quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Mangás: Vitamin e Limit

Seguindo minha resolução de ler mais mangás, comecei a acompanhar as notícias sobre os lançamentos aqui no Brasil. Em meio a um monte de títulos que não me interessam nem um pouco, encontrei esses dois mangás da Keiko Suenobu que despertaram minha atenção.


Vitamin

Ano de publicação no Japão: 2001
Volumes: 1
Editora: JBC

Sinopse: Esse primeiro mangá publicado pela Keiko Suenobu nos apresenta Sawako Yarimizu, uma colegial que leva uma vida normal. No entanto, sua vida muda completamente quando ela é vista transando com o namorado em uma sala vazia na escola. Todos, inclusive suas amigas, passam a vê-la como uma vagabunda, e ela passa a sofrer as mais diversas humilhações. Incapaz de lidar com os colegas e de se abrir com os professores e os pais, ela acaba se isolando e só encontra forças para se reerguer quando revive seu antigo sonho de se tornar desenhista de mangá.


Comentários: O mangá trata o bullying de maneira bastante crua e direta, de um modo que é impossível ficar indiferente à leitura. É bem pesado, cheio de sofrimento e me pareceu um tanto exagerado, mas o final é esperançoso e libertador. Como a história é contada em apenas um volume, algumas coisas se desenvolvem rápido demais, sem muito aprofundamento, mas isso não chega a incomodar. Além do bullying e do slut-shaming, o mangá também aborda temas como a pressão escolar e familiar para se ter um futuro bem-sucedido e questiona a educação tradicional como único caminho possível.


Limit

Ano de publicação no Japão: 2009-2011
Volumes: 6
Editora: JBC

Sinopse: Mizuki Konno vive de acordo com a corrente: amiga das populares da classe, ela faz o que é preciso para manter essa posição, mesmo que isso inclua crueldades contra as pessoas fora de seu pequeno círculo privilegiado. No entanto, durante uma excursão escolar, o ônibus em que a classe estava despenca de um barranco e quase todos morrem. As poucas que restaram precisam encontrar uma forma de sobreviver no meio do mato enquanto o resgate não chega, porém, longe do ambiente escolar, com fome e medo, o ressentimento vem à tona e elas revelam suas verdadeiras faces.


Comentários: Não sabia muito o que esperar desse mangá, que acabou me agradando em alguns aspectos e decepcionando em outros. Gostei da protagonista, que tinha uma atitude omissa na escola e precisa rever seus conceitos após o acidente. O grupo de personagens, que apresenta personalidades bastante variadas, também me agradou. Gosto de ver pessoas que não têm nada a ver umas com as outras fora de seu ambiente natural, sendo forçadas a interagir. O ritmo varia bastante, e o mangá não conseguiu prender minha atenção tão bem, mas ao fim de cada volume sempre havia um acontecimento marcante que me deixava ansiosa pela continuação.

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Esses dois mangás me deixaram interessada em conhecer mais da obra da Keiko Suenobu, que, até onde sei, sempre aborda o bullying de alguma forma. Apesar de alguns exageros, gostei da maneira crua e intensa de seus mangás e das situações extremas em que ela coloca suas personagens. 

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