segunda-feira, 23 de julho de 2018

Randomicidades do(s) mês(es): maio e junho/2018 (animes, séries e filmes)

Continuando as randomicidades do mês...

Animes e séries


Aggressive Retsuko
Precursor da série da Netflix, essa animação com episódios de apenas um minuto mostra as desventuras de Retsuko, uma adorável panda-vermelho que trabalha em um escritório de contabilidade e vive apanhando da vida. Doce e passiva por fora, ela descarrega o stress do dia-a-dia cantando death metal no karaokê. Enquanto a série da Netflix tem um enredo um pouco mais definido, aqui é tudo bem aleatório, mas é essa aleatoriedade que dá graça à coisa. Vemos Retsuko se estressando com seu chefe, seus colegas de trabalho e com pequenos acontecimentos irritantes da vida, o que faz dela uma personagem muito parecida com todos nós.
Nota: 4


Aggretsuko
Essa série da Netflix tem episódios mais compridos (mas ainda assim curtos) e mostra o início de Retsuko na empresa, sua amizade com alguns colegas e todos os percalços que sofre nas mãos de seu chefe. Os personagens têm a personalidade um pouco mais definida aqui do que na série anterior e o enredo segue uma linha mais clara, mas isso torna a coisa um pouco previsível, talvez, e sem tanto espaço para aleatoriedades engraçadas. Dá para começar a assistir por essa ou pela outra, acho que tanto faz.
Nota: 4


Desventuras em série (2ª temporada)
Achei os primeiros episódios dessa temporada meio mornos, mas a partir de O hospital hostil o ritmo se tornou mais acelerado. Gosto bastante de como a série muda um pouco a história do livro incorporando mais dos mistérios de CSC, tornando as histórias menos episódicas e dando foco a outros personagens, porque no livro a história demora um pouco a engrenar.
Nota: 3,5


Hakumei to Mikochi
Hakumei e Mikochi são pequenos seres que vivem em uma casa no oco de uma árvore. Elas vivem uma vida cômoda no bosque, descobrindo novos lugares, conhecendo outras criaturas e visitando os amigos, entre eles uma cientista capaz de controlar animais mortos e uma besouro tímida. É um anime com clima de livro infantil, agradável de assistir e que passa uma sensação de conforto, o que é enfatizado pelos cenários caprichados e a música. A abertura se tornou uma das minhas favoritas e o encerramento é bastante contagiante.
Nota: 4,25


Ainori Love Wagon - Asian Journey
Reality show de namoro em que quarto homens e três mulheres embarcam em uma van e viajam para vários países da Ásia com o objetivo de encontrar o amor. Assisti porque algumas pessoas o comparam a Terrace House, mas, no geral, não acho que lembra tanto assim, apesar de também ser bastante interessante. No início é difícil se acostumar à poluição visual e ao narrador intrusivo, mas a série tem sua dose de pessoas interessantes, situações divertidas e curiosidades sobre os países visitados que a faz valer a pena.
Nota: 3,5


Card Captor Sakura: Clear Card-hen
Sakura é um dos meus animes preferidos da vida, portanto eu estava numa mistura de empolgação e receio quando comecei a ver o anime novo, que é uma continuação de onde a série original parou. A série nova mantém bastante do espírito da original, é tudo fofinho, os personagens são bonzinhos e bem-intencionados, o ritmo é tranquilo e tem uma forte pegada slice-of-life. A trama principal começa meio morna, mas vai esquentando e, nos últimos episódios, eu estava super curiosa para saber como as coisas seriam resolvidas. O problema é que as coisas não foram resolvidas, o anime terá uma nova temporada (o que eu já imaginava que ocorreria) e entregou um último episódio em que nada se resolve. Somado a isso, minha decepção fica por conta da pouca presença que alguns personagens tiveram (e alguns personagens que ficaram irritantes, como a Tomoyo, que é a minha favorita da série original) e da falta de graça nas capturas da maioria das cartas. O anime original construía os episódios em torno das capturas das cartas, criando situações mais perigosas ou que exigiam mais da Sakura e seus amigos, já nesse, sinto que as cartas passaram a ser só um detalhe. Ainda assim, foi bom ter mais Sakura na minha vida, e continuo curiosa para saber o que vai acontecer no futuro da card captor.
Nota: 3,25


Death Parade
Assisti ao curta que deu origem à série e gostei bastante. O anime mostra um bar onde pessoas que morreram são julgadas através de uma partida de um jogo aleatório. Aqui, diferente do curta, há um foco maior nos personagens que trabalham no bar e nas pessoas por trás de tudo, o que achei interessante, porém um pouco decepcionante, pois achei que não conseguiram desenvolver muito bem as histórias de alguns personagens. O universo criado é fascinante e gostaria de poder ver um pouco mais dele.
Nota: 3,75


Rea(l)ove
Outro reality show japonês que vi fãs de Terrace House comentando, esse é bem mais trash. Nele, homens e mulheres que guardam algum segredo se reúnem em um resort para encontrar o amor. A cada episódio, eles têm oportunidades para se conhecer conversando em grupo e tendo encontros, e os segredos de cada um vão sendo revelados aos poucos. Tem alguns segredos que você compreende porque são segredos, outros não são nada demais. Alguns comentários e reações são um tanto machistas, principalmente os do apresentador, portanto não recomendo a todos, a não ser que você queira passar raiva.
Nota: 3,5

Filmes


O tempo para
Filme sobre um jovem nos tempos da Revolução Húngara de 1956. Entre namoros e rebeldias escolares, grandes mudanças ocorrem na sociedade ao seu redor. Achei o filme meio confuso (levei um tempo para reconhecer quem era quem e não manjo muito do período histórico).
Nota: 2,75


Três anúncios para um crime
Em uma cidadezinha do meio-oeste americano, uma mulher exibe em três outdoors críticas à polícia local por sua inépcia em investigar o assassinato de sua filha. Os anúncios provocam um rebuliço e põe parte da população contra ela. Achei o filme interessante, mas sem nada de muito especial.
Nota: 3,25


Branco sai, preto fica
O filme acompanha três homens na cidade de Brasilândia que foram vítimas da violência policial em uma festa. É um filme meio estranho, com toques de ficção científica. Confesso que fiquei boa parte dele sem entender direito o que estava acontecendo. E fiquei com a maldita “Dança do jumento” na cabeça nos dias seguintes.
Nota: 3


Não me abandone jamais
Baseado no romance de Kazuo Ishiguro, o filme conta a história de um trio de amigos que cresceu junto em um internato. Ao sair da escola, os três se deparam com a dura verdade de suas vidas. Li o livro há um bom tempo e já não me lembrava muito bem das coisas, mas gostei bastante do filme.
Nota: 3,75


Homens, mulheres e filhos
Filme sobre adolescentes e seus pais e como suas vidas é afetada pela internet. São vários personagens e sinto que nenhuma das histórias foi muito bem desenvolvida, os temas abordados não foram muito além da superfície. Ainda assim, dá para entreter.
Nota: 3


Ovelha negra
Na gélida Islândia, a presença de uma doença mortal em ovelhas tira da inércia o relacionamento inamistoso entre dois irmãos criadores de ovelhas que não se falam há anos. Gostei do filme, tem muita neve e muitas ovelhas.
Nota: 3,5


Match Point
Filme do Woody Allen sobre um ex-jogador de tênis que começa a namorar uma mulher muito rica e passa a gostar da vida na alta sociedade, até se apaixonar pela noiva do irmão da namorada dele, o que coloca seu relacionamento em risco. Me lembrou um pouco Crimes e pecados, do mesmo diretor, mas mais legal.
Nota: 4

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Terminei os posts atrasados! Mas como já estamos no fim do mês, logo tem mais coisa para postar aqui. :P

sábado, 21 de julho de 2018

Randomicidades do(s) mês(es): maio e junho/2018

Andei meio sumida devido a um trabalho que sugou minhas energias e me deixou desanimada para escrever aqui, mas estou de volta! Mesmo com menos tempo que o normal, até que li e vi bastante coisa, o que significa que estou cheia de livros e outras coisas para comentar no blog. :P

Achei mais prático juntar os meses e separar por tipo de mídia, com um post para os livros e um para animes, séries e filmes porque, tirando os livros, já não lembro em que mês vi cada coisa. O posts vão ficar meio enormes, mas fazer o quê?

Livros lidos


Pequenas grandes mentiras – Liane Moriarty
Queria ler algum livro da autora faz tempo. Tinha uma época em que os livros dela estavam baratíssimos nas promoções dos sites, mas depois do lançamento da série o preço subiu substancialmente. Que bom que existe a biblioteca para nos proporcionar esses momentos de finalmente ler o livro que queríamos e éramos muito muquiranas para comprar. Sobre o livro: acompanhamos três mulheres cujos filhos estão iniciando o jardim de infância. Com capítulos alternando entre o ponto de vista de cada uma, vamos descobrindo aos poucos os segredos e tensões que culminam na morte de uma pessoa durante um evento escolar. O livro me deixou bastante envolvida na história e gostei de como ele abordou certos temas. Fiquei curiosa para ver a série e ler outros livros da autora.
Nota: 3,75


Dumplin’ – Julie Murphy
Willowdean é uma garota gorda bastante confiante, até que um breve relacionamento a faz mergulhar em dúvidas e a leva a se inscrever no concurso de beleza da cidade, junto com outras candidatas pouco prováveis, para se redescobrir. O livro traz uma mensagem bastante positiva e é divertido, mas não me apeguei muito aos personagens e muito menos ao casal principal. Preferia que houvesse um foco maior no relacionamento da protagonista com a mãe.
Nota: 3,25


Três contos – Gustave Flaubert
Reúne três contos do escritor francês, “Um coração simples”, sobre uma criada fiel, e duas hagiografias. Estou com esse livro na estante há uma eternidade, porque as duas narrativas sobre santos pareciam ser o ápice da chatice, mas a verdade é que acabei não achando tão chato assim. Não são contos que vou guardar para a vida, mas pelo menos consegui achar minimamente interessante durante a leitura.
Nota: 3


Prosas apátridas – Julio Ramón Ribeyro
Coletânea de textos curtos e curtíssimos do autor peruano, com breves reflexões variadas sobre a vida. Achei alguns textos muito interessantes, mas a maioria deles não me conquistou. Ainda prefiro os contos dele.
Nota: 3


Tempo é dinheiro – Lionel Shriver
Shep Knacker passou a vida economizando para a sua aposentadoria em um local paradisíaco onde seus dólares renderiam infinitamente, porém, quando sua mulher é diagnosticada com um tipo raro e agressivo de câncer, ele tem que abrir mão de seu sonho. Com sua acidez característica, a autora mostra os dilemas dos personagens enquanto critica o sistema de saúde americano. O livro me pareceu um tanto arrastado em algumas partes e alguns dos diálogos se tornaram repetitivos depois de um tempo, principalmente porque achei que a crítica que a autora quer fazer não casou tão organicamente com a narrativa. Não foi o meu preferido da Lionel Shriver, mas também não foi chato.
Nota: 3,25


Princess Academy – Shannon Hale
Miri vive uma vida comum em um pequeno vilarejo que ganha a vida com a mineração, até que emissários reais aparecem e anunciam que a futura esposa do príncipe seria escolhida entre as jovens do local. Eles montam uma escola para onde todas as jovens são enviadas para aprender a ler, escrever, dançar e se portar como uma dama. Dividida entre a vontade de ter uma vida confortável como princesa e ficar com sua família na vida de sempre, Miri acaba aprendendo muito mais do que esperava na escola. O livro é fofo, gostei de como as personagens se desenvolveram e aprenderam, mas não foi o suficiente para me fazer ler os livros seguintes da série, eu acho.
Nota: 3,25


Coração – Natsume Soseki
Gosto bastante do Soseki e esse é um dos livros mais famosos dele. Nele, um jovem se torna amigo de um homem mais velho, a quem ele chama de professor, que é um sujeito reservado que carrega um grande fardo. O livro me lembrou um pouco outro livro do autor, O portal, que também tem personagens que se veem meio apartados do resto do mundo. Eu gostei, mas acho que no momento prefiro os livros mais descontraídos do autor.
Nota: 3,25


A invenção de Hugo Cabret – Brian Selznick
Vi o filme há alguns anos e gostei mais ou menos. Li o livro agora e gostei mais ou menos. O formato é interessante, com ilustrações que contam parte da história, e a história em si, sobre um garoto órfão que vive na estação de trem e tenta consertar um misterioso homem mecânico que seu pai deixou para ele, é até interessante, mas achei a maioria dos personagens meio chata.
Nota: 3


A história dos meus dentes – Valeria Luiselli
Esse livro surgiu a partir da encomenda de um texto para uma exposição de arte em uma galeria que pertence a uma fábrica de sucos, galeria e fábrica presentes na história. É um livro bem-humorado e meio estranho sobre um homem que se torna um grande leiloeiro. As histórias que ele cria para cada objeto à venda são bastante peculiares.
Nota: 3


Canadá – Richard Ford
Dell tinha uma vida normal com uma família normal, até que dificuldades financeiras levam seus pais a cometerem o ato impensado de roubar um banco. Com os pais presos, ele precisa amadurecer rapidamente e se virar sozinho em sua nova vida em uma cidadezinha do Canadá. O estilo do livro me agradou e, embora minha leitura tenha se arrastado um pouco, ele deixou uma impressão forte em mim. Sinto que se eu tivesse lido o romance em um momento que não estivesse tão exausta, teria apreciado mais.
Nota: 3,5


O vilarejo – Raphael Montes
São sete contos de terror, cada um inspirado em um demônio/pecado capital, que se passam em um vilarejo e estão interligados. Os contos são bem curtinhos e alguns são legais, outros são meio sem graça, mas formam um todo bem surpreendente.
Nota: 3

Quadrinhos


Bulldogma – Wagner Willian
Quadrinho sobre uma ilustradora que acabou de se mudar para um apartamento em uma região onde há boatos de abduções alienígenas. O livro me pareceu uma mistureba meio confusa cheia de referências, não faz muito o meu estilo.
Nota: 2,75


This One Summer – Mariko Tamaki e Jillian Tamaki
Todo verão, Rose costuma viajar para a praia, onde tem uma grande amiga. Elas passam os dias nadando, assistindo a filmes e passeando por aí, mas naquele verão, as coisas não andavam bem entre os pais de Rose. É uma história meio agridoce sobre o fim da infância com uma arte muito bonita.
Nota: 4

Aquisições


Maio foi o mês do meu aniversário, o que significa que ganhei presentes. Meus tios me deram Os vestígios do dia e a Lulu me deu Relatos de um gato viajante e A câmara sangrenta, que tem uma edição muito linda com marcadores fofinhos. Consegui o The Bear Comes Home em uma feira de trocas e fiquei bem intrigada pelo urso que é músico. E comprei Como o soldado conserta o gramofone em uma dessas feiras de livro na rua.

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Foi isso. Em breve escrevo sobre o que vi durantes esses meses.