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quarta-feira, 17 de abril de 2019

Randomicidades do mês: março


Livros lidos


As águas-vivas não sabem de si – Aline Valek
Uma mergulhadora se junta a uma equipe científica para estudar as profundezas do oceano. Eu estava com certo receio de começar essa leitura porque achei que o livro seria meio estranho e talvez chato. O que encontrei foi uma narrativa curiosa, única e envolvente que me fez refletir bastante.
Nota: 4,25


O tradutor cleptomaníaco – Dezső Kosztolányi
Reli esse livro de contos protagonizados por Kornél Esti, espécie de alter-ego do autor, e eles continuam tão bons quanto da primeira vez. Gosto muito do tipo de humor do Kosztolányi.
Nota: 4,5


Junie B. Jones e aquela porcaria de ônibus – Barbara Park
Estou relendo uns livros velhos para me desfazer deles, então fica avisado que muitos livros infantis vão começar a aparecer por aqui. Junie B. Jones é uma menina desbocada e engraçada que conta suas aventuras no jardim de infância. Nesse volume, ela cria um incrível plano para evitar andar no ônibus escolar: ficar na escola depois da aula!
Nota: 3,5


Os embaixadores – Henry James
Strether, um americano, vai à Europa para tentar convencer o filho de sua noiva, uma viúva rica, a voltar para casa. Nessa viagem, enquanto tenta negociar com o jovem, ele acaba seduzido pelos charmes do velho continente. O livro não é tão hermético quanto eu esperava, apesar de não ser tão claro quanto eu gostaria. Achei a leitura um pouco maçante.
Nota: 3


Meu nome é Lucy Barton – Elizabeth Strout
Após um problema de saúde se revelar mais complexo do que o previsto, Lucy passa semanas internada no hospital. Sua mãe, com quem ela mal falava, vai fazer companhia para ela, o que rende conversas e lembranças. Não sei muito o que comentar sobre o livro, acho que eu esperava gostar mais.
Nota: 3

Animes e séries


The Umbrella Academy
Sou fã do My Chemical Romance, então fiquei curiosíssima para ver essa série baseada nos quadrinhos criados pelo vocalista da banda, Gerard Way. A série mostra um grupo de personagens com superpoderes que foram adotados e criados por um milionário para combater o crime. Anos depois, com os personagens já adultos, a morte do pai volta a unir os irmãos e antigos ressentimentos vêm à tona. Histórias de super-herói não são a minha praia, mas fiquei aliviada ao ver que é dada bastante ênfase no relacionamento da família disfuncional. A série às vezes se arrasta um pouco, mas no geral eu gostei e estou aguardando uma nova temporada.
Nota: 3,75


Turning Girls
Anime curtinho sobre um grupo de amigas chegando aos 30 anos. A produção é bem amadora, o que às vezes é meio tosco, às vezes é charmoso. Achei o anime engraçadinho, mas às vezes meio irritante.
Nota: 2,75


Terrace House: Boys x Girls Next Door
Primeira temporada do reality show japonês que conquistou o meu coração. Nele, acompanhamos seis pessoas que passam a viver juntas em uma casa. Das temporadas existentes, essa é de longe a melhor, por parecer mais orgânica e focar mais na amizade e no desenvolvimento pessoal dos participantes (a longa duração e o fato de o programa ainda não ter uma fórmula muito bem definida devem ter ajudado nisso). Adorei acompanhar os altos e baixos nas vidas dos participantes e vou sentir muita falta dessa temporada.
Nota: 4,5


Terrace House: Opening New Doors
A quarta temporada do reality show se passa em Karuizawa, uma cidadezinha de montanha em Nagano. Essa temporada teve uns momentos bem tranquilos e outros de altos dramas. Foi legal de acompanhar, mas sinto que o formato do programa está começando a me incomodar (muita coisa acontece fora das câmeras e só ficamos sabendo depois).
Nota: 4


Kaze ga Tsuyoku Fuiteiru
Kakeru é recrutado para o clube de atletismo da Universidade de Kansei por Haiji, um atleta que sofre de uma lesão no joelho. Haiji reuniu um grupo de pessoas que nunca correram para tentar competir na Hakone Ekiden, uma famosa corrida de revezamento de longa distância. A ideia parece loucura no início, mas aos poucos os membros do clube vão tomando gosto pela coisa e encontrando motivações para correr. Nunca achei que eu ia gostar tanto de um anime sobre corrida, mas Kaze ga Tsuyoku Fuiteiru me conquistou com seus personagens, o foco no significado da corrida para cada um e com a boa qualidade da produção. Às vezes ele é meio lento e no início eu não simpatizei muito com os dois protagonistas, mas no final eu estava toda emocionada com a jornada deles.
Nota: 4


Yakusoku no Neverland
O anime me chamou atenção por ser um shounen mais focado em batalhas mentais do que em ação, algo meio no estilo de Death Note. Ele conta a história de um grupo de crianças em um orfanato que deseja fugir (e é isso que dá para falar sem entrar em spoilers). Achei bem divertido e envolvente, porém esperava algo a mais. Em alguns momentos me irritei com os plot twists que no final não eram twists e não me senti tão impactada pela história.
Nota: 3,5


Kingdom
Série coreana histórica que mostra uma disputa política pelo trono enquanto uma grande epidemia de zumbis se espalha pelo país. Gostei muito, mas fiquei decepcionada com o final, que termina em aberto para a próxima temporada.
Nota: 4


Asobi Asobase OVA
Mais alguns minutos de Asobi Asobase e suas personagens hilárias sempre é bom. Adorei a breve referência a Evangelion.
Nota: 3,5

Filmes


Perfeitos desconhecidos
Um grupo de amigos em um jantar decide jogar um jogo: todas as mensagens que receberem no celular devem ser lidas por todos. É claro que isso leva a segredos revelados e desentendimentos. Pelo que entendi, esse filme espanhol é uma das várias versões existentes em diferentes países.
Nota: 3,5


Tito e os pássaros
Animação nacional sobre um garoto que busca uma forma de acabar com uma epidemia de susto, provocada pelo medo e pela falta de segurança, que faz as pessoas ficarem paralisadas e se transformarem em pedra. O filme é um pouquinho frenético em alguns momentos, mas a arte, que lembra pinturas a óleo, é muito bonita.
Nota: 3,75


O que fazemos nas sombras
Pseudodocumentário neozelandês sobre um grupo de vampiros que vive na mesma casa. É bem divertido ver o seu dia-a-dia e como eles lidam com os humanos ao seu redor, sejam os amigos ou os que vão virar comida.
Nota: 3,5


Enquanto somos jovens
Um casal quarentão conhece um casal bem mais jovem e fica contagiado pela energia e pelo estilo de vida deles. Achei o filme simpático, mas não muito mais que isso.
Nota: 3,25


As boas maneiras
Clara é uma enfermeira contratada por Ana para ser babá de seu filho que está para nascer. No entanto, conforme a gravidez avança, Ana começa a se comportar de maneira muito estranha à noite. Gosto muito do trabalho dos diretores do filme, e com essa obra não foi diferente. Minha única crítica é que ele é dividido em duas metades que não casam tão bem entre si, e achei a primeira metade superior.
Nota: 4


Super 8
Um grupo de crianças está gravando um filme quando um acidente de trem acontece e uma criatura misteriosa foge de um dos vagões, provocando a maior confusão na cidade. Esperava um pouco mais do filme, mas é legalzinho.
Nota: 3


Onde os fracos não têm vez
Um caçador encontra uma maleta cheia de dinheiro do tráfico de drogas e a pega para si. Em seu encalço vai Anton Chigurh, um assassino cruel e impiedoso. É um filme bem irmãos Coen, e confesso que achei meio chato em alguns momentos.
Nota: 3

Aquisições


Minha irmã encontrou o Fique comigo na caixa de doações do metrô!!! Não esperava encontrar um livro bom lá. Obrigada a quem doou!

Os outros livros foram compras da minha irmã.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Randomicidades do mês: janeiro/2019

Em janeiro, vi bem mais animes e séries que de costume, então vou escrever sobre eles em um post separado porque senão este aqui vai ficar gigantesco.

Leituras


Pride and Prejudice – Jane Austen
Não sou muito fã da Jane Austen. Li Persuasão para a faculdade e achei mais ou menos. Li Razão e sensibilidade para um desafio literário e achei mais ou menos. Li Lady Susan e achei divertidinho, mas não muito mais que isso. Portanto, acabei enrolando bastante para ler Orgulho e preconceito, porque a chance de eu achar meio chato era grande. Mas no final não achei tão chato e consegui ver na obra as qualidades que em geral lhe são atribuídas. Meu envolvimento com a história oscilou um pouco, mas gostei dos personagens e do humor presente no livro.
Lido para o desafio Leia Mulheres.
Nota: 3,5


Dash and Lily’s Book of Dares – Rachel Cohn e David Levithan
A história começa de maneira divertida, com Dash encontrando um caderno deixado por Lily em uma livraria com pistas para uma mensagem secreta. Eles começam a se comunicar desse jeito, sem se encontrar pessoalmente, e assim vão se aproximando e criando expectativas a respeito do outro. Eu queria ter gostado desse livro, mas os personagens me irritaram. Dash é um adolescente pretensioso que gosta de falar de maneira pedante e Lily é uma menina positiva e infantil que adora o Natal. A ideia do caderno é interessante, mas logo me cansou.
Nota: 2,75


Primavera – Oskar Luts
Clássico da literatura estoniana, o livro narra o cotidiano de Arno Tali e de seus colegas em uma pequena escola no interior. Eles passam os dias entre brincadeiras, travessuras, broncas do sacristão rabugento e paixonites infantis. Achei o livro bonitinho e divertido, mas um pouco arrastado em alguns momentos, talvez por focar em acontecimentos independentes e não em uma trama contínua.
Nota: 3,25


Por que o mundo existe?: um mistério existencial – Jim Holt
O livro mostra de maneira bem acessível como diferentes pensadores, sejam eles físicos, filósofos ou teólogos, encaram o mistério existencial. Achei que seria uma leitura maçante, mas a escrita do autor é agradável e as explicações são bastante didáticas. Fiquei meio perdida em alguns momentos (achei que minha dificuldade seria nas explicações de física, mas no final o que me confunde a cabeça é a lógica), mas não foi nada grave.
Nota: 3


Bola de sebo – Guy de Maupassant 
O livro reúne alguns dos contos mais importantes de Maupassant. As histórias mostram a sociedade francesa do século 19 de maneira satírica. Achei que os contos seriam meio chatos, mas eles acabaram sendo divertidos e fáceis de ler. Meus preferidos provavelmente foram “Bola de sebo” e “O colar de diamantes”.
Nota: 3,5


O homem sem doença – Arnon Grunberg
Samarendra Ambani é um jovem e idealista arquiteto suíço de ascendência indiana que participa de um concurso para construir um teatro em Bagdá e é convidado para conhecer a cidade. Lá, ele acaba se envolvendo em uma situação absurda que vai deixar muitas marcas. O livro é puro humor negro, mas, em mim, ele gerou mais incômodo do que risadas. Ainda assim (ou por isso mesmo), eu não conseguia parar de ler, o que é raro nesses dias.
Nota: 3,5

Quadrinho


Filament – Yuki Urushibara
O volume reúne várias histórias curtas de diferentes fases da autora, conhecida pelo mangá Mushishi. Gostei bastante da primeira história, sobre uma lojinha que fica em uma península onde muita gente vai para se suicidar, e de algumas outras, principalmente as duas que são meio que um protótipo de Mushishi, mas com personagens e ambientação diferentes. No entanto, há algumas histórias curtas  não tão interessantes que são meio confusas ou parecem incompletas, como se fossem experimentos da autora.
Nota: 3

Filmes


O clube dos cinco
Cinco alunos bem diferentes entre si passam a manhã de sábado de castigo na escola. No início há alguns atritos, mas logo eles passam a se entender e a se divertir juntos. Esse é um clássico do John Hughes e eu já tinha visto uns trechos quando a minha irmã assistiu. É um filme divertidinho.
Nota: 3,5


Usagi Drop
Gosto muito do anime de mesmo nome (comentei sobre ele aqui), então resolvi dar uma chance ao filme. Nele, um homem descobre que seu avô que acabou de morrer tinha uma filha pequena. Sem ninguém para cuidar da menina, ele assume a responsabilidade, descobrindo na marra as dificuldades e felicidades de ser pai. A atuação exagerada, puxando para o cômico, me incomodou em alguns momentos, mas o filme é bem fofo e conseguiu transmitir o mesmo clima que o anime.
Nota: 3,25


A chegada
Naves alienígenas pousam em diferentes pontos da Terra. Uma linguista é convocada para tentar decifrar a linguagem dos extraterrestres para compreender o que eles querem em nosso planeta. Achei o enfoque no processo de comunicação interessante e inusitado para um filme de alienígenas.
Nota: 4


Taxidermia
Filme estranho que contra três histórias conectadas entre si, abusando de cenas nojentas e grotescas. A primeira eu achei um tanto chata, mas a segunda e a terceira foram mais interessantes. Ainda assim, eu esperava mais do filme.
Nota: 2,75


Zootopia
Animação da Disney sobre uma coelha que deseja se tornar policial, profissão normalmente seguida apenas por animais de grande porte. Ambiciosa e dedicada, mas subestimada por colegas e chefe, ela vê na investigação de um desaparecimento a chance de provar que merece seu cargo, aliando-se a uma raposa malandra para resolver o caso. Gostei do mundo criado e achei o filme mais interessante do que esperava.
Nota: 3,5


Yoru wa mijikashi arukeyo otome
Uma jovem sai à noite, conhece um pessoal excêntrico e se envolve em competições de bebedeira, festas e peças escolares clandestinas. Atrás dela vai um jovem apaixonado em busca da oportunidade perfeita para conquistá-la. Eu tinha altas expectativas em relação a esse filme porque é dirigido pelo Masaaki Yuasa, um diretor bastante respeitado nos círculos animísticos. Visualmente, o filme correspondeu às expectativas, com o traço estilizado e as cores exuberantes, mas o ritmo frenético me cansou depois de um tempo e a história em si não é tão interessante.
Nota: 3


A favorita
Sou muito fã dos filmes do Yorgos Lanthimos, então minhas expectativas eram bem altas para essa obra. A favorita é uma história de época pouco usual que mostra uma disputa de poder entre duas mulheres que desejam se tornar o braço direito da rainha Anne e assim ganhar privilégios e influenciar a corte e o país. Eu gostei bastante dos diálogos afiados e da dinâmica entre o trio de protagonistas, porém achei o final meio arrastado. 
Nota: 4

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Por enquanto é isso! Até o fim do mês devo vir com a segunda parte do post.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Desafio Leia Mulheres

Depois de um tempinho sem participar de desafios literários, decidi fazer o desafio Leia Mulheres, que apresenta uma boa mistura de temas interessantes (e fáceis). A proposta é ler a cada mês um livro escrito por mulher que se encaixe no tema.

Como estou preguiçosa para escrever, não pretendo postar resenha aqui no blog, só se eu conseguir sair da letargia ou achar que tenho algo de interessante a dizer sobre o livro. Vou comentar as leituras nas Randomicidades do Mês, como de costume.

Os temas e as minhas escolhas de cada mês são os seguintes:

Janeiro: um livro clássico
Pride and Prejudice - Jane Austen (lido)

Fevereiro: uma HQ
Usemono Yado - Hozumi
Otoyomegatari - Kaoru Mori

Março: uma escritora contemporânea nacional
As águas-vivas não sabem de si - Aline Valek

Abril: uma escritora asiática
A fórmula preferida do professor - Yoko Ogawa
Querida Konbini - Sayaka Murata

Maio: uma ficção científica ou fantasia
The Dispossessed - Ursula Le Guin
Alma? - Gail Carriger

Junho: um livro de contos
Coração azedo - Jenny Zhang

Julho: um livro de poesia
Ainda não decidi

Agosto: um livro de temática LGBTQ+
Dia de domingo - Olivia Pilar

Setembro: um livro de não-ficção
A mãe de todas as perguntas - Rebecca Solnit

Outubro: um livro de terror
As coisas que perdemos no fogo - Mariana Enríquez
A assombração da casa da colina - Shirley Jackson

Novembro: uma escritora negra
Nossa Senhora do Nilo - Scholastique Mukasonga
As mães - Brit Bennett

Dezembro: escolha livre
O que der vontade

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A lista pode acabar mudando bastante, mas como a maioria das minhas escolhas é de livros que já tenho, não pretendo fugir muito dela.

Aceito sugestões de livros de poesia para quem não gosta muito de poesia. E de livros dos outros temas também, afinal, sugestões sempre são bem-vindas.

E você? Gosta de desafios literários? Está participando de algum?