Título original: The Painter of Signs
Autor: R. K. Narayan
Tradutora: Léa Nachbin
Editora: Guarda-chuva
Em Malgudi, uma pequena cidade indiana, Raman trabalha como pintor de letreiros. Zeloso com seu trabalho, ele leva uma vida tranquila circulando por aí em sua bicicleta em busca de novos clientes ou para cobrar o pagamento de trabalhos antigos. Solteiro, ele tenta levar uma vida longe das tentações carnais. Tudo muda quando ele conhece Daisy, uma mulher moderna e decidida, árdua defensora do controle da natalidade e do planejamento familiar. Claro que assim que Raman a vê pela primeira vez, ele não consegue tirá-la da cabeça.
O romance expõe o conflito entre tradição e modernidade na Índia dos anos 1970. Raman gosta de se imaginar como um homem moderno e sensato, um livre-pensador, no entanto, seu relacionamento com Daisy e com a tia com quem vive nos revela que ele está mais preso a tradições (e ao machismo) do que acredita.
O livro tem uma boa dose de humor, geralmente devido à imaginação desenfreada do protagonista, que vive imaginando situações hipotéticas, interpretando os acontecimentos de maneiras estranhas ou teorizando sobre assuntos aleatórios na cabeça.
O pintor de letreiros é um livro bem-humorado, com um tom leve, um protagonista meio patético e personagens femininas interessantes. O Narayan não é um autor muito conhecido aqui no Brasil, apesar de razoavelmente famoso no mundo anglófono, e depois dessa leitura, fico me perguntando por quê. De qualquer forma, a editora Guarda-chuva publicou outros livros dele aqui no Brasil, então vale a pena dar uma olhada neles.
Lido para o Desafio Volta ao Mundo (Índia).
Lido para o Desafio Volta ao Mundo (Índia).
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