Autora: Bae Su-ah
Editora: Estação Liberdade
O que me chamou atenção ao ler uma resenha desse livro foi que ele falava sobre o lado nada glamuroso da Coreia do Sul. Estamos acostumados a ver a Coreia como um país próspero, com um sistema educacional excelente e exportador de cultura pop, mas o livro revela a faceta miserável do país.
O romance é fragmentado e apresenta personagens diferentes em cada capítulo, que se ligam uns aos outros de alguma forma. Ele mostra gente como um homem que se degenerou após um incidente e agora passa os dias sem fazer nada, dependente da mulher, sonhando com comida; uma filha passiva controlada pela mãe muquirana que esconde um monte de dinheiro mas não gasta; uma jovem que se mata de trabalhar para poder pagar o casamento; um jovem que aceita um trabalho e se vê envolvido com uma mulher esquisita em uma casa bagunçada; um homem que decide viver apenas dos restos dados pelos outros.
O ruim de um romance com essa estrutura é que nem todos os personagens são tão interessantes. Eu particularmente achei o início do livro bem mais forte que o final, pois as ligações entre os personagens eram mais próximas e as histórias eram mais marcantes. Fiquei curiosa para saber mais sobre algumas das situações apresentadas, como as consequências diretas do mandu de bucho e o que aconteceu com o Sae-won, mas acabei ficando só na expectativa mesmo. Os capítulo finais, mais dissertativos do que narrativos, me cansaram bastante, e o que vinha sendo uma leitura excepcional acabou se transformando em uma leitura boa.
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E com essa resenha termina o meu mês de ler mulheres! No total li oito livros e resenhei todos. Dois eram da biblioteca e os outros eram meus. Não tive dificuldade em escolher os títulos, mas admito que se esse desafio se extendesse por mais alguns meses eu ia começar a ficar sem muitas opções aqui em casa. Já na biblioteca eu não teria problemas, tem muitas autoras que ainda quero conhecer.
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