Faz muito tempo que não falo de patinação aqui no blog. E faz muito tempo que não consigo assistir a uma competição quase inteira. Os horários sempre são absurdos, eu sempre tenho compromissos no meio ou então simplesmente não tenho paciência para enfrentar horas de patinadores não tão bons e prefiro priorizar os últimos grupos.
No entanto, o mundial de 2016 está com um bom horário e vou conseguir assistir a quase tudo! (exceto boa parte do programa curto feminino e o início do programa livre dos pares, mas são as categorias que menos gosto atualmente, então tudo bem). E o melhor é que parte da competição está passando/vai passar na TV (obrigada, SPORTV! Continue investindo na patinação, por favor).
Nos primeiros dois dias de competição já tivemos altas emoções e algumas decepções. Eis o que me chamou atenção até o momento:
Dança curta
Na dança é raro termos grandes erros e surpresas. Talvez a maior surpresa tenha sido ver Gilles/Poirier (Canadá) em quinto, considerando que eles só tinham recebido notas baixas nesse programa até agora. Eles fizeram algumas mudanças na música, que agora é um medley dos Beatles em vez de Beatles/valsa(?)/Beatles e me fez lembrar o quanto a música Norwegian Wood é linda. Curioso notar como a mudança de música muda o tom do programa, que antes me parecia meio farsesco e agora é um pouco mais normal. Gosto bastante da entrada nos twizzles e achei os elementos muito bem executados.
A outra surpresa foi ver Weaver/Poje (Canadá) em quarto, atrás de Chock/Bates. Considerando que são uns dos favoritos nos últimos anos, eles não estão conseguindo obter resultados tão bons assim nos mundiais, e fico meio triste ao pensar que na temporada que vem Virtue/Moir devem voltar, provavelmente deixando W/P como dupla nº2 do Canadá. Não sou grande fã desse programa deles (meio antiquado), mas torço para que eles consigam subir uma posição na dança livre.
Os Shibutani (EUA) estão com ótimos programas este ano e fico muito feliz em ver que eles encontraram seu estilo e estão sendo recompensados por isso depois de muitos anos meio relegados. Esse programa curto é uma graça, mas o longo é o verdadeiro trunfo deles.
Já Papadakis/Cizeron (França) são meus amorzinhos. Esse não é meu programa favorito deles, mas a qualidade da dupla é inegável.
Das duplas que não estão no topo, gostei muito de alguns elementos, como os twizzles e o rotational lift, do programa de Kaliszek/Spodirev (Polônia), gosto da dupla Fournier Beaudry/Sorensen (Dinamarca) (ótima escolha musical!) e de Hubbel/Donohue (EUA).
Programa curto masculino
Yuzuru Hanyu |
Após um tempinho tristonho sem o grande Daisuke Takahashi, nesta temporada adotei um novo favorito: Shoma Uno. Campeão júnior na temporada passada, ele iniciou bem a temporada atual, com medalhas nas etapas do Grand Prix e um bronze no Grand Prix Final. Acho difícil ele conseguir uma medalha no mundial, mas estou na torcida. Ele ficou em quarto no programa curto, sem grandes erros além de um problema na combinação do triple flip-double toe. Achei que faltou um pouco da energia habitual, mas é normal que ele esteja um pouco mais nervoso e cauteloso no mundial.
O Yuzuru Hanyu (Japão) arrasou como de costume. Não bateu o próprio recorde por apenas alguns décimos e abriu uma vantagem de mais de dez pontos para o segundo colocado. Apesar de o estilo dele não ser meu preferido, é sempre empolgante vê-lo patinar.
O Javier Fernandez (Espanha) foi bem, mas caiu no segundo quádruplo. Patrick Chan (Canadá) também foi bem e também caiu. O Denis Ten (Cazaquistão) infelizmente não veio com sua habitual força de fim de temporada e foi bem ruinzinho (12º lugar). Estou torcendo para ele conseguir se reerguer um pouco no longo.
Gostei muito de ver o Misha Ge (Uzbequistão), que estava meio sumido no início da temporada. O programa dele foi mais sutil que o normal e demonstrou bem sua versatilidade. A roupa dele lembra algo que o Johnny Weir ou o Yuzuru vestiriam, hahaha.
Das surpresas: adorei o Mikhail Kolyada (Rússia). Ótimo saltos e muito carisma. Mal posso esperar para ver o longo dele, ao som de O estranho mundo de Jack! Amei o Deniss Vasiljevs (Letônia), ótimo artístico e sit spins originais, e o Julian Jhi Jie Yee (Malásia).
O Javier Fernandez (Espanha) foi bem, mas caiu no segundo quádruplo. Patrick Chan (Canadá) também foi bem e também caiu. O Denis Ten (Cazaquistão) infelizmente não veio com sua habitual força de fim de temporada e foi bem ruinzinho (12º lugar). Estou torcendo para ele conseguir se reerguer um pouco no longo.
Gostei muito de ver o Misha Ge (Uzbequistão), que estava meio sumido no início da temporada. O programa dele foi mais sutil que o normal e demonstrou bem sua versatilidade. A roupa dele lembra algo que o Johnny Weir ou o Yuzuru vestiriam, hahaha.
Das surpresas: adorei o Mikhail Kolyada (Rússia). Ótimo saltos e muito carisma. Mal posso esperar para ver o longo dele, ao som de O estranho mundo de Jack! Amei o Deniss Vasiljevs (Letônia), ótimo artístico e sit spins originais, e o Julian Jhi Jie Yee (Malásia).
Programa curto feminino
Satoko Miyahara |
Só consegui assistir aos três primeiros grupos, um pedacinho do quarto e o final do último. Como não tenho grandes favoritas nessa categoria, ainda não me animei a ir atrás das apresentações das patinadoras que não consegui ver (preciso ver a Mirai, a Ashley e a Zijun, mas preguiça).
Fiquei contente com a boa apresentação da Gracie Gold (EUA). Gosto desse programa curto e, quando ela acerta, os saltos dela são realmente bons. Achei que a Satoko Miyahara (Japão) merecia nota um pouco melhor para o que ela apresentou.
Diferentemente do masculino e da dança, pouquíssimas atletas dos primeiros grupos me impressionaram. Achei os programas sem graça e as escolha musicais, horríveis. A regra que permite música vocal está gerando tantos programas genéricos ao som de Feeling Good e I Put a Spell on You que até senti falta da música clássica batida de sempre. Das patinadoras iniciais, a única que merece menção é a Amy Lin (Taipei), que achei muito graciosa, expressiva e com ótimos elementos.
Dança livre
Shibutanis |
Me repetindo aqui: Papadakis/Cizeron lindos!!! Tão leves, tão elegantes. Vitória merecida!
Não gosto muito do Coldplay, mas acho o programa dos Shibutani muito bonito e aqui eles foram bem como de costume. Só achei que ver os dois depois da maravilha que são os franceses fez eles perderem parte da magia.
Os poloneses Kaliszek/Spodirev, que já tinham me agradado no curto, me surpreenderam aqui também. Muitos elementos diferentes. E falando em diferente, adoro Gilles/Poirier e o programa super estranho deles. Eles são o tipo de dupla que ousa bastante e nem sempre acerta, mas acho ótimo que haja pelo menos alguns patinadores assim, que arriscam criar fora da caixa.
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Por hoje é só. Quando a competição acabar eu volto com mais comentários. (e o post das randomicidades de março vai sair atrasado, porque a patinação está atrasando toda a minha vida u_u)
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