Postei muito pouco no blog no último mês e nem posso usar a desculpa de que estava ocupada demais. Acho que simplesmente estava desanimada, e apesar de isso não ter afetado o número de leituras (em parte porque li um monte de quadrinhos), afetou o número de animes/séries/filmes vistos.
Estou devendo duas resenhas, que espero escrever em breve.
Livros lidos
Grandes símios - Will Self
Gostei muito do primeiro livro do Will Self que li,
O livro de Dave (
resenha), então estava animadíssima para ler esse aqui, que tem uma premissa muito interessante: em vez dos humanos, são os chimpanzés os primatas mais evoluídos. Então, vemos os chimpanzés vivendo numa sociedade muito semelhante à nossa, com grandes cidades, tecnologia, ciência, arte etc., mas mantendo hábitos de chimpanzés (catar piolhos, comunicar-se por gestos, acasalar com as próprias filhas). Infelizmente, achei o livro meio maçante e os personagens desinteressantes. Toda a chimpanzaiada me cansou rapidinho.
Nota: 3
Harry Potter and the Cursed Child - J. K. Rowling, John Tiffany, Jack Thorne
Não estava tão ansiosa por esse livro quando ele foi anunciado, porque acho que a Rowling deveria largar do Harry Potter e deixar a história descansar em paz, mas é claro que assim que li alguns comentários a respeito da obra, fiquei louca de curiosidade para ler. O que achei: é bem divertido, a história prende e é bom rever alguns personagens. Mas alguns acontecimentos são meio bizarros, a maioria dos personagens não é muito interessante e no geral não parece algo escrito pela Rowling (e muita coisa não deve ser mesmo).
Nota: 3,25
A ascensão do romance - Ian Watt
Precisei ler alguns capítulos desse livro no primeiro semestre da faculdade e depois mais alguns capítulos ao longo da vida universitária, mas nunca tinha lido o livro inteiro. Preciso de muita força de vontade para ler texto teórico sem ser por obrigação, então foi difícil juntar energia para começar a ler os capítulos que faltavam. Mas assim que comecei a ler, percebi que o texto é mais interessante do que eu esperava. O livro conta sobre o início do romance inglês, focando em Defoe, Richardson e Fielding e relacionando os livros dos autores às mudanças socioeconômicas da época.
Nota: 3,75
The Whole Business with Kiffo and the Pitbull - Barry Jonsberg
Esse é um YA (ou middle-grade, sei lá) australiano sobre uma menina muito inteligente, um garoto que é o terror dos professores e uma professora que é o terror dos alunos. É um livro bem simpático. Gostei bastante da narradora, apesar de não gostar de alguns trechos estilo livro de espião que ela cria no meio da história principal. Mas são poucos trechos, que não chegam a incomodar muito.
Nota: 4
O vendedor de armas - Hugh Laurie
Esse livro estava aqui na estante há tanto tempo que eu ficava com dó dele, mas agora eu li, vi que não é lá grande coisa e posso parar de ter dó. A história começa quando o protagonista recusa o trabalho de assassinar um homem. Isso faz com que ele se meta contra a vontade em um grande conflito que envolve armas poderosas, terroristas e muito dinheiro. É divertidinho de ler, mas achei bem descartável.
Nota: 3
Um zoológico no meu quarto - Jules Feiffer
Gosto muito do pouco que conheço do Jules Feiffer (leiam Um barril de risadas, um vale de lágrimas!), então fiquei animada quando vi que a biblioteca tinha outro livro do autor. Nesse livro infantil, a protagonista é uma menina que adora animais e sonha em ter um cachorro (igual à pequena Lígia quando era criança!), mas seus pais não deixam porque ela é muito nova para sair para passear com o bichinho. Então eles lhe dão um gato. E depois um hamster, um peixe, uma tartaruga etc. Eu estava gostando bastante do livro no começo, mas aos poucos cansei de ver os pais mimando a filha e dando animais a ela mesmo quando ela se mostra irresponsável. Hunf, sou amargurada até hoje porque não posso ter um gato ou cachorro em casa? Sou sim! Fiquei com inveja da menina? Sim! Exceto por esses "problemas", o livro é bem engraçado, apesar de no final apostar demais em umas confusões exageradas.
Nota: 3,25
Quadrinhos
Umbigo sem fundo - Dash Shaw
Adoro histórias sobre famílias e adorei essa aqui. Casados há quarenta anos, Maggie e David anunciam que vão se separar, o que faz toda a família se reunir na casa deles, na praia, para um último encontro. Cada um dos filhos lida com o acontecimento de uma maneira diferente, e nós observamos os relacionamentos entre eles, os problemas de cada um, as lembranças do passado etc.
Nota: 4
Na prisão - Kazuichi Hanawa
Esse mangá autobiográfico mostra a vida em uma prisão japonesa. Comparada a uma prisão brasileira, tudo parece muito bem organizado e até agradável, mas não deixa de ser uma prisão, e por mais que haja certos luxos relativos, os presos vivem sob uma rotina rígida e desumanizante. O mais interessante no mangá é ler/ver o autor falando sobre comida. Quando não se tem muito o que fazer, imagino que as refeições sejam o ponto alto do dia, principalmente se forem apetitosas e variadas como as mostradas na obra. Dá quase vontade de ser presa no Japão, mesmo não gostando da maioria das conservas de legume tão comuns por lá. :P
Nota: 3,5
Black Hole - Charles Burns
Uma doença transmitida sexualmente está afetando muitos adolescentes. A doença provoca mutações variadas, como o surgimento de uma boca no pescoço, o nascimento de uma cauda ou o enrugamento da pele, e quem fica doente passa a ser hostilizado pelos outros. É um quadrinho bastante perturbador, tanto na história como na arte, mas eu esperava um pouco mais dele. Os personagens não são muito interessantes, os diálogos deixam a desejar e no geral a coisa não me convenceu muito.
Nota: 3,25
Estigmas - Lorenzo Mattotti e Claudio Piersanti
Eu deveria escrever um post separado para o livro porque ele é válido para meu Desafio Volta ao Mundo em 80 Livros, mas infelizmente não tenho muito a dizer da obra (não que isso me impeça de escrever uns posts nanicos em que não digo nada), então vou comentar aqui mesmo. É o primeiro livro italiano que leio em três anos e quatro meses, o que é um pouco patético, mas ao mesmo tempo é algo legal (?). O livro é sobre um cara que um dia aparece com uma ferida em cada mão. As feridas não se curam, e embora algumas pessoas as vejam como algo sagrado (apesar de o personagem não ter nada de santo), a maioria olha para aquilo com desconfiança. O desenhista tem um traço bem rabiscado, que é bonito, mas meio confuso. Esperava mais da história.
Nota: 3
Tom Sawyer - Shin Takahashi
Esse mangá é livremente inspirado no romance Tom Sawyer de Mark Twain. Nele, uma jovem volta à cidadezinha litorânea onde viveu na infância para o funeral da mãe. Vista pelos habitantes locais com desconfiança, só as crianças se aproximam dela, arrastando-a para suas aventuras. A protagonista resiste um pouco às novas amizades, mas depois se deixa levar e vive um verão mágico como aqueles dos livros. A história começa lenta, mas ganha ritmo a partir da metade e fica mais semelhante aos eventos do livro original. O mangá é fofo, mas os personagens poderiam ser mais interessantes. Gosto muito do romance do Mark Twain e esperava ver mais do personagem Tom Sawyer no Taro. Acho que faltou um pouco de malandragem nele.
Nota: 3,25
Saraiya Goyou
Resenha em breve (eu espero)
Nota: 4
Comecei: Orange, Handa-kun
A ratinha valente
Já tinha lido vários comentários sobre esse filme e fiquei curiosa. Ele conta a história de uma ratinha que está com um dos filhos muito doente e precisa de ajuda para mudar a casa de lugar, pois o fazendeiro local logo vai passar o trator por lá. Ela busca a ajuda das ratazanas, que vivem em uma sociedade mais desenvolvida e escondem grandes segredos. O filme tem muitos méritos, como os cenários sombrios fantásticos e todo o mistério das ratazanas e sua relação com os humanos. Além disso, quantos desenhos infantis apresentam uma mãe viúva como protagonista? Por outro lado, achei a resolução do conflito meio frustrante, bem deus ex machina, e queria que o filme focasse um pouquinho mais nas ratazanas. Pelo que vi, o filme tem continuação, então talvez eles explorem mais esse lado.
Nota: 3,5
Aquisições
Eu não devia, mas acabei dando uma olhada nos sites de livros e comprando umas coisinhas.
O
Tess of the D'Urbervilles e o
A Portrait of the Artist as a Young Man são compras da minha irmã para a faculdade. O
História do novo sobrenome também foi compra dela. O
Helter Skelter e o
Stoner fui eu que comprei, mas como o
Stoner é presente adiantado de aniversário para a minha irmã, tecnicamente só o
Helter Skelter é meu e não devo me sentir tão culpada por comprar, não é?