Título original: The death and life of Charlie St. Cloud
Autor: Ben Sherwood
Tradutor: Ivar Panazzolo Junior
Editora: Novo Conceito
Minha tia me emprestou esse livro faz um tempão e ele ficou empacado na estante. O jeitão de romance emocionante e edificante dele não me atraía nem um pouco e o que mais me motivava a lê-lo eram os antônimos no título, que fazem dele uma opção válida para o 2015 Reading Challenge (desafio que não vou conseguir completar, mas tudo bem).
Esse livro que virou filme e tem um Zac Efron com expressão de enlevo na capa trata de Charlie, um rapaz que perdeu o irmão mais novo em um acidente de carro. O acidente quase matou Charlie também, e essa experiência lhe dá o dom de ver espíritos. Os anos passam e ele leva uma vida tranquila trabalhando em um cemitério, onde se encontra com o espírito do irmão todos os dias após o sol se pôr, cumprindo sua promessa de não abandoná-lo. Eles jogam beisebol e se divertem bastante, mas, preso pela promessa, Charlie deixa de viver parte de sua própria vida e de criar vínculos mais profundos com as outras pessoas, até que conhece Tess, uma mulher corajosa e decidida que pretende navegar ao redor do mundo, e se apaixona.
Apesar de os elementos principais do livro não me atraírem, de os personagens serem bastante insossos e de todo o papo de milagres e mundo espiritual encher o saco, minha leitura foi agradável. As páginas passaram voando mesmo quando quase nada acontecia, e até as partes chatas (trechos sobre barcos... zzzzz) ou as que me faziam revirar os olhos não foram tão insuportáveis quanto eu esperava. Talvez isso se deva às baixíssimas expectativas, até porque minha irmã leu antes e fez um pouco de propaganda negativa, o que sempre ajuda.
Avaliando friamente pós-leitura, achei o livro fraco e esquecível, mas não chato. Ele entretém e é fácil de ler, porém o vínculo entre o casal principal não me convenceu nem um pouco, o que torna a metade final decepcionante. Além disso, não gosto muito de livros com um tom religioso. Ele não chega a ser do tipo pregador, mas vive colocando Deus na boca dos personagens nas pequenas coisas, e eu, em minha realidade de Lígia, a Ateia, simplesmente não compreendo. Ou seja, o livro realmente não é a minha praia, mas pelo menos ele fluiu bem e atualmente é isso o que importa para mim.
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