quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Krabat

Título: Krabat
Autor: Otfried Preußler
Editora: HarperCollins

Krabat é um jovem pobre que vive vagando de vila em vila, pedindo esmola, até que um sonho misterioso o convoca a um moinho, onde ele se emprega como aprendiz. O que ele não sabia é que esse moinho na verdade é uma escola de magia das trevas. A comida é boa, ele tem um teto sob o qual dormir e aprender magia tem muitas vantages, mas coisas estranhas acontecem e ele precisa usar todas as suas habilidades para descobrir como acabar com aquilo.

Conheci a obra do Otfried Preußler por dois livros que li quando era criança: O menino das águas e A pequena bruxa. Esses dois livros são bonitinhos e bem infantis (pelo que me lembro), já Krabat é um pouco mais pesado e sombrio. Para vocês terem uma ideia, algumas edições em inglês têm o título The satanic mill (O moinho satânico), e aí eu fico me perguntando: que mãe/pai daria um livro com esse título para o filho??? Hahaha.

A magia tem papel importante na história, mas não esperem algo como um Harry Potter das trevas. Temos pouco acesso às aulas de magia de Krabat e seus companheiros, e elas consistem basicamente na decoreba de fórmulas mágicas. Na maior parte do tempo, o que vemos é o trabalho de Krabat no moinho, trabalho braçal mesmo, com um eventual acontecimento funesto.

O desenvolvimento da história é meio lento. O livro acompanha três anos da vida de Krabat no moinho, então temos uma repetição de ciclos sazonais que me lembrou bastante o livro Naufrágios, por focar bastante no trabalho. No início eu me impacientei pela lerdeza/falta de interesse de Krabat nos mistérios do moinho, além de sentir falta de um maior desenvolvimento dos personagens e dos relacionamentos entre eles, mas mais para o final o livro melhora bastante.

Krabat tem um tom de conto folclórico/conto de fadas antigo que muito me agrada, mas achei que, para esse tipo de história, o livro se estende demais. Por algum motivo, não sei se pela tradução para o inglês, estranhei o estilo da escrita, que me pareceu seco, mas nada que incomode demais. O livro foi publicado aqui no Brasil pela Martins Fontes, e talvez ler em português fosse melhor.

-----------------------------

Consegui o livro em e-book graças a minha irmã, que tem conta no NetGalley, um site que oferece legalmente e-books ainda não publicados para avaliação. Na maioria dos casos você precisa ser aprovado para receber o e-book, mas há alguns e-books disponíveis para download imediato e dá para encontrar coisas legais entre eles. Se você tem e-reader, vale a pena ;).

Livro lido para o Desafio Literário Skoob, tema fantasia.

5 comentários:

  1. Eu sou preguiçosa ao extremo para ler em qualquer outra língua q não seja o português! hehehehe
    E o pior é q nem me envergonho em falar isso! hahahahaha
    Mas suuuper me interessei pelo livro! Vou procurar pra ver o preço!!

    Ah, não apresse pra responder a tag! ;)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Também ando meio preguiçosa, fazia bastante tempo que eu não lia em inglês (e sempre acho estranho ler em inglês livros traduzidos de outras línguas) :P

      Excluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Acho que só o "pesado e sombrio" já me mantém longe dele. Mas, ainda assim adorei a resenha. Gosto disto, ser apresentada a novas possibilidades...
    Será que este funcionaria lá no mês do terror, para uma leitora nada corajosa?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ele tem seus trechos mais assustadores, mas em geral o clima se mantém tranquilo, então não acho que valeria para o mês do terror. No começo da leitura eu achei que ele iria mais para esse lado assustador, mas, como eu disse na resenha, o livro foca muito no cotidiano deles trabalhando e essas partes não tem nada de terror.

      Excluir