domingo, 23 de setembro de 2018

Anime: Princess Tutu


Princess Tutu
Estúdio: Hal Film Maker
Diretor: Junichi Satou
Ano: 2002 - 2003
Nº de episódios: 38

Há muito, muito tempo, em uma cidadezinha aparentemente pacata, havia uma pequena pata que se apaixonou por um príncipe. À pata foi concedido o desejo de se tornar humana. Mais do que isso, ela obteve o poder de se transformar em Princess Tutu, a heroína responsável por recuperar os fragmentos do coração do príncipe, que ele perdeu em uma batalha. Dessa forma, a pequena pata mudou os rumos da história.

Apesar de Princess Tutu não ser um anime muito popular, ele é relativamente conhecido e bastante elogiado. Com clima de conto de fadas, é uma série voltada ao público infantil, mas apresenta complexidade e um clima que se torna gradativamente mais sombrio.


Criado por Ikuko Itoh e dirigido por Junichi Satou, que trabalharam em Sailor Moon, o anime apresenta alguns elementos típicos do mahou shoujo (garotas mágicas), porém, um dos diferenciais é a influência do balé na história. Os personagens estudam em uma escola de balé, movimentos do balé são usados por Tutu, seus aliados e rivais em seus confrontos e as músicas e tramas de balés clássicos dão o tema para alguns episódios. Além disso, os personagens centrais são fortemente influenciados pelo Lago dos Cisnes. O uso de música clássica na trilha sonora, aliás, é uma das grandes qualidades do anime, com uma seleção variada que se encaixa muito bem nas cenas.

Talvez o maior ponto fraco de Tutu, na minha opinião, seja que a série é um tanto irregular. Ela se inicia lenta, mas promissora, porém segue uma estrutura formulaica que cansa um pouco com o tempo. Costumo gostar bastante de animes episódicos, mas senti que as narrativas contidas em cada episódio de Tutu não são tão interessantes quanto o arco geral da história. Confesso que fiquei meio desanimada em alguns momentos do anime, principalmente no início da 2ª temporada, mas o anime cresce muito nos episódios finais e oferece algumas boas surpresas que compensam a sua paciência.


O núcleo de personagens é pequeno e alguns deles não fogem muito de seu arquétipo. Há alguns que só estão lá para alívio cômico e são um tanto repetitivos em sua comicidade, mas os protagonistas passam por grandes transformações e são complexos e carismáticos. O relacionamento entre eles também evolui e se transforma. Destaque para o Fakir, que passou de odioso para meu favorito.

Princess Tutu é um anime que parece bobo a princípio, e ás vezes realmente é (nisso, com seu humor meio nonsense e aparições aleatórias de animais, ele me lembra Utena, assim como no uso de tropes de contos de fadas). Por trás da simplicidade meio ingênua, no entanto, há um conto engenhoso sobre destino e livre-arbítrio. Ele tem suas falhas, mas a história vai crescendo com o decorrer dos episódios. Para mim, pelo menos, foi uma experiência bastante impactante.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Randomicidades do mês - agosto/2018

Mais um post atrasado, mas dessa vez não tão atrasado!

Livros lidos

Infelizmente, li alguns livros que não me agradaram muito no mês. :/ Não sei se estou mais chata do que o normal ou se foi azar. Provavelmente os dois.


A menina submersa - Caitlín R. Kiernan
Li comentários positivos e comentários negativos sobre esse livro e sinto que já estava pronta para não gostar muito dele. De fato, não gostei. A narrativa da jovem esquizofrênica que conta sua história de assombrações, sereias e lobisomens foi confusa demais para o meu gosto e pouco ofereceu de interessante para me manter entretida. Teve um ou dois momentos em que fui fisgada, mas no geral achei o livro arrastado demais.
Nota: 2,5


A mulher de pés descalços - Scholastique Mukasonga
Nesse livro, a autora relembra sua vida durante a guerra civil em Ruanda, descrevendo o cotidiano de sua família, os rituais de seu povo e as dificuldades que eles enfrentavam. É escrito de uma maneira bem direta, que eu particularmente gostei, e apesar de não ter um enredo bem definido, a leitura me prendeu bastante. Quero ler mais da autora.
Nota: 3,75


A luz entre oceanos - M. L. Stedman
O livro conta a história de um casal que vive isolado em uma ilha devido ao emprego do homem como faroleiro. Uma noite, um barco chega à ilha trazendo um homem morto e um bebê vivo. Supondo que o bebê era órfão, o casal o pega para si e passa a criá-lo como sua filha, sem contar a verdade a ninguém, o que traz duras consequências ao casal anos depois. Tive dificuldades em entender as motivações do personagens e algumas de suas atitudes e achei o livro mais arrastado do que gostaria.
Nota: 2,5


Not Fade Away - Jim Dodge
Adorei o primeiro livro que li do autor, Fup, e esperava algo na mesma linha nesse livro, mas errei feio. O livro conta sobre a vida de um sujeito peculiar meio boêmio que arranja um bico destruindo carros para que o proprietário receba o seguro. Até que ele encontra uma carta de amor em um dos carros e parte em uma jornada para honrar o desejo da mulher que escreveu a carta, conhecendo um monte de gente estranha pelo percurso e vivendo outras tantas experiências estranhas. O livro é basicamente um monte de gente doida fazendo coisas doidas e é chato. Talvez ele pudesse ser melhor se fosse mais curto.
Nota: 2


O Condado de Citrus - John Brandon
Toby é um garoto entediado que se sente voltado para o mal. Shelby é uma garota superinteligente que fica fascinada por Toby. O sr. Hibma, professor de Toby e Shelby, é um homem desencantado com a vida. Eles vivem no Condado de Citrus, uma cidadezinha no meio dos pântanos da Flórida onde nunca acontece nada, até que Toby decide agir. Apesar de o livro ter sido publicado pela Galera Record, achei ele não tão voltado ao público juvenil, talvez. Os personagens são todos desesperançados e meio cruéis, além de arrogantes, e algumas atitudes deles não me soaram muito críveis, mas a história é interessante, inquietante e bem diferente do que eu esperava.
Nota: 3,5

Quadrinhos


O melhor que podíamos fazer - Thi Bui
Não sei se já estou meio cansada de memórias em quadrinhos, mas não gostei tanto desse livro tanto quanto eu esperava. A obra mostra a dura vida da família da autora no Vietnã e sua imigração para os Estados Unidos, o processo de adaptação e a tentativa da autora de compreender melhor seus pais após ela se tornar mãe. A arte é muito bonita com seus tons aquarelados, mas eu gostaria de ter tido um envolvimento emocional maior com a história.
Nota: 3

Animes


Princess Tutu
Vou escrever um post em breve.
Nota: 3,75


Boku Dake Ga Inai Machi
Satoru vivencia um estranho fenômeno de vez em quando: ele volta alguns segundos no tempo, geralmente quando algum acidente ou crime está para acontecer, e precisa mudar o que iria ocorrer. Após o assassinato de sua mãe, no entanto, ele volta mais do que apenas alguns segundos, retornando para a época de sua infância, um pouco antes de uma série de desaparecimentos e assassinatos de crianças em sua cidade. Concluindo que esses crimes estão ligados à morte de sua mãe, ele tenta mudar o passado, se aproximando das vítimas para impedir que o assassino aja e, assim, evitar os acontecimentos trágicos de sua vida. Os primeiros episódios são muito bons em desenvolver os personagens e o relacionamento entre eles, além de construir o clima de mistério, mas as coisas se tornam meio corridas mais para o final, e o que deveria ser o clímax acaba sendo um tanto anticlimático.
Nota: 3,75

Filmes


A mosca
Primeiro filme do Cronenberg que vejo na vida e gostei bastante. Nele, um cientista desenvolve uma máquina de teletransporte, porém, ao testá-la em si mesmo, não nota a presença de uma mosca e acaba se transformando em uma fusão de ser humano e mosca. Eu esperava algo mais esquisito, talvez, mas talvez não tivesse gostado tanto se ele fosse mais estranho do que é.
Nota: 3,75


O poderoso chefão
Sempre tive preguiça de ver esse filme porque ele é comprido, mas a verdade é que, enquanto assistia, mal vi o tempo passar e me senti até com vontade de assistir ao segundo filme, vontade que logo morreu ao ver que ele é ainda mais comprido.
Nota: 4


Donnie Darko
Um adolescente meio desajustado passa a ter visões com um misterioso homem vestido de coelho, que diz que o mundo vai acabar e passa a lhe dar ordens. É um filme um tanto estranho, às vezes confuso, mas bastante interessante.
Nota: 4


Para todos os garotos que já amei
Já tinha lido o livro que inspirou o filme e estava curiosa para ver a adaptação. O filme é adorável como o livro. Nele, Lara Jean tem o hábito de escrever cartas de amor para seus crushes, que incluem seu melhor amigo e ex-namorado de sua irmã. As cartas são uma espécie de desabafo, e ela não tem a intenção de que sejam lidas, mantendo-as escondidas em uma caixa. Porém, alguém as envia e ela se vê confrontada pelo melhor-amigo-e-ex-da-irmã, o que a leva a fingir um namoro com Peter, outro dos garotos que recebeu a carta. E é claro que o namoro falso leva a sentimentos verdadeiros. Em geral, acho o fake dating algo meio forçado, mas é divertidinho e o casal principal é fofo, embora ache que no filme o relacionamento não seja tão bem construído. As pessoas da internet ficaram completamente apaixonadas pelo Peter Kavinsky, mas não vejo nada de muito especial nele. A melhor personagem, no livro e no filme, é a irmã mais nova da protagonista.
Nota: 3,5

Aquisições

Teve a Bienal do Livro e isso significa comprar um monte de livros baratinhos mesmo sem saber muita coisa sobre eles!


Comprei A ilustre família do ministro Ahuja de impulso, porque a capa me chamou atenção e a sinopse parece interessante. O resto são livros que eu já tinha curiosidade de ler em maior ou menor grau.


Essas foram as compras da minha irmã, que estava mais consumista do que eu no dia, o que é uma raridade. Quero muito ler o da Ali Smith.


E essas são mais compras da minha irmã. Não sei muito sobre os livros, mas li a sinopse de As mães ao tirar a foto e fiquei curiosa.


Por último, ganhei esse livro em um sorteio no curso sobre o Tolkien que fiz. Tinha tantos livros para sorteio que acho que quase todos os alunos ganharam, hahaha.

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E foi isso!