Título original: Dualar Kalicidir
Autor: Tuna Kiremitçi
Tradutor: Marco Syrayama de Pinto
Editora: Sá Editora
Atendendo a um anúncio no jornal, a jovem Pelin conhece Rosella, uma senhora que se refugiou em Istambul durante a Segunda Guerra Mundial e lá viveu alguns dos momentos mais significativos de sua vida. Com receio de esquecer a língua turca e, consequentemente, as lembranças associadas a ela, Rosella busca alguém com quem conversar para manter o idioma fresco em sua memória. Contando sua história ao estilo de Sherazade, parando em pontos cruciais para manter o interesse e incentivar Pelin a também contar sua história, ela narra seu passado para a garota.
Sempre me interesso por livros que tratam de amizades pouco convencionais, principalmente entre pessoas de idades bastante diferentes, e achei muito interessante o desenvolvimento da relação entre as duas protagonistas. Pelin no início reluta em aceitar o pedido de Rosella e se mostra pouco disposta a revelar mais de sua vida para a senhora, mas, seduzida pela história de vida da amiga, aos poucos vai ficando à vontade para conversar livremente sobre assuntos variados, de sua vida cotidiana e as bandas de que gosta a lembranças de Istambul.
O romance é todo composto por diálogos entre as duas personagens, o que é uma escolha interessante para um livro sobre a importância da língua e da conversa e combina perfeitamente com a proposta de Rosella para Pelin, mas senti um pouco de falta de um narrador que descrevesse ambientes e ações, nem que fosse um pouquinho. Por mais que as conversas sejam interessantes, achei que as coisas ficaram um pouco vagas só com os diálogos.
Para quem se interessou, a Michelle do blog Resumo da Ópera escreveu uma ótima resenha do livro. Leiam!
Livro lido para o desafio Volta ao Mundo em 80 Livros, representando a Turquia.
Amizades improváveis <3
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