Título: Robinson Crusoe
Autor: Daniel Defoe
Editora: Penguin Books
Nº de páginas: 318
Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi... o fato do Robinson estar todo vestido com peles! Ao ler o livro ficamos sabendo que ele próprio confeccionou as roupas com pele de cabra e eu não posso deixar de imaginar como ele não morreu de calor com uma vestimenta assim. Ele está parecendo o abominável homem das neves ou algo do tipo. E tudo isso em uma ilha tropical...
O livro é sobre... as aventuras de Robinson Crusoe, com destaque para os vinte e oito anos que ele passa em uma ilha deserta.
Contra a vontade de seu pai, Robinson deixa a Inglaterra e parte em viagens marítimas simplesmente porque ele sentia esse impulso em direção ao mar. Nessas viagens ele passa por algumas aventuras menores e acaba parando no Brasil, viva! Aqui ele se estabelece por um tempo, consegue umas boas plantações, mas como é insaciável, resolve se meter em mais uma viagem, o navio naufraga e ele se vê sozinho em uma ilha deserta.
E aí começa a parte extremamente entediante do livro. Robinson é um cara prático demais, então ele passa quase todos seus vinte e oito anos de isolamento tentando recriar na ilha o mundo que ele conhece. Ele contrói um lugar para morar, com todas as medidas de segurança para não ser encontrado, ele caça, planta, calcula como fazer suas fontes de alimento durarem, inventa todo tipo de ferramenta para auxiliá-lo em suas atividades. Tudo bem que ele tem todo o tempo do mundo nas mãos, mas às vezes simplesmente não consegui aceitar as escolhas dele. Exemplo: ele conseguiu cultivar milho. Ótimo para ele, mas o intuito dele era fazer pão com esse milho. Pão! Para isso ele tem que criar um modo de moer o milho, peneirá-lo etc. Não era muito mais fácil comer o milho cozido ou algo assim?
Quando ele não está criando parafernálias, ele está divagando sobre sua vida e aí entra uma parte meio religiosa que não me agradou muito.
O livro volta a ficar mais interessante lá para o final. Infelizmente o Sexta-feira só aparece mais para o fim... Foi difícil para mim aguentar o Robinson sozinho durante tanto tempo...
Eu escolhi esse livro porque... é um clássico, desses que você ouve falar, lê sobre, etc. E a ideia de ficar em uma ilha deserta me agrada (talvez porque me faz pensar em Lost), o que não me agradou foi o que o Robinson fez ou não fez durante sua estadia na ilha.
Tem também o fato que que eu gostei de outro livro do autor, Moll Flanders. Mas os dois livros são totalmente diferentes.
E finalmente, porque eu tenho esse livro em casa.
A leitura foi... leeeeenta. Acho que demorei umas duas semanas para ler 300 páginas, mais do que demorei para ler Anna Kariênina, que tem quase o triplo do tamanho. Esse livro simplesmente me desanimou, eu esperava um pouco mais de aventura (até porque é um livro constantemente adaptado para crianças e jovens) ou pelo menos algo que me prendesse, mas o que recebi foi um relato entediante do dia-a-dia de um cara que não faz muita coisa interessante.
O livro não é um desperdício total, ele contém ideias muito interessantes, principalmente vendo por um viés econômico, mas eu achei chato. Não leia se você só estiver em busca de entretenimento.
O personagem que eu gostaria que fosse devorado por canibais logo no começo é o Robinson Crusoe. Por quê?
Lógico que aí não haveria livro. Talvez fosse melhor assim... Eu odiei o Robinson, ele é racional demais. Eu esperava que depois de vinte e oito anos ele fosse, sei lá, surtar, liberar seus demônios interiores (?), mas não, ele foi ficando cada vez mais chato, metódico e precavido.
O trecho do livro que merece destaque: a parte do pão, hehe. Ela mostra bem como o Robinson encarava o trabalho.
"When it was growing and grown, I have observed already how many things I wanted, to fence it, secure it, mow and reap it, cure and carry it home, thrash, part it from the chaff, and save it. Then I wanted a mill to grind it, sieves to dress it, yeast and salt to make it into bread, and an oven to bake it, and yet all these things I did without, as shall be observed; and yet the corn was an inestimable comfort and advantage to me too. All this, as I said, made everything laborious and tedious to me, but that there was no help for; neither was my time so much loss to me, because, as I had divided it, a certain part of it was every day appointed to these works; and as I resolved to use none of the corn for bread till I had a greater quantity by me; I had the next six months to apply myself wholly by labour and invention to furnish my self with utensils proper for the performing all the operations necessary for the making the corn (when I had it) fit for my use." (págs. 30-31)
A nota que eu dou para o livro: 2
(sendo: 1- Não gostei; 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5- Adorei)
Contra a vontade de seu pai, Robinson deixa a Inglaterra e parte em viagens marítimas simplesmente porque ele sentia esse impulso em direção ao mar. Nessas viagens ele passa por algumas aventuras menores e acaba parando no Brasil, viva! Aqui ele se estabelece por um tempo, consegue umas boas plantações, mas como é insaciável, resolve se meter em mais uma viagem, o navio naufraga e ele se vê sozinho em uma ilha deserta.
E aí começa a parte extremamente entediante do livro. Robinson é um cara prático demais, então ele passa quase todos seus vinte e oito anos de isolamento tentando recriar na ilha o mundo que ele conhece. Ele contrói um lugar para morar, com todas as medidas de segurança para não ser encontrado, ele caça, planta, calcula como fazer suas fontes de alimento durarem, inventa todo tipo de ferramenta para auxiliá-lo em suas atividades. Tudo bem que ele tem todo o tempo do mundo nas mãos, mas às vezes simplesmente não consegui aceitar as escolhas dele. Exemplo: ele conseguiu cultivar milho. Ótimo para ele, mas o intuito dele era fazer pão com esse milho. Pão! Para isso ele tem que criar um modo de moer o milho, peneirá-lo etc. Não era muito mais fácil comer o milho cozido ou algo assim?
Quando ele não está criando parafernálias, ele está divagando sobre sua vida e aí entra uma parte meio religiosa que não me agradou muito.
O livro volta a ficar mais interessante lá para o final. Infelizmente o Sexta-feira só aparece mais para o fim... Foi difícil para mim aguentar o Robinson sozinho durante tanto tempo...
Eu escolhi esse livro porque... é um clássico, desses que você ouve falar, lê sobre, etc. E a ideia de ficar em uma ilha deserta me agrada (talvez porque me faz pensar em Lost), o que não me agradou foi o que o Robinson fez ou não fez durante sua estadia na ilha.
Tem também o fato que que eu gostei de outro livro do autor, Moll Flanders. Mas os dois livros são totalmente diferentes.
E finalmente, porque eu tenho esse livro em casa.
A leitura foi... leeeeenta. Acho que demorei umas duas semanas para ler 300 páginas, mais do que demorei para ler Anna Kariênina, que tem quase o triplo do tamanho. Esse livro simplesmente me desanimou, eu esperava um pouco mais de aventura (até porque é um livro constantemente adaptado para crianças e jovens) ou pelo menos algo que me prendesse, mas o que recebi foi um relato entediante do dia-a-dia de um cara que não faz muita coisa interessante.
O livro não é um desperdício total, ele contém ideias muito interessantes, principalmente vendo por um viés econômico, mas eu achei chato. Não leia se você só estiver em busca de entretenimento.
O personagem que eu gostaria que fosse devorado por canibais logo no começo é o Robinson Crusoe. Por quê?
Lógico que aí não haveria livro. Talvez fosse melhor assim... Eu odiei o Robinson, ele é racional demais. Eu esperava que depois de vinte e oito anos ele fosse, sei lá, surtar, liberar seus demônios interiores (?), mas não, ele foi ficando cada vez mais chato, metódico e precavido.
O trecho do livro que merece destaque: a parte do pão, hehe. Ela mostra bem como o Robinson encarava o trabalho.
"When it was growing and grown, I have observed already how many things I wanted, to fence it, secure it, mow and reap it, cure and carry it home, thrash, part it from the chaff, and save it. Then I wanted a mill to grind it, sieves to dress it, yeast and salt to make it into bread, and an oven to bake it, and yet all these things I did without, as shall be observed; and yet the corn was an inestimable comfort and advantage to me too. All this, as I said, made everything laborious and tedious to me, but that there was no help for; neither was my time so much loss to me, because, as I had divided it, a certain part of it was every day appointed to these works; and as I resolved to use none of the corn for bread till I had a greater quantity by me; I had the next six months to apply myself wholly by labour and invention to furnish my self with utensils proper for the performing all the operations necessary for the making the corn (when I had it) fit for my use." (págs. 30-31)
A nota que eu dou para o livro: 2
(sendo: 1- Não gostei; 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5- Adorei)
É, eu também achei chatão o original do Crusoé. Mas tem o "A vida sexual de Robinson Crusoé" e esse fica chato pelo tanto que o Crusoé chuta o pau da barraca e mandando ver pra todo lado. No começo é assustador, mas acaba sendo só entediante mesmo, quando você se acostuma com a zoofilia. (?) Poizé.
ResponderExcluirSobre o Pinóquio, essa adaptação que li com o Tomás deve ser bem próxima do original, então... eu realmente não li o livro, estou com o filme da Disney na cabeça!
É, parece ser chato mesmo... Eu até me animei com essa história de viver numa ilha (Lost é vida!), mas uma pessoa sozinha é chato mesmo... Não lerei o livro em breve.
ResponderExcluirIncrível como às vezes não conhecemos a trama dos clássicos ou fazemos uma ideia totalmente errada deles. Eu não sabia que Crusoé vinha parar no Brasil em determinado momento, nem que sua história contasse com poucas aventuras. Gostei muito de sua resenha e de conhecer mais sobre essa história.
ResponderExcluirbjo
Eu também não curti muito o livro. A edição da nova fronteira conta com 500 páginas. É tão entediante a narrativa que proclastinei várias vezes a leitura, a ponto de demorar mais de um mês para conseguir ler metade do livro. Ainda por cima de desapontou quando, na metade, ele vai basicamente reconta toda sua história de novo. Esperava mais detalhes de seu dia a dia na ilha, a sinopse do livro realmente elevou demasiadamente minhas expectativas, o que na verdade, me deparei com uma narrativa arrastada e que conta com inúmeros avanços temporais a ponto de tornar o livro um tanto quanto sem emoção. Digo assim, numa página ele fala um pouco sobre a ilha e do nada no meio dela ele já avança 3 anos falando da brusca evolução de sua estadia. Coisas assim me desanimaram um pouco.
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