci esses concertos quando estava procurando peças para flauta doce no YouTube. Descobri recentemente que gosto muito de música barroca, e essa série de concertos do Bach é fenomenal. O quarto concerto é meu preferido por causa das flautas doces, e eu amo esse primeiro movimento (principalmente na parte por volta dos 2:30).

Fantasias para flauta solo - nº 3 - Telemann


Acho que já é a terceira vez que posto esse vídeo do Brüggen aqui no blog. Não sou muito fã de solos em geral, mas esse é fantástico e muito bem executado. O começo dessa música sempre faz minha alma se arrepiar um pouquinho.

Concerto para oboé e orquestra em dó menor (1º movimento) - Mozart


Conheci esse concerto assistindo o anime Nodame Cantabile e para mim ele foi o melhor momento musical da série. O primeiro movimento foi tocado na íntegra, o solista era um dos meus personagens preferidos e foi tudo mágico. Foi com essa música que passei a gostar de oboé, porque antes acho que eu nem sequer sabia direito qual era o som do instrumento. :X

Grande missa em dó menor (Kyrie) - Mozart


Se você já assistiu Bicicletas de Belleville, talvez se lembre da travessia do oceano Atlântico de Madame Souza no pedalinho. Há uma tempestade e essa música do Mozart toca, acrescentando dramaticidade à cena. Acho essa uma cena muito impressionante e essa música mais ainda. Em geral não gosto tanto de música com coral, prefiro que os instrumentos sejam o foco, mas essa é a exceção.

Quatro estações (Verão) - Vivaldi


Música super batida, mas eu amo. Adoro as músicas mais vibrantes do Vivaldi, com os momentos rápidos e exuberantes. Gosto bastante do Inverno também, mas no caso do Verão gosto dos três movimentos, enquanto no Inverno é mais do primeiro mesmo.

A morte e a donzela - Schubert


De vez em quando vou aos concertos do Centro Cultural São Paulo e gosto bastante, é de graça, tranquilo, sem pompa e quase sempre vazio. A vez que não estava vazio foi quando fui ver o Quarteto de Leipzig. Acho que foi a única vez que a sala lotou. E lotou com motivo, porque o quarteto é excelente e foi o melhor concerto em que já fui. Das músicas que eles tocaram, a que me marcou foi essa do Schubert, o segundo movimento em especial. Meus momentos preferidos: a partir dos 13:40, com as cordas dedilhadas e o violino, e por volta dos 20 minutos, quando fica dramático e o violoncelo aparece bem forte; lembro que quando ouvi essa parte no concerto achei o máximo. :3

Concerto para flauta doce em dó menor - Vivaldi

(começa só por volta de 2:20)

Para quem gosta de flauta doce Vivaldi é um compositor muito especial, porque ele tem vários concertos para flauta que são uma delícia de ouvir. Esse é um dos mais conhecidos e tem umas partes rápidas que devem ser dificílimas de tocar. Uma coisa que gosto nas músicas do Vivaldi é que, em concertos, elas quase sempre animam o público e fazem as pessoas balançarem a cabeça e baterem o pé. :P

Assobio a jato (1º movimento) - Heitor Villa-Lobos


Essa peça é a exceção do meu top 10. Não vi ao vivo, não é de flauta doce, não faz parte de nenhum filme/etc que eu tenha visto. Conheci ao baixar uma porção de músicas do Villa-Lobos porque eu estava atrás de uma que tinha ouvido em aula. A da aula foi encontrada e mais tarde deletada, mas essa aqui ficou. Gosto da combinação da flauta com o violoncelo.

O quebra-nozes - Tchaikovsky


Essa também conheci vendo Fantasia e reouvi inúmeras vezes no meu CD com os balés mais famosos do Tchaikovsky e mais inúmeras vezes assistindo patinação no gelo (das minhas escolhas deste top 10, essa é a única música constantemente usada por patinadores). Minha parte preferida provavelmente é a Valsa das Flores.


Bom, esse é o meu top 10, faça o seu você também!

domingo, 7 de setembro de 2014

DL do Tigre: As variações de Lucy

Título: As variações de Lucy
Autora: Sara Zarr
Editora: iD

Lucy era uma menina prodígio do piano e sua vida parecia se resumir a ensaios, viagens, recitais e competições, sempre pressionada pelo avô e pela mãe, que exigiam que ela fosse sempre a melhor. Um dia, em plena competição na Europa, ela fica sabendo da morte da avó antes de se apresentar e simplesmente deixa o palco, abandonando o piano. Lucy então tenta reconstruir sua vida sem o instrumento, enquanto a responsabilidade de ser um grande músico recai sobre seu irmão mais novo. No entanto, quando ela conhece o novo professor do irmão, seu amor pelo piano começa a redespertar e ela passa a repensar em sua decisão.

Escolhi esse livro porque eu já o tinha em casa e gosto bastante de música clássica (apesar de achar o piano um instrumento superestimado). YAs contemporâneos não são o meu gênero literário preferido, mas tenho grande simpatia por eles, então estava bem animada e ansiosa para ler.

É um livro sobre amadurecimento e autoconhecimento, sobre tentar recuperar o gosto pelas coisas que um dia foram preciosas. Gostei bastante do enfoque maior na família e não tanto nos amigos e achei o relacionamento entre a Lucy e o irmão muito fofo, assim como gostei que o amor romântico, embora presente, não seja o foco.

Quanto aos personagens, não achei nenhum especialmente memorável. Ainda não sei se gostei ou não da Lucy, pois apesar de achar fácil me identificar com ela (menos com a parte do talento) às vezes a achei meio chatinha, principalmente em seus momentos de paixonite tonta por homens mais velhos.

Gostei de ver o ambiente da música clássica representado em um livro, porque não é algo que vejo com tanta frequência e me traz lembranças do anime Nodame Cantabile (recomendo muito!). Além disso, o livro me deixou com vontade de ouvir mais música clássica, vou até escrever um post com as músicas que eu adoro aqui no blog, assim como há uma lista com as músicas que a Lucy adora no final do livro.  

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Leituras e compras de agosto

Nunca escrevi antes um post com o balanço de leituras do mês porque raramente tenho muito a dizer e quase sempre tenho preguiça, mas como ando animada com o blog (escrevi oito posts em agosto!) vou tentar transformar esse tipo de postagem em uma tradição mensal. Veremos como eu me sairei.

Li oito livros neste mês. Uma pausa nas visitas à biblioteca no começo do mês me permitiu fazer a fila andar e acabei lendo livros meus, um do meu pai e dois que minha tia emprestou. 



O lado bom da vida - Matthew Quick
Tinha vontade de ler esse livro desde que o filme foi lançado e foi um desses casos de ter visto o filme antes de ler, embora eu não me lembrasse de muitas coisas importantes do filme. O livro é bem legal, divertido, gostoso de ler. O Pat como narrador me incomodou um pouco no começo porque ele é exageradamente otimista e acaba parecendo bem idiota, mas com o tempo me acostumei. Minha avaliação: o livro é melhor que o filme (que é mediano).


Fup - Jim Dodge

As irmãs Penderwick - Jeanne Birdsall
Relato de um certo oriente - Milton Hatoum
Li outro livro do autor, Dois irmãos, faz um tempo e adorei. Relato de um certo oriente não me agradou tanto assim e achei meio arrastado em alguns momentos, mas a escrita do Hatoum é fascinante e eu adoro um bom drama de família como esse. :P


A redoma de vidro - Sylvia Plath
Lido para o clube do livro do qual estou participando. Já tinha ouvido altos elogios a esse livro e agora posso confirmar que todos são merecidos. Não tenho muito a dizer além de: leiam!


Viagem ao redor da Lua - Julio Verne
Lido para o projeto Volta ao mundo em 12 livros do blog ConversaCult. Só depois de pegar na biblioteca é que percebi que era uma edição adaptada, mas decidi ler assim mesmo, afinal, se eu gostasse muito, poderia ler a integral depois, e se não gostasse, tudo bem, porque pelo menos é curto e fácil de ler.
Gostei bastante da primeira parte, sobre o clube do canhão e os preparativos para a viagem e acho interessantíssimo ler o livro com o conhecimento sobre o espaço que temos hoje. No entanto, assim que os personagens se encontram no espaço a coisa fica meio científica/educativa demais para o meu gosto. Desculpa, Julio Verne, mas não quero saber sobre as montanhas da Lua.


Depois da escuridão - Sidney Sheldon e Tilly Bagshawe
Minha tia me emprestou esse livro faz um tempão e fiquei adiando a leitura porque é um livro comprido, mas eu estava sendo boba. Ele é desses que você devora sem pensar muito, querendo descobrir o que acontece no final. É meio previsível em certos momentos, tem alguns personagens mal desenvolvidos e quase todas as personagens femininas são detestáveis, mas de resto é um ótimo entretenimento. 


Tia Julia e o escrevinhador - Mario Vargas Llosa
Comprei esse livro faz um tempão e finalmente decidi ler. É sobre o envolvimento amoroso entre um jovem aspirante a escritor e uma mulher mais velha, entremeado pelas radionovelas de um boliviano muito doido que trabalhava na mesma rádio do rapaz. Gostei muito do livro, acho que é meu segundo preferido do Vargas Llosa dos quatro que li (só perde para Conversas na catedral).




E agora vamos às compras! Foram dez livros, sete comprados na Bienal e três em um sebo.


Esses eu comprei no estande da Companhia das Letras. Já tinha lido o primeiro dessa coleção do Lemony Snicket na biblioteca, mas já que eu quero muito ler o segundo e os dois estavam com desconto...
Esse do Jesus eu já tinha esquecido que existia, apesar de gostar muito do autor, e fiquei feliz em vê-lo baratinho. :3


Esses eu comprei no estande da Intrínseca. Os dois da Lionel Shriver eu queria ler faz tempo, mas raramente ficavam com preços bons o suficiente nas promoções da internet. Eles são meio grandes e pesados, então amaldiçoei um pouco a autora enquanto eu andava carregando o peso pela Bienal.
O das plantas foi minha irmã quem escolheu na hora, de ver a capa e ler a sinopse. Espero que seja bom.
E O jantar eu estou doida de vontade de ler. :)


Esses três eu comprei no Sebo do Messias, no centro de São Paulo. Fui lá só para comprar o Queijo, que eu conheci lendo uma resenha do Desafio Literário, mas aí fui fuçar os livros em inglês e acabei levando mais dois. The Witch of Blackbird Pond me chamou atenção porque ele venceu a Newberry Medal, minha premiação literária preferida. A história envolve uma comunidade de puritanos nos EUA, o que não parece muito interessante, mas aparentemente há a amizade entre uma jovem e uma velha, e eu sempre gosto dessas coisas. Já o Not Fade Away é do Jim Dodge, autor de Fup, que eu amei e resenhei aqui.

Foi um mês bem agitado e cheio de livros, espero que  os meses seguintes continuem assim!