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terça-feira, 21 de julho de 2020

Randomicidades do mês: junho

Mais um post quase no fim do mês...

Livros


Boa noite Punpun – vols. 4, 5, 6 e 7 – Inio Asano
Terminei minha releitura de Punpun e foi uma montanha-russa de emoções. Talvez eu não tenha amado e me abalado emocionalmente tanto quanto da primeira vez, mas ainda assim foi uma ótima experiência.
Nota: 4,0


Avatar: The Last Airbender: The Search – Gene Luen Yang
Nessa HQ, Aang, Katara e Sokka se juntam para ajudar Zuko a encontrar sua mãe, levando Azula junto. Gostei da interação do grupo, com todos os atritos provocados pela Azula, e esperava um desenvolvimento maior da personagem, mas fiquei meio frustrada com o final, que me pareceu súbito. 
Nota: 3,5


The Killing Doll – Ruth Rendell
Livro aleatório que peguei da minha mãe. Nele, um menino se encanta pelo ocultismo, e sua irmã, que vive uma vida meio vazia, passa a acreditar nos poderes dele e desejar que ele use a magia para lidar com acontecimentos indesejados. Achei o livro meio arrastado, fiquei o tempo todo esperando que as coisas acontecessem e nada (até porque a história tem duas tramas paralelas e eu fiquei esperando que os personagens das duas se encontrassem logo). Para quem gosta de thrillers mais lentos, que exploram o psicológico dos personagens, pode ser uma boa pedida.
Nota: 3,0


As garotas – Emma Cline
Livremente inspirado na seita de Charles Manson, o livro conta a história de uma adolescente que fica fascinada por um grupo de garotas, que lhe parece confiante e livre, e se junta a uma seita que mais tarde viria a cometer um grande crime. É interessante, mas minha atenção durante a leitura oscilou bastante e tive dificuldades de me importar com os personagens.
Nota: 3,0


Robô selvagem – Peter Brown
Livro sobre um robô que vai parar numa ilha deserta e aprende a sobreviver na natureza selvagem observando os animais ao seu redor. O livro é mais infantil do que eu esperava, o que não é necessariamente algo ruim. Amei as ilustrações fofinhas.
Nota: 3,25


A ilustre família do ministro Ahuja – Karan Mahajan
O livro foca no ministro Ahuja, em seu filho mais velho e no relacionamento deles com a família enorme e caótica. Gosto do tom satírico e mordaz do livro, principalmente nas críticas à Índia e à política, mas às vezes o humor fica cansativo.
Nota: 3,0


Red, White and Royal Blue – Casey McQuiston
Eu queria gostar desse livro, que fez bastante sucesso, mas a verdade é que sou meio chata para romances. Não consegui gostar muito de nenhum dos personagens, pois um é chato e o outro não tem muita personalidade. Além disso, o livro é meio longo e tem partes chatíssimas de política, com a campanha presidencial da mãe do protagonista. Tive que fazer leitura dinâmica nessas partes.
Nota: 2,75

Séries e animes


Terrace House: Tokyo 2019-2020
Quinta temporada do reality show japonês em que seis estranhos vivem juntos em uma casa. Infelizmente essa temporada foi marcada por um acontecimento triste: o suicídio de Hana Kimura, uma das participantes, durante o hiato devido à pandemia. Ela sofreu cyberbullying intenso por sua participação na série, o que pode ter sido um dos motivos que a fez tirar a própria vida. Tirando esse fim trágico, a temporada teve bons momentos, participantes de que gostei e vários dramas, mas com o que aconteceu com a Hana e os boatos de que a produção forçou os participantes a fazer coisas que eles não queriam, o programa acabou com um gosto bem amargo.
Nota: ?


Moyashimon (1ª e 2ª temporadas)
Um jovem que consegue ver micróbios a olho nu inicia seus estudos em uma universidade agrícola, onde conhece outros alunos e usa sua habilidade para ajudar na grande arte da fermentação. Sempre tive curiosidade em ver esse anime pela premissa estranha e pelo design fofinho dos micróbios. É uma série divertida, às vezes bem educativa, às vezes meio boba. Não é nada muito incrível, mas achei legal.
Nota: 3,5


Kakushigoto
Kakushi Gotou é autor de mangás de comédia e também pai de uma menina de 10 anos. Envergonhado do conteúdo de suas obras, ele mantém sua profissão em segredo da filha, fazendo o possível e o impossível para esconder o fato. O humor do anime em geral nasce das situações absurdas em que Gotou se mete para esconder o segredo, mas há outras tramas menores que tornam a série mais variada e há uma parte mais dramática que se passa anos depois, quando a filha finalmente descobre o segredo do pai. A arte é vibrante e cheia de personalidade e eu amei a música de encerramento (que é uma música dos anos 80, mas que para mim soa meio anos 60).
Nota: 4,0


Lupin III (2015)
Faz tempo que eu queria assistir algo do Lupin além de O castelo de Cagliostro, e acabei sorteando essa série, que é a quarta com o personagem. Nela, Lupin e seus amigos vivem aventuras na Itália e arredores, roubando itens valiosos, fugindo de Zenigata e enganando a todos. É divertido e gostei de alguns episódios isolados, mas não gostei tanto de outros, principalmente da trama do Leonardo da Vinci. Ainda pretendo dar chance a outra série do Lupin, porque sei que essa não é considerada das melhores.
Nota: 3,0


Peace Maker Kurogane
Gosto bastante de histórias que se passam no Bakumatsu, período entre as eras Tokugawa e Meiji, e gosto principalmente do Shinsengumi, grupo de guerreiros que defendia o xogunato. Nesse anime, um jovem se junta ao Shinsengumi para se vingar do assassino dos pais, mas, por ser novo demais, fica com a função de pajem de Hijikata, o vice-comandante. O anime mostra o cotidiano dos personagens, com bastante comédia e leveza, mas é bem brutal nas cenas de ação. Há algumas tramas que não levam a lugar nenhum e personagens subutilizados, além de um fim não tão fechado porque tem um filme depois, mas no geral é um anime divertido e com bons momentos.
Nota: 3,5


His Dark Materials
Reli a série de livros há não muito tempo, o que talvez tenha tirado um pouco da minha empolgação com a série, que é muito bem produzida e razoavelmente fiel ao material original. Achei a adição de acontecimentos do segundo livro interessante, mas ao mesmo tempo achei essas partes meio chatas e imagino que quem não leu os livros não deve ter entendido muita coisa porque isso só vai ser explicado na segunda temporada.
Nota: 3,5


Recorder to randoseru do
Atsushi é um menino de 11 anos alto como um adulto, enquanto sua irmã mais velha, Atsumi, é uma adolescente pequena como criança. O anime, de apenas 3 minutos por episódio, explora as confusões provocadas por esse par pouco usual. O humor é bem bobinho, com algumas piadas repetitivas ao extremo, mas apesar disso, até que gostei, porque sou a trouxa que sempre gosta desses animes super curtos.
Nota: 3,0


A amiga genial: História do novo sobrenome
A segunda temporada da adaptação dos romances da Elena Ferrante é tão boa quanto a primeira, mas também não me empolgou tanto quanto os livros. Acho que na série a dupla de protagonistas não é tão interessante, o que torna seus defeitos mais aparentes e irritantes.
Nota: 3,75


Kaguya-sama wa Kokurasetai?: Tensai-tachi no Renai Zunousen
Segunda temporada do anime, que deixa os jogos mentais entre o par central um pouco de lado para aprofundar o relacionamento deles, explorar o passado de outro personagem e apresentar um novo membro do conselho estudantil. Não sou tão apaixonada pelo anime como meio mundo parece ser, mas achei a temporada muito divertida e tão boa quanto a primeira.
Nota: 3,75

Filmes


This magnificente cake
Animação em stop-motion com histórias curtas, relacionadas entre si, sobre a colonização europeia de um país africano. São histórias meio estranhas, como a de um homem que roubou o dinheiro do negócio da família e fugiu para a África, onde vive sozinho, bebendo em sua mansão enorme e vazia, até encontrar um caracol gigante. Gostei do estilo visual, com bonecos de feltro, mas não entendi muito bem algumas das histórias.
Nota: 3,25


Você nem imagina
Filme adolescente sobre Ellie, uma garota inteligente e solitária que desenvolve uma amizade com um garoto que lhe pede que escreva cartas de amor para a menina de quem ele gosta, que também é a menina de quem Ellie gosta. Achei o filme legal, mas nada muito especial.
Nota: 3,5


Já não me sinto em casa nesse mundo
Uma mulher se sente violada ao ter a casa invadida e roubada. Com a ajuda do vizinho fã de artes marciais (mas não muito bom nelas), ela vai atrás do ladrão e se mete em altas confusões. Não sabia o que esperar do filme e foi uma surpresa bem positiva. Achei bem divertido.
Nota: 3,75


Take me somewhere nice
Adolescente holandesa vai visitar o pai hospitalizado na Bósnia. Chegando no país, no entanto, as coisas dão errado e ela acaba em uma viagem estranha para cumprir seu objetivo. É um filme ok, meio esquecível.
Nota: 3,0


A simple favor
Filme cheio de plot twists sobre o desaparecimento de uma mulher e a tentativa de sua amiga de encontrá-la. Gostei da imprevisibilidade da trama, que manteve a minha atenção.
Nota: 3,5

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Randomicidades do mês: abril

Livros lidos


O homem que ouve cavalos – Monty Roberts
Nesse livro, o autor conta sobre sua vida e o seu método de treinamento de cavalos que aprendeu ao observar manadas selvagens. Tenho esse livro há séculos e tinha certo receio de ser meio chato, mas a leitura fluiu bem e achei a história do relacionamento do autor com animais interessante, além de ter gostado de saber sobre o método dele, que é surpreendentemente simples e parece quase místico, mas aparentemente dá certo.
Nota: 3,0


O homem sem talento – Yoshiharu Tsuge
Mangá meio autobiográfico sobre um desenhista que se recusa a criar quadrinhos e passa a trabalhar em outras áreas, como tentar vender pedras que ele encontra na margem do rio. Sabe aquela pedra de Parasita? Tem todo um movimento que busca pedras de formas e cores esteticamente agradáveis, e nosso protagonista procura uma dessas, mas só encontra pedras comuns em um rio comum, que ele acha que são especiais. É um personagem meio triste e patético e sua dificuldade em enfrentar a vida é fácil de entender.
Nota: 3,5


Histórias da pré-história – Alberto Moravia
Decidi reler alguns livros da minha infância/adolescência de que pretendo me desfazer e esse é um deles. Ele apresenta vários contos curtos sobre animais, como o canguru que deseja ter calções ou o unicórnio insatisfeito por ser diferente dos outros animais. São histórias simples e divertidas, mas me lembro de gostar mais delas no passado do que gostei nessa releitura.
Nota: 3,0


Quando éramos órfãos – Kazuo Ishiguro
Christopher Banks passou a infância em Xangai e voltou à Inglaterra após o misterioso desaparecimento dos pais. Anos depois, ele retorna à China, agora como detetive, para pôr um ponto final no caso. Achei esse livro meio estranho. O narrador não é confiável e as suas lembranças de infância são constantemente confrontadas pela realidade, mas fica difícil saber o que é verdade, porque outros personagens apoiam a visão iludida que ele tem a respeito de algumas coisas. Somado a isso, o livro se passa na época da guerra sino-japonesa, e minha ignorância do assunto só tornou tudo mais confuso. Apesar disso, gosto do estilo do autor e a leitura fluiu bem. Eu estava gostando do livro enquanto lia, mas ao terminar e pensar a respeito, fiquei meio insatisfeita.
Nota: 3,0


O mestre das marionetes – Katherine Paterson
Outra releitura. Na cidade de Osaka, a pobreza só aumentava. O menino Jiro decide se juntar ao teatro de marionetes para garantir suas refeições diárias. Lá, ele faz amigos, aprende a delicada arte dos titereiros e sofre com a rigidez dos seus mestres, enquanto lá fora o povo se rebela pela falta de comida e se inspira na misteriosa figura de um ladrão que engana os ricos da cidade. A escrita da autora é muito agradável e gostei bastante do início do livro e de todos os detalhes do teatro de marionetes. O problema é que achei o desfecho meio súbito e que foram deixadas algumas pontas soltas, como se a parte final não tivesse sido tão bem pensada quanto a inicial.
Nota: 3,5


Canção de ninar – Leïla Slimane
Livremente inspirado em fatos reais, o livro mostra o relacionamento entre uma babá e a família para quem ela trabalha, que no início é um mar de rosas, mas que vai piorando até descambar no assassinato das crianças. É um livro rápido de ler e interessante por mostrar os conflitos entre patrões e empregada, mas eu esperava algo mais impactante.
Nota: 4,0


Ilustrado – Miguel Syjuco
Livro sobre um famoso autor filipino que morre e seu amigo que volta à terra natal dos dois, pois pretende compreendê-lo melhor para escrever sua biografia. A estrutura é uma mistureba de trechos das obras literárias do autor morto, entrevistas, trechos da biografia sendo escrita e até piadas (que talvez tenham sido as partes que eu mais ansiava por ler). Achei o livro meio chatinho em vários momentos. Há certo foco em acontecimentos políticos do país e, por desconhecer esse contexto, fiquei meio perdida. Os trechos dos livros do autor também não acrescentam muito.
Nota: 2,75


A estrela de Kazan – Eva Ibbotson
Mais uma releitura. Annika foi encontrada abandonada quando bebê e criada como filha por duas empregadas. Apesar de feliz com sua vida, ela sonha em conhecer a mãe biológica. Até que um dia a mãe aparece e a leva para morar na enorme propriedade da família. Annika deveria estar feliz, mas sua tão sonhada vida ao lado da mãe está longe de ser perfeita. Não sei se é porque sinto falta de livros infantojuvenis e sua escrita mais direta e estou cansada de livro “adultos”, mas estava adorando esse livro no início, com a vida de Annika em Viena e os personagens ao seu redor. Quando ela vai morar com a mãe as coisas perdem um pouco da graça e, talvez por eu lembrar da história, talvez por ela ser meio previsível, comecei a ficar de saco cheio de alguns aspectos do livro.
Nota: 3,5

Séries e animes


Killing Eve (1ª temporada)
Demorei séculos para terminar essa temporada, em parte porque assisti com a minha irmã, então as duas tinham que estar com disposição de assistir, e em parte porque achei a série meio chata. No começo até estava gostando, achava a Eve uma personagem interessante e estava curiosa para ver o desenrolar da trama. Mas aos poucos a Villanelle começou a me irritar. Parte do apelo da série é a Villanelle, com seu jeito desbocado, a vilã com quem vamos simpatizar, e sua relação com a Eve. Mas eu a odiei a ponto de implicar com cada ação dela, então no fim eu só queria que a série acabasse logo.
Nota: 2,75


Runway de waratte
Anime sobre uma menina que quer ser modelo e um menino que quer se estilista. Achei a menina meio chatinha, mas felizmente o foco maior é sobre o menino. E a fórmula shounen aplicada aqui não funciona muito bem para mim, achei meio bobo em alguns momentos. Ainda assim, é legalzinho e em alguns momentos a história me prendeu bastante.
Nota: 3,0


Banana fish
Anime sobre gangues, criminosos ricaços malvados, disputas de poder, um jovem genial e traumatizado que deseja sair desse mundo e um jovem aleatório que foi parar no meio disso. Eu estava gostando da primeira metade, mas acho que a história perdeu o fôlego mais para o fim.
Nota: 3,25


Onara Gorou
Anime curtinho que comecei a ver faz séculos e parei porque não achava mais disponível. Agora felizmente ele está na Crunchyroll, exibindo toda a sua glória e sabedoria para todos que buscam a iluminação. Onara Gorou é um pum que aparece para ajudar as pessoas, salvando vítimas de bullying com seus conselhos e até realizando delicadas cirurgias com a força do peido. Ele é o máximo! Sim, esse anime é muito besta, mas é engraçado às vezes.
Nota: 3,0


Chihayafuru 3
Terceira temporada desse anime que me deixou viciada. Talvez essa tenha sido minha temporada preferida, em parte porque deu espaço para alguns personagens secundários de quem eu gosto, e em parte porque gostei dos dramas pessoais dos protagonistas.
Nota: 4,5


Aho girl
Anime sobre uma garota muito idiota, que é burra de uma maneira escandalosa. É bem bobo, mas depois de alguns incômodos, passei a achar divertido, principalmente quando o foco era no cachorro da protagonista.
Nota: 3,0


We rent tsukumogami
Uma pequena loja de aluguel de objetos tem entre suas mercadorias alguns tsukumogamis, objetos que ganham vida. Os donos da loja os usam quando precisam de ajuda para solucionar pequenos mistérios, emprestando-os para os envolvidos e fazendo-os entreouvir conversas, interagir com outros tsukumogamis etc. Achei o anime bem charmoso, com a ambientação no período Edo, o toque sobrenatural e o tom leve. Os mistérios em si não me interessaram tanto, embora o enigma maior da série tenha me intrigado bastante.
Nota: 3,0


Haibane renmei
Rakka despertou em um mundo novo, onde ela é uma haibane, ser fisicamente semelhante a um anjo. Nessa sociedade, ela mora com outros haibanes num casarão abandonado e tenta compreender as misteriosas regras que regem sua nova vida. Esse anime tem um ritmo bem próprio, começa como um slice of life melancólico e vai se tornando mais misterioso e dramático com o tempo. É uma história bem diferente, bastante aberta a interpretações.
Nota: 4,0


Nada ortodoxa
Uma judia hassídica foge de sua comunidade conservadora em Nova York e vai a Berlim em busca de liberdade. Alternando entre o presente e o passado da personagem, a série mostra as dificuldades dela em sua vida de casada e suas tentativas de se adaptar a um novo modo de vida. Com apenas quatro episódios, achei a série interessante e bem-feita. Não é algo que normalmente me interessaria, mas gostei de ter assistido.
Nota: 3,75

Filmes


Nausicaä do Vale dos Ventos
Nota: 3,25


Midsommar
Por já saber alguns spoilers e ter certas expectativas, o filme não foi tão impactante quanto eu gostaria. Ainda assim, achei bom.
Nota: 3,75


Dor e glória
Um cineasta relembra o passado, sua infância, o relacionamento com a mãe, o cinema, um antigo amor. O filme é bom, mas achei meio arrastado e esquecível.
Nota: 3,25


Garota, interrompida
Após uma overdose, uma jovem é internada numa instituição para doentes mentais, onde conhece uma turminha do barulho. Gostei das personagens, da dinâmica entre elas, mas esperava um pouco mais do filme.
Nota: 3,5


The plague dogs
Uma dupla de cães escapa de um laboratório de pesquisa e tenta sobreviver como animais selvagens e fugir dos humanos que os perseguem. Achei interessante um dos cães ser vítima de um experimento mental que o faz ter alucinações. É um filme seco e triste. Apesar de não ser longo, senti que o tempo custou a passar.
Nota: 3,25


Adoráveis mulheres
Gosto razoavelmente do livro que inspirou o filme, mas não sou uma superfã. Acho que posso dizer o mesmo do filme. Gosto da estrutura não linear, que achei que não gostaria. O relacionamento entre as irmãs não me pareceu tão agradável e aconchegante quanto nos livros e senti um pouco de falta disso.
Nota: 3,5

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Projeto Ghibli #6: Nausicaä do Vale do Vento


Nausicaä do Vale do Vento
Título original: Kaze no Tani no Naushika
Diretor: Hayao Miyazaki
Ano: 1984

Iniciei meu Projeto Ghibli em 2015, época em que eu tinha mais fé na minha capacidade de completar desafios e escrever sobre eles aqui. Estava assistindo aos filmes com alguma regularidade, até que empaquei nos que já vi e que teria que rever para o projeto. E agora, cinco anos depois, aproveitando que a Netflix incluiu os filmes do estúdio em seu catálogo, finalmente retomo o projeto! (Veremos se vou conseguir manter alguma regularidade ou se vou empacar novamente).


Nausicaä do Vale do Vento costuma ser considerado um filme do Ghibli, apesar de ser anterior à fundação do estúdio. É uma obra que é bem a cara do Miyazaki, com mensagem ecológica e pacifista e muitos aviões. O filme conta a história de Nausicaä, princesa do Vale dos Ventos, um pequeno reino próximo a uma floresta tóxica cheia de insetos gigantescos. Enquanto Nausicaä tenta encontrar uma forma de coexistir com essa natureza hostil, reinos vizinhos buscam soluções mais violentas, envolvendo o pacífico Vale dos Ventos em seus planos.

Minha primeira experiência assistindo Nausicaä não foi tão positiva. A sala de cinema estava bem cheia, meu lugar não era dos melhores e a pouca inclinação não me permitia ver a tela tão bem quanto eu gostaria. Essas coisas acabaram azedando meu humor e achei o filme arrastado e a protagonista chatinha. Ao rever a obra, continuo achando isso, mas consegui apreciar melhor outros aspectos do filme.


O filme é a primeira colaboração entre Miyazaki e o compositor Joe Hisaishi, então a trilha sonora é o primor usual. Gosto principalmente do tema musical que toca no início do filme. Os cenários também não deixam a desejar e têm um tom de estranheza, como a floresta tóxica e o espaço purificado abaixo dela, o que ajuda bastante a criar o clima do filme.

Não sou muito fã do tema ecológico nos filmes do Miyazaki (embora goste bastante de Princesa Mononoke) e acho o fim do filme meio forçado, mas talvez o que mais me incomode na obra seja a própria Nausicaä, que é uma personagem perfeitinha sem muita graça. Prefiro personagens com uma moralidade mais dúbia (como a vilã do filme) ou que pelo menos demonstrem mais fraquezas.

Se eu tivesse que ranquear o filme entre os outros do estúdio, ele provavelmente estaria lá pela metade. É um bom filme, mas nem os temas nem os personagens me agradam tanto assim.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Randomicidades do mês: março

Quase no fim de abril, mas vamos às randomicidades de março!

Livros lidos


Presença de mulher – Saul Bellow
Livro curto tão marcante que já nem lembro direito o que achei.
Nota: 2,75


Vamos fazer de conta que isso nunca aconteceu – Jenny Lawson
Livro de memórias de uma blogueira com uma vida cheia de momentos bizarros e cômicos. Alguns trechos são genuinamente engraçados, mas achei o estilo de escrita meio forçado, o que fica cansativo depois de um tempo.
Nota: 3,0


Americanah – Chimamanda Ngozi Adichie
O livro é sobre Ifemelu, uma jovem nigeriana que estudou nos EUA e decide voltar para sua terra natal. A personagem comenta bastante sobre sua experiência como negra africana nos EUA, o racismo, as diferenças culturais etc. enquanto o livro vai contando sua história. São assuntos importantes, mas achei que o livro fica parecendo um apanhado de opiniões e que a narrativa em si não tem muito foco.
Nota: 3,25


Monkey Mountain – Zaodao
HQ super curtinha sobre um velho que passou por uma experiência estranha na montanha. Gostei bastante da arte, principalmente dos cenários naturais. A história em si é ok.
Nota: 3,0


The haunting of Hill House – Shirley Jackson
Um grupo de estudiosos/curiosos sobre o paranormal vai a uma casa com fama de mal-assombrada para estudá-la. Eu queria que esse fosse um livro de terror bem assustador e mais tradicional, mas ele alterna momentos tensos com outros mais leves e acaba não criando o clima que eu esperava. O foco é mais no psicológico, o que achei interessante. É um livro que não deixa as coisas muito explícitas e que me deixou refletindo um bocado no final.
Nota: 3,5


De jogos e festas – José J. Veiga
Três novelas de um autor de quem não ouço falar muito. Gostei bastante da primeira, sobre um homem que lida com a perda do irmão, e da última, sobre um ex-bandoleiro, mas achei a do meio bem qualquer coisa.
Nota: 3,25


Trilha sonora para o fim dos tempos – Anthony Marra
Achei o título desse livro bem apropriado para os tempos que estamos vivendo. É um livro de contos que se passam na União Soviética e se relacionam entre si, um formato de que gosto bastante. Não estava curtindo muito no início mas aos poucos fui me envolvendo mais nas histórias.
Nota: 3,5


And then there were none – Agatha Christie
Sempre tive curiosidade de ler esse livro, por ser um dos mais famosos da autora. Não sei se ler tão perto de The haunting of Hill House foi uma boa ideia, porque os dois apresentam algumas semelhanças (grupo de pessoas que não se conhecem vão passar alguns dias em uma casa isolada onde coisas estranhas acontecem) e às vezes eu imaginava os ambientes ou personagens de maneira semelhante, mesmo não tendo nada a ver. Foi uma leitura bem envolvente.
Nota: 3,5

Animes e séries


The Terror (2ª temporada)
A premissa dessa temporada foi o que me atraiu à série: uma mistura de horror sobrenatural com o horror bem mais real dos campos de concentração de japoneses e descendentes nos EUA durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, essa temporada não prendeu tanto minha atenção e não foi capaz de criar o mesmo clima da primeira.
Nota: 3,25


Genji monogatari sennenki
Adaptação do clássico da literatura japonesa Genji monogatari que não funciona muito bem ao transpor um livro longo para míseros 11 episódios. A história é a de um príncipe e seus vários romances, mas o protagonista é um chato mulherengo e nenhum personagem tem muito desenvolvimento. A parte visual poderia ser mais caprichada.
Nota: 2,75


Chihayafuru (1ª e 2ª temporadas)
Finalmente comecei a ver esse anime que é muito elogiado e que achei que tinha tudo para me agradar. Ele mostra a trajetória de Chihaya, uma jogadora de karuta, jogo japonês de cartas que envolve poesia, agilidade e memorização. O anime é muito viciante e os episódios passam voando.
Nota: 4,25


Kingdom (2ª temporada)
Essa temporada começa em plena ação a partir do cliffhanger frustrante deixado no fim da primeira temporada. Confesso que foi difícil lembrar dos personagens além dos protagonistas e das minúcias da trama política, mas tirando isso foi uma temporada bem satisfatória.
Nota: 3,5


Eizouken ni wa Te wo Dasu na!
Anime sobre fazer animes. É divertido, tem personagens carismáticas, é visualmente impressionante (amei os cenários!) e demonstra muito amor por sua arte. Só não gostei tanto assim das criações/imaginações das personagens.
Nota: 4,0


Natsunagu!
Anime curto sobre uma jovem que vai a Kumamoto à procura de uma amiga virtual. A premissa me interessou, mas não achei que a história foi bem desenvolvida. A curta duração não ajuda.
Nota: 2,75


Uchouten kazoku 2
Já acostumada com o clima da série, gostei mais dessa segunda temporada. O que era bom continuou bom e os novos personagens tornaram a trama mais interessante e imprevisível.
Nota: 4,0


Heya Camp
Anime curto derivado de Yuru Camp em que as personagens do clube de camping vão explorar as atrações turísticas da cidade. É bonitinho e divertido, mas não capta tão bem o clima relaxante da série original.
Nota: 3,25


Jibaku shounen Hanako-kun
História de uma menina que convoca o fantasma do banheiro da escola e acaba se envolvendo com as assombrações locais. Esteticamente, o anime é um dos meu preferidos dos últimos tempos, com personagens fofos, cores agradáveis e cenários detalhados, mas a fórmula de assombração da semana e os personagens não me conquistaram tanto.
Nota: 3,5

Especiais etc.


Violet Evergarden: Kitto "Ai" wo Shiru Hi ga Kuru no Darou
Especial que se encaixa lá pelo primeiro terço da série e mostra o processo de evolução da Violet em compreender e transmitir sentimentos nas cartas. Não entendi muito bem por que foi lançado separadamente. Se fosse um episódio normal, a evolução da Violet faria mais sentido no anime.
Nota: 3,0


ACCA: 13-ku Kansatsu-ka – Regards
O especial mostra a situação do país e dos personagens algum tempo depois dos acontecimentos da série, ainda com o clima tranquilo e o visual estiloso que são o diferencial do anime.
Nota: 3,5

Filmes


Cafarnaum
Filme tristíssimo sobre um menino pobre que tem trocentos irmãos e pais negligentes. Ao fugir de casa, ele conhece uma imigrante ilegal que o abriga e os dois tentam sobreviver em meio às adversidades.
Nota: 3,75


Bacurau
Demorei, mas finalmente vi esse filme tão comentado. Gostei bastante, mas assistir depois do hype sempre gera expectativas meio irreais.
Nota: 4,0


Mahou Shoujo Madoka Magica Movie 3: Hangyaku no Monogatari
Esse filme costuma dividir opiniões e agora entendi por quê. Ele segue com a criatividade visual da série, com algumas cenas muito bonitas e inventivas, e adiciona novas reviravoltas à sua trama. Eu queria gostar mais do filme, mas não sei muito do que achar do final, além de ter achado o filme cansativo e prolixo demais.
Nota: 3,0


Modo avião
Fiquei curiosa a respeito desse filme ao saber que ele é o filme não em inglês mais visto da Netflix. É um filme bobo sobre uma influencer forçada a largar o celular e a passar um tempo no interior com o avô que mal conhece. É meio besta e clichê, mas é divertidinho.
Nota: 3,0


O poço
Outro filme popular da Netflix. Nele, pessoas são presas em uma estrutura de centenas de andares em que um banquete é servido por meio de um elevador. Quem está em cima se esbalda, enquanto os de baixo vivem famintos. É um filme alegórico e eu achei bem interessante.
Nota: 3,5


Tenshi no tamago
Animação dirigida por Mamoru Oshii (Ghost in the shell) e com arte de Yoshitaka Amano (Final Fantasy). É um filme enigmático sobre um mundo abandonado em que uma menina que cuida de um ovo encontra um homem misterioso. Há pouco diálogo e muito simbolismo. É um filme em que muitas interpretações são possíveis e eu não sei qual é a minha. Mesmo confusa, achei o filme muito bonito.
Nota: 3,5