quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Randomicidades do mês: janeiro/2019 - séries e animes

Fevereiro já está quase acabando, o que significa que está na hora de escrever o post que estou devendo desde o começo do mês.

Séries


A amiga genial
Sou muito fã dos livros da Série Napolitana e achei essa adaptação bem fiel e muito bem feita. Ao mesmo tempo, senti que ela não acrescenta muito aos livros, de modo que gostei, mas não fiquei realmente empolgada com ela como fiquei com os romances.
Nota: 3,75


The Final Table
Competição culinária com duplas de chefs de diferentes nacionalidades competindo. A cada episódio, os chefs têm que preparar um prato típico de um país e, depois, um prato preparado com um ingrediente escolhido por um chef famoso do país. O que me atraiu na competição foi isso de ter diferentes países como tema (tem o Brasil!), mas gostaria de ver maior diversidade de culinárias (senti falta de algum representante do Oriente Médio) e achei que o formato do programa não dá tanto espaço para conhecermos os participantes melhor.
Nota: 3


Fargo (3ª temporada)
Já comentei sobre a 1ª temporada quando assisti, mas agora que vi todas as temporadas existentes até o momento, vou escrever um pouco sobre a série em geral. Seguindo o espírito do filme dos irmãos Coen, a série mostra pessoas comuns que, acidentalmente ou por impulso, se envolvem em crimes e acabam fazendo parte de um esquema bem maior que o esperado. A 1ª temporada foi a minha preferida, seguida de perto pela 2ª, que começou meio morna e teve uma segunda metade fantástica. A 3ª não me agradou tanto; a série continuou muito boa, mas os personagens e uma das tramas não me interessaram tanto.
Nota: 4,5 para a série em geral; 3,75 para a 3ª temporada.


The Good Place (3ª temporada)
Gostei muito das duas primeiras temporadas da série, que é hilária e ainda oferece boas reflexões sobre a vida e a morte. Agora, não sei se é porque assisti semanalmente e não em sequência, como antes, ou se a série deu uma piorada, mas a história não me animou tanto quanto de costume e me pareceu meio repetitiva. Estou curiosa para saber se ela vai conseguir se reinventar no futuro ou vai continuar nesse esquema.
Nota: 3,25

Animes


Bakuman (1ª temporada)
Anime sobre dois amigos que começam a criar mangás com o objetivo de se tornar autores famosos. Apesar de algumas coisas na história não me agradarem (o relacionamento do protagonista com sua namorada e a promessa de não se encontrarem até seus sonhos se realizarem é um tanto boba), a história flui muito bem e assisti aos 25 episódios em pouquíssimo tempo. É uma boa pedida para quem deseja conhecer mais sobre a criação de mangás de maneira divertida.
Nota: 3,75


Yama no Susume
Série fofinha sobre um grupo de garotas que gostam de montanhismo. Enquanto outras são mais experientes, a protagonista é novata e tem que enfrentar seu medo de altura para desbravar as montanhas. Não é nada incrivelmente especial (dizem que a terceira temporada é a melhor), mas me deixou com vontade de fazer trilha por aí.
Nota: 3,5


Yagate Kimi ni Naru
Yuu acha que é incapaz de se apaixonar. Ao conhecer Touko, que rejeita todos que se declaram para ela, Yuu acha que encontrou uma igual. Isso até Touko revelar que está apaixonada por ela. Esse é um raro anime sobre romance lésbico que trata o relacionamento com sensibilidade e respeito, apesar de um ou outro ponto meio questionáveis na relação entre elas. A série tem cenas muito bonitas e bem dirigidas, mas deixa um pouco a desejar em seu final inconclusivo.
Nota: 3,25


Hisone to Maso-tan
Hisone trabalha na força aérea do Japão fazendo serviços administrativos. Um dia, ao entrar em um galpão onde nunca estivera antes, ela descobre um dragão, que a escolhe como piloto. A partir daí, ela assume a grande responsabilidade de ser uma piloto de dragão. Gostei muito do estilo simples do character design e das paisagens aquareladas. O anime tem um clima leve e divertido muito agradável e a protagonista que não sabe quando se calar também é muito engraçada. Na metade final, as coisas se tornam mais sérias e a história fica meio corrida, mas essa foi uma das únicas coisas que me incomodou na série.
Nota: 4,25


Gaikotsu Shotenin Honda-san
O anime mostra a rotina de um vendedor de livraria na seção de quadrinhos, lidando com todo tipo de cliente perdido ou inconveniente e com os editores, organizando a loja ou trocando experiências com os colegas. Com apenas 11 minutos por episódio, a série mostra de forma divertida a vida de livreiro, com muitas referências a mangás. Em alguns momentos achei o ritmo meio frenético, mas essa é a maior crítica que tenho a fazer.
Nota: 3


Sono Toki, Kanojo wa.
Anime curto que mostra breves momentos entre diferentes casais. Tecnicamente, cada casal protagoniza mais de um episódio, mas o design e personalidade dos personagens não são distintos o suficiente para eu reconhecê-los. Acho que isso se aplica ao anime em geral: tem alguns momentos bonitos em seu enfoque das coisas pequenas da vida, mas não apresenta o suficiente para se destacar do mar de animes que temos por aí.
Nota: 2,75

Especiais e cia.


Neo Yokio: Natal cor-de-rosa
Neo Yokio é o tipo de série que às vezes é tão ruim que fica boa, às vezes é só ruim mesmo e às vezes é genuinamente engraçada. Nesse especial, Kaz ouve um conto de natal sobre um vendedor muito dedicado que o ajuda a encontrar o presente perfeito para o amigo secreto promovido entre os solteiros mais cobiçados da cidade. Achei o especial bem engraçado, com o dueto entre Kaz e Arcangelo como o ponto alto.
Nota: 3,25


Yama no Susume: Kabe tte Kowakunai no?
Especial que mostra as garotas subindo paredes de escalada. É simpático e divertido como os outros episódios da série. Tem umas cenas de fan service desnecessárias no final, mas nada que estrague o episódio.
Nota: 3

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Randomicidades do mês: janeiro/2019

Em janeiro, vi bem mais animes e séries que de costume, então vou escrever sobre eles em um post separado porque senão este aqui vai ficar gigantesco.

Leituras


Pride and Prejudice – Jane Austen
Não sou muito fã da Jane Austen. Li Persuasão para a faculdade e achei mais ou menos. Li Razão e sensibilidade para um desafio literário e achei mais ou menos. Li Lady Susan e achei divertidinho, mas não muito mais que isso. Portanto, acabei enrolando bastante para ler Orgulho e preconceito, porque a chance de eu achar meio chato era grande. Mas no final não achei tão chato e consegui ver na obra as qualidades que em geral lhe são atribuídas. Meu envolvimento com a história oscilou um pouco, mas gostei dos personagens e do humor presente no livro.
Lido para o desafio Leia Mulheres.
Nota: 3,5


Dash and Lily’s Book of Dares – Rachel Cohn e David Levithan
A história começa de maneira divertida, com Dash encontrando um caderno deixado por Lily em uma livraria com pistas para uma mensagem secreta. Eles começam a se comunicar desse jeito, sem se encontrar pessoalmente, e assim vão se aproximando e criando expectativas a respeito do outro. Eu queria ter gostado desse livro, mas os personagens me irritaram. Dash é um adolescente pretensioso que gosta de falar de maneira pedante e Lily é uma menina positiva e infantil que adora o Natal. A ideia do caderno é interessante, mas logo me cansou.
Nota: 2,75


Primavera – Oskar Luts
Clássico da literatura estoniana, o livro narra o cotidiano de Arno Tali e de seus colegas em uma pequena escola no interior. Eles passam os dias entre brincadeiras, travessuras, broncas do sacristão rabugento e paixonites infantis. Achei o livro bonitinho e divertido, mas um pouco arrastado em alguns momentos, talvez por focar em acontecimentos independentes e não em uma trama contínua.
Nota: 3,25


Por que o mundo existe?: um mistério existencial – Jim Holt
O livro mostra de maneira bem acessível como diferentes pensadores, sejam eles físicos, filósofos ou teólogos, encaram o mistério existencial. Achei que seria uma leitura maçante, mas a escrita do autor é agradável e as explicações são bastante didáticas. Fiquei meio perdida em alguns momentos (achei que minha dificuldade seria nas explicações de física, mas no final o que me confunde a cabeça é a lógica), mas não foi nada grave.
Nota: 3


Bola de sebo – Guy de Maupassant 
O livro reúne alguns dos contos mais importantes de Maupassant. As histórias mostram a sociedade francesa do século 19 de maneira satírica. Achei que os contos seriam meio chatos, mas eles acabaram sendo divertidos e fáceis de ler. Meus preferidos provavelmente foram “Bola de sebo” e “O colar de diamantes”.
Nota: 3,5


O homem sem doença – Arnon Grunberg
Samarendra Ambani é um jovem e idealista arquiteto suíço de ascendência indiana que participa de um concurso para construir um teatro em Bagdá e é convidado para conhecer a cidade. Lá, ele acaba se envolvendo em uma situação absurda que vai deixar muitas marcas. O livro é puro humor negro, mas, em mim, ele gerou mais incômodo do que risadas. Ainda assim (ou por isso mesmo), eu não conseguia parar de ler, o que é raro nesses dias.
Nota: 3,5

Quadrinho


Filament – Yuki Urushibara
O volume reúne várias histórias curtas de diferentes fases da autora, conhecida pelo mangá Mushishi. Gostei bastante da primeira história, sobre uma lojinha que fica em uma península onde muita gente vai para se suicidar, e de algumas outras, principalmente as duas que são meio que um protótipo de Mushishi, mas com personagens e ambientação diferentes. No entanto, há algumas histórias curtas  não tão interessantes que são meio confusas ou parecem incompletas, como se fossem experimentos da autora.
Nota: 3

Filmes


O clube dos cinco
Cinco alunos bem diferentes entre si passam a manhã de sábado de castigo na escola. No início há alguns atritos, mas logo eles passam a se entender e a se divertir juntos. Esse é um clássico do John Hughes e eu já tinha visto uns trechos quando a minha irmã assistiu. É um filme divertidinho.
Nota: 3,5


Usagi Drop
Gosto muito do anime de mesmo nome (comentei sobre ele aqui), então resolvi dar uma chance ao filme. Nele, um homem descobre que seu avô que acabou de morrer tinha uma filha pequena. Sem ninguém para cuidar da menina, ele assume a responsabilidade, descobrindo na marra as dificuldades e felicidades de ser pai. A atuação exagerada, puxando para o cômico, me incomodou em alguns momentos, mas o filme é bem fofo e conseguiu transmitir o mesmo clima que o anime.
Nota: 3,25


A chegada
Naves alienígenas pousam em diferentes pontos da Terra. Uma linguista é convocada para tentar decifrar a linguagem dos extraterrestres para compreender o que eles querem em nosso planeta. Achei o enfoque no processo de comunicação interessante e inusitado para um filme de alienígenas.
Nota: 4


Taxidermia
Filme estranho que contra três histórias conectadas entre si, abusando de cenas nojentas e grotescas. A primeira eu achei um tanto chata, mas a segunda e a terceira foram mais interessantes. Ainda assim, eu esperava mais do filme.
Nota: 2,75


Zootopia
Animação da Disney sobre uma coelha que deseja se tornar policial, profissão normalmente seguida apenas por animais de grande porte. Ambiciosa e dedicada, mas subestimada por colegas e chefe, ela vê na investigação de um desaparecimento a chance de provar que merece seu cargo, aliando-se a uma raposa malandra para resolver o caso. Gostei do mundo criado e achei o filme mais interessante do que esperava.
Nota: 3,5


Yoru wa mijikashi arukeyo otome
Uma jovem sai à noite, conhece um pessoal excêntrico e se envolve em competições de bebedeira, festas e peças escolares clandestinas. Atrás dela vai um jovem apaixonado em busca da oportunidade perfeita para conquistá-la. Eu tinha altas expectativas em relação a esse filme porque é dirigido pelo Masaaki Yuasa, um diretor bastante respeitado nos círculos animísticos. Visualmente, o filme correspondeu às expectativas, com o traço estilizado e as cores exuberantes, mas o ritmo frenético me cansou depois de um tempo e a história em si não é tão interessante.
Nota: 3


A favorita
Sou muito fã dos filmes do Yorgos Lanthimos, então minhas expectativas eram bem altas para essa obra. A favorita é uma história de época pouco usual que mostra uma disputa de poder entre duas mulheres que desejam se tornar o braço direito da rainha Anne e assim ganhar privilégios e influenciar a corte e o país. Eu gostei bastante dos diálogos afiados e da dinâmica entre o trio de protagonistas, porém achei o final meio arrastado. 
Nota: 4

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Por enquanto é isso! Até o fim do mês devo vir com a segunda parte do post.