Livros
O brilho do amanhã – Ishmael Beah
Nota: 3
A menina que tinha dons – M. R. Carey
Romance pós-apocalíptico sobre uma garota que vive
aprisionada em uma base militar, isolada do mundo externo e caótico. Melanie é
uma menina inteligente, que vive em uma cela, frequenta as aulas com os colegas
e adora sua professora. Ela não compreende por que os soldados parecem ter medo
dela, assim como não sabe muito sobre o mundo lá fora. Porém, tudo muda quando
a base é atacada e ela se liberta de sua prisão, só para descobrir que a vida no
exterior é ainda mais hostil. O romance tem um ritmo rápido, que poderia
facilmente ser transposto para as telas de cinema. Achei a primeira parte do
livro, com mais mistérios e menos aventuras, mais interessante que a segunda.
Vi que o autor lançou outro livro que se passa nesse universo e fiquei meio
curiosa.
Nota: 3
Dias de abandono – Elena Ferrante
Após adorar a tetralogia napolitana, estava com altas
expectativas para ler os outros livros da autora. Me decepcionei um pouquinho
com esse aqui, mas talvez tenha sido mais porque andei lendo livros com tema
parecido nos últimos tempos do que por demérito do livro. O romance conta sobre
o fim de um casamento do ponto de vista da mulher, que fica desorientada e
frustrada após se sacrificar pelo marido durante tantos anos.
Nota: 3,25
The Great Unexpected – Sharon Creech
A Sharon Creech é autora de um dos meus livros preferidos, Andar duas luas. Esse é o segundo
romance dela que leio (já li também um livro de poesia), e confesso que adiei a
leitura por medo de me decepcionar. No final, não me decepcionei, mas também
não me apaixonei pelo livro. A história se passa em uma cidadezinha, onde vivem
duas órfãs que levam vidas normais, apesar de seus passados trágicos. Tudo muda
quando elas encontram um menino misterioso que caiu de uma árvore, que as deixa
fascinadas e curiosas. O livro alterna a história principal com uma história
paralela que parece bastante confusa a princípio e se esclarece no final
(apesar de eu ter achado que alguns pontos não ficaram muito bem explicados).
Gostei bastante dos personagens e do relacionamento entre eles, do clima da
cidadezinha e de como os mistérios foram se desenvolvendo.
Nota: 3,5
Baseado em fatos reais – Delphine de Vigan
Delphine é uma escritora que publicou um livro
autobiográfico após algumas investidas não tão bem-sucedidas na ficção. Porém,
após o sucesso, ela tem dificuldade em pensar em sua próxima obra. É então que
ela conhece L., uma ghost writer
confiante e misteriosa que logo se torna sua melhor amiga. L. deseja que
Delphine escreva outro livro autobiográfico e se envolve cada vez mais na vida
da amiga, até um ponto em que Delphine não consegue fazer quase nada sem ela. Gostei
do livro, mas esperava mais. É o tipo de romance que me envolveu bastante
durante a leitura, mas que esqueci logo depois. O livro tem uns paralelos com Misery, do Stephen King, o que achei
interessante.
Nota: 3
Minha metade silenciosa – Andrew Smith
Palito não tem uma orelha e é alvo de bullying dos colegas
por causa disso. Em casa, as coisas não são muito melhores: seus pais são
bastante severos e castigam duramente os filhos toda vez que eles desobedecem
às regras da casa. O que o salva é o bom relacionamento com o irmão mais velho, mas ele vê
o mundo despencar quando o irmão briga com o pai e sai de casa. Gostei bastante
das duas primeiras partes do romance, que constroem os personagens e seus
relacionamentos; não gostei tanto da última parte, que me parece meio deslocada
do resto.
Nota: 3,25
Barba ensopada de sangue – Daniel Galera
Minha maior curiosidade a respeito desse livro é que ele se
passa em Garopaba, cidadezinha no litoral de Santa Catarina que visitei uma
vez. A história é a de um homem que, após o suicídio do pai, vai morar na
cidade, acompanhado apenas da cadela que pertencera ao pai. No passado, seu avô
havia morado e morrido ali, em um incidente envolto em mistério. O livro é
muito bem escrito e, mesmo em momentos em que nada acontece, conseguiu manter
meu interesse. No entanto, eu esperava um pouquinho mais.
Nota: 3,75
Quadrinhos
Uma bolota molenga e feliz – Sarah Andersen
Esse livro reúne algumas tirinhas da autora, que são bem
populares na internet. São historinhas simples, curtas e bem-humoradas sobre a
vida de uma jovem nos dias de hoje. É uma boa leitura descompromissada.
Nota: 3
Animes
Mahou Shoujo-tai Arusu
Anime sobre uma menina comum, Arusu, que vai parar em um
mundo mágico. Lá, ela se depara com uma sociedade bruxa que a vê com
desconfiança, mas logo conquista amigos com seu jeitinho engraçado, corajoso e bondoso.
No entanto, esse mundo se encontra em crise, e Arusu talvez seja a chave para
resolver os problemas. Esse é um anime do estúdio 4°C, que é mais conhecido
pelos filmes e curtas um pouco mais experimentais do que a média. Visualmente,
é um anime muito bonito (apesar de irregular), com personagens e um universo
interessantes, mas achei a história fraca. Talvez ele tenha sido prejudicado
pela curta duração dos episódios (cerca de 10 minutos cada), o que gera
problemas de ritmo e desenvolvimento do enredo.
Nota: 2,75
Chouyaku Hyakuninisshu: Uta Koi.
Esse anime foi uma surpresa muito positiva! Cada episódio é
baseado em um poema/poeta da antologia Hyakuninisshu, geralmente com tema
amoroso. A maioria dos personagens são figuras históricas e poetas importantes,
como Sei Shonagon, autora de O livro do travesseiro, e Murasaki Shikibu, autora
do Genji Monogatari. O anime conta histórias de amores impossíveis, amores com
finais felizes, amores improváveis e às vezes de algumas amizades, tudo com a
poesia em papel de destaque. Para quem tem algum interesse em poesia japonesa e
na vida da corte no Japão antigo, é um anime mais que recomendado.
Nota: 4
Aku no Hana
Takao é um garoto que adora ler, especialmente As flores do
mal, de Baudelaire. Um dia, ao voltar à escola para buscar o livro que ele
esqueceu na classe, ele vê as roupas de ginástica da menina de quem ele gosta e
as pega. No dia seguinte, todos da escola estão achando que um pervertido
roubou as roupas da garota, e Takao se sente incrivelmente culpado. Para
piorar, a esquisitona da classe o viu pegando as roupas e ameaça revelar o
segredo, a não ser que ele faça um pacto com ela. Esse anime foi bastante
criticado pela animação em rotoscopia, que deixa os personagens com um visual
bastante atípico em animes e que muitos consideram feio (eu achei normal). Eu
já sabia da polêmica antes de começar a assistir, então fiquei bastante
surpresa com o quanto gostei do visual realista da obra e o quanto achei que
ele combinou com o clima geral da série. A história capturou minha atenção
desde o comecinho, pois é bastante impactante, e o anime é excelente em criar
um clima de tensão. A única coisa que realmente me incomodou é que a série
termina em aberto, preparando-se para uma segunda temporada que provavelmente
não virá. Vou ter que ler o mangá, mas provavelmente vou estranhar o visual
convencional dele. :P
Nota: 4,25
Filmes
Moonlight
Queria ver esse filme desde a época do Oscar, mas fui
adiando e adiando. No final, achei meio decepcionante, não porque seja um filme
fraco, mas porque não vi nada de muito excepcional nele.
Nota: 3,5
Dançando no escuro
Que filme triste! Mesmo já sabendo que ele seria triste,
achei ainda mais triste do que esperava. Ele conta a história de uma mulher que
está perdendo a visão e trabalha duramente em uma fábrica para pagar a cirurgia
de seu filho e poupá-lo da doença. Apesar da vida dura, ela é otimista e, como
grande entusiasta de musicais, fica devaneando e transformando sua rotina em um
musical.
Nota: 4
Toast
Filme simpático sobre um garoto que, após a morte da mãe,
tenta conquistar a afeição do pai preparando pratos deliciosos. No entanto, ele
tem a concorrência da faxineira, uma cozinheira de mão cheia que também quer
conquistar o afeto do pai dele. É um filme agradável, mas não é muito mais que
isso.
Nota: 3,5
O garoto fantasma
Animação francesa dos mesmos diretores de Um gato em Paris. No filme,
um menino internado no hospital descobre que consegue sair do corpo e passear
por aí. Ao conhecer um policial no hospital, ele usa essa habilidade para
ajudá-lo a encontrar um grupo de criminosos que estava ameaçando a cidade. É um
filme bem bonitinho.
Nota: 3,5
Digimon Adventure tri. 5: Kyousei
O quarto filme de Digimon foi bem ruinzinho, então não
estava nada animada em ver o quinto. Comparando com o anterior, até que ele não
é tão ruim, mas o grande intervalo entre cada lançamento me fez esquecer toda a
história e tudo virou uma grande bagunça na minha mente. No geral, o filme
apresenta os mesmos defeitos dos anteriores, como problemas de ritmo e várias questões
ainda não respondidas na narrativa. Estou achando que Digimon tri. foi um erro,
mas continuo assistindo porque sou trouxa.
Nota: 2,75
Lígia, o que você não gostou em "Dias de Abandono"?
ResponderExcluirEu amo “Uta Koi”! Acho esse anime espetacular e complementa muito o mangá / anime “Chihayafuru”.
Quanto “Aku no Hana”, também acho que a animação em rotoscopia combinou demais com a narrativa. Como a história é bizarra, acredito que os produtores quiseram repassar justamente essa estranheza. Acho pouco provável que produzam uma segunda temporada, mas quem sabe. Bem, melhor ler o mangá. E sim, você se acostuma rápido, pois “Aku no Hana” é sensacional.
Beijos, Lígia!
Meu problema com "Dias de abandono" foi que eu tinha lido livros com temática parecida há não muito tempo, então senti que estava lendo o mesmo livro. Do livro em si, o fim não me agradou tanto, eu acho.
ExcluirAinda não vi Chihayafuru, mas parece ser bom.
Que bom que você também acha que o estilo da animação combina com o anime! Vi tanta gente falando mal que fiquei me sentindo a do contra. :P
Quero muito ler 'A menina que tinha dons' para ver o filme. E 'Baseado em fatos reais' me surpreendeu positivamente. Gostei de 'Um gato em Paris'. Vou procurar esse outro para assistir. :)
ResponderExcluirNem sabia que o filme de "A menina que tinha dons" já foi lançado. O livro tem um ritmo/estilo bem cinematográfico, espero que tenha gerado um filme bom.
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