Livros
The Hobbit
– J.R.R. Tolkien
Reli esse livro depois de muito tempo. É o tipo de livro do
qual eu achava que não lembrava nada, mas que, à medida que ia lendo, ia
lembrando do que acontecia a seguir. Gosto do tom mais infantil e leve se
comparado a O Senhor dos anéis, apesar de ter achado algumas das aventuras meio
sem graça.
Nota: 3,5
Um copo de cólera – Raduan Nassar
Esse livro foi uma grande decepção. Primeiro porque ele é
escrito em longos períodos ininterruptos, o que torna a leitura confusa e cansativa.
E segundo, porque o livro é chato mesmo. Ele mostra o encontro de um casal que
se inicia tranquilo e depois vira uma discussão violenta, com insultos voando
para todos os lados. O capítulo com a briga é o mais extenso de todos, o que
significa que temos pensamentos raivosos e troca de xingamentos sem pausas para
respirar. Eu não estou no momento para esse tipo de leitura porque ando bem
raivosa, e de longos pensamentos cheios de ira já bastam os meus. Além disso,
sou burra, não entendi o livro.
Nota: 2,0
Diary of a Murderer and other stories – Young-Ha Kim
A novela que dá título ao livro é inspirada num caso real,
que inclusive inspirou o filme Memórias de um assassino do Bong Joon-ho, e
conta a história de um serial killer idoso, com Alzheimer, que começa a
esquecer das coisas. A história tem um toque de humor negro que me agradou, mas
o narrador nada confiável me frustrou um pouco. Os outros contos seguem um
pouco nessa linha: temas meio sombrios e personagens perdidos na vida.
Nota: 3,5
Quarto de despejo – Carolina Maria de Jesus
Esse diário mostra a vida da autora na favela do Canindé, na
São Paulo dos anos 50. Em situação de extrema pobreza, o assunto mais comum é a
dificuldade em arranjar comida e dinheiro para garantir a sobrevivência dela e
dos filhos. É um relato seco, escrito em estilo simples e direto, e se torna um
tanto repetitivo com o tempo (o que de certa forma aumenta a sensação de
desespero, de que os dias são todos iguais em uma repetição sem fim). É um
livro importante, e é impressionante que tenha sido escrito e publicado,
considerando-se que a autora teve pouco estudo e todas as dificuldades pelas
quais passou. Eu esperava um pouco mais de aprofundamento na vida da Carolina e
no seu relacionamento com os outros da favela, senti falta disso.
Nota: 3,5
Todas as cores do céu – Amita Trasi
Livro indiano em que uma mulher volta a Mubai depois de
viver nos EUA para procurar pela amiga, que foi sequestrada há anos. A trama
geral me lembrou O caçador de pipas, mas não lembro muito bem da história dele,
então pode ser só impressão. Meu interesse pela história oscilou um pouco
durante a leitura.
Nota: 3,0
Look Back
In Anger – John Osborne
Peça sobre um casal de classes sociais diferentes. Ele é um
cara com opinião sobre tudo, que vive irritando a esposa e sente que ela é
acomodada e sem entusiasmo. Ele é um personagem extremamente chato, e
acompanhar sua verborragia foi difícil.
Nota: 2,0
O enterro das minhas ex – Gauthier
Reli esse quadrinho e achei bem simpático. Ele mostra os
relacionamentos da autora com todas as meninas de quem gostou, de paixonites
bobas pela garota descolada da escola a uma amizade com algo a mais na
adolescência. Gosto do traço simples e do tom meio cômico, apesar do foco nas
desilusões amorosas.
Nota: 3,5
Todos nós adorávamos caubóis – Carol Bensimon
Duas amigas se reencontram após anos e partem numa viagem
por cidadezinhas gaúchas, passando por atrações turísticas e hotéis baratos,
enquanto fogem de seus problemas e relembram o passado. Gostei bastante da
escrita da autora e dos cenários por onde as personagens passam, mas não é um
livro muito memorável. Achei interessante que, apesar de eu só ter ido ao RS
uma vez, para Gramado, um dos lugares que as personagens visitaram foi o cânion
de Itaimbezinho, que vi em minha viagem. É sempre legal ver lugares que você
conhece nos livros.
Nota: 3,25
O senhor dos anéis: a sociedade do anel – J.R.R. Tolkien
Gosto muito de O Senhor dos Anéis, mas confesso que os livros
me dão uma certa preguiça, pois são longos, com descrições enfadonhas e
detalhes desnecessários sobre o universo criado. Esse primeiro volume realmente
tem trechos bem chatos (como a maior parte da jornada dos hobbits antes de
encontrarem o Aragorn), mas também tem momentos muito bons. Como eu não relia o
livro faz um bom tempo, estava empolgada para chegar nas minhas partes preferidas
e reencontrar alguns personagens.
Nota: 4,0
Animes e séries
Planetes
Anime futurista sobre uma equipe que recolhe lixo espacial.
O início, mais episódico, é mais descontraído e tem ótimos episódios, alguns
cômicos e outros melancólicos. Mais para a frente, a trama se torna mais séria,
com discussões políticas sobre o uso de recursos espaciais pelos países ricos,
o que é interessante, mas achei que a série propôs uma solução simplista demais
(e o protagonista estava insuportável durante essa parte da história). No
geral, é um anime muito bom, mas meio desconjuntado.
Nota: 4,0
Avatar: a lenda de Korra
É difícil comentar sobre a série sem compará-la com sua
predecessora. Sinto que ela é mais irregular, com problemas de ritmo e boas
ideias subaproveitadas. Gosto bastante do conflito da primeira temporada, de
não-dobradores se revoltando contra dobradores, mas a resolução do problema
deixou a desejar e o assunto não foi mais abordado no resto da série. Alguns
episódios foram muito bons, como os do primeiro avatar e boa parte da terceira
temporada, outros nem tanto, como o início da segunda temporada, mas no geral
me diverti bastante com a série e gostei do que ela acrescenta ao universo de
Avatar.
Nota: 3,5
Skate-Leading Stars
Um promissor patinador larga o esporte após perder para o
maior rival. Anos depois, ele é incentivado a se juntar a uma equipe de
skate-leading, disciplina com elementos da patinação sincronizada, pares e
singles, para enfrentar seu rival no novo esporte. Como fã de patinação no
gelo, não pude deixar de conferir esse anime, mas a parte do esporte é
decepcionante. Muito pouco é mostrado das apresentações, e as competições têm
pouca tensão. O protagonista é chatinho e os personagens secundários não têm
muita profundidade, mas até que gosto de alguns deles.
Nota: 2,75
2.43: Seiin Koukou Danshi Volley-bu
Depois de virar fã de Haikyuu!!, resolvi dar uma chance a
esse novo anime de vôlei. Achei curioso o quanto o protagonista lembra o
Tsukishima em aparência e o Kageyama em personalidade, mas o anime em si é bem
diferente de Haikyuu!!, focando um pouco menos no esporte e mais no drama. Eu o
achei meio irregular. Ele levanta algumas questões e as deixa de lado e não tem
personagens tão interessantes, além de ser um pouco anticlimático em alguns
momentos.
Nota: 3,25
Hakaba Kitarou
Adaptação de 2008 do mangá homônimo que mostra as aventuras
de Kitarou, o último da tribo dos fantasmas. As histórias são bem aleatórias, e
a maioria não me agradou tanto assim. Gostei do visual retrô, que imagino ser
bem fiel ao mangá.
Nota: 2,75
Tamayura: hitotose
Depois de ver o OVA, continuei acompanhando o cotidiano da
Fuu e de suas amigas em sua cidadezinha tranquila. Gosto bastante de vários
elementos do anime: o cenário é agradável, mostra bastante comida, tem um bom
equilíbrio entre momentos calmos e cômicos. O problema é que às vezes eu o acho
açucarado demais e isso começou a me incomodar um pouco mais para o fim da
série.
Nota: 3,25
Wonder Egg Priority
Uma adolescente solitária cuja amiga cometeu suicídio
descobre um estranho universo em que ela precisa proteger garotas de criaturas
malignas e em troca ganha a chance de rever a amiga ao fim da missão. Com um
visual vibrante, animação acima da média e uma história instigante que toca em
muitos temas pesados, WEP foi a surpresa da temporada. Gostei especialmente do
relacionamento entre o quarteto central de personagens. Infelizmente o anime
teve problemas na produção e só terá o episódio final lançado daqui a alguns
meses.
Nota: 4,0
Filmes
Bela vingança
Uma mulher vai em busca de vingança contra os envolvidos no
estupro de uma amiga da faculdade. Assisti ao filme sem saber nada sobre ele e
gostei bastante, fiquei bem envolvida pela história.
Nota: 3,75
Para todos os garotos: agora e para sempre
Terceiro e último filme da série. Nele, Lara Jean se vê
diante do dilema de estudar numa universidade longe do namorado. O filme é
bonitinho, mas não muito mais que isso. Inclusive, ele tem umas cenas que
parecem estar lá só pela estética, o que me irritou. A trama é previsível e
continuo achando o Peter um chato. Deviam fazer um filme focado na Kitty, a
irmã mais nova, porque ela é a melhor personagem.
Nota: 2,75
A perfectly normal family
Filme dinamarquês que mostra o relacionamento de uma família
em que o pai se assumiu como mulher trans. Com foco na filha mais nova, o filme
mostra a dificuldade em lidar com a situação e a lenta adaptação de todos à
mudança. Gostei mais do que esperava.
Nota: 3,5
Dead Pigs
O filme entrelaça as histórias de um criador de porcos
endividado, uma dona de salão de beleza que se recusa a vender sua casa para
uma construtora, um arquiteto americano, uma jovem rica e um garçom que se
apaixona por ela, mostrando os efeitos do capitalismo e da industrialização na
sociedade chinesa. Ele apresenta personagens excêntricos e situações
inusitadas, e tem um humor peculiar que me agradou bastante.
Nota: 4,0
Digger
Filme grego sobre a relação entre um pai, que resiste a
vender suas terrar a uma mineradora, e seu filho, que ele não vê há anos e
voltou para exigir sua parte da propriedade. Achei interessante ter visto dois
filmes seguintes com temas meio parecidos (só faltava ter visto Aquarius).
Gostei do filme, mas achei meio arrastado.
Nota: 3,25
Wolfwalkers
Uma garota e seu pai, um caçador, se mudam para uma cidade
irlandesa que vive com medo dos lobos da floresta. Empolgada para ajudar o pai
no serviço de exterminar os lobos, a menina se aventura pela floresta e conhece
uma garota um tanto selvagem. Como nos outros filmes do Tomm Moore, o visual é
espetacular, especialmente nos cenários. É uma estética que me agrada muito e
que me dá vontade de enquadrar várias cenas. A história é interessante, mas,
como nos outros filmes do diretor, não é tão marcante quanto o visual.
Nota: 4,0
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