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sábado, 9 de janeiro de 2021

Retrospectiva de 2020

2020 foi um ano bem ruim, mas pelo menos no quesito de leituras, filmes, séries e animes ele teve lá seus destaques.

Livros

Segundo o Goodreads, eu li 96 livros, o que é mais do que leio normalmente, mas isso inclui alguns volumes de quadrinhos e vários livros infantojuvenis que reli.

Li autores de 21 países diferentes, mas apenas 3 de países que ainda não li para meu Desafio Volta ao Mundo em 80 Livros.

Numa contagem não muito precisa, a distribuição por país foi assim:

EUA: 27
Inglaterra: 15
Brasil: 8
Alemanha: 6
Japão: 4
Irlanda: 4
Nigéria: 3
Austrália: 2
Canadá: 2
Finlândia: 2
China: 1
Quirguistão: 1
Hungria: 1
Índia: 1
Polônia: 1
Filipinas: 1
França: 1
Bielorrússia: 1
Itália: 1
Israel: 1
Suíça: 1


Na hora de eleger os favoritos, tive um pouco de dificuldade. Sinto que nenhum se destacou muito. De qualquer forma, foram esses os melhores do ano:

Boa noite, Punpun - Inio Asano (releitura)
Minha irmã, a serial killer - Oyinkan Braithwaite
Na estrada Jellicoe - Melina Marchetta
Manual da faxineira - Lucia Berlin
Memórias de um urso-polar - Yoko Tawada
Canção de ninar - Leïla Slimani
Os 101 dálmatas - Dodie Smith
Uma noite, Markovitch - Ayelet Gundar-Goshen

Filmes

Quando estava pensando nos filmes que vi, não consegui pensar em grandes destaques, mas ao ver a lista com tudo a que assisti percebi que até que o ano não foi ruim nesse quesito.


Favoritos:
And then we danced
Retrato de uma jovem em chamas
Parasita
Assunto de família
Grande Hotel Budapeste
Bacurau
Sorry to Bother You
Swallow
Tom na fazenda
Mirai
Eighth Grade

Séries


Não vi tantas séries assim, tirando animes, que têm uma categoria própria. Meus destaques ficam por conta de Avatar: the last airbender, que finalmente assisti e achei muito divertido; The Untamed, que me deixou completamente viciada; e Hyori's Bed & Breakfast, um reality show relaxante e agradável.

Animes

Se nas outras categorias tive dificuldade em escolher os favoritos, aqui foi bem fácil. Vi três animes que não só me entretiveram e me emocionaram, mas que me deixaram com um gostinho de quero mais e me fizeram ir atrás dos mangás. Por coincidência, os três são de esporte/jogo, mas tirando isso são bem diferentes entre si.


Favoritos:
Sangatsu no Lion
Chihayafuru
Haikyuu!!

Menções honrosas:
Kakushigoto; Futatsu no Spica; Ima, soko ni iru boku; Haibane Renmei; Eizouken ni wa Te wo Dasu na!; Uchouten kazoku

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Retrospectiva de 2018


A lista desse ano vai ser bem enxuta porque sinto que tudo o que eu leio e vejo se torna cada vez menos marcante para mim.

Livros

Li uns 80 livros em 2018, o que é bastante, mas menos do que nos anos anteriores.

O país de origem da maioria dos escritores que li, como sempre, foram os Estados Unidos, com 36 livros, seguido do Brasil, com 12, e da Inglaterra, com 9.

Li livros de 21 países diferentes, mas apenas quatro foram de países que eu não havia lido antes para o desafio Volta ao mundo em 80 livros.

A maioria das leituras foi de romances. Fora isso, li 12 livros de contos (ou contos publicados sozinhos), 9 quadrinhos e dois livros de não-ficção.

Livros favoritos


Os vestígios do dia – Kazuo Ishiguro
Romance sobre um mordomo que serviu a um nobre importante e que reflete durante sua primeira viagem de lazer em anos sobre sua dedicação à profissão e seu passado. Gostei do estilo elegante e contido do narrador, que se revela mais naquilo que ele não conta do que no que conta.


Stoner – John Williams
O livro conta sobre a vida de William Stoner, filho de agricultores que descobriu a paixão pela literatura e seguiu carreira acadêmica, vivendo uma vida comum, com suas pequenas alegrias e grandes decepções. A sinopse não soa tão interessante e a escrita direta também não parece se destacar no início, mas o livro se revela belo e melancólico.


This One Summer – Mariko Tamaki e Jillian Tamaki
Graphic novel sobre duas amigas que passam as férias na praia. Em meio a dias preguiçosos sob o sol e noites assistindo a filmes de terror, elas lidam com os problemas familiares e se tornam espectadoras de um drama maior. O traço da HQ é muito bonito e a história tem um tom agridoce e nostálgico que me agradou.

Filmes


O lagosta
O diretor Yorgos Lanthimos é mestre em criar boas histórias a partir de premissas inusitadas. Em O lagosta, a sociedade dita que as pessoas não podem ser solteiras. Quem está sozinho é mandado a um hotel, onde precisa encontrar um par, senão será transformado em um animal a sua escolha. Eu escolheria algum tipo de pássaro, tipo uma andorinha. E você?


De olhos bem fechados
Talvez eu tenha gostado tanto do filme porque minhas expectativas eram meio baixas, mas de qualquer forma, o filme me envolveu bastante e gostei de como ele adaptou a novela original.

Animes e séries


Hakumei to Mikochi
Fantasia relaxante sobre duas mulheres pequeninhas que levam uma vida tranquila no bosque. O charme do anime é transformar acontecimentos pequenos e simples, como uma viagem de trem, um festival no centro da cidade ou uma tarde fazendo sabão em algo charmoso e agradável. O visual e a trilha sonora ajudam a construir o clima aconchegante.


The Good Place
Essa série é muito divertida e gostosa de assistir, com seus personagens carismáticos, uma premissa interessante e algumas reviravoltas. Raramente sou entretida por uma série o suficiente para assistir mais que uns dois episódios em seguida, mas nesse caso minha vontade era devorar tudo de uma vez.

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É isso! 2018 não foi um ano dos mais animadores, mas fico na torcida para que 2019 seja um pouco melhor.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Retrospectiva de 2017

2017 não foi um ano muito bom para o blog. Com exceção dos posts de Randomicidades do mês, que se mantiveram constantes, escrevi pouquíssimo aqui. A verdade é que não consegui me animar muito a escrever e não tenho motivos bem definidos para explicar esse desânimo além da não-participação em desafios literários, que geralmente me dão um empurrão para escrever um pouquinho sobre o que leio.

No quesito leituras, filmes e séries, 2017 foi bastante movimentado, mas não particularmente empolgante e marcante. Li alguns livros fantásticos e muitos livros bons, vi séries e animes que adorei e uma boa dose de filmes bons, mas não excepcionais. Sinto que a cada ano que passa estou ficando mais chata (ou, pelo menos, menos empolgada com as coisas), então, por mais que eu tenha lido/visto muitas obras de que gostei, tenho dificuldade em elegê-las como as melhores do ano. Por isso a lista desse ano será um tanto enxuta, principalmente nos filmes.

Leituras

Em 2017 li o total de 106 livros.

Entre eles, 20 são HQs (8 delas mangás), 7 são livros de contos, 2 são peças de teatro e 1 é livro de poesia. O resto é tudo romance.

57 livros foram escritos por homens e 45 por mulheres. (Bem mais equilibrado que no ano passado, mas ainda longe do ideal.)

Li livros de autores de 22 países diferentes, mas apenas 5 foram de países que ainda não tinha lido, ou seja, válidos para o meu desafio Volta ao Mundo em 80 Livros. A maioria esmagadora deles é dos EUA (37), seguido pelo Japão (13, contando com mangás), Inglaterra (11), Brasil (8), Itália (5), França e Canadá (4), Holanda, Rússia, Chile e Finlândia (2), México, Portugal, Equador, Serra Leoa, Egito, Guiné Bissau, Grécia, Hungria, Espanha, Coreia do Sul e Albânia (1).

Melhores leituras


Série Napolitana – Elena Ferrante
Demorei um pouco, mas me rendi à Ferrante Fever! A história da amizade conflituosa entre Lila e Lenu e suas vidas em Nápoles me conquistou rapidamente. Como histórias sobre infância e adolescência são minhas preferidas, A amiga genial foi o volume que mais me agradou, seguido do último volume.


Desventuras em série – Lemony Snicket
Em preparação para a estreia da série da Netflix, finalmente reli os livros, que eram alguns dos meus favoritos no passado. Muitos livros/filmes/etc. ficam melhores no passado, envolvidos pela nostalgia, mas Desventuras sobreviveu bem, na minha opinião, e conseguiu me divertir com o estilo de narração, me entreter com as vidas desventuradas dos personagens e me envolver em seus mistérios quase como se eu estivesse lendo pela primeira vez. (Depois de terminar a leitura passei um dia inteiro lendo teorias de fãs na internet, haha.)
Menção honrosa à série Só perguntas erradas, uma espécie de prequel sobre a iniciação do narrador na CSC. Mais despretensiosa que Desventuras, talvez, mas igualmente divertida.


Nijigahara Holograph – Inio Asano
Fiquei fã do Asano com Solanin e depois Oyasumi Punpun. Depois de ler Nijigahara minha admiração só cresceu. O mangá mostra, de forma fragmentada, a vida de diversos personagens que conviveram no passado. Pode ser uma leitura um tanto confusa devido à narrativa não-linear, mas é o tipo de leitura que se torna mais impactante à medida que você vai juntando as peças.


A gigantesca barba do mal – Stephen Collins
Comprei essa graphic novel só porque achei o traço bonitinho e porque ela é descrita pela editora como uma fábula que faz lembrar Roald Dahl. Não sei se a comparação é tão válida assim, mas a história, de um homem cuja barba começa a crescer descontroladamente até ser vista como ameaça pública pela sociedade perfeitamente controlada e organizada é um tanto insólita.


Botchan – Natsume Soseki
Sou muito fã do Soseki e acho que aprecio especialmente os livros mais despretensiosos dele, como é o caso deste romance leve e divertido, em que um jovem professor inexperiente e impulsivo vai trabalhar em uma cidadezinha e sofre para se adaptar.


Tirza – Arnon Grunberg
Muita gente elogiou esse livro quando ele foi lançado, o que me deixou bem curiosa para ler. Tirza é sobre um homem de meia-idade aparentemente respeitável que esconde seu desconforto diante dos outros. É um livro lento e tenso.


Um cometa na terra dos Moomins – Tove Jansson
Esse é o segundo livro da série dos Moomins e narra a jornada de Moomintroll e seus amigos rumo a um observatório para tentar salvar o Vale dos Moomins de um cometa. É aqui que vários personagens importantes da série são apresentados, mas o que me conquistou no livro é o cenário apocalíptico combinado à ingenuidade dos personagens.

Filmes

Não costumo ver muitos filmes por ano, mas mesmo sem ver tantos, sempre tem uma meia-dúzia que surpreende e se destaca. Em 2017, infelizmente, a maioria dos filmes que vi me pareceu esquecível, assim, selecionei apenas dois para comentar aqui, um longa e um curta, os dois de animação porque sou fã de animação, se ainda não perceberam.


Minha vida de abobrinha
Essa animação em stop-motion é protagonizada por um garoto que perdeu a mãe e foi viver em um orfanato, cercado por outras crianças em situação semelhante. É um filme incrivelmente doce e fofo, porém permeado de tristeza.


Balance
Esse curta alemão mostra um grupo de homens que vive equilibrado sobre uma plataforma. Eles dependem uns dos outros para manter o equilíbrio e se organizam juntos para executar as tarefas, até que um deles pesca uma caixa misteriosa. O filme é bastante simples, mas me deixou refletindo por um bom tempo.

Séries e animes

No finalzinho de 2017 eu finalmente terminei de ver Mad Men, que foi o grande destaque do ano para mim em questão de séries. Assisti várias coisas legais, mas no fundo a maioria não foi tão boa assim. De qualquer forma, destaco cinco delas.


Mad Men
Apesar de Mad Men ser uma série muito elogiada e muito premiada, eu não esperava gostar tanto dela no início, pois não tenho muito interesse na vida de publicitários na década de 60, assim como não achei o protagonista tão fascinante quando ele deveria ser. Porém, a série se revelou merecedora de todos os elogios. Adorei acompanhar o desenvolvimento dos personagens em uma época de grandes mudanças na sociedade.


Aku no Hana
Anime polêmico devido ao seu estilo “feio” que eu não achei tão feio assim. Aku no Hana é sobre um garoto fraco que se sente o diferentão e é chantageado pela garota esquisitona da escola. É um anime bastante atmosférico, tenso, com trilha sonora marcante e algumas cenas pesadas e outras muito bonitas.


Made in Abyss
Anime de aparência fofinha e cenários deslumbrantes que mostra a aventura de uma menina e um robô mergulhando rumo ao desconhecido em um abismo profundo onde poucos ousam entrar. Made in Abyss conseguiu me despertar empolgação e fascinação diante do universo criado, cheio de perigos, criaturas misteriosas e paisagens peculiares.


Shouwa Genroku Rakugou Shinjuu: Sukeroku Futatabi-hen
Segunda temporada de Shouwa, dessa vez focada no Kikuhiko já idoso e na nova geração de artistas de rakugou, todos lutando para manter a arte viva em uma época de mudanças sociais e culturais. Apesar de eu preferir a primeira temporada, que tinha um clima de tragédia iminente que me agrada e me pareceu mais coesa, a segunda temporada mantém as qualidades da série, como a atenção aos detalhes e as ótimas atuações dos dubladores.


Dark
Essa série alemã sobre o desaparecimento de jovens em uma cidadezinha me deixou muito viciada. Cheia de mistérios, personagens que guardam segredos e viagens no tempo, é uma boa série se você gosta de se sentir confuso, haha.

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E assim encerro minhas pendências com 2017 aqui no blog. Analisando melhor, não foi um ano tão ruim assim. ;)

sábado, 7 de janeiro de 2017

Retrospectiva 2016: cinema & TV

Mais uma retrospectiva do ano que acabou. Não sou tão sistemática com o registro de séries e filmes como sou com livros, então esse post não vai ter um monte de números como o anterior, só a lista de favoritos mesmo (e no caso dos filmes, não tenho muito o que falar sobre cada um. Sou ruim em comentar filmes).

Animes e séries


Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu
Com certeza o melhor anime do ano! Mangás e animes sempre surpreendem ao tratar de alguma arte/esporte que poucos conhecem e que, na teoria, não despertam muito interesse, e transformá-los em algo fascinante. Aqui temos o rakugo, espécie de teatro de uma pessoa só, muito popular durante certa época, mas que perdeu espaço para novas formas de entretenimento. Os protagonistas do anime (pelo menos dessa primeira temporada) são dois jovens aprendizes dessa arte, cada um buscando sua própria voz. Com ótima ambientação de época, trilha sonora e dublagem, além de apresentações de rakugo muito bem-feitas, esse é um anime que merece ser mais visto. Escrevi mais sobre ele aqui.


Six Feet Under
Série sobre a família Fisher, que administra uma casa funerária. Lidar todos os dias com os mortos com certeza não é fácil, e na série acompanhamos os personagens em seu trabalho e em seus (muitos) dramas. Com humor negro, alguns dramas pesados, personagens bastante humanos, diálogos espertos e episódios memoráveis, essa é uma série que parece que caiu um pouco no esquecimento, mas que certamente vale a pena assistir.


Yuri!!! on ICE
O anime que quebrou o Crunchyroll e uniu todas as tribos (menos os homofóbicos). Também é o anime sobre o meu esporte preferido, o que significa que além de acompanhar a história, eu assisti tudo de olho nas referências à patinação. A série está longe da perfeição, mas ela merece muitos dos elogios que andou recebendo por aí: ela apresenta algumas ótimas cenas de patinação, personagens carismáticos, boa trilha sonora, revelações inesperadas, cenas divertidíssimas e um casal que provocou o maior rebuliço internet afora. Falei um montão sobre o anime aqui.


Mahou Shoujo Madoka Magica
Tenho uma longa lista de animes super famosos, influentes e amados que nunca vi. 2016 foi o ano de tirar Madoka da lista. Esse é um anime de garotas mágicas dark que, em vez de se concentrar na fofura, mostra os perigos e sacrifícios de ser uma heroína. É uma série bastante intensa e, mesmo sem eu conseguir me apegar às personagens, sofri um bocado com certos acontecimentos. Ainda não acho que Madoka seja assim tão inovador quanto alguns dizem, mas com certeza é um anime interessante. Escrevi sobre ele aqui.


Terrace House
Reality show japonês que reúne em uma casa pessoas que não se conheciam anteriormente e nós observamos como elas interagem, como se comportam, etc. Basicamente, um Big Brother com menos participantes, sem confinamento, sem eliminações e sem prêmio. Qual é a graça disso? Antes de assistir, eu não estava botando muita fé no programa e nos primeiros episódios não vi muita graça, mas aos poucos você vai se acostumando ao jeito nipônico de ser e se apegando aos participantes (e aos comentaristas, que são hilários!). Para nós brasileiros, também é interessante observar as diferenças entre os costumes japoneses e os nossos.

 

Flying Witch
Anime sobre uma aprendiz de bruxa que vai passar um tempo na casa dos tios em uma cidadezinha do interior. Com personagens carismáticos e belos cenários, o grande trunfo da série é transformar acontecimentos banais, como cuidar de uma horta ou passear no bosque para colher ervas, em algo encantador. Ótimo anime para relaxar. Escrevi mais sobre ele aqui.

Filmes


A garota de fogo
Fui assistir porque o filme tem uma personagem que gosta de anime e sonha em ter o vestido de certa garota mágica, mas acabei me deparando com um filme bem mais pesado e angustiante do que esperava, o que foi ótimo. Uma das melhores surpresas do ano!


Dente canino
Esse filme é estranho. Tem pais que isolam os filhos do mundo externo e educam com métodos bem pouco usuais. Tem umas cenas tensas e outras engraçadas, mas que fazem você se sentir meio mal por estar achando engraçado. 


O quarto de Jack
Boa adaptação do livro, com ótimas atuações dos dois protagonistas. Continuo preferindo o livro, mas isso não tira os méritos do filme. 


Confissões
Filme japonês sobre uma professora que teve sua filha morta por dois de seus alunos e decide se vingar. Gostei bastante do estilo narrativo.

 

Rubber
Às vezes a vida tem dessas: você vai assistir ao filme porque ele parece tosco e zoado, mas ele acaba sendo um dos seus preferidos do ano, melhor que muito filme sério e clássico por aí. Rubber é sobre um pneu que ganha vida e passa a rolar por aí explodindo pessoas. Por que ele faz isso? No reason!


Sita Sings the Blues
Animação que mistura lendas indianas, músicas da cantora Annette Hanshaw e a vida da própria diretora, tudo com um estilo bastante único. 

E vocês? Quais foram seus destaques do ano?

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Retrospectiva 2016: leituras

Finalmente o post de retrospectiva de 2016 chegou! Esse foi um ano em que li bastante, mas, assim como 2015, não tive grandes favoritos. Li muitos quadrinhos, continuei lendo livros de países bem variados (mas os EUA continuaram dominando fortemente) e, infelizmente, li bem mais autores homens que mulheres.

Números

117 livros lidos
Entre eles:
11 releituras
26 HQs (sendo 14 delas mangás)
9 livros de contos/novelas
2 peças teatrais
1 livro teórico

34 livros escritos por mulheres e 76 escritos por homens
(sim, a conta não fechou direito)

Li livros de 29 países diferentes, 10 deles válidos para o meu Desafio Volta ao Mundo em 80 Livros.
Os países mais lidos foram:
EUA: 31 livros
Inglaterra: 23
Japão: 21 (14 deles são mangás)
França: 7
Brasil: 6
Finlândia, Austrália, Irlanda: 2

Melhores leituras

Diga aos lobos que estou em casa - Carol Rifka Brunt
Às vezes acho que já estou saturada de literatura Young Adult. A maioria dos personagens é chata e muitas das histórias são carregadas de clichês. Mas de vez em quando me deparo com um livro como esse e mudo de ideia. Situado na década de 1980, Diga aos lobos é um romance sobre uma forte amizade entre uma menina e seu tio. E também é sobre perda, solidão, relações familiares e segredos. É bonito e doloroso. E sempre me surpreendo ao lembrar que foi o livro de estreia da autora e, por enquanto, único que ela escreveu.


Lucille - Ludovic Debeurme
Quadrinho francês sobre um relacionamento entre uma menina anoréxica e um menino desajustado com uma família de passado trágico. O traço simples e o estilo sem quadros funciona bem para contar essa história melancólica. Infelizmente, esse é o primeiro volume de uma série que ainda não terminou e que provavelmente demorará muito para ser publicada aqui no Brasil.


Umbigo sem fundo - Dash Shaw
2016 realmente foi o ano dos quadrinhos para mim. Enquanto poucos livros me conquistaram para valer, os quadrinhos em geral foram grande surpresas. Essa HQ narra um encontro de família. Os pais, já idosos, anunciam que vão se divorciar e isso provoca reações variadas nos filhos e netos. Enquanto um se entrega incessantemente a memórias do passado, buscando os motivos por trás da decisão dos pais, outra aceita o divórcio com aparente naturalidade, enquanto o caçula, que sempre se sentiu a ovelha negra da família, tenta lidar com sua insegurança.


The Wedding Eve & outras histórias - Hozumi
Mangá que reúne seis histórias curtas e que foi uma das minhas maiores surpresas do ano. A maioria dos contos trata de relacionamentos familiares e muitos deles tem acontecimentos à primeira vista banais, mas que revelam camadas mais profundas à medida em que se lê. Fiquei impressionada com o talento da autora e pretendo ler mais da obra dela no futuro. Resenhei o mangá aqui.


Só para fumantes - Julio Ramón Ribeyro
Li esse livro de contos no começo de 2016 e já não tenho mais tantas lembranças de cada história para poder escrever aqui com propriedade. Só digo que o livro é uma delícia de ler, com histórias bastante variadas, mas sempre com o estilo conciso e elegante do autor. Espero ler outros contos dele no futuro!


Os Moomins e o chapéu do mago - Tove Jansson
Depois de alguns anos conhecendo os Moomins apenas de vista, finalmente me aventurei nos livros das criaturinhas rechonchudas. Nesse, que é o terceiro volume da série, os personagens vivem altas confusões devido a uma chapéu mágico que encontram largado por aí. Adoro a ingenuidade meio sem noção dos personagens e o jeito ranzinza de certo filósofo. Pura fofura! Resenhei o livro aqui.


Enclausurado - Ian McEwan
Já fui bem fã do Ian McEwan, mas acho que desde a decepção com Solar, não lia mais nada dele. Enclausurado chama a atenção pelo seu narrador inusitado: um feto atento a tudo o que acontece ao seu redor, acompanhando de perto sua mãe e o amante dela planejando matar seu pai. O feto não poupa comentários mordazes sobre tudo, o que torna o livro bem divertido.


O muro -  Céline Fraipont e Pierre Bailly
Mais um quadrinho para a lista. O muro narra a história de uma menina solitária no fim dos anos 1980. Sua mãe abandonou a família, o pai está sempre trabalhando fora, e a menina, à beira da adolescência, se sente desorientada e entediada. Apesar de eu ter achado o fim meio abrupto, a arte cheia de sombras e a protagonista desajustada me conquistaram.


O boxeador polaco - Eduardo Halfon
Livro de contos desse autor da Guatemala de quem nunca tinha ouvido falar. Não esperava muita coisa e me surpreendi com as narrativas que se entrelaçam umas com as outras e que podem ser lidas independentemente ou como um romance. Protagonizadas por um personagem chamado Eduardo Halfon, muitas delas tratam de literatura e arte sem ser pedantes. Resenhei o livro aqui.


O museu do silêncio - Yoko Ogawa
Essa foi uma das minhas últimas leituras do ano e conseguiu um lugarzinho aqui na lista. O livro é sobre um estranho museu que reúne objetos de pessoas mortas para preservar suas memórias. Gostei do ar de mistério que permeia a obra e do cenário isolado e não identificado que colabora para provocar certo estranhamento no leitor. Além disso, acompanhar o trabalho do museólogo foi bem mais interessante do que eu imaginava que seria.




Piores leituras

O menino que se trancou na geladeira - Fernando Bonassi
Esse foi o livro de que menos gostei em muito, muito tempo. Até o avaliei com apenas uma estrela no Skoob! É sobre um menino que vive em uma sociedade muito parecida com a nossa, mas com os podres exagerados (aquelas coisas de sempre: desigualdade social, corrupção etc.). A ideia por trás do romance é até interessante e o livro tem boas sacadas, mas ele é escrito de uma maneira muito irritante e se torna demasiado repetitivo depois de um tempo. Reclamei sobre o livro aqui.


Nove plantas do desejo e a flor de estufa - Margot Berwin
Eu gosto de plantas, então o livro não precisaria de muito para me conquistar, mas ele faz tudo tão errado que até dói. Os personagens são sem graça e/ou estereotipados, há um monte de erros sobre fauna e flora (muitas das tais plantas do desejo que a protagonista vai procurar no México são plantas banais nativas de outros lugares, por exemplo) e o livro tenta criar um misticismo que realmente não é a minha praia. Sei lá, acho que esse é um livro viajado demais para mim.



Esses foram os meus destaques positivos e negativos de 2016. Quais foram os seus?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Retrospectiva 2015

Minha retrospectiva está meio atrasada, mas ninguém liga, né? 2015 foi um ano bem morno para mim em questão de vida pessoal e também seguiu essa tendência no entretenimento, com apenas umas duas obras realmente memoráveis. Apesar de eu não ter me animado muito com as coisas sobre as quais escrevo aqui, fiquei bastante animada em escrever aqui sobre elas (ou pelo menos mais do que o normal). Não sou a blogueira mais exemplar e sei que a qualidade dos meus posts é bem irregular, mas em 2015 eu me diverti bastante escrevendo no blog e acho que é isso o que mais importa. :)

Livros


2015 foi um ano em que li mais do que o normal, o que me deixa feliz, mas que teve poucos favoritos para a vida, o que me deixa triste. Imagino que isso aconteceu devido a uma combinação de fatores: chatice da minha parte, saturação e escolhas não tão boas, mais voltadas aos desafios e projetos do que ao que eu realmente queria ler (que eu não sei o que é). A tendência pessimista é que a situação não mude muito em 2016, mas tudo bem, não quero ficar nessa busca pelo livro que mudará a minha vida, só quero uns livrinhos divertidos para passar o tempo, e isso até que eu tive bastante em 2015.

Números

93 livros lidos
- 3 releituras
- autores de 28 nacionalides diferentes (mas apenas 9 válidos para o meu desafio Volta ao Mundo)
- 42 autoras mulheres e 51 autores homens
- 7 graphic novels
- 7 livros de contos
- 1 de crônicas
- 1 livro teórico

Melhores leituras
(sem ordem específica)

Middlesex - Jeffrey Eugenides
A cabeça do santo - Socorro Acioli
Winnie Puff - A. A. Milne
Suíte em quatro movimentos - Ali Smith

Piores leituras
(idem)

Uma casa na escuridão - José Luís Peixoto
O alquimista - Paulo Coelho
O bom Jesus e o infame Cristo - Philip Pullman
Loving The Band - Emily Baker

Filmes


Passei o ano alternando entre a vibe "adoro filmes, quero ver tudo e virar cinéfila!!!" e a "ai, que preguiça!". Nessas oscilações, vi alguns filmes bem legais, saí um pouco da zona de conforto, conheci mais da obra de diretores que admiro e tive algumas decepções. Foram 40 filmes no total, o que é um número razoável.

Talvez o que mais tenha marcado o ano foi o início do meu projeto de ver todos os filmes do Ghibli, que está caminhando lentamente, mas não parou, e os cinemas especiais aqui de São Paulo, que sempre oferecem uma programação interessante e me animam a sair de casa para ver algo diferente. Comecei 2016 na vibe de querer ver muitos filmes e espero que ela se mantenha por algum tempo.

Filmes preferidos

O conto da princesa Kaguya (Isao Takahata)
Ninguém pode saber (Hirokazu Koreeda)
Thelma e Louise (Ridley Scott)
O lobo atrás da porta (Fernando Coimbra)
$9.99 (Tatia Rosenthal)
Nebraska (Alexander Payne)
Que horas ela volta? (Anna Muylaert)
Digimon Adventure Movie (Mamoru Hosoda) (na verdade esse é um curta, mas vai entrar na lista mesmo assim)

Animes


Mantive um ritmo constante com os animes, equilibrando entre os que estavam faz tempo na minha listinha e as novidades do ano. Finalmente vi séries que eu estava quase certa de que gostaria, mas sempre adiava, como Utena e Kino no Tabi, e elas se revelaram à altura das expectativas.

Animes preferidos

Working!!!

Mangás


Uma das minhas metas de 2015 era ler mais mangás, porque faz alguns anos que voltei a assistir anime, mas eu quase não lia mangá. Como acompanho alguns blogs sobre otakices em geral, acabava tomando conhecimento de títulos interessantes e ficava só na curiosidade.

Minha meta foi cumprida modestamente. Entre mangás em papel e scans no computador e no tablet, li 11 mangás completos, mais uma releitura de metade do Rurouni Kenshin, dois mangás começados e dois one-shots curtinhos. A maioria das obras que escolhi tem poucos volumes, então não é como se eu tivesse lido muita coisa, mas são mangás bastante diversos que expandiram meus horizontes e estão me ajudando a nortear minhas leituras futuras. O bom de começar a explorar uma mídia até então pouco conhecida é que são tantas possibilidades, tantas obras e autores que você nem imagina.

Se reclamei de não ter lido nenhum livro que me impactou profundamente, não posso dizer o mesmo dos mangás. Oyasumi Punpun foi de longe a melhor obra do ano, englobando todas as mídias. O mangá é tristíssimo, a arte é linda e é impossível ficar indiferente diante da história que ele apresenta.

Mangás preferidos

Oyasumi Punpun - Inio Asano
Solanin - Inio Asano

Encerro aqui minha retrospectiva e aproveito para desejar a todos um 2016 cheio de bons livros, filmes e tudo mais!