Mais uma temporada chegou ao fim e mais uma vez vou escrever um post de retrospectiva gigantesco que não interessa a quase ninguém (mas eu adoro escrevê-los e adoro relê-los alguns anos depois).
Essa temporada de 2016-2017 é particularmente importante porque é a temporada pré-olímpica, ou seja, é a temporada em que os patinadores podem se arriscar um pouco mais, acrescentar elementos novos e fazer experimentações para ver o que funciona ou não, sempre com as Olimpíadas em mente.
Entre avanços do esporte, lesões, anúncios de aposentadoria, Fuji TV bloqueando vídeos no Youtube, ângulos de câmera estranhos, vitórias e derrotas, lágrimas e sorrisos, foi uma temporada bastante empolgante e foi, provavelmente, a temporada em que mais assisti a competições até o momento. Em geral me contento com os Grand Prix, Europeu, Four Continents e Mundial, mas dessa vez vi alguns Challengers, algumas competições júniores e um pouco dos principais nacionais. E quando não estava assistindo a alguma competição, estava lendo fóruns, vendo vídeos e fotos (e memes) relacionados ao esporte.
Nesses últimos meses, a patinação ganhou muitos fãs novos (graças a Yuri on Ice, eu suponho), então o fandom ficou bem mais agitado que de costume. E minha irmã também passou a acompanhar o esporte, as piadas e as fanfics ruins, o que torna tudo muito mais divertido. As Olimpíadas no ano que vem provavelmente vão provocar um aumento de popularidade temporário, e as coisas vão ficar mais agitadas, e consequentemente mais dramáticas. Vai ser uma temporada tensa e fora do comum, mas em vez de ficar falando do futuro, vamos lembrar o que aconteceu em 2016 e 2017.
Pares
Essa normalmente é minha categoria menos preferida. Os elementos são bastante arriscados, então sempre me dão uma certa aflição, e geralmente os pares mais fracos são bem fracos, do tipo que mal dá para assistir. Porém, nessa temporada, algumas vezes me vi mais interessada na competição de pares do que nas outras. Os patinadores estão fazendo elementos mais difíceis, mas acho que o que realmente torna a competição mais interessante é que os pares estão mostrando bastante personalidade e variedade em seus programas.
Programas / momentos preferidos
Esse par da Coreia do Norte em geral não participa de muitas competições, então sempre fico meio surpresa ao vê-los. Eles não são tão fortes tecnicamente, mas são bastante promissores considerando que ainda não têm tanta experiência. Gosto bastante desse programa e da energia que eles mantêm durante a apresentação. Adoro o death spiral no finalzinho, bem na cacofonia da música.
Peng e Jin são uma dupla formada nessa temporada, após a federação chinesa decidir fazer uma troca que deixou meio mundo chateado: as antigas duplas Yu/Jin e Peng/Zhang deram origem a Peng/Jin e Yu/Zhang. Teoricamente Yu/Zhang seriam os privilegiados da troca, pois são a união da patinadora mais consistente com o patinador mais experiente, mas Peng/Jin, mesmo ficando atrás nos resultados, mostraram que também são uma dupla forte. O programa curto deles é divertido e os dois mostram bastante carisma. Peng, que costumava ser muito inconsistente, melhorou bastante nessa temporada, parecendo bem à vontade e segura no gelo.
Essa dupla muitas vezes tem um estilo frio e sombrio que me agrada muito e os destaca dos demais, e esse programa é um exemplo disso. Gosto dos movimentos dos braços na coreografia e da elegância dos dois. Infelizmente, eles não participaram da temporada completa, portanto, apresentaram o programa poucas vezes e em todas elas tiveram algum erro. Espero que eles tenham coreografias no mesmo estilo na temporada que vem.
Sempre gostei da Aliona Savchenko com seu ex-parceiro, Robin Szolkowy, e agora gosto dela com o Bruno Massot. Adorei os dois programas deles na temporada: o curto é divertido e dinâmico, o longo é lírico e delicado. O twist deles tem uma altura incrível e gosto como eles estão sempre se desafiando com elementos difíceis.
Essa dupla evoluiu muito nessa temporada e essa evolução trouxe resultados: de uma dupla mediana, eles passaram a ter chances de medalhas nas grandes competições. Gostei muito dos programas deles, são modernos e bastante diferentes dos da maioria dos outros pares, com transições interessantes e elementos difíceis (nem sempre perfeitos, mas sempre impressionantes).
A música Blues for Klook sempre me lembra o programa longo do Daisuke Takahashi na temporada de 2011-12, um dos meus programas preferidos da vida. Por isso, quando soube que S/H iriam patiná-la, achei que, quando os visse, não conseguiria deixar de compará-los e não aproveitaria tanto as apresentações. Que bom que eu estava errada. Esse programa é incrível, mostrando muita atitude e conexão entre os dois patinadores. E o mais incrível é que eles tiveram ótimas performances mesmo após a Sui ficar meses de recuperação devido a uma cirurgia.
Ice dance
Antes da temporada começar, eu estava bem temerosa do que teríamos na dança curta, pois o ritmo seria blues e swing/hip hop. Algumas duplas arriscariam o hip hop e eu achava que o resultado seria desastroso. Avaliando agora, até que os programas não foram tão ruins quanto eu esperava. Com exceção de alguns programas que fizeram uma mistureba musical (Hubbel/Donohue, por exemplo), a maioria das duplas apresentou programas divertidos, apesar de não muito memoráveis.
Por outro lado, na dança livre a maioria dos patinadores apostou no estilo mais lírico que está em alta, ou seja, tivemos uma sequência de programas bonitos e muito agradáveis, mas que, um seguido do outro, parecem todos iguais. A dança é a categoria em que, na minha opinião, há maior conexão dos patinadores com a música e em que os elementos técnicos se mesclam melhor na coreografia. Por isso, acho mais fácil me encantar e me emocionar com um programa de dança do que com os de outras categorias. No entanto, nessa temporada não me apaixonei por nenhum programa. Cheguei a me envolver fortemente com partes dos programas de Papadakis/Cizeron e Virtue/Moir, mas nunca fui conquistada pelos programas completos. Foi uma temporada meio decepcionante nesse aspecto.
Programas / momentos preferidos
Não conheço muito bem essa dupla, mas gostei da escolha musical deles (trilha sonora do filme Micmacs, que não assisti, mas que pela música deve ser interessante, haha). Também gostei bastante de alguns dos levantamentos e de alguns elementos coreográficos.
Gilles / Poirier - SD (Mundial) e FD (Skate Canada)
Essa dupla sempre tem programas criativos e diferentes. Nem sempre eles funcionam muito bem, mas pelo menos fogem da mesmice. Nessa temporada, eles trouxeram um programa curto muito divertido no estilo disco e um tango elegante no longo. Gosto de como eles se comprometem com os papéis que estão representando e adoro alguns detalhes da coreografia, como os movimentos dos braços nos twizzles do programa curto e como eles incorporaram alguns movimentos de tango no longo.
Essa dupla sempre tem programas criativos e diferentes. Nem sempre eles funcionam muito bem, mas pelo menos fogem da mesmice. Nessa temporada, eles trouxeram um programa curto muito divertido no estilo disco e um tango elegante no longo. Gosto de como eles se comprometem com os papéis que estão representando e adoro alguns detalhes da coreografia, como os movimentos dos braços nos twizzles do programa curto e como eles incorporaram alguns movimentos de tango no longo.
Virtue / Moir - SD - Mundial
Um dos meus programas preferidos da temporada! Adoro a coreografia do começo, é tão rápida e com movimentos tão precisos. Também adoro a primeira step sequence, cheia de energia. E a Tessa é sempre fenomenal nesse programa! Quando soube que Virtue / Moir voltariam às competições depois de um hiato, não pus muita fé neles, mas que bom que eu estava errada. Só espero que na temporada que vem eles tenham programas mais na linha desse do que no estilo "casal fofo apaixonado olhando um para o outro com enlevo".
Um dos meus programas preferidos da temporada! Adoro a coreografia do começo, é tão rápida e com movimentos tão precisos. Também adoro a primeira step sequence, cheia de energia. E a Tessa é sempre fenomenal nesse programa! Quando soube que Virtue / Moir voltariam às competições depois de um hiato, não pus muita fé neles, mas que bom que eu estava errada. Só espero que na temporada que vem eles tenham programas mais na linha desse do que no estilo "casal fofo apaixonado olhando um para o outro com enlevo".
Feminino
Nessa temporada, Evgenia Medvedeva solidificou sua posição como a principal patinadora do mundo. Venceu com folga todas as competições de que participou e bateu recordes de pontuação. Além disso, conquistou muitos fãs com suas otakices e também conquistou uma boa porção de haters, cansados de suas coreografias cheias de mímicas. Ela não é minha patinadora preferida e não gostei de nenhum dos programas dela nessa temporada, mas a quantidade de ódio que vejo dirigida a ela às vezes me deixa desconfortável (não que eu não viva reclamando dela também, hahaha). O problema da dominância da Evgenia é que as competições ficam bem previsíveis. Se ela estiver competindo e não cometer nenhum erro gigantesco (e ela raramente comete), ela vai ganhar. O resto das patinadoras disputa a medalha de prata.
Por outro lado, a disputa pela prata foi bem interessante nessa temporada. Tivemos muitas concorrentes fortes, algumas surpresas positivas e outras negativas (Pogorilaya no mundial, lesão da Satoko, japonesas perdendo uma vaga no mundial...).
Momentos / programas preferidos
Laurine Lecavelier - SP - Europeu
Confesso que nunca tinha prestado muita atenção na Laurine antes dessa temporada, mas esse programa me conquistou. Adorei a música, a coreografia e a entrega dela ao patinar.
Confesso que nunca tinha prestado muita atenção na Laurine antes dessa temporada, mas esse programa me conquistou. Adorei a música, a coreografia e a entrega dela ao patinar.
Ivett Toth - SP - Europeu
Outra patinadora de quem não lembro nada antes dessa temporada. Não sou muito fã do Michael Jackson, mas acho que a Ivett incorporou bem o estilo de dança dele no programa. Adoro a step sequence cheia de energia!
Outra patinadora de quem não lembro nada antes dessa temporada. Não sou muito fã do Michael Jackson, mas acho que a Ivett incorporou bem o estilo de dança dele no programa. Adoro a step sequence cheia de energia!
Gosto muito da coreografia desse programa, especialmente dos movimentos dos braços. Adoro a espiral e o spin final. O mais impressionante é que foi a própria Karen quem coreografou os programas dessa temporada. Parabéns para ela!
Anastasiia Gubanova - SP e FS - Campeonato nacional russo
Não costumo acompanhar as patinadoras júniores porque, mesmo que muitas vezes elas sejam tão ou mais fortes tecnicamente que as mais velhas, artisticamente elas geralmente deixam a desejar. Esse não é o caso da Anastasiia, que já demonstra uma boa musicalidade e muita elegância. O jeito que ela movimenta os braços é especialmente expressivo e gracioso. E eu sou fã das músicas do Abel Korzeniowski na patinação, então é óbvio que iria gostar do programa longo dela.
Não costumo acompanhar as patinadoras júniores porque, mesmo que muitas vezes elas sejam tão ou mais fortes tecnicamente que as mais velhas, artisticamente elas geralmente deixam a desejar. Esse não é o caso da Anastasiia, que já demonstra uma boa musicalidade e muita elegância. O jeito que ela movimenta os braços é especialmente expressivo e gracioso. E eu sou fã das músicas do Abel Korzeniowski na patinação, então é óbvio que iria gostar do programa longo dela.
Kaetlyn Osmond - SP - Mundial
Fiquei bem contente com a evolução da Kaetlyn nessa temporada. Ela tem saltos enormes e muita velocidade e fluidez no gelo, e esse programa é um charme.
Zijun Li - SP - World Team Trophy
Gosto muito da Zijun e gostei de ver que ela foi razoavelmente consistente durante a temporada. Odiei que ela recebeu notas baixíssimas mesmo quando patinou bem. Esse é um dos casos em que eu realmente não entendo os juízes. Mesmo que ela não seja uma patinadora muito rápida e que às vezes aparenta cansaço no final dos programas, na parte artística, para mim, ela tem todo o resto, mas está óbvio que os juízes não acham o mesmo. O meu programa preferido dela foi o curto, que é mais animado e tem uma ótima step sequence, mas vale mencionar o longo também, que é bastante emocionante.
Gosto muito da Zijun e gostei de ver que ela foi razoavelmente consistente durante a temporada. Odiei que ela recebeu notas baixíssimas mesmo quando patinou bem. Esse é um dos casos em que eu realmente não entendo os juízes. Mesmo que ela não seja uma patinadora muito rápida e que às vezes aparenta cansaço no final dos programas, na parte artística, para mim, ela tem todo o resto, mas está óbvio que os juízes não acham o mesmo. O meu programa preferido dela foi o curto, que é mais animado e tem uma ótima step sequence, mas vale mencionar o longo também, que é bastante emocionante.
Satoko Miyahara - FS - Grand Prix Final
Esse é um dos programas preferidos de muitos fãs, e eu fico me perguntando o quanto disso é devido a ter uma música de Star Wars no meio, haha. Não sou fã de Star Wars, mas gostei de como as diferentes músicas (Star Wars e Planets do Holst) foram editadas, e sou fã da coreografia cheia de nuances e da interpretação da Satoko. Ela é uma patinadora leve e delicada, mas aqui ela mostra um pouco mais de força em alguns momentos. Infelizmente, ela sofreu uma lesão e não pôde competir na metade final da temporada, o que torna sua situação para a próxima temporada um pouco mais complicada. Espero que ela consiga uma vaga olímpica no ano que vem.
Esse é um dos programas preferidos de muitos fãs, e eu fico me perguntando o quanto disso é devido a ter uma música de Star Wars no meio, haha. Não sou fã de Star Wars, mas gostei de como as diferentes músicas (Star Wars e Planets do Holst) foram editadas, e sou fã da coreografia cheia de nuances e da interpretação da Satoko. Ela é uma patinadora leve e delicada, mas aqui ela mostra um pouco mais de força em alguns momentos. Infelizmente, ela sofreu uma lesão e não pôde competir na metade final da temporada, o que torna sua situação para a próxima temporada um pouco mais complicada. Espero que ela consiga uma vaga olímpica no ano que vem.
Wakaba Higuchi - SP - Mundial
Essa foi a primeira temporada da Wakaba como sênior, ou seja, foi a primeira temporada em que a vi competir. Ela é conhecida pela velocidade e pelos saltos, mas o que me surpreendeu bastante nela foi a maturidade da interpretação. Tudo o que ela faz parece natural, sem exageros. Eu adorei o programa curto (e fiquei viciada na música), mas a apresentação dela do longo no World Team Trophy também merece ser citada. Espero que ela tenha bons programas no futuro, que domine o triple axel e que seja mais consistente na temporada que vem.
Essa foi a primeira temporada da Wakaba como sênior, ou seja, foi a primeira temporada em que a vi competir. Ela é conhecida pela velocidade e pelos saltos, mas o que me surpreendeu bastante nela foi a maturidade da interpretação. Tudo o que ela faz parece natural, sem exageros. Eu adorei o programa curto (e fiquei viciada na música), mas a apresentação dela do longo no World Team Trophy também merece ser citada. Espero que ela tenha bons programas no futuro, que domine o triple axel e que seja mais consistente na temporada que vem.
Masculino
Se a temporada 2015-16 viu um grande aumento do conteúdo técnico, com quádruplos mais difíceis e mais abundantes, a temporada 2016-17 mostrou que os quádruplos estão aqui para ficar. A maioria dos patinadores que medalharam nas competições tinha dois quádruplos no programa curto e no mínimo três no longo. Isso significa que houve muitas quedas e "pops", mas também tivemos ótimas apresentações limpas ou quase limpas.
Enquanto nas outras categorias temos um ou dois favoritos e um resto imprevisível, nos homens um top 6 se delineou durante a temporada: Yuzuru, Shoma, Nathan, Javier, Boyang e Patrick. Com alguma variação aqui e ali, foram eles que ganharam a maioria das medalhas durante a temporada, se destacando dos demais seja pelo conteúdo técnico, pela qualidade dos elementos executados ou pela parte artística.
Programas / momentos preferidos
Misha Ge - FP - Mundial
O Misha anunciou que essa talvez seja sua última temporada, e isso adicionou um tom agridoce à sua apresentação no mundial. Com um programa mais clássico, ele mostrou postura e braços baléticos em uma apresentação limpa e elegante. Se tenho algo a criticar, é que ele parecia um tanto contido durante a maior parte do programa, só mostrando seu lado dramático mais para o final.
O Misha anunciou que essa talvez seja sua última temporada, e isso adicionou um tom agridoce à sua apresentação no mundial. Com um programa mais clássico, ele mostrou postura e braços baléticos em uma apresentação limpa e elegante. Se tenho algo a criticar, é que ele parecia um tanto contido durante a maior parte do programa, só mostrando seu lado dramático mais para o final.
Para mim, o Kevin tem um estilo bem francês (pena que não sei muito bem como explicar o que é um estilo francês, haha). Infelizmente ele não é muito consistente, mas gosto do estilo dele e ele tem personalidade, se destacando da maioria dos júniores.
Patrick Chan - SP - Mundial
É engraçado que eu costumava odiar o Patrick, porque hoje ele é um dos patinadores que eu mais gosto de ver no gelo. Ele patina de uma maneira muito leve e fluida, que, mesmo quando ele comete erros, é muito agradável de se assistir. Esse programa curto se torna mais agradável ainda porque a música é dos Beatles.
É engraçado que eu costumava odiar o Patrick, porque hoje ele é um dos patinadores que eu mais gosto de ver no gelo. Ele patina de uma maneira muito leve e fluida, que, mesmo quando ele comete erros, é muito agradável de se assistir. Esse programa curto se torna mais agradável ainda porque a música é dos Beatles.
Yuzuru Hanyu - FP - Mundial
Quando foi anunciado que o Yuzuru ia patinar Joe Hisaishi, eu fiquei muito feliz. Amo esse compositor e, mesmo não sendo uma música que eu já conhecesse, achei que combinaria perfeitamente com o estilo do Yuzuru. No entanto, durante a temporada toda, sofri do mal de não conseguir me conectar muito com o programa. Não sei se foi a coreografia, a interpretação ou apenas as minhas altas expectativas. No entanto, não tenho como negar que no mundial a apresentação dele foi quase perfeita e que foi um momento bastante emocionante e empolgante para todos que acompanharam a temporada e as dificuldades do Yuzuru até então. É bem raro vermos apresentações tão difíceis e tão bem executadas, e essa será uma das que entrará para a história.
Quando foi anunciado que o Yuzuru ia patinar Joe Hisaishi, eu fiquei muito feliz. Amo esse compositor e, mesmo não sendo uma música que eu já conhecesse, achei que combinaria perfeitamente com o estilo do Yuzuru. No entanto, durante a temporada toda, sofri do mal de não conseguir me conectar muito com o programa. Não sei se foi a coreografia, a interpretação ou apenas as minhas altas expectativas. No entanto, não tenho como negar que no mundial a apresentação dele foi quase perfeita e que foi um momento bastante emocionante e empolgante para todos que acompanharam a temporada e as dificuldades do Yuzuru até então. É bem raro vermos apresentações tão difíceis e tão bem executadas, e essa será uma das que entrará para a história.
Adam Rippon - FP - Skate America
Não sou muito fã do Coldplay, mas em geral as músicas da banda dão bons programas de patinação. Gosto bastante dos movimentos de pássaro que o Adam faz no início e no fim da coreografia. Infelizmente, o Adam se machucou e ficou fora da segunda metade da temporada, porém, ele vai manter esse programa na próxima temporada, e espero que ele tenha sucesso com ele.
Não sou muito fã do Coldplay, mas em geral as músicas da banda dão bons programas de patinação. Gosto bastante dos movimentos de pássaro que o Adam faz no início e no fim da coreografia. Infelizmente, o Adam se machucou e ficou fora da segunda metade da temporada, porém, ele vai manter esse programa na próxima temporada, e espero que ele tenha sucesso com ele.
Shoma Uno - FP - Mundial
Quando soube qual seria a música do programa livre do Shoma, não coloquei muita fé. Achei que ele não combinava muito com tango e que não tinha maturidade suficiente para interpretar a música. Quando o vi apresentar o programa em um show, achei meio fraco. Quando vi o programa no Skate America, fui completamente conquistada. Gosto dos movimentos bastante precisos, na batida da música, no início do programa, além da forma como ele utiliza os braços. Gosto da intensidade da interpretação. Gosto do momento de alguns dos saltos, como o primeiro triple axel bem no som do violino, na transição entre as músicas, e a combinação de três saltos no segundo refrão. E fiquei meio viciada na música, até decorei alguns versos, haha. Foi incrível assistir à evolução desse programa durante a temporada e fiquei muito feliz em ver como o Shoma cresceu como intérprete e mostrou que eu estava errada em não acreditar nele.
Sempre gosto de ver as interações entre Shoma e Yuzuru (ok, gosto de ver as interações entre Shoma e qualquer um), principalmente porque o Shoma parece ser um cara meio tímido e perdido. Antes dessa temporada, a dinâmica entre eles era basicamente: Yuzuru apertando as bochechas do Shoma ou bagunçando o cabelo dele enquanto Shoma tentava fugir. Nessa temporada, as coisas continuam meio parecidas, mas o Shoma parece mais à vontade. E com mais pódios conjuntos, exibições, entrevistas e o World Team Trophy, tivemos muitos momentos de interação entre os dois, desde a já clássica piada do casamento a várias trocas de elogios, passando por bolos, conversas e reações de um assistindo ao outro.
Melhor competição! O World Team Trophy é uma competição por equipes que não se leva muito a sério. É no final da temporada, todos estão cansados, então acho que muitos a encaram como uma última chance de mostrar seus programas, mas se você for mal, tudo bem, segue em frente. A melhor coisa do WTT, no entanto, é o kiss and cry com todos os membros da equipe reunidos, muitas vezes com chapéus e fantasias divertidos, fazendo encenações ou dancinhas.
Boyang Jin, rei dos livestreams! Posso não ser a maior fã dele como patinador (e não, não gosto tanto do programa do Homem Aranha quanto a maioria das pessoas parece gostar), mas sou muito fã da sua personalidade divertida, seja ao fazer longos livestreams em que ele basicamente fica comendo ou andando por aí e mostrando sua cútis perfeita, seja ao treinar seus elementos de pares com o Yang Jin. Me sinto muito triste por não saber chinês e não poder entender o que ele fala.
Sempre é legal ver os patinadores em momentos mais descontraídos. Entre as exibições de gala que achei mais divertidas estão a do Four Continents, especialmente quando as flower girls enxamearam ao redor do Yuzuru e acabaram expulsando o Shoma, a do Mundial Júnior, com os patinadores se jogando no gelo ou fazendo levantamentos e espirais juntos, e a do World Team Trophy, principalmente na apresentação final, quando a Evgenia caiu e o Yuzuru fez a maior cara de chocado, e depois eles e o Shoma pularam juntos e fizeram headbanging. O pódio mais divertido provavelmente foi o masculino do Asian Winter Games, em que os patinadores pareciam completamente perdidos.
E assim encerramos a temporada! Daqui a alguns meses tudo começa novamente, com novos programas (e muitos não tão novos assim -_-), mais competições, novas polêmicas e, claro, muito drama.
Quando soube qual seria a música do programa livre do Shoma, não coloquei muita fé. Achei que ele não combinava muito com tango e que não tinha maturidade suficiente para interpretar a música. Quando o vi apresentar o programa em um show, achei meio fraco. Quando vi o programa no Skate America, fui completamente conquistada. Gosto dos movimentos bastante precisos, na batida da música, no início do programa, além da forma como ele utiliza os braços. Gosto da intensidade da interpretação. Gosto do momento de alguns dos saltos, como o primeiro triple axel bem no som do violino, na transição entre as músicas, e a combinação de três saltos no segundo refrão. E fiquei meio viciada na música, até decorei alguns versos, haha. Foi incrível assistir à evolução desse programa durante a temporada e fiquei muito feliz em ver como o Shoma cresceu como intérprete e mostrou que eu estava errada em não acreditar nele.
Randomicidades preferidas
Momentos Yuzusho
Sempre gosto de ver as interações entre Shoma e Yuzuru (ok, gosto de ver as interações entre Shoma e qualquer um), principalmente porque o Shoma parece ser um cara meio tímido e perdido. Antes dessa temporada, a dinâmica entre eles era basicamente: Yuzuru apertando as bochechas do Shoma ou bagunçando o cabelo dele enquanto Shoma tentava fugir. Nessa temporada, as coisas continuam meio parecidas, mas o Shoma parece mais à vontade. E com mais pódios conjuntos, exibições, entrevistas e o World Team Trophy, tivemos muitos momentos de interação entre os dois, desde a já clássica piada do casamento a várias trocas de elogios, passando por bolos, conversas e reações de um assistindo ao outro.
World Team Trophy
Melhor competição! O World Team Trophy é uma competição por equipes que não se leva muito a sério. É no final da temporada, todos estão cansados, então acho que muitos a encaram como uma última chance de mostrar seus programas, mas se você for mal, tudo bem, segue em frente. A melhor coisa do WTT, no entanto, é o kiss and cry com todos os membros da equipe reunidos, muitas vezes com chapéus e fantasias divertidos, fazendo encenações ou dancinhas.
Boyang
Boyang Jin, rei dos livestreams! Posso não ser a maior fã dele como patinador (e não, não gosto tanto do programa do Homem Aranha quanto a maioria das pessoas parece gostar), mas sou muito fã da sua personalidade divertida, seja ao fazer longos livestreams em que ele basicamente fica comendo ou andando por aí e mostrando sua cútis perfeita, seja ao treinar seus elementos de pares com o Yang Jin. Me sinto muito triste por não saber chinês e não poder entender o que ele fala.
Galas e pódios divertidos
Sempre é legal ver os patinadores em momentos mais descontraídos. Entre as exibições de gala que achei mais divertidas estão a do Four Continents, especialmente quando as flower girls enxamearam ao redor do Yuzuru e acabaram expulsando o Shoma, a do Mundial Júnior, com os patinadores se jogando no gelo ou fazendo levantamentos e espirais juntos, e a do World Team Trophy, principalmente na apresentação final, quando a Evgenia caiu e o Yuzuru fez a maior cara de chocado, e depois eles e o Shoma pularam juntos e fizeram headbanging. O pódio mais divertido provavelmente foi o masculino do Asian Winter Games, em que os patinadores pareciam completamente perdidos.
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E assim encerramos a temporada! Daqui a alguns meses tudo começa novamente, com novos programas (e muitos não tão novos assim -_-), mais competições, novas polêmicas e, claro, muito drama.