Autor: Koushun Takami
Battle Royale é tipo um Jogos Vorazes japonês. A premissa é bem semelhante, mas a dose de violência não é tão atenuada quanto no livro americano.
A história se passa na Grande República do Leste Asiático, que é basicamente um Japão totalitário. Nesse país fechado ao resto do mundo há um tal de Programa, que consiste em fazer estudantes de uma classe sorteada participarem de um jogo em que o vencedor é aquele que consegue sair vivo. Há toda uma série de mecanismos para assegurar que os estudantes realmente tenham que se enfrentar, como um limite de 24 horas em que deve haver pelo menos uma morte, senão todos são mortos, e a diminuição progressiva da área permitida aos estudantes na ilha onde o programa acontece. Cada estudante recebe uma arma aleatória, que pode ser uma metralhadora ou, caso você tenha menos sorte, um bumerangue ou um garfo (!).
Assim, o leitor acompanha as desventuras dos 42 colegas de classe e suas estratégias de batalha na luta pela sobrevivência: há os que se desesperam e tentam preservar a vida pela violência, há os que buscam uma saída pela racionalidade e há também aqueles que entram no jogo com um certo prazer ou indiferença. É bem brutal, mas ao mesmo tempo não me pareceu tão brutal quanto deveria ser.
Comparando com Jogos Vorazes, é o tipo de livro que tem uma ótima premissa, mas que no final não entrega tudo o que promete. Battle Royale é mais cru de uma maneira positiva, mas ao mesmo tempo é escrito em um estilo meio livro-adolescente-ruim, meio fui-escrito-para-virar-filme/mangá, mas isso pode ser culpa da tradução em inglês ou coisa da minha cabeça.
A vantagem de Battle Royale é que ele tem as suas imprevisibilidades, o que torna a leitura ágil, quase corrida naquela ânsia de descobrir o que acontece depois. A desvantagem é o mal desenvolvimento da maioria dos personagens. Tudo bem que são 42, mas acho que o autor tentou demais dar profundidade e alguma significação nos atos de alguns dos personagens e não foi lá muito bem sucedido.
Para quem se interessou, há um filme e um mangá baseados no livro.
O livro é o original, e eu achei que seria muito incrível; Jogos Vorazes muito mais violento, pelos comentários. Mas sei lá, sua resenha me deixou menos empolgada XP Pelo jeito não é tão brutal como eu queria mesmo que fosse, e se a narração é fraca, só para virar filme ou sei lá o quê, para mim não vale a pena. Mas vou ler mesmo assim, quando conseguir uma cópia física; não entendo porque as editoras brasileiras não tentam pegar essa história para cá, aproveitando a onda de JV...
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirEu assisti ao filme há pouco tempo e também fiquei com essa sensação de que poderia ter sido mais bem desenvolvido. Achei que fosse um problema da adaptação, mas, pelo jeito, o problema já existia no livro. Uma pena. Ideia bacana que não foi bem explorada.
bjo
Quem primeiro Jogos vorazes ou Battle Royale?
ResponderExcluirVivi, foi Battle Royale...
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