sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Desafio literário - Desorientais

Título: Desorientais
Autora: Alice Ruiz S
Editora: Iluminuras

Meu terceiro livro de poesia do mês e o segundo de haicais. A verdade é que eu, que desdenhava dessa forma poética por seu aspecto "qualquer um pode fazer igual", acabei gostando de haicais. Ainda não é algo que eu leria por pura e espontânea vontade, sem nenhum estímulo externo, mas é algo que dá para ler com prazer. Talvez o que eu tenha gostado mais neles, além da brevidade e da aparente descomplicação, é o olhar por vezes inusitado do poeta sobre um cena, um detalhe, e tudo o que o haicai apenas sugere e deixa para você imaginar.

"Desorientais" é dividido em três partes. A primeira reúne haicais mais tradicionais, em geral sobre a natureza, a segunda é de poemas dedicados a alguém ou escritos em conjunto, e a última é de poemas amorosos.

Achei os haicais de "Desorientais" mais elaborados que os de "Janelas e tempo", menos tradicionais, mais ousados; mas no geral acho que gostei mais do "Janelas". Ou não.

Aqui uma breve seleção de haicais de que gostei:

mosquito morto
sobre poemas
asas e penas

varal vazio
um só fio
lua ao meio

entre uma estrela
e um vagalume
o sol se põe

flor de estrada
um pouco mais de vento
flor na estrada

noite cheia
lua minguante
meu quarto crescente

felicidade
todos os sentidos
num só leque

lá o sol vai
ali a lua vem
e você nem isso

lembra aquele beijo
corpo alma e mente?
pois eu esqueci completamente

por você
eu esperava
por mim não

Essa foi minha última leitura do DL 2012. Foi uma boa jornada e consegui completar tudo, mesmo com os percalços e leituras atrasadas. Depois escreverei um post de encerramento sobre o DL (a.k.a. lista de melhores e piores leituras).

Nos vemos no desafio do ano que vem!

dia que termina
nenhuma pressa
ano que começa 

domingo, 23 de dezembro de 2012

Desafio literário - Junho - A máquina do tempo

Título: A máquina do tempo
Autor: H.G. Wells
Editora: Nova Alexandria

Mais uma resenha atrasadíssima, desta vez do tema de junho, viagem no tempo. Não é um tema que me empolgue muito e por isso acabei não me esforçando muito em junho, porque já estava sobrecarregada com os trabalhos para a faculdade e não queria mais preocupações.

Escolhi "A máquina do tempo" porque faz tempo que queria ler algo do Wells e esse se encaixava no tema. Ele conta sobre as experiências do Viajante do Tempo em sua viagem ao futuro, em que ele esperava encontrar uma civilização evoluída, mas se depara com duas raças descendentes dos humanos, os Eloi e os Morlock, muito diferentes de tudo que o Viajante esperava a princípio.

O começo do livro não me empolgou muito, o primeiro capítulo era um tanto científico para o meu gosto, mas da metade em diante, a coisa foi ficando boa, muito boa. Gostei muito do futuro imaginado por Wells e de como o Viajante foi descobrindo e interpretando aos poucos o que via. 

Resumindo: valeu a pena correr atrás do livro agora em dezembro. ;)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Desafio Literário - Livro dos sonetos

Título: Livro dos sonetos
Autor: Organização de Sergio Faraco
Editora: L&PM

Mais uma vez me aproveito dos livros que minha irmã teve que ler na escola em um passado quase remoto. Não pretendia ler esse, mas quando fui pegar o "Janelas e tempo", achei-o lá no armário e pensei "por que não?".

O livro reúne sonetos portugueses e brasileiros, de 1500 a 1900. Há poemas de autores como Camões, Fernando pessoa, Augusto dos Anjos, Florbela Espanca, Tomás Antônio Gonzaga, Sá de Miranda, Camilo Pessanha, etc. E a maioria versa sobre temas tradicionais da lírica: amor, amor, amor...

Não gosto muito de poesia, muito menos em uma forma engessada como o soneto, e se pudesse optar por um corte temporal, escolheria poemas do Modernismo até o presente, e não 1500-1900. Então, é, não gostei muito do livro. Fiz uma leitura superficial da maioria dos poemas e só gostei mesmo de três ou quatro deles, em geral os mais pessimistas e depressivos da seleção.

Aqui um poema que gostei e que talvez vocês conheçam, que tinha que ser do Augusto dos Anjos, um dos poucos poetas anteriores ao Modernismo que eu gosto (o outro seria o John Donne, talvez):

Versos Íntimos


Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!


Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.


Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.


Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!




Desafio Literário - Julho - O coronel e o lobisomem

Título: O coronel e o lobisomem
Autor: José Cândido de Carvalho
Editora: José Olympio

Resenha super atrasada, eu sei, mas tive que interromper essa leitura em julho e só pude retomar agora. O livro acabou prejudicado por isso, pois voltei a ele sem lembrar direito das coisas e acabei não gostando tanto quanto poderia gostar. Felizmente ele é mais ou menos episódico, o que tornou a leitura descontinuada mais fácil.

"O coronel e o lobisomem" venceu o prêmio Jabuti de romance de 1965. Ele conta as aventuras do coronel Ponciano de Azeredo Furtado, fazendeiro de Campos dos Goitacazes, homem valente e orgulhoso, que gosta de contar vantagem e se mete em confusão com onças, lobisomem a até sereia. 

O livro tem o tom de uma conversa, de uma contação de causos (muitos deles beirando o absurdo). A linguagem remete a oralidade e tem suas doses de invencionices. É bem divertido, mas recomendo apenas para aqueles que possam ler de uma vez só, sem intervalos de cinco meses no meio.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Desafio literário - Janelas e Tempo

Título: Janelas e Tempo
Autora: Teruko Oda
Editora: Escrituras

Não costumo ler poesia, então minha escolha deste mês se baseou na facilidade. Queria algo leve e que eu tivesse em casa. "Janelas e tempo" é um livro curtinho de haicais que minha irmã teve que ler para a escola, na 4ª série. Uma boa opção para mim.

Para aqueles que não sabem ou não lembram, haicais são poemas japoneses de apenas três versos. Roubando um pedaço da introdução do livro: "Diferente da poesia ocidental, o haicai não informa, não explica, não mostra tudo. É poesia predominantemente sugestiva, de efeito sensorial. A cena haicaística procura mostrar apenas o suficiente para possibilitar ao leitor a possibilidade de completá-la através de evocações poéticas próprias" (p. 9-10). Nesse livro a autora reflete sobre como uma questão fundamental para o haicai japonês, o ciclo da natureza, pode ser ser transferida para o ambiente brasileiro, sem estações bem definidas. 

O resultado são haicais variados, sobre a noite, o dia, o mar, o vento. Em vários a contemplação se resume à natureza, mas há alguns que olham para o humano nessa natureza, e eu gostei disso, do tom levemente crítico, das visões do cotidiano, da atenção aos detalhes.

Selecionei alguns haicais para vocês lerem:

Final de dezembro -
Sacolas pedem passagem
no metrô lotado.

Num lento encolher
os dias se acumulando - 
Outono fenece.

Só não vendem almas
na porta do cemitério - 
Dia de Finados

Nos degraus da igreja
farto almoço de Natal
Pombos e mendigos.

No baú dos sonhos
definir prioridades - 
Manhã de Ano Novo.

Manhã de inverno - 
Uma passarinho molhado
morto no quintal.

Praia de inverno - 
A indefinível solidão
da areia sem dono.

Olhando assim, dá para ver que os haicais são simples, o tipo de coisa que você pensa, "ah, eu consigo fazer um também", e consegue mesmo. Isso foi o que mais gostei na leitura, é simples e acessível, e pode inspirar o leitor a elaborar seus próprios haicais.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Desafio literário 2013

Mais um desafio literário e mais uma vez eu fico pensando "ah, não vou participar, isso acaba prendendo minhas leituras etc.", mas na hora que os temas são anunciados, fico louca fazendo minha lista, hahaha.

Bom, então aqui está a minha lista rascunho, mais com opções de leitura do que com escolhas definitivas. Se alguém tiver sugestões, eu aceito! Se alguém quiser sugestões, pode pedir!


Janeiro - Tema Livre

Para aproveitar o tempo junto da família e dos amigos com muita leitura, o tema é livre! Aproveitem para escolher obras que, por algum motivo, não foram lidas no ano que se foi. Releituras não valem, pois o propósito maior do DL é desencalhar os livros daquela lista básica de leituras pendentes – que não para de crescer nunca.

Hora de desencalhar os livros comprados/emprestados, viva!

Fevereiro - Livros que nos façam rir

No mês da alegria e da folia, está valendo quaisquer obras que despertem o riso pela comicidade presente no enredo.

- Tristram Shandy - Laurence Sterne (detalhe: eu comecei a ler esse livro há aproximadamente um mês, mas no meu ritmo de leitura, fevereiro é um bom prazo para terminá-lo xD)
- Qualquer Terry Pratchett que eu tiver em mãos
- Cândido - Voltaire

Março - Animais protagonistas

Após as festas de fim de ano e o carnaval, quando a vida é retomada de fato, devemos ler obras cujos personagens protagonistas são os animais. Vale dizer que eles podem até compartilhar a posição de personagem principal com outros personagens humanos, mas nunca estando em menor destaque.

- Eu sou um gato - Natsume Soseki (não gostei muito do E Depois, mas vou dar uma nova chance ao autor; esse livro parece mais legal)
- O leão e o chacal mergulhador (vale fábula, né?)

Abril - Uma ou mais das quatro estações no título

Se a tendência é Outono/Inverno ou Primavera/Verão, não importa. A moda da vez é ler obras que contenham no título uma ou mais das quatro estações do ano.

- Verão - Coetzee
- O outono do patriarca - Gabriel Garcia Marquez

Maio - Livros citados em filmes

Literatura e Cinema são tão intrínsecos! Para quem é cinéfilo, não será tão difícil escolher as obras citadas em filmes; para quem não o é não há motivo para preocupação. Nossa equipe irá preparar uma lista especial para atender aos objetivos não só deste mês como também de todo DL.

Esse eu ainda não sei. Não assisto muitos filmes e os que assisto não são lá muito de ficar citando coisas... Sugestões?

Junho - Romance Psicológico

No Brasil, o romance psicológico mais famoso é Dom Casmurro, de Machado de Assis. Até hoje, paira dúvida se Capitu traiu Bentinho. Este gênero literário, portanto, caracteriza-se por ressaltar a mente humana. O meio ambiente em que se passa a história é irrelevante se comparado ao pensamento e ao comportamento dos personagens, cuja intimidade é revelada pelo agir e sentir.

- Os ratos - Dyonelio Machado (quero ler isso livro faz um tempão, mas sempre deixo para depois, então ele é a prioridade do mês)
- Ratos - Gordon Reece
- A paixão segundo GH - Clarice Lispector
- A visita cruel do tempo - Jennifer Egan
- O agente secreto - Joseph Conrad
- Algo do Philip Roth

Muitas opções, livros mais densos e mês péssimo para leituras. :/

Julho - Cor ou cores no título

Férias é tudo de bom para quem pode! Pena que o tempo no inverno é acinzentado, né? Então aproveitem o tempo livre embaixo do edredom e com muita leitura. Neste mês só está valendo obras que contenha no título cor ou cores.

- O caderno vermelho - Paul Auster 
- A menina do capuz vermelho - Angela Carter

- O dia em que troquei o meu pai por dois peixinhos vermelhos - Neil Gaiman

- O roubo do elefante branco - Mark Twain
- Nascido em um dia azul - Daniel Tammet
- Olhos de cão azul - Gabriel Garcia Marquez
- O cão amarelo - Georges Simenon
- Antes do baile verde - Lygia Fagundes Telles
- A casa verde - Mario Vargas Llosa
- Meu nome é vermelho - Orhan Pamuk

Fui jogando nomes de cores na busca do skoob e marcando tudo que achei legal, haha. Foi bom ver que tem tantas opções, porque esse era um tema que estava me dando dor de cabeça.

Agosto - Vingança

A vingança é o ato de agir contra uma pessoa em resposta ao que ela tenha feito de prejudicial, de modo que ela sinta na pele o que se passou e que não repita mais a ação nociva. É o famoso “Olho por olho, dente por dente”. Neste mês, devemos nos deliciar com obras cuja trama seja a da vingança.

- O cigano - Stephen King
- Carrie - Stephen King
- A letra escarlate - Nathaniel Hawthorne

Peguei das sugestões do DL mesmo...

Setembro - Autores Portugueses Contemporâneos

O ícone maior da literatura portuguesa é, sem dúvida, José Saramago – o único a receber o Prêmio Nobel. Mas que tal descobrirmos outros talentos literários de Portugal? Neste mês, então, devemos ler obras de autores portugueses contemporâneos. Com certeza, haverá grandes revelações literárias!

- A máquina de fazer espanhóis - Valter Hugo Mãe
- O dia dos prodígios - Lídia Jorge (deveria ter lido para a faculdade, mas não passei das primeiras páginas, rs)
- Algo da Teolinda Gersão

Outubro - Histórias de superação

Quem sobrevive a grandes tragédias ou a graves doenças, comumente, relata sua experiência de superação, através da luta e da fé, pelos meios de comunicação locais, regionais, nacionais e internacionais. Neste mês, devemos ler histórias de superação – sejam reais ou fictícias e aproveitá-las como lições para toda a vida.

- Morte e vida de Charlie St. Cloud - Ben Sherwood

Não é lá meu tema preferido, mas veremos...

Novembro - Livros que foram banidos

A leitura é tão importante para a formação do ser humano que, em vários momentos da história, determinados livros foram banidos por serem considerados, pelas autoridades, inadequados à população – que poderia ser subvertida por meio da leitura. Em novembro, que tal ler livros que foram banidos?

- O conto da aia - Margaret Atwood

Eu até daria uma pesquisada melhor e faria uma listona como a de julho, já que os livros banidos são muitos, mas novembro é um mês tenso para leituras, então se eu conseguir ler esse único livro já fico contente. (se der tempo, eu tento encaixar um infanto-juvenil aí)

Dezembro - Natal

O ano passou voando! Para desacelerar o passo, devemos ler obras que falem do Natal – a época mais fraterna do ano. Entre um capítulo e outro, não se esqueçam de: montar o pinheiro, decorar a casa, comprar presentes, organizar o amigo secreto, preparar o cardápio e desejar FELIZ NATAL a todos! 

- O natal de Poirot - Agatha Christie
- A aventura do pudim de natal - Agatha Christie

Blé, não gosto de natal. u_u

Desafio literário - AvóDezanove e o segredo do soviético


É triste que o mês de autores africanos seja novembro, o mês mais tumultuado do ano para mim. Eu estava muito ansiosa para conhecer mais dos escritores da África, mas, é, não vai dar. Por sorte consegui encaixar essa leitura aqui bem no finalzinho do mês e não vou ficar sem participar do DL mais uma vez.


Escolhi esse livro porque o comprei para uma disciplina da faculdade e acabei não precisando ler (viva a desorganização da professora!). Já tinha lido um livro do autor anteriormente, "Os da minha rua", além de ter assistido uma palestra dele (muito simpático).

"AvóDezanove e o segredo do soviético" é um livro com gosto de infância e nostalgia, sobre a vida tranquila na PraiaDoBispo, com suas crianças, o louco EspumaDoMar, a VóAgnette, a VóCatarina e outros. Mas a construção do mausoléu pelos soviéticos põe tudo em risco e as crianças precisam agir para salvar o local.

A história tem momentos divertidíssimo e o estilo de Ondjaki me agrada muito, exceto quando ele se torna poético demais, mas é porque eu sou chata e sem sensibilidade para essas coisas. O livro tem um narrador infantil, o que dá aquela perspectiva única e mágica que só as crianças têm.

Para quem leu "Os da minha rua" esse livro tem um gostinho especial; como os dois são baseados na infância do autor, muitos personagens aparecem nas duas obras, mesmo que seja só uma referência rápida aqui e ali.

E eu fiquei feliz em ver que teve mais gente que leu Ondjaki este mês. :)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Samurai Champloo

Começarei aqui uma série de resenhas sobre os animes que eu terminar de assistir, com o intuito de incentivar minha irmã a assisti-los. Provavelmente vou desistir desse "projeto" logo, mas pelo menos eu comecei.

O último anime que assisti foi Samurai Champloo. Fui com altas expectativas devido aos elogios ouvidos por aí e por ser uma obra de Shinichiro Watanabe, diretor de Cowboy Bebop, e não me decepcionei. Ou melhor, minhas expectativas foram superadas!

Samurai Champloo narra a jornada de três personagens pelo Japão. Mugen é impulsivo, barulhento e tem um estilo um tanto peculiar de lutar. Jin é um samurai clássico, calado, misterioso e centrado. Os dois são o oposto um do outro, mas acabam reunidos por Fuu, que os resgata de uma condenação à morte e em troca ordena que eles a ajudem a encontrar o samurai com cheiro de girassol. Sim, essa parte do cheiro de girassol é estranha. Então eles seguem viagem em plena era Edo, em que se misturam elementos clássicos do Japão, como os próprios samurais, com elementos modernos, como hip-hop e baseball. A essência do anime é a mistura e isso também inclui uma certa aleatoriedade e mudanças bruscas de um episódio para o outro. A base seria a comédia, mas há episódios mais sérios (e alguns realmente incríveis e memoráveis).

Toda a parte visual e musical do anime são muito bem feitas (menos em um episódio, que o traço mudou de repente e ficou estranho). Destaque para o visual dos personagens, na maioria simples, mas marcante, e para a mistura entre música tradicional japonesa com hip-hop e outras coisas atuais. Em um ou dois episódios usaram música tradicional japonesa de maneira realmente incrível.

Eu gostei bastante das referências históricas, porque pude ver algumas coisas que estudei sobre a história japonesa, mas sei que para muita gente isso não seria algo exatamente positivo.

O anime lembra bastante Cowboy Bebop em alguns aspectos: o trio de personagens, a episodicidade aleatória e algumas coisas específicas em um episódio e outro, mas Samurai Champloo é bem mais descontraído e tem um brilho próprio (eu gostei mais de SC do que de CB, admito, mas sei que em geral ocorre o contrário).

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O meme literário de um mês - dias 26-31

Dia 26 – Fale de alguns hábitos literários seus. Como inspiração, veja a lista 1 e a lista 2 que fiz há algum tempo.

Não consigo ler no carro/ônibus, pois fico enjoada.
Tenho dificuldade em ler em ambientes barulhentos.
Raramente consigo ouvir música enquanto leio (embora às vezes faça isso).
Só leio mais de um livro por vez se for alguma leitura obrigatória e com prazo (para a faculdade, por exemplo).
Minha leitura rende mais de manhã do que de noite.
Anoto os livros que li e as datas da leitura em um bloquinho.

Dia 27 – Cite um livro que você gostaria de ler mas que por algum motivo nunca leu. Por quê? (Pergunta feita no Meme de 2010. Se você participou na época, procure comparar as respostas.)

Tem vários, mas vou citar "Os irmãos Karamázov", do Dostoiévski. Meu pai comprou faz uns dois anos e eu quero muito ler, mas o tamanho me intimida bastante e eu estou com outras prioridades de leitura.


Dia 28 - 5 livros que estão na tua pilha de “vou ler”. (Pergunta feita no Meme de 2010. Se você participou na época, procure comparar as respostas.)

Cloud Atlas - David Mitchell (tenho faz um bom tempo e ainda não li. Está para sair o filme e a matéria que li sobre ele me atiçou a curiosidade)
Não me abandone jamais - Kazuo Ishiguro
Retalhos - Craig Thompson
Submarino - Joe Dunthorne
A guerra das salamandras - Karel Tchapek

Dia 29 - Qual foi o último livro que você comprou? Fale sobre ele.

Não lembro direito. Mas possivelmente foi "Ivanhoe", do Walter Scott, para a faculdade. O problema é que no final eu vou acabar nem lendo...
Agora, se considerar compras para presente, o último que comprei foi "As coisas" do Georges Perec, para minha irmã. (dar livro para a minha irmã equivale a dar livro para mim mesma (e vice-versa) porque eu acabo lendo de qualquer jeito)


Dia 30 - Qual o livro que você leu esse ano que menos gostou? Fale sobre ele.

Robinson Crusoe, do Daniel Defoe. Se você só conhece esse livro de ouvir falar, é capaz de ter uma visão totalmente errada dele. O romance é basicamente sobre economia, enquanto eu achava que ele teria boas doses de aventura. E o Robinson é um chato.

Retiro o que disse, minha irmã me lembrou do Waverley, do Walter Scott. É um romance histórico sobre a Escócia lutando contra a Inglaterra. Chato, e eu ainda tive que ler no computador.

Sempre fico triste quando vejo nos outros blogs as pessoas falando que gostaram de todos os livros que leram e etc. porque meu caso é quase o oposto, parece que as leituras mais memoráveis foram as chatas.

Dia 31 - Qual o livro que você leu esse ano que mais gostou? Fale sobre ele.

Tem dois, mas nenhum deles foi O livro:
Festa no covil - Juan Pablo Villalobos: sobre um menino filho de um chefão do narcotráfico mexicano. Ele é rico e vive em uma fortaleza inexpugnável, tem um zoológico particular e quer um hipopótamo anão da Libéria.
Frango com ameixas - Marjane Satrapi: resenha lixo aqui

Espero que em dezembro, com mais tempo livre, eu consiga ler os livros que realmente quero, e aí essa resposta seria outra.

Fim do meme! 

Desafio literário - Frango com ameixas

Título: Frango com ameixas
Autora: Marjane Satrapi
Editora: Cia. das Letras

Após meses lendo só um livro (ou nenhum) para o Desafio Literário, finalmente consegui voltar a ler três, viva! Escolhi "Frango com ameixas" porque li Persepólis e gostei bastante.

A graphic novel é sobre o tio-avô de Marjane, Nasser Ali Khan. Após ter seu tar (instrumento de corda iraniano) quebrado pela mulher e perceber que não conseguia mais produzir sua música com outros instrumentos, ele decide morrer.  Em vez de se suicidar, como a maioria das pessoas faria, ele espera a morte vir até ele e usa esse tempo para refletir sobre sua vida.

E agora chegamos na parte difícil: eu gostei muito do livro, muito mesmo, mas não sei como expressar isso, não sei exatamente do que eu gostei. Sempre tenho esse problema e sou preguiçosa demais para tentar resolvê-lo. Então o que importa mesmo é que o livro é ótimo. Se você já leu Persépolis e gostou, essa é uma leitura obrigatória. E agora quero ler Bordados.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Desafio literário - Adeus tristeza

Título: Adeus Tristeza - A história dos meus ancestrais
Autora: Belle Yang
Editora: Quadrinhos na Cia.

Por uma estranha coincidência, minha irmã ganhou essa graphic novel bem no mês de graphic novels do DL. Embora eu tivesse outras opções, essa despertou mais minha curiosidade e foi a escolhida como a segunda leitura do mês.

Adeus Tristeza é uma HQ autobiográfica que conta a história de Belle Yang e de seus antepassados na China. A partir dos relatos do pai, ela constrói uma narrativa que revela muito sobre a cultura e história chinesas, começando com seu bisavô, um próspero proprietário de terras da Manchúria, até ela, uma garota moderna nos Estados Unidos. 

O livro mostra o impacto de eventos históricos como a Segunda Guerra Mundial e a chegada do comunismo na China. 

O traço da autora é interessante, meio rústico. Às vezes é esquisito, mas nas outras vezes é legal.

Gostei do livro, mas me perdi um pouco com os acontecimentos históricos, porque meu conhecimento dessas coisas é zero. O que mais me agradou nele foram as briguinhas e disputas entre os filhos do bisavô e o final melancólico. Recomendo a todos que se interessem pela cultura chinesa.

O meme literário de um mês - dias 23-24-25

Dia 23 - Com que frequência você lê fora de sua zona de conforto? Você costuma abrir os horizontes para novos escritores, gêneros, países quando o assunto é leitura ou você lê sempre o mesmo dos mesmos?

Eu ia falar que minha zona de conforto é bem ampla, mas aí lembrei que não costumo ler poesia nem não-ficção; esses eu só leio se for para a faculdade ou para o desafio literário ou se for sobre algum tema que me atraia muito. Agora, tratando-se de prosa de ficção, eu costumo ler coisas mais variadas.

Dia 24 – Cite um livro que você achou que não iria gostar e acabou adorando. Fale sobre ele. (Pergunta feita no Meme de 2011. Se você participou na época, procure comparar as respostas.)

O garoto da casa ao lado, de Irene Sabatini - eu achei que seria um romancinho besta, mas acabou me revelando muito sobre a história do Zimbábue.

Dia 25 – Cite um livro que você achou que iria gostar e acabou não gostando. Fale sobre ele. (Pergunta feita no Meme de 2011. Se você participou na época, procure comparar as respostas.)

Consegui pensar em dois:
Raça da noite, de Clive Barker - eu tinha altas expectativas por gostar de Abarat, mas achei esse livro ridículo.
Robinson Crusoe, de Daniel Defoe - eu sabia que esse não seria um passeio pelo parque, mas não imaginava que seria tão maçante.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O meme literário de um mês - dia 06 até 22

Dia 06 – Um livro que todos deveriam ler pelo menos uma vez. (Pergunta feita no Meme de 2010. Se você participou na época, procure comparar as respostas.)

Não sei, acho que cada um é cada um e não existe um livro universal, que vai agradar ou ser útil a todos. Há muitos livros importantes, mas não acho que exista um que seja fundamental.

Dia 07 – Você já pensou em escrever um livro? Se sim, sobre o que seria? Fale um pouco sobre o assunto.

Sim. Quando era criança eu escrevia muitas histórias e sempre sonhei em escrever um livro de verdade. Mas hoje eu não sei se ainda tenho essa vontade... Se eu escrevesse seria um livro infantil com elementos fantásticos ou com um pé em histórias tradicionais. Ou talvez um livro para crianças um pouco mais velhas, uma coisa um pouco mais introspectiva, sei lá.

Dia 08 – Cite um livro que você gostaria que nunca acabasse. Por que?

Nenhum, pelo simples fato de que eu não começaria a ler algo que eu sei que nunca acaba. Além disso, livros muito longos quase sempre começam a me cansar depois de um tempo.
Mas acho que, se houvesse um livro sem fim, este deveria ser algo como "As mil e uma noites", com uma moldura que reúne histórias independentes e histórias dentro de histórias. Um livro que não se basearia tanto na causalidade e na linearidade dos acontecimentos. Um livro que não exige que você leia tudo na ordem e que portanto não exige um final.

Dia 09 – O que você acha dessa “moda” de livros que acabam virando séries? É a favor? É contra? Não fede nem cheira? Diga o por quê.

Quando o autor já tem a série planejada desde o começo, eu não tenho nada contra, mas também não é algo que me atrai atualmente porque estou com pouco tempo para leitura. Agora, quando dá para perceber que o livro só virou série para gerar mais dinheiro, eu odeio. É o que aconteceu com Artemis Fowl, era para ter acabado lá no terceiro ou quarto livro, mas o autor resolveu mudar tudo e criar mais aventuras, e acabou forçando a barra. Perdeu uma leitora u_u.

Dia 10 – Spoilers te assustam? Fica triste quando lê algum sem aviso prévio ou não faz diferença saber detalhes essenciais da história?

Atualmente não muito, porque minha memória tá péssima e eu acabo esquecendo o que foi contado. Mas... é, eu não gosto de spoilers. Sei que tem gente que gosta, porque o que importa é saber como e não o quê; eu até concordo com essa visão, mas ainda acho mais divertido descobrir o que acontece por conta própria.
Na época de Harry Potter eu acabei sabendo do spoiler do quinto livro e fiquei muito triste/brava, aí nos livros seguintes eu comprei logo que lançou e fiquei lendo direto, para que ninguém estragasse as surpresas. xD

Dia 11 – O que faz um grande escritor? O que faz um grande livro? Quais são as qualidades essenciais em ambos, na sua opinião, para que eles estejam entre os melhores?

Hum, essa é uma pergunta difícil. Prefiro pular.

Dia 12 – Você prefere livros narrados em primeira ou em terceira pessoa? Na sua opinião, o tipo de narrador pode influenciar a história do livro? Fale sobre o assunto.

Não tenho preferência, mas acho que a escolha do narrador é determinante para o livro. Isso define toda a visão que teremos da história: se teremos uma visão parcial, se teremos acesso a tudo, se o narrador é confiável, se ele opina e interfere na história etc.
Uma coisa que eu gosto é quando há alternância de narradores em primeira pessoa, revelando um quadro mais completo, mas ainda assim incompleto (e muitas vezes confuso).

Dia 13 – Cite um trecho de um livro que você gosta.

Não sei... Não sou dessas que costuma selecionar trechos e tal...

Dia 14 – Você costuma frequentar bibliotecas?
A biblioteca municipal? A da faculdade? Quantos livros costuma pegar? Fale um pouco sobre o assunto.

Sim. Frequento a da faculdade e, eventualmente, uma municipal. Adoro ir à biblioteca porque minha situação com os livros aqui em casa está complicada, não tem mais espaço, então pegando livros emprestados eu não pioro a situação e ainda economizo dinheiro, yes!
A da faculdade eu uso mais para livros teóricos, que é o forte dela (sério?), mas até que ela tem vários livros que eu quero ler. O que ela mais tem são clássicos e livros de autores mais bem conceituados, é difícil encontrar literatura de entretenimento, embora tenha algumas coisas interessantes. Um dos problemas de lá é que geralmente é mais fácil ter o livro na língua original do que traduções em português e eu não sou nada poliglota.  :(
Neste ano finalmente me cadastrei em uma biblioteca municipal. Ela tem muita coisa que eu quero ler (até fiz uma listinha) e eu sempre piro quando vou lá e depois me entristeço porque não tenho tempo de ler tudo o que quero... Mas ela é pouco prática para mim, porque fica longe e eu acabo demorando uns 40 minutos para chegar. Outra coisa que me desagrada é que só podemos pegar dois livros de cada categoria por vez, o que eu acho pouco, principalmente quando a pessoa vai pegar livros infantis ou outros de rápida leitura. Acho que eles só deviam aplicar essa regra para livros didáticos/teóricos, para incentivar as pessoas e estudarem no local, e liberar mais de dois para os romances/contos/infantis/quadrinhos.

Dia 15 – Se você pudesse escolher um único livro para ganhar/comprar até o final do ano, qual seria?
(Pergunta  feita no Meme de 2011. Se você participou na época, procure comparar as respostas. Ainda é o mesmo livro? Você acabou conseguindo o livro escolhido da época?)

Eu quero o "Foras da lei barulhentos...", de vários autores, lançado este ano pela Cosac Naify. O livro é uma coletânea de contos sobre a adolescência, de autores como Nick Hornby, Neil Gaiman e Jonathan Safran Foer.

Dia 16 - O que te faz largar a leitura de um livro no meio do caminho? Que defeitos imperdoáveis um livro tem que ter para você abandoná-lo?

Acho que eu só largo um livro se ele for muito difícil e eu não estiver entendendo nada. Eu sou uma leitora teimosa e tenho um certo gosto masoquista por livros ruins, então só abandono se eu achar que a leitura está muitos níveis acima de minha pobre capacidade intelectual (e se, além disso, o livro for um porre e/ou eu estiver em um mal momento).

Dia 17 – Na sua opinião, qual é o propósito da literatura? Entreter? Educar? Ampliar horizontes? Fale um pouco sobre isso.

Para mim, é entreter. (eu tinha pensado em escrever algo mais elaborado aqui, tipo blá blá blá Walter Benjamin blá blá blá, mas não)

Dia 18 – Você costumar ler e-books? Ou prefere o bom e velho livro em papel? Por que? (Pergunta feita no Meme de 2011. Se você participou na época, procure comparar as respostas.)

Prefiro livros em papel porque eu não tenho e-reader ou semelhantes. Para ler e-books tenho que ler no computador, o que implica em nenhuma mobilidade e tela clara que cansa os olhos. Já li muitos e-books, pela questão de ser de graça (pirateado, cof cof), mas quase sempre é leitura leve e/ou curta, tipo Gossip Girl. 
 

Dia 19 – O que você acha da elitização da literatura? Você acha que realmente só é intelectualizado aquele que lê os clássicos da literatura? Que ler 1000 livros “de banca” não equivalem a 10 clássicos? O que você acha das pessoas que criticam a literatura “para a massa”, os blockbusters literários? É mesmo possível julgar o nível de intelecto de uma pessoa pelo que ela lê? Você tem algum preconceito literário?

Acho que livros acabam sendo superestimados. Sério mesmo. Adoro ler, mas não acho que a literatura necessariamente vá acrescentar algo à sua vida, que você será superior porque lê, sei lá, Joyce, enquanto o outro lê Sabrina e o outro não lê nada. Acho que muita gente se preocupa demais com o suposto conhecimento que a literatura transmite e é isso que acaba criando essa visão de que ler é essa coisa sagrada e fantástica, enquanto eu ainda acho que a maior função da literatura é entreter.
Tenho alguns preconceitos literários, sim. Costumo ler livros bem variados, gêneros bem distintos, mas tem algumas coisas que não rolam. E sim, às vezes eu julgo as pessoas pelo que elas leem, o que acaba sendo meio contraditório com o que eu disse acima, mas quem liga?

Dia 20 – Cite 3 livros especiais na sua vida. Fale sobre eles.

Matilda - Roald Dahl: era meu livro preferido quando criança, um que mantém até hoje esse gostinho bom de infância. E eu amo o Roald Dahl. :)
Harry Potter - J.K. Rowling: foi minha grande obsessão da adolescência.
O estranho caso do cachorro morto - Mark Haddon: não tenho nenhum tipo de relação sentimental com esse livro como com os anteriores, mas coloco ele aqui porque ele é ótimo e isso basta.

Dia 21 - Cite 3 personagens literários favoritos. Fale sobre eles.

Essa deveria ser uma pergunta fácil, mas a verdade é que atualmente não ando me apegando a personagens de livros (só de animes). Talvez isso seja um reflexo de minha leituras atuais, que na maioria envolvem personagens normais e meio sem graça. Então vou citar o Sirius Black e o Severus Snape, de Harry Potter, e infelizmente não tenho nada a falar sobre eles.

Dia 22 – Cite 3 escritores que você gosta. Fale sobre eles.

Roald Dahl - adoro a imaginação desenfreada dele e a cumplicidade que ele conseguia com seu público. Ele conseguiu não só escrever livros infantis que ficarão na memória de muitos, como escrever alguns contos bem interessantes.
Michael Ende - gosto dos livros dele porque eles parecem simples, mas são como cebolas, sempre tem mais e mais camadas por trás.
William Faulkner - gosto porque, apesar de ser o tipo de escritor que normalmente eu não gostaria, todo modernista fluxo de consciência narradores estranhos, ele nunca consegue me deixar impassível.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O meme literário de um mês - dia 05

Resolvi participar do meme literário de um mês, do blog Happy Batatinha, mas em função das postagens raras desse blog, decidi responder várias perguntas em um só post (espero que isso não seja um problema), para não deixar o blog poluído.

Dia 05 – Você costuma ler graphic novels e/ou gibis?  Gosta? Não gosta? Tem algum que seja o favorito? Fale sobre isso.
Tenho interesse por graphic novels, mas li pouquíssimas (duas) e nos dois casos foi em função do Desafio Literário. Eu gosto bastante e me parece que os lançamentos aqui no Brasil estão cada vez mais numerosos e interessantes.
Quando a gibis, eu gosto da Turma da Mônica :B. Eu lia mangás também, tenho toda a coleção de Sakura Card Captors, mas meu preferido é Rurouni Kenshin, e atualmente eu não leio mais (só assisto animes).
Também gosto de tirinhas, sempre leio as do jornal e tenho um livro da Mafalda, um dos Peanuts e alguns do Calvin e Haroldo.

Dia 04 – Você costuma lê certo livro só porque ele está em voga? Você é do tipo que lê o que todo mundo está lendo só para estar na “moda” ou segue o seu próprio estilo de leitura?
Na época de Harry Potter e entrei totalmente nessa onda da fantasia e passei a ler quase todas as séries de destaque. Agora eu sigo mais meu próprio estilo, eu acho.

Dia 03 – Como você escolhe seus livros? Por autor? Por assunto? Pela sinopse? Por uma indicação? Fale sobre isso.
Varia muito. Sou muito influenciada por recomendações na internet ou em revistas e jornais. Às vezes também pode ser algo que eu ouvi algum professor falar sobre, ou o meu pai, sei lá.
Também costumo tentar ler o máximo dos autores de que gosto, mas isso fica meio difícil às vezes, porque são vários os autores que gosto e às vezes a obra dele é muito extensa...
E às vezes escolho o livro pela combinação capa/sinopse. Se a capa me chamar a atenção e a sinopse for interessante, eu quero.

Dia 02 – Qual foi o último livro que leu e qual é o próximo livro que lerá? Fale um pouco sobre eles.
O último que li foi "Fagin, o judeu", para o Desafio Literário. É uma graphic novel e você pode ler minha resenha aqui.
O próximo que lerei provavelmente será outro para a faculdade, "The Book of Daniel" do E. L. Doctorow. Não sei nada sobre ele, além de que é americano e parece ser sobre política ou algo semelhante.
Agora, tirando as leituras para a faculdade e para o DL (triste pensar que tirando essas leituras, não tenho lido nada por pura e espontânea vontade), eu gostaria muito de poder ler:
Não me abandone jamais - Kazuo Ishiguro
A trama do casamento - Jeffrey Eugenides
A casa dos muitos caminhos - Diana Wynne Jones
Cloud Atlas - David Mitchell 

 Dia 01 – Que livro você está lendo? Sobre o que é? Onde você está? Você está gostando?
Estou lendo dois, um no computador e um livro normal. Os dois são para a faculdade e estou com a leitura atrasada... São:
Waverley - Walter Scott: É um romance histórico (o primeiro romance histórico da história, segundo o Lukács) sobre um rapaz que vai para a Escócia durante a revolução jacobita. Ainda estou bem no começo e já posso adiantar que esse livro é um porre. Só de pensar que faltam umas 400 páginas me bate uma infelicidade.
O guarani - José de Alencar: Essa é uma releitura, porque tive que ler esse livro lá na longínqua oitava série. O Alencar tem um estilo de escrita muito... cafona, mas até que eu estou gostando de reler a obra. Perto do Waverley, O Guarani é pura diversão!






Desafio literário - Fagin, o judeu


Título: Fagin, o judeu
Autor: Will Eisner
Editora: Cia. das Letras

Eu não pretendia ler esse livro, já que minha irmã comprou duas graphic novels há um tempo e eu queria aproveitar a oportunidade do desafio literário para lê-las. Como eu ando meio ocupada (ou melhor, não ando ocupada, só ando administrando mal meu tempo) está difícil dar conta das leituras aqui do desafio e conciliá-las com as leituras (gigantes) para a faculdade. Mas, como as coisas nunca seguem o planejado, surgiu um buraco em meu horário e eu me vi na faculdade sem nada para fazer. Fui à biblioteca e escolhi esse livro por uma razão bem simples: era a única graphic novel disponível. O tema não me atraiu tanto, embora eu já tenha lido Oliver Twist e ache interessante a ideia do Eisner de tentar quebrar o estereótipo do judeu e fazer justiça a Fagin.

O autor comenta no prefácio como percebeu que obras literárias, quadrinhos etc. muitas vezes ajudam a reforçar estereótipos negativos com a maneira que representam certos personagens. Foi isso que o levou a recontar Oliver Twist, de Charles Dickens, sob a perspectiva de Fagin, para combater tais estereótipos e os preconceitos que eles geram.

Fagin, o judeu narra a vida de Fagin, o principal vilão da obra de Dickens. A graphic novel mostra desde sua dura infância de imigrante na Inglaterra até o final infeliz, sempre tentando sobreviver em um ambiente hostil e sendo mal visto por ser judeu. 

Cerca de metade do livro não apresenta grandes novidades para quem já leu Oliver Twist, pois é basicamente um resumo dos acontecimentos do romance, e essa parte não me agradou muito, porque me pareceu corrida e não acrescenta muito à história original (é que eu queria que a Nancy aparecesse mais).

No geral, eu não gostei tanto do livro. Embora eu goste do Fagin e goste da tentativa do Eisner de redimi-lo, acho que o autor exagerou em sua tentativa de tranformá-lo em uma vítima das circunstâncias e, assim, o personagem acabou perdendo muito de sua faceta contraditória, malandra e contraventora. O traço do autor é legalzinho, mas não tem nada de muito especial, e quando os rostos dos personagens são mostrados de perto, eles são feios, na minha modesta opinião. No entanto, a história é simpática e a leitura correu bem (li em uma dia). Recomendo para os que gostam do Fagin e acham que Dickens foi cruel demais com ele. Se bem que uma graphic novel sobre a Nancy seria bem mais legal!

Sobre o autor: Will Eisner (1917-2005) é considerado um dos mais importantes autores de histórias em quadrinhos e, sim, ele é judeu. Sua obra Um contrato com Deus, de 1978, é considerada a primeira graphic novel da história. Além dela, ele é o criador do herói de Spirit e autor de várias obras, algumas delas publicadas aqui no Brasil. O prêmio Eisner, um dos mais importantes dos quadrinhos, foi batizado em homenagem a ele.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

DL 2012 - Viagem pelo Brasil em 52 histórias


"Dizem que, quando as pessoas e os bichos morrem, guardam em seus olhos a última luz que viram. E foi essa luz que a boiguaçu foi comendo (...). E foi tanta luz que ela mandou para dentro do corpo que acabou arrebentando e morreu, espalhando aquela claridade por toda parte. Nesse momento, surgiram as estrelas no céu, e um pouco depois começou a aparecer uma faixa de luz, e logo em seguida surgiu a bola do sol, que foi subindo no céu, trazendo o dia. E foi assim que aquela noite tão comprida acabou, e voltou a existir dia e noite." (A boitatá, pág. 136-7)

Título: Viagem pelo Brasil em 52 histórias
Autora: Silvana Salerno
Ilustrador: CárcamO
Editora: Companhia das Letrinhas

Tenho esse livro faz um bom tempo, mas sempre tive preguiça de ler, então que bom que o tema do desafio literário desse mês incentivou essa leitura.

Admito que mitologia não é dos meus temas preferidos. Gosto um pouco de mitologia grega e da egípcia, tenho interesse por mitologias africanas em geral, mas sei pouco delas, assim como de mitologias indígenas. É um tema legal, mas não é algo que me faria buscar leituras diferentes por aí. Até procurei alguns livros sobre mitologia africana, mas como o tempo está curto fiquei só com esse livro aqui.

Fiquem avisados que, na minha escolha, eu considerei mitologia em um sentido mais amplo, que inclui qualquer história tradicional. Embora algumas da histórias do livro sejam mitos, por tentar explicar o mundo, elas são minoria. 

Talvez vocês conheçam o "Volta ao mundo em 52 histórias", dessa mesma editora. Se não conhecem, saibam que é um ótimo livro, com histórias tradicionais do mundo todo. Tem vários daqueles contos de fadas mais conhecidos, tipo Branca de Neve, e várias histórias de países não tão "mainstream"(?).

A proposta do "Viagem pelo Brasil" é a mesma, só que limitando-se ao Brasil. O problema é que o resultado é diferente... Eu não gostei tanto do livro, achei ele desequilibrado demais, com metade formada por ótimas histórias e a outra por histórias sem graça, dispensáveis... Talvez o problema seja que eu sempre ouvi muitas histórias tradicionais dessas que a vovó contava (ou a Tia Nastácia), e acabei criando um gosto muito específico: histórias de animais, de preferência de macaco (tá, eu também gosto de contos de fadas e de histórias de malandro). Esse livro tem várias histórias de animais, como "A festa no céu" e "A onça e o veado", mas também tem histórias sobre figuras reais (Zumbi, Lampião, Padre Cícero), histórias sobre figuras folclóricas como o Saci, Iara, Boitatá, Curupira, histórias mais atuais que se baseiam em alguma lenda e outras que tentam ser didáticas demais e parece que só estão no livro para mostrar à criançada algum aspecto de nossa cultura e não por seu valor de entretenimento.

O livro é dividido em cinco partes, cada uma representando uma região do Brasil. Eu acabei gostando mais das histórias do Centro-Oeste, que apresentam mais mitos indígenas e fábulas, e gostei menos das do Sul.

O que mais me agradou na leitura foi rever algumas velhas conhecidas em versões diferentes, como "Os três príncipes" e "A moura torta", que eu conhecia do "Volta ao mundo", "A madastra Medeia" ("Jardineiro do meu pais, não cortes o meu cabelo..."), "João Mata-Sete" (tem um curta da Disney, não?), "O tesouro do rei", entre outras. O que menos gostei foi o tom didático/informativo de algumas histórias. Às vezes fiquei com a impressão de que incluíram detalhes só para dar uma cor local e fazer a história parecer mais brasileira ou mais representativa da região.

O livro conta com boas ilustrações do CárcamO e breves notas informativas sobre aspectos da história. É um livro infantil, mas acho que qualquer um com interesse pelo tema vai gostar.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Desafio literário - Raça da noite

Título: Raça da noite
Autor: Clive Barker
Editora: Civilização Brasileira

Terror é um desses gêneros que eu raramente leio. Não só não leio como raramente assisto a filmes de terror. Não sou a mais assustadiça das pessoas, mas também não vejo lá muita graça em ficar com medo, principalmente à noite, sozinha em casa... 

Escolhi esse livro porque gosto muito de outra obra do autor, "Abarat", uma fantasia infanto-juvenil sombria e cheia de criaturas bizarras (e infelizmente ainda não finalizada, eu acho). Não prestei muita atenção na sinopse, nem nada, porque esse era o único título do autor disponível na biblioteca e era curto o suficiente para eu encaixá-lo entre minhas leituras obrigatórias. A leitura foi bem rápida, sim, mas o livro se mostrou decepcionante.

Ele conta a história de Boone, um homem manipulado por seu psiquiatra para acreditar que cometeu uma série de assassinatos, sendo que na verdade é o médico que é o psicopata. Atormentado pela culpa, Boone busca Midian, o mítico lugar onde os monstros se refugiam. Lori, namorada dele, segue seus passos para investigar seu sumiço. No entanto, o psiquiatra vai atrás deles, decidido a matar Boone. (odeio escrever sinopses)

Ao terminar a leitura eu fiquei em dúvida se o livro pode ser considerado de terror ou não. O autor é notório por seus livros e filmes de terror, mas esse que eu escolhi não dá medo nenhum. As criaturas de Midian são estranhas, mas até que são boazinhas. E o psiquiatra-psicopata é patético. A história em si é até interessante, mas me pareceu meio corrida, mal escrita... Não é um livro que eu recomendaria, mas ainda desejo ler mais do autor.

P.S.: Acabei de descobrir que tem um filme e quadrinhos que partem dessa mesma história, com o nome de "Raça das Trevas"... Imagino/espero que, pelo menos os quadrinhos, sejam melhores.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Minha estante (parte 1)

 Faz tempo que eu prometi para a minha irmã fazer um post sobre a nossa estante de livros. Sabe aqueles vídeos de bookshelf tour que meio mundo faz? Então, é tipo isso, só que com fotos (tiradas pela minha irmã). Como na minha estante tem bastante coisa variada, achei que seria legal mostrá-la para vocês e escrever sobre cada livro. Separei em grupos, alguns desses grupos fazem sentido, outros nem tanto.

Sabor de infância (da minha irmã)
 A maioria desses livros é da minha irmã e marcou mais a infância dela do que a minha, mas eu gosto deles mesmo assim. 

Píppi nos mares do sul - Astrid Lindgren: é o terceiro volume, mas nós não temos os dois primeiros. Uma pena, porque as capas neon são fashion. Píppi era um grande sucesso entre as colegas da minha irmã, mas eu não lembro dos livros durante a minha infância (em compensação, tinha o desenho animado. E tem um filme também, um filme bem besta).
As férias do pequeno Nicolau - Sempé/Goscinny: amor eterno. Adoro as aventuras desse pestinha, mas só tenho esse livro da coleção. Esse livro é meu e é da época em que meus pais ainda liam livros junto comigo.
O gênio do crime - João Carlos Marinho: o Gordo é o maior detetive da história e o seu método de seguir ao contrário é genial. Vivo esperando por uma oportunidade de aplicar o método, mas ela nunca surgiu. Esse é o primeiro livro da coleção e imagino que todo mundo a conheça. Os livros são bem legais, mas tem uns muito estranhos e viajados.
Um urso chamado Paddington - Michael Bond: esse livro é fofo. E é isso, é fofo.
Judy Moody - Megan McDonald: outro sucesso da época da minha irmã. É um livro bem simpático, bom para se ler distraidamente no banheiro.
Clara Rosa está murchinha - Paula Danziger: Outro livro simpático. Outra boa leitura de banheiro.
O incrível livro de hipnotismo de Molly Moon - Georgia Byng: Preciso reler, porque não lembro direito da história. Mas é legal.
Molly Moon conquista Hollywood - Georgia Byng: Também não lembro.

Neil Gaiman tem sua própria sessão!
 The Graveyard Book - Neil Gaiman: É um livro legal, mas o considero um Gaiman menor. Ou talvez seja falta de releitura, porque eu não me lembro muito bem da história.
Anansi Boys - Neil Gaiman: Adoro! E gosto muito dele abordar a mitologia africana, porque as histórias do Anansi são o tipo de história que eu gosto.
Fragile Things - Neil Gaiman: é um livro de contos e conta com aquela irregularidade que livros de contos em geral apresentam. Poucos contos são realmente marcantes, mas para quem é fã do autor e gosta de contos, é uma boa leitura. Adoro essa capa simples.
Good Omens - Neil Gaiman e Terry Pratchett: Me sinto meio mal em admitir que não lembro de quase nada desse livro. Não lembro nem se gostei muito ou pouco. Releitura urgente!
Coraline - Neil Gaiman: Meu primeiro livro do Gaiman! E o primeiro a gente nunca esquece, né? Lembro de quando o ganhei. Eu estava na casa da minha avó e minha tia levou eu e minha irmã na Fnac, aí ela nos deixou escolher um livro, eu estava indecisa e ela pegou Coraline. Eu li a contracapa, vi que tinha elogios do Philip Pulman e do Lemony Snicket e pensei, "É esse!". Não me arrependo nem um pouca da escolha, o livro é ótimo. (e o filme também é ótimo).
O mistério da estrela - Neil Gaiman: gosto muito do jeitão de conto de fadas desse livro.
Lugar Nenhum - Neil Gaiman: Foi meu segundo Gaiman e é um dos meus favoritos.
Odd e os gigantes de gelo - Neil Gaiman: ainda não li.

Livros atuais
 Esses livros estão juntos porque são atuais e tem certo apelo juvenil mas também adulto, talvez? Sei lá. Mas metade deles tem crianças/adolescentes como personagens centrais e quase todos falam de relações familiares, então há alguma ligação entre eles.

O estranho caso do cachorro morto - Mark Haddon: Um dos meus livros preferidos. Recomendo seriamente que todos que gostem de narradores pouco convencionais leiam. E se alguém entender aquele desafio de lógica das portas, me explique, por favor. Sempre que eu acho que estou entendendo, acabo me perdendo.
Uma coisa de nada - Mark Haddon: é mais convencional do que O estranho caso, mais esquecível também, mas não deixa de ser um bom livro.
Quarto - Emma Donoghue: uma das boas surpresas de 2011. Bom para quem gosta de narradores infantis.
O clube do filme - David Gilmour: é uma raridade na minha estante, um livro sobre algo que realmente aconteceu. Eu gostei bastante do livro, mas me interessei mais pela relação do pai com o filho do que pelo que ele dizia sobre os filmes, já que eu não gosto realmente de cinema (só de animações).
Fama - Daniel Kehlmann: São contos sobre assuntos modernos que se entrelaçam e se misturam. É interessante, mas eu esperava mais. Acho que a premissa é melhor do que o livro em si.
Um dia - David Nicholls: Todo o blá blá blá sobre esse livro elevou minhas expectativas e acabou fazendo a leitura não ser tão boa quanto eu esperava. Mas é legal.
O menino que odiava mentira - M.J. Hyland: esse eu comprei meio às cegas, sem nunca ter ouvido falar dele, porque o título me chamou atenção. É bem interessante, mas ao mesmo tempo é bem comum.
Precisamos falar sobre o Kevin - Lionel Shriver: Talvez seja o livro mais impactante que eu li nesses últimos tempos. Eu queria ler desde que ele foi lançado, mas nunca foi uma prioridade porque eu não achava que ele seria tão bom assim, então fui deixando para depois e quando eu achava que nunca o leria, minha irmã me deu de aniversário. Ler esse livro foi meio tenso, me deu até medo à noite... Mas valeu muito a pena, foi um dos poucos livros que me fez ficar com a história ressoando na cabeça dias depois.

Ligações com o oriente
E depois - Natsume Soseki: Na época da foto o livro ainda estava embalado, mas agora eu já o li e inclusive resenhei aqui no blog. Eu tinha altas expectativas em relação a ele, por tratar do início da era Meiji, o único período histórico que me interessa, e por ter recebido boas resenhas no jornal, mas ele é meio paradão e não me agradou tanto. Mas ainda quero ler Eu sou um gato, do mesmo autor.
Norwegian Wood - Haruki Murakami: sei que tem muita gente que ama o Murakami, mas eu não sou uma dessas. Esse livro é da minha irmã e lembro que foi difícil comprar na época, porque estava esgotado. Isso acabou elevando minha vontade de ler e, quando li, não achei lá grande coisa. Ainda pretendo ler mais do autor, mas dessa vez eu tentarei pegar algo na biblioteca.
Não me abandone jamais - Kazuo Ishiguro: ainda não li, mas está em uma boa posição na fila.
O tigre branco - Aravind Adiga: esse é um dos livros que eu comprei mais pela capa/impressões externas do que por qualquer outra coisa. E valeu a pena, porque é um livro muito engraçado e mostra o lado caótico, contrastante e nada glamuroso da Índia.
Entre assassinatos - Aravind Adiga: esse foi comprado em uma feira do livro em Gramado, encontrado pela minha irma. Eu ainda não li, mas ele também está em uma boa posição na fila.
O caso da criada desaparecida - Tarquin Hall: Comprei por 2 reais no sebo para arrecadar dinheiro da escola da minha irmã e valeu a pena. Valeria a pena se fosse mais caro também, porque o livro é divertidíssimo. Lembra bastante O Tigre Branco no jeito de falar da Índia, mas de uma maneira mais descompromissada. O detetive-protagonista é engraçado.

Grandes escritores brasileiros
A hora da estrela - Clarice Lispector: Li para a escola, no segundo colegial, acho. E devo ter relido umas duas ou três vezes desde então. É um livro que todo mundo deveria ler.
O menino no espelho - Fernando Sabino: Minha irmã teve que ler para a escola, eu acho, aí eu li também. Gosto muito de livros sobre a infância, desses de traquinagem mesmo, mas não gostei muito dele.
O grande mentecapto - Fernando Sabino: Outro que minha irmã leu para a escola (acho que os professores dela gostam muito do Fernando Sabino, né?). Achei mais ou menos.
Capitães da areia - Jorge Amado: Li para a escola na oitava série e reli algumas vezes. Adoro.
Ana Terra - Erico Verissimo: De toda a saga O Tempo e o Vento, já li O Continente e O Retrato (acho), e Ana Terra é a melhor parte por enquanto (admito, estou achando a saga meio modorrenta, mas algumas partes são muito boas).
Contos Novos - Mario de Andrade: Comprei por causa da faculdade e que bom que comprei.Gosto muito do Mario de Andrade e esses contos me fizeram gostar mais ainda dele.

Livros em inglês
Eeeee eee eeee - Tao Lin: Não li, mas esse livro parece ser estranho. Espero que seja bom (fui eu que dei para a minha irmã, hehe).
Mr. Vertigo - Paul Auster: os primeiros dois livros que li do Paul Auster foram do tipo "uau" (Trilogia de Nova York e Palácio da Lua), mas infelizmente os seguintes não conseguiram me convencer. Se eu tivesse lido primeiro eles, não sei se persistiria com o autor... Mr. Vertigo é bem interessante, sobre um menino que sabe levitar e tal, é simpático, mas não é ótimo.
Cloud Atlas - David Mitchell: Quero muito ler esse livro e estava planejando lê-lo ainda nessas férias, mas não vai dar... Minha mãe que me deu, em um dos impulsos "ouvi falar bem desse livro, você quer para você?" dela. :)
Everything is illuminated - Jonathan Safran Foer: Ganhei da minha irmã, que pretendia me dar só o Extremely Loud, mas como o livro tava só 15 reais, comprou os dois. Que bom que ela me deu ambos, porque foram leituras muito instigantes. Esse livro tem umas partes bem engraçadas e a linguagem do narrador é bem peculiar.
Extremely Loud & Incredibly Close - Jonathan Safran Foer: o que me chamou a atenção nesse livro pela primeira vez foi a capa, simples e simpática. Gosto muito de narradores infantis, então foi uma leitura agradável para mim, mas imagino que o protagonista possa ser irritante para alguns...

Cansei. Escreverei o resto um outro dia. Ou nunca.