Livros
Pax – Sara Pennypacker
Pax é uma raposa que adora o seu menino. Porém, com a guerra, o menino precisa ir morar com o avô, e seu pai o convence a abandonar o bichinho na floresta. Mais tarde, o garoto se arrepende de seu ato e parte em uma jornada perigosa em busca de Pax, enquanto a raposa se mantém fiel ao dono e tenta reencontrá-lo. O livro é bonitinho, mas não gostei muito de como a raposa foi caracterizada, pois ela me pareceu humanizada demais para um animal (mas não o tipo de humanizado demais que fica interessante).
Nota: 3,25
O crime do padre Amaro – Eça de Queirós
Faz algum tempo que não leio um livro classicão, desses de se ler na escola/faculdade, e confesso que ando com preguiça para esse tipo de livro. No entanto, O crime do padre Amaro não foi de todo chato. A história do jovem padre que vive cercado de beatas e religiosos e se apaixona por uma jovem é interessante, e a crítica ao clero e à sociedade hipócrita também.
Nota: 3,25
Lua de larvas – Sally Gardner
Standish vive com o avô em uma área sob o controle da Terra Mãe. Seus pais desapareceram, seu melhor amigo e a família desapareceram, e ele e o avô vivem sob o risco constante de também desaparecer. Mas Standish sabe de algo que pode abalar a Terra Mãe e salvar seu amigo. Gostei bastante do estilo da autora e de como ela constrói o universo do livro, apesar de tê-lo achado um tanto confuso. O final me pareceu meio corrido, ou pelo menos não me empolgou tanto quanto a primeira metade.
Nota: 4
Te vendo um cachorro – Juan Pablo Villalobos
Teo é um homem idoso que vive em um condomínio cheio de outros idosos, dos quais ele vive se esquivando, pois não quer se juntar à tertúlia literária e às outras atividades que eles organizam. Ele passa os dias matando baratas, citando Adorno para se livrar de gente inconveniente, bebendo no bar, conversando com a quitandeira ou com o jovem mórmon que sempre o visita. É um livro bastante bem-humorado, com personagens excêntricos e acontecimentos inusitados.
Nota: 4
Tirza – Arnon Grunberg
Jörgen Hofmeester é um homem de meia-idade que parece respeitável e realizado, mas que esconde seu desconforto. O retorno inesperado da esposa que o abandonou há alguns anos e a partida de sua filha preferida, por quem ele é obcecado, para uma viagem à África o deixam em crise. Hofmeester é um personagem bastante desprezível e a narrativa apresenta uma tensão constante que a torna fascinante.
Nota: 4
O homem de olhos dançantes – Sophie Dahl
Livro curtinho e ilustrado sobre uma jovem sonhadora e o seu amor. É um livro poético e gracioso. Gostei das ilustrações.
Nota: 3,25
Stories – Neil Gaiman e Al Sarrantonio (org.)
Coletânea de contos bem heterogênea com histórias de autores como Roddy Doyle, Joe Hill, Joyce Carol Oates, Diana Wynne Jones e Chuck Palahniuk. A maioria dos contos tem um pé no realismo fantástico, alguns de maneira bem sutil, outros nem tanto. Meus favoritos foram “The thuth is a cave in the Black Mountains” do Neil Gaiman (que foi publicado aqui no Brasil como um livro individual) e “Weights and measures” da Jodi Picoult. Teve um ou dois contos que achei bem chatinhos, mas o resto variou de regular a bom, e foi legal conhecer novos autores ou revisitar autores queridos.
Nota: 3
Quadrinhos
Quadrinhos insones – Diego Sanchez
O livro reúne histórias curtinhas e variadas. Gostei de algumas, de outras nem tanto. A capa brilha no escuro!
Nota: 3
Vírus Tropical – Power Paola
HQ autobiográfica sobre a infância e a adolescência da autora. Ela conta com bastante bom humor os altos e baixos de sua vida cheia de acontecimentos e personagens curiosos. O maior defeito, na minha opinião, é que o livro acaba meio de repente.
Nota: 4
Metrópolis – Osamu Tezuka
Baseado muito vagamente no filme homônimo de Fritz Lang, esse mangá conta a história de uma criatura superpoderosa gerada pela ciência, um vilão que pretende dominar o mundo e uma rebelião das máquinas contra a humanidade. É uma leitura rápida e divertida, mas que tenta abordar temas demais e acaba falhando em desenvolvê-los. Algumas páginas a mais ou uma enxugada em alguns plots menos importantes fariam bem à obra.
Nota: 3
Animes e séries
The O.C.
Eu era apaixonada por essa série na adolescência e resolvi rever para matar as saudades. Vendo hoje é muito mais fácil notar os defeitos dela, como os draminhas desnecessários em excesso, mas ainda assim, foi bem divertido rever. A trilha sonora continua ótima!
Nota: 3,5
Gekkan Shoujo Nozaki-kun
Após uma declaração de amor mal interpretada, Sakura descobre que o menino de quem ela gosta é um autor de mangás shoujo. Ela passa a trabalhar como assistente dele, na esperança de que ele perceba seus sentimentos, mas ele é muito desligado em relação a romance (apesar de ganhar a vida escrevendo histórias melosas). É um anime divertido e muito gostosinho de assistir, com um grupo de personagens engraçados e cheios de manias.
Nota: 4
Mindhunter
Série da Netflix sobre dois agentes do FBI que iniciam um estudo nos anos 70 sobre serial killers, entrevistando assassinos famosos para compreender o que os levou a cometer tais crimes, o que os ajudaria a resolver outros crimes semelhantes. A história não é muito a minha cara, mas gostei bastante da série.
Nota: 3,75
Filmes
Raw
Uma garota vegetariana é tomada pelo impulso irresistível de comer carne após um trote na faculdade de veterinária. Gostei do filme, bem intenso, um pouco estranho.
Nota: 3,5
Hells
Esse filme é uma colcha de retalhos malfeita. Num ritmo frenético, ele nos mostra uma garota que morre em um acidente e vai parar no inferno, que é uma escola controlada por um demônio que se veste como Elvis. Para sair de lá, só se formando, portanto, ela tem de lidar com as aulas, as colegas que não vão com a sua cara e as loucuras do diretor. No entanto, coisas acontecem e de repente ela se vê em uma batalha entre personagens bíblicos, e aí o filme já não faz mais muito sentido. A estética cartunesca com um estilo meio Tim Burton é a parte mais interessante do filme. O resto é uma bagunça.
Nota: 2,5
Curtas
Descobri esse site com curtas de animação japoneses antigos e passei um tempinho dando uma olhada no que ele tem a oferecer. Não costumo ver animações muito antigas, então foi interessante ver as diferentes técnicas e estilos que eles adotavam na época.
Namakura Gatana (1917)
Uma das primeiras animações japonesas, conta a história de um samurai que compra uma espada e deseja testá-la, desafiando as pessoas que ele encontra por aí. Vale assistir pelo valor histórico.
Nota: 3,25
Propagate (1935)
Animação abstrata e geométrica sobre a reprodução de plantas. Porém, se a sinopse não dissesse que esse é o tema, ficaria difícil de adivinhar (com exceção das partes em que aparecem palavras), porque é tudo bem estranho. Se o filme tivesse som, ele provavelmente seria bem mais interessante.
Nota: 3
Kokka Kimigayo (1931)
O curta mostra alguns mitos da origem do Japão enquanto o hino é tocado. Ele usa a técnica de silhuetas com recortes, que dá um aspecto muito legal ao filme.
Nota: 3,75
Dobutsu orinpikku taikai (1928)
Animação divertida sobre animais em uma competição esportiva. Temos um elefante forçudo que é craque no arremesso de disco, um porquinho péssimo na corrida com obstáculos que suga o ar de um balão para ganhar mais flutuação, um macaco e um cachorro que ficam brigando durante os 1.500 metros. Achei bem engraçadinho!
Nota: 4
Compras
Depois de alguns meses sem comprar nenhum livro, é lógico que eu não iria resistir à Festa do Livro da USP. Comparando com anos anteriores, até que comprei pouca coisa. Primavera foi uma compra de impulso. A capa me chamou a atenção, a edição é bonitinha, vi que é um romance estoniano e que parece ser o tipo de livro infantojuvenil que eu gosto, logo, comprei. Estou muito curiosa para ler O homem sem doença agora que li Tirza. Vamos ver se o autor consegue me agradar pela segunda vez. Não sei muito sobre Rosalie Lightning além de que é uma graphic novel sobre a morte da filha do autor. Parece bonito e triste, que em geral é o tipo de HQ que eu gosto. E, finalmente, A mulher de pés descalços é um romance ruandês inspirado pela mãe da autora.
Para a minha surpresa, não comprei nada na Black Friday. Os únicos livros que eu realmente queria não estavam com descontos grandes o suficiente. Meu bolso e minhas estantes lotadas agradecem.
É isso!
Eu não achei “Lua de Larvas” lá essas coisas. Na verdade, achei o romance bem fraquinho.
ResponderExcluir“Tirza” é sensacional. Tem que dizer o mínimo possível para não revelar nada da história. Acho que por isso não fiz resenha do romance de Arnon Grunberg.
Muito interessante esse site com os curtas de animação japoneses antigos (*-*).
Mesmo que financeiramente não valha a pena para mim, um dia gostaria de conhecer a Festa do Livro da USP. Ótimas compras!
Beijos, Lígia!
Que pena que você não gostou de "Lua de larvas", achei o livro bem legal.
ExcluirSim, "Tirza" é muito impactante.
Acho que só vale a pena ir à festa do livro se por acaso você estiver em SP na época, porque o evento em si não tem nada de especial além dos descontos, é só um monte de editoras vendendo livros e uma multidão de gente comprando. :P
Excelentes suas escolhas de novembro. Quero muito ler Tirza e o do Villalobos (só li o primeiro dessa coleção). Li o do Padre Amaro entre 2015 e 2016 e gostei muito das críticas ao clero e à sociedade portuguesa como um todo. 'Raw' e 'Mindhunter' me agradaram em cheio. Já anotei esse site de animações japonesas antigas para dar uma espiada.
ResponderExcluirBeijo!
Meu preferido dos livros do Villalobos ainda é o "Festa no Covil", mas o "Te vendo um cachorro" é muito divertido. Dos três da série, só não gostei muito do segundo.
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