Livros lidos
A ameaça invisível – Bárbara Morais
Segundo volume da trilogia Anômalos. Nele, a situação das
cidades especiais se complica e Sybil se vê envolvida na campanha política de
um candidato não muito confiável. O livro traz vários conflitos novos,
aprofunda as tramas políticas e prepara o terreno para o último volume. É
legal, mas não particularmente marcante.
Nota: 3
A retomada da União – Bárbara Morais
Nesse último volume da trilogia, Sybil e seus amigos se
encontram em meio ao conflito entre humanos e anômalos. Junto ao Sindicato, ela
tenta deter os planos de Fenrir e garantir os direitos dos anômalos. O
desenvolvimento da história é interessante, com muitas revelações e bastante
ação, e o desfecho junta todas as pontas, mas achei que deixou a desejar um
pouquinho.
Nota: 3
A filha perdida – Elena Ferrante
Leda é uma professora universitária que vai passar as férias
na praia agora que as filhas já crescidas foram morar no Canadá com o pai. Na
praia, ela fica fascinada por uma família napolitana, principalmente por Nina e
sua filhinha. Observando as duas, ela reflete sobre a maternidade e relembra o
passado. A protagonista me lembrou bastante a narradora da série Napolitana. Gostei do livro, apesar de ele não chegar à altura de outros da autora.
Nota: 4
Joe Speedboat – Tommy Wieringa
Fransje sofreu um acidente e só consegue mexer o braço
direito, que usa para se comunicar e para registrar os acontecimentos ao seu
redor em diários. Após o acidente, ele conhece Joe Speedboat, um garoto rebelde
que chegou na cidadezinha e provocou o impacto de uma bomba. Joe é um dos
poucos que parece entender Fransje, e eles logo se tornam amigos. O romance é
bastante divertido, apesar de alguns trechos terem me deixado com o pé atrás e
eu ter achado outros meio entediantes.
Nota: 3,5
A evolução de Calpúrnia Tate – Jacqueline Kelly
Calpúrnia é uma menina inteligente e curiosa que vive em uma
cidadezinha do Texas no final do século 19. Sua sede de conhecimento a aproxima
do avô, a quem passa a auxiliar em suas pesquisas. No entanto, ela sofre com as
restrições de ser uma menina, de quem se espera habilidades e ambições bem
diferentes das que ela tem. O livro é muito charmoso, e é fácil ser cativada
pelos personagens. Ele é mais uma reunião de pequenas histórias do que uma
narrativa linear, o que torna a leitura não tão envolvente de primeira.
Nota: 4
Mangá
Koe no Katachi – Yoshitoki Oima
Shouya é um garoto entediado que se diverte fazendo bullying
em sua nova colega Shouko, que é surda. Após a garota mudar de escola, ele é
quem vira o alvo dos colegas, o que persiste até o ensino médio. Após provar na
pele o bullying, ele se arrepende e retoma o contato com Shouko para tentar
consertar a situação, mas isso não será tão fácil. O mangá trata de temas
importantes e alterna entre momentos fofos e leves e outros pesados e tristes.
O protagonista é bastante desprezível no início e vai te fazer passar bastante
raiva, mas ele melhora com o tempo. Alguns dos personagens secundários, no
entanto, só dão raiva mesmo. Senti falta de um aprofundamento maior da Shouko.
Sinto que a visão que o leitor tem dela é muito superficial, raramente podemos
ouvir a voz dela (além de ela ser boazinha demais, o que a torna pouco realista).
A história é um tanto irregular e se torna arrastada mais para o final, mas no
geral é um bom mangá.
Nota: 3,25
Animes
Shouwa Monogatari
O anime mostra a vida de uma família na era Shouwa (1926 –
1989), focando nas mudanças da época, algumas mais específicas do Japão, outras
bastante universais. Com a modernização do país e as preparações para receber
as Olimpíadas, o anime explora os conflitos intergeracionais, a chegada de
novas tecnologias e os dramas da família de maneira às vezes didática demais,
mas bastante envolvente. No começo achei o anime muito lento, mas aos poucos
fui me apegando aos personagens.
Nota: 3
Chio-chan no Tsuugakuro
Chio é uma menina que adora videogames e vive se metendo em
confusão no caminho da escola, seja criando um atalho pelos telhados, se
envolvendo com gângsters ou sendo desafiada para uma partida de kabaddi.
Algumas situações são hilárias, outras nem tanto, mas no geral me diverti
bastante com o anime.
Nota: 3,25
Filmes
As aventuras de Ichabod e Mr. Toad
A animação da Disney conta duas histórias baseadas em
clássicos da literatura: A lenda do cavaleiro sem cabeça e O vento nos
salgueiros. Li os dois livros faz um tempo, mas já não lembro mais de nada para
avaliar se o filme é fiel ou não. Achei as histórias meio bobas, o tipo de
humor não funcionou muito comigo.
Nota: 2,5
Manchester à beira-mar
Lee acaba de perder o irmão e se torna responsável pelo
sobrinho adolescente, o que o força a voltar à cidade onde costumava viver e a enfrentar lembranças dolorosas. Gostei do filme mais do que eu esperava. Achei
que seria meio arrastado, mas fiquei realmente envolvida com a história.
Nota: 4
Animais fantásticos e onde habitam
Sou fã de Harry Potter, mas não me sinto mais muito atraída
pelos derivados da série. Só fiquei curiosa para ver esse filme depois de ver
umas pessoas falando muito mal da continuação, porque sou o tipo de pessoa que
às vezes é mais atraída por críticas negativas do que pelas positivas. O filme
mostra a viagem de Newt Scamander, que estuda criaturas mágicas, aos EUA, onde
a tensão entre bruxos e trouxas é muito forte. Enquanto isso, a comunidade
bruxa está em alerta devido aos ataques do bruxo das trevas Grindenwald. O
filme é legal, embora a trama não seja das mais elaboradas ou criativas. Foi
bom rever o mundo mágico da série e me bateu uma saudade dos livros.
Nota: 3,5
Aquisições
Fui à festa do livro da USP e comprei algumas coisinhas. Fui até que controlada se for comparar com anos anteriores. Os três livros de cima são da minha irmã e os três de baixo são meus.
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E vocês? O que leram ou viram em novembro?
Oi, Lígia, tudo bem?
ResponderExcluirA voz do silêncio/Koe no Katachi é um dos meus mangás prediletos. Gosto muito dos temas e acho a autora uma quadrinista genial. Coisas como nos colocar no ponto de vista da Shoko e cortar as palavras ao meio para simular em quadrinhos como a Shoko percebe conversas, um X no rosto das pessoas que o protagonista não reconhece como gente, etc.
Para mim a Shoko não pareceu 'muito boa'. Bem, um pouco, talvez. Acho que é relativamente comum deficientes colocarem toda a culpa em si mesmos, se sentirem intrusos e reagirem como a Shoko. Mas é, seria legal ter mais capítulos no ponto de vista dela.
Shouwa Monogatari parece ter sido feito para mim; tô doidinho para ver, haha.
A única coisa que li em novembro foi Tehanu, o quarto livro do ciclo Terramar, onde a Le Guin não conta uma história aventuresca como os livros anteriores, mas uma história num nível mais íntimo e relacionado ao cotidiano, onde nos conta como é no mundo de Terramar ser uma mulher, dona de casa e viúva, de como é lidar com relacionamentos e desejos na meia idade, sobre sobreviver abusos e a vida no geral. Não é um livro fácil, mas a Le Guin não chega perto de deixar a leitura insuportável (para mim); é contemplativo sem ser insensível. Já se tornou um dos meus livros prediletos. ^_^
Abraços!
Também gostei de alguns dos recursos de Koe no Katachi, como os X nos rostos. Quanto à Shoko, tem alguns momentos em que ela não é tão boazinha, mas como raramente sabemos os pensamentos dela, fica meio difícil julgá-la.
ExcluirLi o primeiro livro do ciclo Terramar há muito tempo, já não lembro mais nada da história. Fiquei interessada nesse que você comentou! Atualmente prefiro histórias mais focadas no cotidiano do que aventuras.
Oi!
ResponderExcluirTenho curiosidade para ler esse da Calpúrnia.
Vi só a animação do Koe no Katachi e minha impressão foi parecida com a sua. Achei que fosse gostar mais.
Gostei das aquisições. Especialmente Querida Kombini e Coração Azedo.
Um ótimo 2019 pra vc! :)
Ainda não vi a animação de Koe no Katachi. Estou curiosa para ver como eles adaptaram a história, porque o mangá é meio longo para caber tudo em um filme.
ExcluirBom 2019 para você também!
Eu também não achei “A Filha Perdida” à altura dos outros livros. Não simpatizei muito com a narrativa, mas a escrita da Elena Ferrante, como sempre é viciante.
ResponderExcluirTenho curiosidade de ler Joe Speedboat só por causa da simpatia do personagem por Miyamoto Musashi, hahaha.
Ótimas aquisições! Destaque para “A Fórmula Preferida do Professor” (*espero que goste do romance. Eu achei lindo!*) e “Querida konbini” (*ainda vou ler*).
Beijos, Lígia!
Acho incrível a habilidade que a Ferrante tem em prender o leitor :)
ExcluirO narrador de "Joe Speedboat" comenta bastante sobre o Musashi e segue seus preceitos, principalmente quando ele participa de competições de queda de braço.