Pretendia fazer um monte de coisas em março, mas acabei fazendo as mesmas coisas de sempre (com a diferença de que li bem mais mangás do que o normal e vi bem menos filmes do que nos meses passados). Pela primeira vez em muito tempo fiquei um mês inteiro sem comprar ou ganhar nenhum livro, o que é bom, porque a lista de livros não lidos aqui está gigantesca.
Livros lidos
A exposição das rosas - István Örkeny
Nota: 4
Colmeia - Gill Hornby
Imagine uma versão do filme Meninas malvadas em que Regina George e sua trupe são adultas e o centro de suas vidas é a escola dos filhos. Colmeia é basicamente isso, um livro sobre o mundo hierárquico das mães, com suas picuinhas, fofocas e muitos eventos para arrecadar fundos para a escola. Os personagens são bem unidimensionais e caricatos, mas para mim isso funcionou bem na narrativa.
Nota: 3,5
O pequeno Nicolau no recreio - Sempé e Goscinny
Mais aventuras dessa turminha muito louca. Não achei as travessuras da vez tão interessantes quanto as do primeiro livro, talvez porque não faz muito tempo que reli o primeiro.
Nota: 3,5
To the Lighthouse - Virginia Woolf
Nota: 2
As aventuras de Pi - Yann Martel
Nota: 3
Nota: 3,75
Passarinha - Kathryn Erskine
Uma menina com síndrome de Asperger tem que lidar com a morte de seu irmão em um ataque escolar. O livro é muito bonitinho, porém não é muito mais que isso. Gosto de narradores menos tradicionais, mas aqui achei que não funcionou tão bem. Esperava mais.
Nota: 3,5
Antes de dormir - S.J. Watson
A premissa do livro me atraiu muito: uma mulher tem amnésia e acorda todos os dias sem se lembrar de nada de sua vida adulta. No entanto, o livro tem um ritmo bem irregular, meio repetitivo na metade e acelerado no final, que não me agradou, e não fiquei muito satisfeita com a resolução.
Nota: 3,25
Quadrinhos
Adolf - Osamu Tezuka (vols. 1-3)
Pretendia ler esse mangá para o Desafio Skoob de abril (Holocausto), mas acho que o mangá é mais sobre Hitler e a segunda guerra em geral, sem muito foco nos judeus, então não sei se vale. De qualquer forma, estou gostando muito da leitura.
O chinês americano - Gene Luen Yang
O livro narra três histórias diferentes: a de um menino descendente de chineses que vive nos EUA e sofre preconceito por sua origem; a de um adolescente constrangido com a visita do primo chinês que é um estereótipo total; e a de um deus macaco que desejou ser o que não é e foi punido. Confesso que achei a primeira história bem mais interessante e preferia que as outras não existissem, mas gostei da forma que as três narrativas se entrelaçam, achei bem inesperado.
Nota: 3,25
Preto e branco - Taiyo Matsumoto (vol. 1)
Não tenho muito a dizer ainda. É bem diferente das coisas que costumo ler e não faço ideia do rumo que a história vai tomar.
Hourou Musuko - Takako Shimura (vols. 5-9)
Estou meio empacada na leitura. O mangá é um pouquinho repetitivo demais para o meu gosto, mas tem muitos momentos adoráveis.
Neon Genesis Evangelion - Yoshiyuki Sadamoto (vols. 1-3)
Amo o anime de Evangelion, mas nunca tinha dado bola para o mangá. É interessante reviver a história em outra mídia, e eu gosto bastante do traço do autor. O único problema é que o mangá sofre do mal de todos os mangás: as cenas de ação são chatas. Felizmente Evangelion é muito mais que lutinhas, senão eu não iria aguentar.
Séries / animes
Continuo acompanhando os mesmos de sempre. Não terminei nada e não comecei nada novo. Estou na reta final de vários animes, então abril será um mês de despedidas.
Filmes
Casa grande (Fellipe Barbosa, 2014)
Vi muita gente comparando esse filme com Que horas ela volta?, e eles realmente apresentam muitas semelhanças: família rica, convivência entre empregada e filho da família, foco em adolescentes em época de vestibular. A grande diferença é que o filme da Anna Muylaert tratou do assunto com mais sutileza, enquanto Casa grande acaba sendo didático demais ao abordar alguns dos tópicos. Ainda assim, achei o filme bom.
Nota: 3,75
O último concerto (Yaron Zilberman, 2012)
Depois de
Mozart in the Jungle, fiquei com vontade de ver mais filmes/séries sobre música clássica. Neste filme, um quarteto de cordas está prestes a completar 25 anos. Entretanto, quando um dos membros descobre que está doente, a harmonia entre os músicos é abalada. Achei meio fraquinho.
Nota: 3,25
Fargo (Joel Coen, 1996)
Faz algum tempo que queria ver esse filme. Ele conta a história de um homem que contrata uma dupla de criminosos para sequestrar a própria esposa com o objetivo de ficar com parte do dinheiro do resgate, pago pelo sogro, que é rico. Não preciso nem dizer que o plano não dá lá muito certo, não é? É incrível ver como cada erro leva a erros maiores ainda. Agora fiquei com vontade de assistir à série homônima, apesar de saber que não tem tanto a ver.
Nota: 3,5
Digimon Adventure tri. 2: Ketsui (Keitaro Motonaga, 2016)
Esse filme continua de onde o anterior parou e foca em Mimi e Joe. Há bastante slice of life, com os personagens indo às fontes termais para relaxar um pouco e organizando o festival escolar. Os conflitos de Mimi e Joe são interessantes, mas a resolução foi meio besta. O filme é um pouco mal balanceado, concentrando quase toda a ação no final, e termina com uma revelação para deixar os fãs ansiosos pelo próximo filme.
Nota: 3
Força maior (Ruben Östlund, 2014)
O filme mostra uma família sueca de férias nos Alpes. Durante o almoço, ao verem uma avalanche controlada que parecia que ia se descontrolar, o pai se assusta, abandona a esposa e os filhos e sai correndo, o que gera desentendimentos entre o casal durante o resto da viagem. Esse é um filme que eu queria ver faz tempo e que não decepcionou, transmitindo muito bem o clima de desconforto que se instaurou na vida do casal.
Curta:
A mosca (Ferenc Rófusz, 1981)
Vencedor do Oscar de melhor curta de animação, o filme mostra o ponto de vista de uma mosca que voa para dentro de uma casa. E é isso. O estilo da arte é muito interessante, todo distorcido, e o filme dá uma sensação aflitiva.
Nota: 3,5