terça-feira, 22 de setembro de 2020

Randomicidades do mês: agosto

 Livros

Uma noite, Markovitch – Ayelet Gundar-Goshet

Livro sobre um judeu israelense apaixonado por sua esposa de mentirinha que não dá a mínima para ele e outras pessoas de seu vilarejo, que vivem durante o período da Segunda Guerra. O livro é escrito num estilo fluido, num tom meio de fábula (???) que me agradou bastante. O protagonista é meio desprezível, mas você acaba simpatizando um pouco com ele.

Nota: 3,75

The door – Magda Szabó

Uma escritora contrata uma empregada doméstica de personalidade difícil, cheia de segredos, que se ofende facilmente, mas capaz de enormes atos de bondade. O livro se revelou diferente do que eu esperava (imaginava algo mais misterioso), mas até que gostei.

Nota: 3,25

Jornada pelo rio mar – Eva Ibbotson

Outra releitura. A coisa mais interessante para mim é que o livro se passa no Brasil. A protagonista é uma órfã inglesa que é mandada para viver com parentes distantes perto de Manaus. Insegura no início, ela logo se anima ao ler sobre a floresta e imaginar sua nova vida em meio à natureza, para em seguida se decepcionar com a família chata que a trata mal. É um livro bem Eva Ibbotson, e é divertido ver a visão de uma gringa da região.

Lugares escuros – Gillian Flynn

Uma mulher se vê forçada a relembrar o assassinato de sua família, supostamente cometido pelo irmão, e a reavaliar suas lembranças. Esse já o terceiro romance que leio da autora e talvez tenha sido o que menos gostei, mas ainda assim é bem interessante, tem um bom ritmo e prende a atenção.

Nota: 3,5

Racismo e fascismo & O corpo escravizado e o corpo negro – Toni Morrison

Livro curtinho com dois textos da escritora. São textos bem básicos e que não se aprofundam muito em nada, mas não deixam de ser uma leitura interessante.

Nota: 3,5

A rota que me levou a você – Lorrane Fortunato

Conto fofinho sobre um amor surgido no ônibus. É bem curto e bonitinho.

Nota: 3,25

A câmara de inverno – Anne Michaels

História de um casal narrada em estilo poético. Eu achei que o livro ia ser bem chato, mas até que não é tanto. Gostei mais das partes deles no Egito do que do resto. A escrita é um pouco cansativa e artificial, como se os personagens pensassem e falassem em aforismos, o que faz com que eles não pareçam pessoas de verdade.

Nota: 3,0

Dying of the light – George R. R. Martin

Em um universo em que a humanidade conquistou outros planetas, um homem vai atrás de seu antigo amor num planeta afastado e semiabandonado, em que as leis são diferentes das de costume. Gostei da ideia do planeta que foi sede de um festival interplanetário e depois foi largado e do choque de culturas entre o protagonista mais parecido com a gente e os antagonistas com seu próprio código de honra, mas foi isso. A história em si é meio chata, com personagens irritantes ou sem muita personalidade e um final meio apressado.

Nota: 2,5


Animes e séries

Hikaru no go

Anime longo que achei que não ia gostar, mas que acabei gostando, sobre um garoto que encontra o espírito de um jogador de go, desperta a paixão pelo jogo e passa a trilhar seu caminho nesse mundo. No geral o anime tem um bom ritmo e consegue criar tensão nas partidas mesmo sem eu entender nada do jogo, tem personagens interessantes por quem você acaba torcendo e é bem divertido. Não é aquela coisa super apaixonante, mas é bem competente no que se propõe.

Nota: 3,5

The Untamed

Série chinesa que vira e mexe pipocava na minha timeline no Twitter, chamando minha atenção. É uma história de fantasia na China antiga, protagonizada por um jovem cultivador (pessoa que lida com espíritos e cia.) que passa por inúmeros percalços e se inicia na cultivação demoníaca. O início é muito confuso, com um monte de clãs e personagens, cada um com mais de um nome, mas aos poucos a história vai fazendo sentido. O ritmo é lento e demorei para começar a realmente gostar da série. Eu persisti mais porque o protagonista é engraçado e carismático. Lá pela metade dos 50 episódios finalmente fui fisgada pela história e aí foi só amor. Terminei totalmente apaixonada pelos personagens e pelo universo e com vontade de ver mais, tanto que logo iniciei o anime. Não é uma série que eu recomendaria para qualquer um, tem problemas de ritmo, alguns pontos da história não são bem explicados e os efeitos especiais são toscos, mas há algo muito cativante nela.

Nota: 3,75

The Umbrella Academy (2ª temporada)

Nessa temporada, os personagens acidentalmente se separam e vão parar espalhados pelos anos 60, onde cada um vai levando sua vida, até Five reunir todos para salvar o mundo de um novo apocalipse. Foi uma temporada interessante e terminou com um gancho que me deixou muito curiosa para a próxima.

Nota: 3,5

Hyori’s Bed & Breakfast

Nesse reality show, a cantora Hyori Lee e seu marido Sang-soon abrem sua casa na ilha de Jeju para hóspedes. É um programa super aconchegante e relaxante, com as paisagens deslumbrantes da ilha, comidas gostosas, um monte de cães e gatos, ioga, momentos descontraídos com os hóspedes e os anfitriões e conversas sobre a vida. Os episódios são bem longos (cerca de uma hora e meia), mas você acaba sendo contagiado pelo ritmo tranquilo e mal vê o tempo passar. Fiquei com vontade de morar num lugar como aquele, até lembrar que eles ficam isolados quando neva...

Nota: 4,0

Haha wo tazunete sanzenri (ou Marco: dos Apeninos aos Andes)

Anime antiguinho livremente inspirado em um trecho do livro Cuore de Edmondo de Amicis. O desenho mostra a jornada de Marco, um menino italiano, em busca de sua mãe, que foi trabalhar na Argentina e perdeu contato com a família. É um anime bem sentimental, mas é menos dramático do que eu esperava. Como é raro ver animes que se passam na América do Sul, eu estava curiosa para ver a representação da Argentina na tela, e no geral foi uma experiência bem legal (o Marco até passa brevemente pelo Brasil para trocar de barco!).

Nota: 3,5

Hataraki man

Raro anime focado em adultos que trabalham e levam vidas normais com dilemas comuns, como tentar equilibrar trabalho e vida pessoal e lidar com colegas chatos. A protagonista é uma mulher workaholic que trabalha em uma revista, mas cada episódio foca também em outro personagem, como o namorado desmotivado ou o colega que nunca é reconhecido pelo seu trabalho. É bem interessante, mas nem todos os episódios me agradaram e fiquei meio entediada em alguns momentos.

Nota: 3,25

Aggretsuko (3ª temporada)

Retsuko é uma panda-vermelho que trabalha na contabilidade de uma empresa e gosta de descarregar cantando death metal no karaokê. Nessa temporada, ela acaba se endividando e se vê forçada a fazer um trabalho inesperado para ganhar dinheiro. A história tomou um rumo que eu não esperava, mas acabei gostando dos personagens novos. Só achei o final meio corrido e não tão satisfatório.

Nota: 3,5


Filmes

Waves '98

Curta de animação sobre um jovem entediado que descobre uma nova realidade. É meio qualquer coisa. Não entendi muito bem qual é a dele e já não lembro direito.

Nota: 2,75

Wrong

Filme do mesmo diretor de Rubber, que foi uma obra que me surpreendeu bastante. Aqui, a premissa não é tão estranha quanto um pneu assassino, mas ainda é bem pouco usual, com um homem que tem seu cão sequestrado, diálogos bizarros e acontecimentos surreais. É bem divertido.

Nota: 3,5

And then we danced

Filme georgiano sobre um jovem que pratica dança tradicional e se apaixona pelo novo colega. O filme me surpreendeu positivamente, gostei das cenas de dança, do relacionamento dos dois personagens centrais e do pôster de "A viagem de Chihiro" na parede.

Nota: 4,0

Hikaru no go: Hokuto hai e no michi

O filme se passa logo depois do fim da série e é focado nas classificatórias para um torneio juvenil entre Japão, Coreia e China, além de mostrar as trajetórias dos principais personagens pós-série. É um pouco anticlimático porque só mostra as classificatórias e não o torneio em si e não tem muita unidade, parece apenas um compilado de episódios ou um episódio estendido, mas tem a mesma qualidade e o espírito da série.

Nota: 3,5

Klaus

Animação sobre um sujeito mimado que é mandado a uma ilha gélida no norte para trabalhar como carteiro. Lá, ele se envolve com um homem que faz brinquedos em um plano para fazer as crianças escreverem cartas. O filme é fofo e divertido e gostei muito do estilo visual, principalmente das paisagens.

Nota: 3,5

Nimic

Curta do Yorgos Lanthimos, um dos meus diretores favoritos. Nele, um músico é seguido e imitado por uma mulher, que quer tomar seu lugar. É um filme bem curto e no fim me deixou com uma sensação de "é só isso?".

Nota: 3,0

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