Mais quatro leituras depois de um tempão sem países diferentes. Comecei o ano com vontade de diversificar os países e por enquanto tenho conseguido, mas já começo a temer e antecipar o momento em que terei que pisar em terreno desconhecido e explorar autores dos quais pouco ouvi falar.
The Underdog - Markus Zusak (Austrália)
(em português: O azarão)
Minha primeira experiência pela Oceania aqui no desafio. Eu pretendia ler uma antologia de contos que tenho aqui em casa para representar a Austrália, porque acho que antologias dão um bom panorama da literatura local, mas o Projeto Volta ao Mundo em 12 Livros tinha o Zusak como representante da Austrália em janeiro, então mudei de plano.
Gostei muito de A menina que roubava livros e de Eu sou o mensageiro, mas não tinha altas expectativas em relação a O azarão. Não sei se foi minha falta de entusiasmo ou o e-book com algumas falhas, só sei que não consegui me envolver muito com a leitura. Me senti lendo por ler.
O livro tem seus méritos: é agradável de ler, dá para sentir o estilo do Zusak, as partes com os sonhos do protagonista são interessantes... No entanto, não consegui me identificar. E é curioso, porque o protagonista tem dilemas parecidos com os meus, e mesmo assim não consegui me identificar o suficiente para que a leitura engatasse.
Tenho ainda uma vaga vontade de ler o resto da trilogia, mas vou deixar isso para o futuro distante.
Esse livro parte de uma premissa curiosa: a juventude se virou contra os idosos. O romance acompanha Isidro Vidal e seu grupo de amigos aposentados, que viram sua vida pacata transformada após os ataques. Não só eles passam a temer todos a sua volta, como passam a ver a velhice com os mesmos olhos pessimistas dos jovens.
Gostei bastante do livro e, após a leitura, acho que posso incluir o Bioy Casares na minha lista de autores quase-preferidos.
Esse é um romance muito curto sobre um casal que não deu certo. Eu não sabia muito sobre ele, minha irmã leu antes e não gostou tanto quanto esperava, e eu gostei bastante. Ele tem suas reflexões metalinguísticas, uma edição bacana e dá para ler de uma sentada. Gostei, mas sinto que já estou o esquecendo.
É um romance adolescente que eu queria ler há bastante tempo mas sempre adiei sei lá por que motivo. Finalmente o li e não me arrependi nem um pouco.
Conta a história de um adolescente invisível na escola. Quando as férias de verão chegam, ele é um dos poucos não convidados para a festa de Tatjana, a menina que ele gosta. Inconformado, ele se vê diante de longas férias aborrecidas e solitárias, mas o novo aluno da escola, um russo que vive bêbado, chega em um carro roubado e propõe uma viagem até a Valáquia. Sem opção melhor, ele aceita, e os dois partem, sem mapa e sem nenhuma ideia de como chegar à Valáquia, passando por todo tipo de aventura maluca durante a viagem.
É um livro divertido, muito envolvente, com personagens cativantes. Tem paisagens lunares, excursão ao lixão, perseguição policial, porcos mortos. Tem até referência a Harry Potter!
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