sexta-feira, 18 de março de 2016

Livro: To the lighthouse

Título: To the lighthouse
Autora: Virginia Woolf
Editora: Wordsworth

Sempre tive um pouco de medo da Virginia Woolf. Narrativas modernistas, que exploram o psicológico dos personagens com o uso do fluxo de consciência, costumam me intimidar. Apesar de já ter lido outras obras da autora, Mrs. Dalloway e Noite e dia, continuei com esse medinho, mesmo sabendo que provavelmente era bobagem minha.

Aproveitei março, mês das mulheres no Desafio Skoob, para finalmente ler To the lighthouse (Ao farol ou Rumo ao farol, na tradução brasileira) e descobri que estava certa em ter medo, porque foi uma experiência bastante penosa.

O romance é dividido em três partes e acompanha a família Ramsay e seus convidados em uma casa de praia. É o típico livro em que quase não há ação e o que importa é o interior dos personagens. Com o uso da técnica do fluxo de consciência, oscilamos entre os pensamentos dos vários personagens, um bando de pessoas bem desinteressantes. Temos a sra. Ramsay, bela, mãe de oito filhos, preocupada em ser uma boa anfitriã e imersa em reflexões sobre si e sobre os outros; temos James, o filho caçula, que deseja ir ao tal farol do título; temos Lily Briscoe, uma pintora repleta de dúvidas a respeito do quadro que está pintando; e temos vários outros personagens que não me pareceram interessantes o suficiente para eu escrever sobre eles aqui.

A escrita de Woolf é bastante poética, mas não de uma maneira leve e fluida, e sim de uma maneira confusa e cansativa que faz o leitor menos atento (eu) se perder. O livro acabou tendo um efeito meio soporífero sobre mim, que não conseguia ler mais que umas poucas páginas por dia e acabei levando uma semana para ler um livro tão curto.

Apesar dos pesares, o romance tem algumas passagens bonitas e marcantes. Leitores mais pacientes provavelmente farão bom proveito dele.

Lido para o Desafio Skoob (março: livro escrito por mulher) e o Desafio Livrada! (um cânone da literatura ocidental).

6 comentários:

  1. Esse ainda não li. Em geral, nunca tive problema com o fluxo de consciência. O único livro da V. Woolf que me desagradou foi Orlando, mas o problema foi o tom fantasioso da história (com isso eu geralmente tenho conflitos... hahaha).
    bjo

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    1. Fluxo de consciência em geral me faz divagar demais, aí fico empacada na leitura. :P Tenho muita vontade de ler Orlando, acho a premissa fascinante!

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  2. Até hoje, nunca li Virginia Woolf, mas ela está na minha lista! A técnica no fluxo de consciência pode mesmo nos confundir, Lygia Fagundes Telles também usa e abusa dela e há quem não entenda muito bem os seus enredos... Gostei do fato de você ser sincera mesmo com uma autora consagrada. *_____* Parabéns!

    Leitora Compulsiva
    http://olhoscastanhostambemtemoseufascinio.blogspot.com.br/

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    1. Fluxo de consciência só funciona bem comigo quando o enredo é bem impactante, acho. Gosto bastante da Lygia Fagundes Telles. :)

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  3. Achei que você não tinha participado esse mês, pq não achei seu livro lá! Acho que passei batido por ele! hehehehehe

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