Livro lidos
A guerra não tem rosto de mulher – Svetlana Alexiévitch
Não costumo ler muita não-ficção e não tenho muito interesse por guerras, mas até achei esse livro interessante por mostrar o ponto de vista das mulheres russas que lutaram na Segunda Guerra Mundial, que focam seus relatos mais nas pessoas do que nos grandes acontecimentos.
Nota: 3,0
Quando tinha cinco anos eu me matei – Howard Buten
Esse livro foi originalmente publicado com o nome “Burt” e não chamou muita atenção. Depois, na França, ele ganhou o título acima e foi um sucesso de vendas. É um título bem curioso, não é? Se não fosse por ele eu não teria comprado o livro, que é narrado por um menino de oito anos internado em um centro para crianças com transtornos psiquiátricos. Ele alterna o presente na clínica com cenas do passado para revelar o que o levou para lá. Gostei da voz narrativa.
Nota: 3,25
Absalão, Absalão – William Faulkner
Gosto do Faulkner porque por mais que sua escrita seja difícil (e muitas vezes chata), em geral suas tramas são bastante impactantes. Nesse livro, ficamos conhecendo Sutpen, um homem que chegou do nada na cidadezinha de Jefferson e construiu um enorme casarão. Envolta em mistério, a história de sua família é montada a partir de relatos e suposições daqueles que o conheceram.
Nota: 3,5
Memórias de um urso-polar – Yoko Tawada
O livro conta a história de três gerações de ursos-polares: a avó, uma ursa russa do circo; a mãe, da Alemanha Oriental; e o filho, o pequeno Knut. Gostei bastante da primeira parte, em que a ursa está mais integrada à sociedade humana, e da última. A parte do meio foca demais na domadora do circo e achei meio arrastada. Gostei bastante do livro, mas não acho que as três partes casam muito bem.
Nota: 3,75
Moominpappa’s Memoirs – Tove Jansson
Livro sobre as aventuras do Moominpappa na juventude, que envolvem um peculiar grupo de companheiros, tempestades marinhas, criaturas ameaçadoras e festas grandiosas. Como li o livro seguinte da série antes desse, foi legal ver a introdução de personagens que eu já conhecia. Também gostei dos comentários que os personagens fazem a respeito da escrita do Moominpappa. Mas não achei as aventuras do personagem tão interessantes assim.
Nota: 3,25
Manual da faxineira – Lucia Berlin
Livro de contos, muitos baseados nas experiências reais da autora, que trabalhou em diversos empregos e teve uma vida bem tumultuada. Desejei esse livro por muito tempo, o que significa que minhas expectativas eram bem altas e que no final não gostei do livro tanto quanto esperava (apesar de ainda ter gostado bastante). Alguns contos são muito bons, mas muitos são meio parecidos entre si, o que faz que com o tempo eles se misturem na minha cabeça.
Nota: 4,0
Carry On – Rainbow Rowell
Esse livro, derivado de Fangirl (que ainda não li), é livremente inspirado em Harry Potter, ou pelo menos em alguns dos tropes usados pela série. Ele começa meio chatinho, mas ganha fôlego quando o antagonista entra em cena. Achei divertido ficar vendo as semelhanças e referências a Harry Potter e achei o texto fluido e agradável, mas não foi aquela coisa apaixonante. O final é meio apressado e senti falta de um aprofundamento maior em alguns dos personagens e no universo criado.
Nota: 3,25
Quadrinhos
Tokyo Babylon – CLAMP
Assisti a um breve curso sobre os mangás do CLAMP, o que me fez perceber que não li muitas obras do grupo e me deu vontade de ler mais. Tokyo Babylon é sobre um jovem onmyouji que trabalha protegendo Tóquio de espíritos. Os casos com que ele lida são variados e, por meio deles, o mangá discute alguns problemas sociais, como bullying, suicídio etc., o que achei bem interessante. Como o mangá é relativamente curto, senti falta de desenvolvimento do relacionamento entre os personagens principais, de forma que o fim não foi tão impactante quanto poderia ser.
Nota: 3,25
Séries e animes
The Good Place (4ª temporada)
Desde a terceira temporada não venho gostando tanto da série porque a acho meio repetitiva. A quarta temporada não me empolgou, mas achei o fim bem satisfatório.
Nota: 3,0
You (2ª temporada)
Essa série é meio trash, mas é meio viciante. Nessa temporada, o protagonista se muda para Los Angeles numa tentativa de fuga e se apaixona novamente, o que o leva a agir como sempre. Gostei que a mulher amada da vez é mais interessante que a anterior.
Nota: 3,5
Himote House
Anime sobre um grupo de garotas com poderes psíquicos que vive junto numa casa. É uma comédia estranha que muitas vezes não faz sentido, mas que tem alguns momentos hilários.
Nota: 3,25
Sangatsu no Lion (2ª temporada)
Assisti a essa temporada mais animada e cheia de expectativas e fiquei bem satisfeita. É uma temporada mais equilibrada que a primeira, mas achei que algumas das tramas se prolongaram demais. Gostei tanto de Sangatsu que comecei a ler o mangá logo ao terminar o anime. Quero uma terceira temporada!
Nota: 4,5
Queer Eye: We’re in Japan!
Fazia tempo que eu queria ver Queer Eye porque tem um monte de gente que ama, mas vendo essa temporada percebi que o programa não faz muito o meu estilo. Sou uma pessoa muito negativa e cínica para gostar das lições de vida deles e, nessa edição, achei que faltou um pouco de sensibilidade em relação a algumas diferenças culturais, reforçando alguns dos estereótipos que temos do Japão. Ainda assim, a série é divertidinha.
Nota: 3,25
Ainori Love Wagon – African Journey
Fiquei muito empolgada quando soube que a temporada nova de Ainori seria na África, pois esse é um continente sobre o qual em geral somos muito ignorantes. O programa passou por países como Tanzânia, Quênia e Ruanda e mostrou um pouco das paisagens e pessoas desses lugares. Eu não estava tão investida emocionalmente nos participantes, mas gostei bastante de dois dos casais formados e de ver o crescimento de algumas das pessoas, principalmente na reta final, na escalada do Kilimanjaro (fiquei com vontade de escalar também, mas sei que não chegaria nem na metade).
Nota: 3,5
Battery
Takumi é um excelente arremessador de baseball. Ao mudar de cidade, ele conhece Gou, que se torna seu receptor, e os dois tentam se estabelecer como uma dupla no time da escola. Esse anime é meio estranho porque o protagonista é bem chatinho, mas não há nada que explique seu comportamento e ele pouco cresce durante a série. O drama e a seriedade com que as coisas são tratadas também parece exagerado. Apesar disso, gostei do ritmo tranquilo e da arte e achei o anime satisfatório.
Nota: 3,25
Uchouten kazoku
Uma família de tanukis tenta seguir em frente após a morte do patriarca enquanto lida com disputas de poder e o medo de ser capturado por humanos e virar ensopado. Demorei um pouco para ser cativada por esse anime, que no início me parecia exuberante, mas sem ritmo. Mais para frente, no entanto, comecei a me apegar aos personagens e ao mundo criado e gostei bastante da experiência.
Nota: 4,0
Wakaba Girl
Anime curto sobre uma menina rica que faz amigas pela primeira vez e fica empolgada com as coisas normais do cotidiano. O anime não oferece nada de muito novo, mas é fofo e agradável.
Nota: 3,25
Shirokuma Café
Anime sobre um urso-polar dono de um café e seus amigos pinguim e panda. É fofo, divertido e tem os melhores personagens.
Nota: 4,0
Violet Evergarden
Uma jovem treinada como soldado tenta viver uma vida normal após a guerra e passa a trabalhar como escritora de cartas. A parte técnica do anime é impressionante, mas a história é meio irregular e melodramática demais às vezes.
Nota: 3,25
Filmes
Assassinato em Gosford Park
Um grupo de nobres se reúne numa propriedade para alguns dias de caça e diversões. Enquanto isso, os criados lidam com tudo nos bastidores. O filme lembra bastante a série Downtown Abbey e eu teria gostado mais se não tivesse ficado confusa tentando saber quem é quem. São personagens demais e não sou boa para rostos e nomes.
Nota: 3,25
The perfection
Eu não sabia muito bem o que esperar desse filme, o que foi bom porque gosto de ser surpreendida. Ele é um pouco mais escatológico do que eu esperava e até meio trash, mas gostei disso.
Nota: 3,25
Shoujo Tsubaki
Midori é uma menina pobre que, após a morte da mãe, se junta ao circo, onde é explorada e abusada pelo chefe e pelos colegas. O filme é adaptação de um mangá de Suehiro Maruo, expoente do ero guro (erótico grotesco), então eu sabia que ele seria estranho e pesado. Não sei muito bem se gostei ou não, só sei que foi uma experiência diferente.
Nota: 3,0
Eighth Grade
Filme coming-of-age sobre uma garota sem amigos que gostaria de ser popular. Gostei da protagonista, é meio fácil se identificar com os problemas dela.
Nota: 3,5
West Side Story
Já conhecia várias músicas do filme por causa da patinação no gelo, então estava curiosa para ver os números musicais. Não esperava que o filme tivesse tanta dança, o que foi algo muito positivo. Adorei as coreografias e algumas das músicas. Já a história de amor é um tédio. O casal é insosso, as músicas deles são chatas e a Maria me deixou com muita raiva em algumas cenas. Se o filme não tivesse o casal, eu acharia bem melhor.
Nota: 3,5
The red phallus
Assisti ao filme só porque é do Butão (e porque o título é curioso). As paisagens são muito bonitas, mas o filme às vezes parece deslumbrado por elas, focando na mesma cena por tempo demais. Ou seja, é um filme lento.
Nota: 3,0
Curta
Fumiko no kokuhaku
Já tinha visto cenas desse filminho nas redes sociais. É basicamente uma menina que, após uma confissão de amor, foge de vergonha, cai a atravessa meia cidade em sua queda/voo. É engraçadinho.
Nota: 3,0
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