Autor: Paul Auster
Ilustradora: Isol
Editora: Cia. das Letras
Depois disso, passei alguns dias em desespero, lutando contra os fantasmas de Dickens, O. Henry e outros mestres do espírito natalino. A mera expressão "conto de Natal" tinha associações desagradáveis para mim, evocava aterradoras efusões de sentimentalismo hipócrita e bobagens melosas. (...) No entanto, como alguém poderia se propor a escrever um conto de Natal que não fosse sentimental? Era uma contradição nos próprios termos, uma impossibilidade, um enigma insolúvel. (p.22)
Como já disse na minha resenha anterior, não gosto de Natal. No entanto, tive que ler mais de um livro com o tema, porque como poderia resistir a esse livro ilustrado charmoso?
O Auggie Wren do título é funcionário de uma tabacaria e tem o costume de tirar fotos de um mesmo lugar, na mesma hora do dia, todos os dias. Ele se tornou amigo do escritor, frequentador da tabacaria, e quando o escritor recebe a tarefa de escrever um conto de Natal e não sabe como fugir do sentimentalismo meloso típico desse tipo de história, Auggie promete narrar ao amigo um conto de Natal surpreendente e verdadeiro, que aconteceu com ele.
O livro é uma graça, mas fiquei meio decepcionada com a história narrada por Auggie. Acho que fiquei muito animada com essa coisa das fotos do mesmo lugar e esperava que isso tivesse mais importância no conto...
As ilustrações são muito interessantes e a edição está bonita e caprichada.
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