sábado, 16 de janeiro de 2021

Projeto Ghibli #7: O castelo no céu

O castelo no céu

Título original: Tenkū no Shiro Rapyuta

Diretor: Hayao Miyazaki

Ano: 1986

Demorei anos, mas finalmente cheguei nos filmes oficialmente produzidos pelo Studio Ghibli aqui no meu projeto! Fiquei tempo demais empacada no Nausicaä e neste O castelo no céu, porque são filmes de que não gosto tanto assim. Imagino que a partir daqui as coisas fluam um pouco melhor (ou pelo menos é o que espero).

O castelo do céu mostra as aventuras de um menino e de uma menina que tentam proteger uma pedra mágica de um grupo de malfeitores que busca, por meio do objeto, encontrar o lendário reino de Laputa, uma ilha flutuante que abrigava uma civilização avançada.

O filme trata de alguns dos temas caros ao Miyazaki, como o conflito entre o homem e a natureza, representado pela extinta civilização de Laputa, que dominava altas tecnologias, algumas bastante perigosas. Além disso, o filme tem muitas geringonças voadoras, que são uma marca do diretor.

Uma das minhas coisas preferidas do filme, além da trilha sonora sempre excelente do Joe Hisaishi, são os cenários. A vila em que o protagonista vive, com suas casas construídas nos penhascos; as ruínas de Laputa, tomadas pela vegetação e pela água; tudo é muito bonito e ajuda a criar um senso de fascinação no espectador.

Dito isso, não considero o filme um dos melhores do estúdio. Os personagens são meio sem graça e sem muitas nuances, com exceção do grupo de piratas que inicia a história como vilão para então se tornar aliado da dupla de protagonistas e traz bastante humor para o filme. Também achei o ritmo meio arrastado, mas isso é algo que acho de 90% dos filmes, então o problema é comigo mesmo.

sábado, 9 de janeiro de 2021

Retrospectiva de 2020

2020 foi um ano bem ruim, mas pelo menos no quesito de leituras, filmes, séries e animes ele teve lá seus destaques.

Livros

Segundo o Goodreads, eu li 96 livros, o que é mais do que leio normalmente, mas isso inclui alguns volumes de quadrinhos e vários livros infantojuvenis que reli.

Li autores de 21 países diferentes, mas apenas 3 de países que ainda não li para meu Desafio Volta ao Mundo em 80 Livros.

Numa contagem não muito precisa, a distribuição por país foi assim:

EUA: 27
Inglaterra: 15
Brasil: 8
Alemanha: 6
Japão: 4
Irlanda: 4
Nigéria: 3
Austrália: 2
Canadá: 2
Finlândia: 2
China: 1
Quirguistão: 1
Hungria: 1
Índia: 1
Polônia: 1
Filipinas: 1
França: 1
Bielorrússia: 1
Itália: 1
Israel: 1
Suíça: 1


Na hora de eleger os favoritos, tive um pouco de dificuldade. Sinto que nenhum se destacou muito. De qualquer forma, foram esses os melhores do ano:

Boa noite, Punpun - Inio Asano (releitura)
Minha irmã, a serial killer - Oyinkan Braithwaite
Na estrada Jellicoe - Melina Marchetta
Manual da faxineira - Lucia Berlin
Memórias de um urso-polar - Yoko Tawada
Canção de ninar - Leïla Slimani
Os 101 dálmatas - Dodie Smith
Uma noite, Markovitch - Ayelet Gundar-Goshen

Filmes

Quando estava pensando nos filmes que vi, não consegui pensar em grandes destaques, mas ao ver a lista com tudo a que assisti percebi que até que o ano não foi ruim nesse quesito.


Favoritos:
And then we danced
Retrato de uma jovem em chamas
Parasita
Assunto de família
Grande Hotel Budapeste
Bacurau
Sorry to Bother You
Swallow
Tom na fazenda
Mirai
Eighth Grade

Séries


Não vi tantas séries assim, tirando animes, que têm uma categoria própria. Meus destaques ficam por conta de Avatar: the last airbender, que finalmente assisti e achei muito divertido; The Untamed, que me deixou completamente viciada; e Hyori's Bed & Breakfast, um reality show relaxante e agradável.

Animes

Se nas outras categorias tive dificuldade em escolher os favoritos, aqui foi bem fácil. Vi três animes que não só me entretiveram e me emocionaram, mas que me deixaram com um gostinho de quero mais e me fizeram ir atrás dos mangás. Por coincidência, os três são de esporte/jogo, mas tirando isso são bem diferentes entre si.


Favoritos:
Sangatsu no Lion
Chihayafuru
Haikyuu!!

Menções honrosas:
Kakushigoto; Futatsu no Spica; Ima, soko ni iru boku; Haibane Renmei; Eizouken ni wa Te wo Dasu na!; Uchouten kazoku

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Randomicidades do mês: dezembro

 Nada como um novo ano para a gente ser produtiva e postar no blog sem atraso!


Livros

Lá da Austrália – Stella E. O. Tagnin (org.)

Coletânea de contos de autores australianos. Gostei da seleção, com uma boa variedade de temas e escritores que eu não conhecia. Nenhum conto me marcou particularmente, mas nenhum me desagradou.

Nota: 3,5

Cheio de charme – Marian Keyes

O livro alterna o ponto de vista de quatro mulheres, todas elas ligadas de alguma forma com Paddy de Courcy, um famoso, belo e carismático político. O livro é longo e demora bastante para revelar a que veio, perdendo tempo demais em bobagens, para então tratar de temas mais sérios. Eu até gostei das personagens e fiquei bem curiosa com a história, mas achei que as partes de cada mulher têm tons diferentes demais e não casam tão bem entre si, além de ter ficado bem insatisfeita com um aspecto do final.

Nota: 3,0

Piratas! – Celia Rees

Reli esse livro do qual não lembrava nada e achei meio chatinho. Ele narra as aventuras de uma jovem que fugiu de um casamento e acaba virando pirata. Ela passa por vários percalços, mas nenhum tem muito impacto, e ela como personagem é bem sem graça. O livro se prolonga em descrições e termos náuticos.

Nota: 2,75

Beauty Queens – Libba Bray

Um avião com as participantes de um concurso de beleza adolescente cai numa ilha deserta, deixando as meninas à própria sorte. Usando suas habilidades, elas fazem o possível para sobreviver, lidando com perigos naturais e operações secretas. O livro é divertido, mas o tom satírico e absurdo me cansou um pouco.

Nota: 3,0

Puxa, qual bruxa? – Eva Ibbotson

Esse era um dos meus livros preferidos da autora e, relendo, até entendo por que, mas não o achei tão fantástico assim. A história é divertida, com um concurso de magia para eleger a esposa do Grande Mago do Norte, e o fim é bem satisfatório, mas sinto que falta algo.

Nota: 3,25


Séries e animes

Dix pour cent

Série francesa sobre o cotidiano de uma agência que cuida da carreira de artistas de cinema, com todo o glamour e o estresse envolvidos. Cada episódio foca num ator/atriz diferente, e o legal é que são artistas que realmente existem, mas o triste é que não conheço a maioria. É uma série divertida e gostosa de assistir.

Nota: 3,75

O gambito da rainha

Essa série foi um sucesso inesperado e eu achei bem legal. Não gosto de xadrez, então não me empolguei muito com essa parte da história e não sou grande fã de personagens prodígio, mas achei a série bem-feita e adorei o figurino da protagonista.

Nota: 3,5

Carole & Tuesday

Em um planeta Marte futurista, duas garotas se unem para fazer música. Sem recorrer a inteligência artificial para compor, elas vão conquistando seu público com canções delicadas e apresentações despretensiosas. O anime se inicia como as músicas da dupla: ele é leve, divertido e muito gostoso de assistir. Aos poucos, no entanto, ele vai mergulhando em temas mais sérios e é aí que erra, sem conseguir casar muito bem os diferentes assuntos abordados e dando soluções simplistas para problemas complexos. As músicas se mantêm sempre boas e adorei a variedade de estilos, apesar de as minhas favoritas serem todas da Carole & Tuesday (The Loneliest Girl, Hold Me Now, Threads, Kiss Me, Mother).

Nota: 3,75

Haikyuu!!: To the top (2ª parte)

Viciada, acabei alcançando a temporada atual, que mostra um jogo importante dos meninos da Karasuno. A partida tem ótimos momentos e gostei do time rival e da evolução dos personagens. O problema é que a animação estava visivelmente pior nuns dois episódios e que acompanhar semanalmente não é tão empolgante para mim quanto maratonar, por isso achei a partida meio arrastada em alguns momentos.

Nota: 4,0

Yokohama Kaidashi Kikou: Quiet Country Café

OVA de 2003 com mais do cotidiano da android Alpha em seu café tranquilo. É tão relaxante quanto seu predecessor, e o ritmo lento às vezes me entediou, mas é bonito e calmo e agradável.

Nota: 3,75

Aria the Animation

Num planeta Marte terraformado, a cidade de Neo Venezia é uma réplica de Veneza, com seus canais e gôndolas. Lá, acompanhamos a vida de Akari, uma aprendiz de gondoleira, entre treinos com as colegas e passeios pela cidade. É um anime bem calmo e relaxante, e eu queria ter gostado mais, porque é bem o meu tipo de anime, mas não gostei tanto assim dos personagens. Ainda assim, pretendo ver as próximas temporadas.

Nota: 3,5

Ani ni tsukeru kusuri wa nai! 4

Nova temporada desse anime curtinho de humor que é bem bobo e despretensioso, mas que sempre recebo de braços abertos. Essa temporada não foi tão boa, mas teve alguns episódios bem engraçados.

Nota: 3,25

Taisou Zamurai

Esse anime tem alguns elementos que me agradam: ginástica, um atleta veterano cogitando a aposentadoria, relação pai e filha. E também tem coisas que eu não esperava, como um ninja misterioso e um pássaro falante. Ele é bem divertido, mas me deixou meio insatisfeita. Gostaria de um foco maior no esporte e senti que a história de um dos personagens não fez muito sentido.

Nota: 3,5

Alice to Zouroku

Uma menina com poderes escapa do laboratório onde era mantida e encontra abrigo com um velho e sua neta. Imaginei que esse seria mais um desses animes com um homem solitário que cria uma criança, e ele é, mas tem mais ação e poderes do que eu esperava, e não gostei muito disso. Achei os episódios de conflito com o pessoal do laboratório chatíssimos, preferindo a vidinha cotidiana dos personagens.

Nota: 2,75

Zettai Shounen

Anime que mostra o impacto de eventos sobrenaturais em duas ocasiões: numa cidadezinha do interior e em Yokohama, alguns anos depois. O ritmo é um tanto lento e os personagens não são dos mais gostáveis, mas até que gostei bastante. A primeira metade, no interior, me agradou bem mais que a segunda, tanto pelo clima mais tranquilo quanto pelos personagens menos chatos.

Nota: 3,5


Filmes

Cold meridian

Curta húngaro baseado em ASMR, com sussurros, barulhos de lavar o cabelo e outros sons suaves. É o clássico filme experimental no qual não vejo nenhum sentido, mas que pelo menos é curto.

Nota: 2,5

Tangerine

Esse filme ficou famoso por ter sido filmado com celular. A iluminação e as cores chamam a atenção e dão uma estética própria a ele. Gostei da história, que mostra uma prostituta trans que acaba de sair da prisão e vai atrás do namorado após ouvir que ele a traiu.

Nota: 3,75

Se algo acontecer... te amo

Curta animado sobre um casal que lida com a perda da filha. Gostei do estilo simples e delicado.

Nota: 3,5

Paris, Texas

Filme clássico do Wim Wenders. No início eu estava gostando bastante, mas depois de um tempo cansei e achei longo demais. Fui interrompida tantas vezes enquanto assistia que acho difícil avaliá-lo.

Nota: 3,5

Assunto de família

Gosto bastante dos filmes do Kore-eda e gostei desse também, sobre uma família que “rouba” uma criança negligenciada pelos pais. Gostei do relacionamento entre os personagens.

Nota: 4,0