Fiquei um tempão relutando sem saber direito o que escrever
no blog sobre a atual temporada de patinação. Não sabia se fazia uma
retrospectiva do Grand Prix antes da final ou se comentava um pouquinho de tudo
o que aconteceu até aqui, incluindo os Challengers e Junior Grand Prix. Acabei
optando pela segunda opção, no entanto, como minha memória é péssima e fui
burra e não anotei os nomes dos patinadores que me chamaram a atenção no começo
da temporada, não tenho muito o que falar das primeiras competições.
Yuzuru Hanyu, que sofreu uma lesão no tornozelo |
Lesões e withdrawals
Essa temporada está sendo marcada por muitas lesões e gente
se retirando de competições. Não sei se o pessoal está realmente mais machucado
que o normal ou se só estão sendo mais cautelosos devido às Olimpíadas (talvez
um pouco dos dois). Só sei que hoje mesmo, no dia em que escrevi isso, já li
três notícias de patinadores que não vão participar de seus campeonatos
nacionais devido a lesões. L
Espero que todos melhorem até as Olimpíadas!
Pódio do nacional de 2016 (eu não me importaria com um repeteco) |
Patinadoras japonesas
Sempre me dói pensar que o Japão tem apenas duas vagas para
as Olimpíadas. A Satoko e a Wakaba são minhas favoritas, com certeza, mas as
outras patinadoras também são imensamente talentosas e simpatizo com a maioria
(mesmo ficando com birra de algumas de vez em quando, mais por motivos externos
do que por elas mesmas). Fiquei surpresa com os saltos da Kaori, mesmo achando
o programa livre dela meio ???; apreciei e torci pela Rika Hongo; me juntei
mentalmente aos coros de “Mai was robbed” e “Wakaba was robbed” e até mesmo
“Marin was robbed” em alguns momentos, porque não esperava algumas das pontuações
baixas que elas receberam; fiquei muito feliz vendo a consistência da Wakaba em
suas primeiras competições e vendo o público virando fã dela, para então ter o
coração quebrado depois do programa livre no GPF; e fiquei aliviada ao ver a
Satoko voltando à forma depois de tanto tempo se recuperando de uma lesão.
Estou meio feliz (e surpresa, porque antes da temporada
começar eu não estava com expectativas muito altas) que as minhas favoritas tiveram
o melhor desempenho na temporada por enquanto, se classificando para o Grand
Prix Final, mas ao mesmo tempo ainda estou nervosa com o desempenho delas no
campeonato japonês, que define as vagas. Parte de mim está aliviada que a
competição provavelmente vai acontecer enquanto eu ainda estou dormindo
tranquilamente, porque acho que meus nervos não conseguiriam aguentar assistir
tudo ao vivo.
Pódio do GPF (um pódio muito atípico porque o Shoma é quem está sorrindo mais entre os três) |
Um Grand Prix atípico para os homens
No papel, o Grand Prix parecia bastante previsível na
categoria masculina: cada etapa tinha dois homens do top 6, o que significava
que a medalha de ouro e prata ficaria para eles e o resto lutaria pelo bronze.
Na prática não foi bem assim. Por culpa de lesões e outros contratempos,
tivemos resultados um tanto inesperados, como um Grand Prix Final sem Yuzuru,
Javier, Boyang e Patrick. Apenas Nathan e Shoma puderam confirmar seu
favoritismo, enquanto outros patinadores surpreenderam, como Kolyada e Voronov.
Talvez o Grand Prix masculino não tenha sido tão empolgante quanto de costume,
mas foi interessante ver outros patinadores medalhando. E amei que o Misha Ge
ganhou sua primeira estrela medalha em um GP. <3
Novos favoritos
Em geral sou mais atraída pelo programa/coreografia do que
pela qualidade geral do patinador em si, mas pude notar no começo da temporada
que virei fã do “estilo canadense” de skating skills, se é que se pode chamar
assim. Virei fã do Keegan Messing e seu estilo fluido, somado à habilidade de
interpretar personagens. Também gostei muito do Liam Firus. Espero ver os dois
mais nas grandes competições internacionais.
Na categoria júnior, não tive grandes revelações. Assistir
as competições foi divertido, é claro, principalmente na categoria feminina, em
que as principais competidoras apresentam conteúdo técnico equivalente ao das
sêniores, mas fiquei um pouco cansada com a enorme quantidade de pupilas da
Eteri, que, em geral, não têm um estilo que me agrada muito. Meu destaque fica
por conta da Moa Iwano (principalmente no programa curto) e... é isso, eu acho.
Vale mencionar também o garoto que patinou trilha sonora do filme de Rurouni Kenshin.
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Por enquanto é só isso que tenho a comentar. Nessa semana começam os primeiros grandes campeonatos nacionais, com o Japão e a Rússia, e um pouco depois teremos os dos EUA e do Canadá, definindo alguns dos times olímpicos.
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