quinta-feira, 28 de julho de 2016

Livro: O mundo se despedaça

Título: O mundo se despedaça
Título original: Things Fall Apart
Autor: Chinua Achebe
Tradutora: Vera Queiroz da Costa e Silva
Editora: Companhia das Letras

Faz bastante tempo que tenho vontade de ler esse livro, um clássico da literatura nigeriana. Ele é protagonizado por Okonkwo, um homem muito respeitado em seu clã, que construiu com as próprias mãos sua riqueza e sua reputação de guerreiro, garantindo uma posição de prestígio em Umuófia. No entanto, ele cai em desgraça perante a tribo e é obrigado a se exilar por alguns anos, durante os quais ele só pensa em seu regresso ao lar e em reconstruir o que perdeu. Porém, com a chegada dos colonizadores brancos na região, as coisas começam a mudar rapidamente e Okonkwo, apegado às tradições, é um dos que mais sofre para se adaptar.

O livro mergulha fundo na cultura ibo, exibindo seus costumes e crenças: rituais, festas, casamentos, provérbios, a hierarquia, o trabalho, o relacionamento dentro das famílias e do clã. E apesar de a tribo viver em aparente harmonia, o autor não deixa de nos mostrar as fissuras que há naquela sociedade, sem adotar uma visão maniqueísta de nativos bonzinhos e colonizadores malvados ou vice-versa.

É uma leitura muito interessante, embora em alguns momentos eu tenha me cansado um pouco das descrições do cotidiano da tribo e tenha desejado um pouco mais de ação, que só começa depois da metade do romance. Apesar de a tensão entre os ibos e os europeus ser o grande tema da obra, ela ocupa relativamente pouco do livro.

Livro lido para o Desafio Volta ao Mundo (Nigéria).

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Anime: Mahou Shoujo Madoka★Magica


Título original: Mahou Shoujo Madoka★Magica
Título alternativo: Puella Magi Madoka Magica
Estúdio: Shaft
Diretor: Akiyuki Shinbou 
Ano: 2011
Nº de episódios: 12

Depois de muito ler comentários e resenhas sobre esse anime, adorado por muitos e odiado por outros tantos, finalmente decidi assistir. Considerado por alguns uma desconstrução do gênero mahou shoujo (garotas mágicas), o anime é sobre Madoka Kaname, uma menina normal, meio tímida, que não se destaca muito. A história começa de forma tradicional: há um sonho estranho, uma nova aluna misteriosa e o encontro com uma pequena criatura mágica. Essa criatura, Kyuubey, propõe a Madoka que ela se transforme em uma garota mágica para lutar contra bruxas. Em troca, ele concederia a ela um desejo. Sem saber o que pedir, Madoka e sua amiga Sayaka hesitam em tomar a decisão e passam a acompanhar o trabalho de Mami, uma garota mágica, descobrindo todo um novo mundo repleto de mistérios e perigos.

À primeira vista, o anime parece fofo e alegre, com menininhas cabeçudas de traços arredondados e cores delicadas, mas logo o lado sombrio de ser uma garota mágica vai se revelando. Apesar de eu já saber vários spoilers da história, acabei me surpreendendo em alguns momentos e ficando incrivelmente angustiada com os rumos do enredo. Sabe quando você termina um episódio com o coração apertado e certo vazio existencial? Me senti assim em alguns momentos enquanto assistia ao anime. Por mais que algumas cenas estejam ali só para provocar choque nos espectadores, eu me deixei chocar. E foi bom.

A história é bastante envolvente e me deixou colada na tela, ansiosíssima para descobrir o que vinha a seguir, tanto que acabei assistindo metade do anime em um dia, o que é muito para os meu padrões. Porém, como quase sempre acontece em obras desse tipo, a maioria das revelações me decepcionou um pouco, e quando paro para pensar melhor, acho as coisas meio forçadas.

Também considero as personagens um dos pontos fracos do anime. Elas não são muito bem desenvolvidas, pois, apesar de passarem por mudanças durante a série, essas mudanças são bruscas demais e não dá muito tempo para se apegar, afinal, o anime tem apenas 12 episódios. No entanto, não se apegar não é um problema. O impacto emocional ainda foi imenso, gostando ou não das personagens.

A parte visual do anime é muito interessante, com prédios modernosos de vidro muito estranhos nas cenas cotidianas e paisagens surreais e assustadoras muito interessantes quando as bruxas entram em ação. A trilha sonora é bastante eficiente, com músicas que conseguem transmitir uma sensação de encantamento, tristeza e estranhamento ao mesmo tempo. A abertura pop e o encerramento meio gothic metal(?) definitivamente não são o tipo de música que eu ouviria normalmente, mas funcionam tão bem na série que acabei gostando.

Apesar dos defeitos que apontei, gostei muito de Madoka. Agora só falta assistir aos três filmes e sofrer um pouquinho mais. ;)

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Livro: Os crimes ABC

Título: Os crimes ABC
Título original: The ABC Murders
Autora: Agatha Christie
Tradutor: Rocha Filho
Editora: Record

Estava cogitando nem ler nada para o tema do Desafio Skoob de julho, serial killer, porque não me veio nenhuma ideia na cabeça além dos livros sobre o Hannibal Lecter, que infelizmente não estão disponíveis nas bibliotecas daqui e não estou a fim de comprar. Então decidi ler um livro que estava na lista de quero ler faz muito, muito tempo e que não sairia dela tão cedo se não fosse por desafios literários.

Não sou a maior fã da Agatha Christie. Dos quatro livros que li dela em tempos recentes, um foi tão descartável que nem lembro direito do título, um foi ok, mas abaixo das expectativas, um foi legal durante a leitura, mas esquecível, e apenas um foi realmente envolvente e divertido (resenhei aqui). Mesmo assim, continuo decidida a dar mais chances à escritora e, assim, li Os crimes ABC.

No livro, um assassino escolhe suas vítimas de acordo com a ordem alfabética: primeiro ele mata alguém com um nome que começa com A em uma cidade cujo nome também começa com A. Depois é a vez da letra B, depois da C etc. Antes de cometer os crimes, ele manda uma carta a Poirot, avisando o dia e a cidade escolhidos. A polícia e os jornais logo se convencem de que o assassino é um psicopata frio e calculista, mas Poirot suspeita de que há algo estranho por trás de tudo.

O livro segue a fórmula do romance policial típico (crime acontece, Poirot e o amigo Hastings vão ao local investigar e interrogar o pessoal), com algumas diferenças, como os capítulos narrando as ações do Sr. ABC entremeados aos da narrativa de Hastings e a iniciativa de Poirot de juntar um grupo com os familiares da vítima para auxiliar na investigação. Como são vários crimes, em certo ponto os personagens começam a se acumular a as coisas ficaram meio confusas para mim, a mestre em esquecer que personagem é quem, mas ainda assim, achei as reuniões dos familiares as partes mais interessantes do livro.

Como sempre, a resolução do crime me surpreendeu bastante, mas ao mesmo tempo achei meio decepcionante. Ou seja, o livro tem seus diferenciais e é interessante acompanhar a investigação, mas o final não é dos mais empolgantes.

Lido para o Desafio Skoob, tema: livro com serial killer.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Livro: As preces são imutáveis

Título: As preces são imutáveis
Título original: Dualar Kalicidir
Autor: Tuna Kiremitçi
Tradutor: Marco Syrayama de Pinto
Editora: Sá Editora

Atendendo a um anúncio no jornal, a jovem Pelin conhece Rosella, uma senhora que se refugiou em Istambul durante a Segunda Guerra Mundial e lá viveu alguns dos momentos mais significativos de sua vida. Com receio de esquecer a língua turca e, consequentemente, as lembranças associadas a ela, Rosella busca alguém com quem conversar para manter o idioma fresco em sua memória. Contando sua história ao estilo de Sherazade, parando em pontos cruciais para manter o interesse e incentivar Pelin a também contar sua história, ela narra seu passado para a garota.

Sempre me interesso por livros que tratam de amizades pouco convencionais, principalmente entre pessoas de idades bastante diferentes, e achei muito interessante o desenvolvimento da relação entre as duas protagonistas. Pelin no início reluta em aceitar o pedido de Rosella e se mostra pouco disposta a revelar mais de sua vida para a senhora, mas, seduzida pela história de vida da amiga, aos poucos vai ficando à vontade para conversar livremente sobre assuntos variados, de sua vida cotidiana e as bandas de que gosta a lembranças de Istambul.

O romance é todo composto por diálogos entre as duas personagens, o que é uma escolha interessante para um livro sobre a importância da língua e da conversa e combina perfeitamente com a proposta de Rosella para Pelin, mas senti um pouco de falta de um narrador que descrevesse ambientes e ações, nem que fosse um pouquinho. Por mais que as conversas sejam interessantes, achei que as coisas ficaram um pouco vagas só com os diálogos.

Para quem se interessou, a Michelle do blog Resumo da Ópera escreveu uma ótima resenha do livro. Leiam!

Livro lido para o desafio Volta ao Mundo em 80 Livros, representando a Turquia.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Livro: The Witch of Blackbird Pond

Título: The Witch of Blackbird Pond
Autora: Elizabeth George Speare
Editora: Yearling

Kit Tyler deixa Barbados, sua terra natal, para viver com a tia em Wethersfield, na colônia de Connecticut. Criada com liberdade pelo avô, seus hábitos chocam a sociedade puritana do local, que a vê com desconfiança. Desacostumada com a rotina pesada de trabalho, com os longos sermões na igreja, sem tempo para o lazer e sem lugar para pequenos luxos, Kit se sente infeliz e solitária. É apenas quando começa a fazer as coisas do seu jeito e conhece Hannah, uma mulher excluída pela comunidade, conhecida como a Bruxa de Blackbird Pond, que ela começa a ser feliz. Porém, em uma sociedade tão conservadora, esse comportamento gera suspeita e coloca Kit em perigo.

Publicado em 1958, esse livro infantojuvenil é bastante popular nos EUA e foi premiado com a Medalha Newberry, um dos mais prestigiosos prêmios americanos para livros infantis. Ambientado na Nova Inglaterra do século XVII, ele mostra como era a vida na sociedade da época pelos olhos de alguém de fora. Além do cotidiano árduo e da questão religiosa, o livro também aborda algumas das tensões políticas que afetavam os habitantes da região, divididos entre os fiéis ao rei da Inglaterra e os que desejavam maior autonomia para as colônias.

A intolerância também é um tema importante desde o início. Kit é julgada o tempo todo por seu comportamento diferente, seja ao mergulhar no rio ou ao tentar ensinar as crianças de forma mais divertida. Já Hannah, a "bruxa", vive isolada do resto da comunidade por ter uma religião diferente e, quando uma doença misteriosa começa a atacar os habitantes locais, passa a ser vista como a culpada de tudo.

Os personagens são cativantes e, em sua maioria, têm um bom desenvolvimento. Apesar de bastante focado no romance, afinal, naquela época a vida de uma mulher dependia do casamento, foram os relacionamentos familiares que me conquistaram no livro. Achei fascinante ver Kit lentamente encontrando seu lugar entre os tios e as primas, provando a eles seu valor.

Com um estilo bastante agradável de ler, a autora conseguiu das vida à ambientação histórica e dar graça ao cotidiano muitas vezes monótono dos personagens, mantendo um realismo pé-no-chão sem perder o encantamento da narrativa. 

Livro lido para o Desafio Livrada! no tema ficção histórica.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

HQ: Pílulas azuis

Título: Pílulas azuis
Título original: Pilules bleues
Autor: Frederik Peeters
Tradutor: Fernando Scheibe
Editora: Nemo

Pílulas azuis é uma graphic novel autobiográfica que conta sobre o relacionamento de Frederik Peeters com Cati, uma mulher soropositiva que tem um filho também soropositivo. Após se encontrarem algumas vezes em festas de amigos em comum ao longo dos anos, eles começam a namorar. No início receoso, cheio de dúvidas a respeito do vírus, Frederik supera o medo e aos poucos percebe que é possível viver uma vida normal com o HIV.

Bastante informativo, o livro mostra que apesar de o HIV ter deixado de ser o grande monstro desconhecido e destrutivo que foi no passado, ainda há bastante ignorância e desinformação em relação ao vírus, que, graças à medicina atual, é controlável. Mesmo com esse caráter informativo, a HQ não fica parecendo aulinha de ciências e introduz as informações de maneira natural e nada maçante.

Porém, mais do que um livro sobre a AIDS, esse é um livro sobre um relacionamento amoroso, com todas suas adversidades e seus bons momentos.

Livro lido para o desafio Volta ao Mundo em 80 Livros, representando a Suíça.

sábado, 2 de julho de 2016

Randomicidades do mês: junho/2016

Livros


Musashi: O vento, O céu (vol. 2) - Eiji Yoshikawa
Não gostei tanto desse volume. Pode ser porque eu estava viajando quando comecei a ler e nunca consigo me concentrar tão bem na leitura quando não estou em casa, mas também pode ser porque esse volume foca mais no Musashi em seu caminho como guerreiro e deixa as tramas paralelas meio de lado. Senti falta da Otsu e do Joutaro.
Nota: 3


Extraordinário - R.J. Palacio
Esse livro é fofo, mas, por mais que eu entenda a intenção de narrar a partir de diferentes pontos de vista, preferia que ele fosse narrado só pelo Auggie mesmo, porque alguns narradores me pareceram dispensáveis. Gostei do livro, embora às vezes o ache gentil demais para o meu gosto.
Nota: 3,5


Vernon God Little - D.B.C. Pierre
Nota: 3,75


As coisas - Georges Perec
Nota: 3,5


The Witch of Blackbird Pond - Elizabeth George Speare
Vou resenhar em breve.
Nota: 3,5


Musashi: As duas forças, A harmonia final (vol. 3) - Eiji Yoshikawa
Volume final da série. Gostei bastante dos livros, mas o que me cativou neles não foi a parte da ação e do aprimoramento de Musashi como guerreiro, que é o principal, mas sim as narrativas paralelas dos personagens coadjuvantes. Me diverti bastante com as várias reviravoltas da história, todos os encontros e desencontros (o livro faz parecer que o Japão é minúsculo, pois os personagens vivem se encontrando inesperadamente). Achei o Musashi um personagem bem sem sal. O livro também mostra um pouco da história da época, com a presença de personagens históricos e referências a acontecimentos reais, mas esse não é meu período histórico preferido, então nem prestei muita atenção nessas partes.
Nota:

Quadrinhos


O outro cão que guarda as estrelas - Takashi Murakami
Não pretendia ler esse volume, porque o primeiro é uma história bem fechadinha e eu achava que uma continuação era desnecessária (além disso, um dos cachorros protagonistas é um pug, e eu sou racista quando se trata de cachorro e acho pugs feios). Mas aí li umas resenhas elogiosas, vi o mangá com um desconto razoável e acabei comprando. Não me arrependi. Esse mangá é tão bom quanto o seu predecessor e, ao mesmo tempo que apresenta histórias novas, faz referências às histórias anteriores, fechando tudo de maneira muito bonita.
Nota: 4


Pílulas azuis - Frederik Peeters
Vou resenhar em breve.
Nota: 3,75


Gen (volumes 4 e 5) - Keiji Nakazawa
Eu achava que, passados os primeiros efeitos da bomba, a história de Gen começaria a se arrastar e a se tornar repetitiva e monótona, mas parece que me enganei, pois esses dois volumes conseguem criar novos conflitos, mostrar as consequências secundárias da bomba, com todas as mudanças históricas, e mostrar como os personagens tentam voltar a uma vida normal, sempre mantendo sua mistura entre momentos de partir o coração com momentos mais leves, descontraídos e esperançosos.
Nota: 4,25 para o volume 4 e 3,75 para o volume 5


Hourou Musuko - Takako Shimura
Finalmente acabei! É complicado ler mangás relativamente longos no computador, o ritmo de leitura sempre acaba sendo irregular. Como já resenhei o anime aqui, não vou me prolongar apresentando o mangá, que é basicamente um coming of age que aborda transexualidade, identidade de gênero e sexualidade, entre outros temas. O anime se inicia in media res e tem um final mais ou menos aberto, já o mangá é bem mais longo, acompanhando os personagens da pré-adolescência até o final do ensino médio, explorando mais profundamente as questões que propõe. O que mais gostei no mangá é que ele apresenta um grupo bastante variado de personagens no quesito sexualidade/identidade de gênero e não julga nenhum deles. Spoiler: Antes de terminar o mangá, após ler alguns comentários, eu fiquei com a impressão de que no final aconteceria aquilo de "foi só uma fase" e os personagens não seriam realmente transgêneros, o que me deixaria um pouco frustrada. Felizmente eu me enganei, pois a protagonista realmente é trans e uma amiga dela aparentemente também é, mas uma outra amiga, que desde o começo parecia se sentir desconfortável em ser menina e gostava de se vestir de maneira mais masculina, passou a se sentir à vontade com seu corpo e se aceitou como mulher. O mangá trata a decisão dela e das outras com naturalidade, sem apontar dedos ou levantar bandeiras. Fim do spoiler. Assim como o anime, o mangá é super gostosinho de acompanhar, e a arte é simples e fofa. Minha crítica é que às vezes a história se arrasta demais e mais tarde, quando se aproxima do fim, ela avança rápido demais, pulando longos períodos de tempo. Acho que o final perde um pouco da força por causa disso.
Nota: 4

Animes e séries


Poyopoyo Nikki Kansatsu
Na verdade terminei esse anime em maio, mas esqueci de comentar sobre ele nas randomicidades passadas. Desculpa, Poyo! Bem, esse é um anime curtinho, com episódios de cerca de três minutos, sobre um gato redondo gorducho e sua família. As histórias são simples e divertidas e transmitem uma sensação de bem-estar. O Poyo é imensamente fofo e dá uma vontade de apertar! Para quem gosta de assistir alguma coisa curta para passar o tempo, recomendo!
Nota: 3,75


Michiko to Hatchin
Nota: 3,5


Kanojo to Kanojo no Neko: Everything Flows
Mais um anime sobre gato. Esse aqui é uma recriação de um curta do Makoto Shinkai e conta sobre a vida de um gato e sua dona. Com quatro episódios de sete minutos cada, o anime é narrado pelo gato, que nos apresenta a sua dona, uma jovem lidando com os problemas do início da vida adulta. É um anime bonito e poético.
Nota: 3,75


Master of None
Série da Netflix que comecei a ver porque minha irmã começou a ver. Achei legal, mas nada muito espetacular. Ela aborda uns assuntos bem atuais (alguns interessantes, outros nem tanto). É boa para passar o tempo.
Nota: 3,5


Six Feet Under
Depois de alguns meses, finalmente terminei de assistir! Essa é uma série da HBO transmitida entre 2001 e 2005. Ela é protagonizada pela família Fisher, proprietária de uma funerária. Após a morte do patriarca, Nate, o primogênito, volta à cidade natal e assume sua parte no negócio familiar. Cada episódio da série se inicia com a morte de uma pessoa, que se tornará cliente da funerária. Em geral essas mortes se relacionam com o tema geral do episódio, embora eu sinta que os mortos eram mais influentes nas duas primeiras temporadas e foram perdendo peso à medida que os personagens mergulham cada vez mais nos próprios dramas. Uma pena, eu gostava muito dos diálogos entre os personagens e os mortos. Em geral, as duas primeiras temporadas são as mais bem avaliadas, e eu entendo o porquê, mas achei as temporadas finais mais maratonáveis, talvez porque tenham alguns dramas mais novelescos, hahaha. A série tem ótimos personagens (às vezes você os ama, às vezes os odeia), diálogos excelentes e algumas cenas lindas demais.
Nota: 4,5

Comecei a assistir: Chef's Table, Aggressive Retsuko

Filmes


Rashomon
Visto (atrasado) para o clube do filme. Do Kurosawa eu só tinha visto Os sete samurais, que adorei e que me deixou com muita vontade de ver outros filmes do diretor. Acho que eu já li os contos que inspiraram o filme, mas não me lembro de nada, então a história do filme foi razoavelmente nova para mim. Gostei do filme, mas esperava um pouco mais. Achei meio arrastado.
Nota: 3,5


Os excêntricos Tenenbaums
Gosto bastante dos filmes do Wes Anderson, mesmo tendo visto apenas dois (acho). Adoro filmes sobre famílias peculiares, e achei esse bastante divertido.
Nota: 4


Kes
Quando eu era mais nova, vi esse filme na locadora e fiquei com vontade de ver só porque tinha um falcão na capa, e eu adorava filmes de animais. Demorei apenas mais de uma década para finalmente assistir (motivada talvez pelo fato de um dos personagens de Os excêntricos Tenenbaums ter um falcão). O filme é sobre um menino que começa a treinar um falcão. Em meio à sua vida sem perspectivas, sendo maltratado em casa e na escola, a ave é a única coisa que traz felicidade a ele. É um bom filme. Adorei a cena do futebol.
Nota: 3,5

Jogos

Momento para fazer propaganda dos joguinhos que eu criei no Sporcle: o Sporcle é um site de jogos variados, de testes como "Que países fazem fronteira com o Brasil?" a "Liste todos os pokémons da primeira geração". Recentemente comecei a criar meus próprios testes e claro que comecei pelos meus preferidos: adivinhe a música!

Meu primeiro teste criado foi de trilha sonora de animação. É bem curtinho. Para jogar, basta clicar em "Play", botar a música para tocar e digitar a resposta na caixa de texto (o título pode ser em inglês ou na língua original do filme). Por enquanto, ninguém que fez o teste conseguiu resultados muito bons, acho que escolhi filmes um pouco difíceis... mas joguem, por favor! E me digam se acharam difícil ou não.

O segundo teste não vai interessar ninguém, provavelmente, porque foi de músicas do Andrew Bird. E o terceiro é de músicas de anime.

Aquisições

Comprei um monte de coisas em junho. Vou tentar me controlar nos próximos meses (ou não).


Completei a coleção de Gen! Vi os mangás com 50% de desconto e não resisti.


Comprei o primeiro volume de Os mundos de Crestomanci porque novamente vi o livro disponível em uma máquina no metrô, yay! O Canadá e o Just Kids foram comprados em um sebo aqui perto de casa que só descobri agora. Li algumas resenhas muito elogiosas de ambos, então estou animada para ler. Half of a yellow sun foi compra da minha irmã.

É isso, o post ficou comprido demais, desculpa.