Mais um mês cheio de filmes. Consegui me animar para assistir a alguns dos indicados ao Oscar e para ver alguns filmes que queria ver há muito, muito tempo.
Longas
Perdido em marte (Ridley Scott, 2015)
Geralmente não gosto muito de filmes sobre o espaço, mas esse é surpreendentemente divertido. Gostei mais do começo, com o Matt Damon criando estratégias para sobreviver em Marte, do que da parte do resgate. Sempre que penso no tanto de dinheiro gasto em viagens espaciais eu sinto que é um desperdício.
Nota: 3,5
Fehérlófia (Marcell Jankovics, 1981)
Animação psicodélica de um mestre húngaro da animação.
Resenhei aqui.
Nota: 3,75
Shaun, o carneiro (Mark Burton e Richard Starzak, 2015)
Indicado ao Oscar de animação.
Comentei aqui.
Nota: 3,5
O jogo da imitação (Morten Tyldum, 2014)
Não pretendia assistir a esse filme, mas acabei vendo com a família. Considerando que eu esperava achar chato, até que gostei bastante. O filme é bem convencional, mas gostei de conhecer a história do Turing.
Nota: 3,25
Metrópolis (Fritz Lang, 1927)
Um grande clássico que só vi por causa do clube do livro/filme. Estava com receio de achar chato, porque filme mudo e relativamente longo nem sempre dá certo, mas o filme é muito bom (apesar de achar que, se tivesse assistido sozinha, teria me entediado um pouco). Não fiquei tão satisfeita com o final, que resolve o conflito de maneira simplória, mas o resto (o visual, os personagens, a temática social) me agradou.
Nota: 3,75
Garota exemplar (David Fincher, 2014)
Já tendo lido o livro, o filme perde um pouco da força que poderia ter. Não deixa de ser uma boa adaptação, no entanto.
Nota: 3,5
Anomalisa (Charlie Kaufman e Duke Johnson, 2015)
O substituto (Tony Kaye, 2012)
Outro filme visto em família. Nunca tinha ouvido falar dele e acabei me surpreendendo positivamente. Gosto muito de filmes sobre escolas, professores, alunos, sistema educacional etc. e esse em especial me emocionou bastante.
Nota: 3,75
Divertida mente (Pete Docter, 2015)
Indicado ao Oscar de animação.
Comentei aqui.
Nota: 3,25
O filho de Saul (László Nemes, 2015)
Filme húngaro vencedor do Oscar de filme estrangeiro. Morro de preguiça de coisas relacionadas ao Holocausto. Sou do time dos que dizem que o assunto já cansou, já se esgotou, vamos deixá-lo em paz. Maaas o filme é húngaro e eu estou estudando húngaro, me senti na obrigação de ver. Achei o ponto de vista do filme, sempre seguindo o protagonista, interessante e ao mesmo tempo irritante, porque nos dá uma visão limitada de todas as atrocidades acontecendo no plano de fundo. Meu problema pessoal com o filme é que a história do Saul, o apego dele pelo menino morto e a busca insistente por um rabino não me tocaram muito. Acho que sou insensível.
Nota: 3,5
Miss Violência (Alexandros Avranas, 2013)
Faz um tempão que eu queria ver esse filme, mas estava adiando por medo de ele ser indigesto demais. Adoro uns "feel bad movies" de vez em quando, desses que você termina de assistir com o coração pesado e uma vontade de ficar deitada na cama encarando o teto e pensando no quanto a humanidade é terrível. Porém, sempre fico com receio de que o filme seja feel bad demais. Esse acabou sendo pesado na medida certa. O mistério dessa família estranha me envolveu por completo, mas sinto que assisti ao filme focada demais em descobrir o que havia por trás daquele comportamento, o que me deixou impaciente e prejudicou minha apreciação do filme.
Nota: 3,75
O quarto de Jack (Lenny Abrahamson, 2015)
Gosto bastante do livro que deu origem ao filme, então esse era o filme do Oscar que eu mais queria ver (com exceção das animações). Como o livro é narrado por uma criança, achei que o filme não conseguiria transmitir bem esse ponto de vista, mas fiquei bem satisfeita com a adaptação. As atuações estão ótimas.
Nota: 4
Apenas uma vez (John Carney, 2006)
Eu já conhecia a música "Falling Slowly" de tanto ela ser cantada em reality shows de canto, mas não sabia muito a respeito do filme. Tenho um problema com filmes cheios de música: quase nunca gosto de uma canção na primeira vez em que a ouço. Isso faz com que eu desgoste um pouco do filme, porque toda vez que começa a tocar uma música eu demoro para começar a apreciá-la. Por outro lado, esse é o tipo de filme que eu gosto de rever, pois quando já estou mais familiarizada com as músicas, fico com vontade de ouvi-las de novo (e de novo e de novo). Adoro folk, gostei de várias das canções do filme e gostei bastante da abordagem pé no chão e agridoce do relacionamento dos dois protagonistas.
Nota: 3,75
Curtas
Aproveitei o My French Film Festival, festival de filmes franceses online, para assistir aos três curtas que eles disponibilizaram. Não estava muito entusiasmada, mas os três acabaram me surpreendendo. Depois, na onda do Fehérlófia, vi Sísifo, do mesmo diretor.
Almoço de domingo (Céline Devaux, 2015)
Um típico almoço de família com a parentaiada que somos obrigados a aguentar. Gostei muito do traço e das cores, que em alguns momentos lembram xilogravuras.
H procura M (Marina Moshkova, 2015)
Um pintor desinspirado vai atrás de uma musa. Achei muito divertido ver todas obras de arte famosas que aparecem no filme.
Última porta sul (Sacha Feiner, 2015)
Conta a história de um menino que tem uma segunda cabeça e vive fechado em casa, que para ele é tudo o que existe. Adoro stop-motion, adoro o tom sombrio e o estilo meio Tim Burton e adorei a ideia. Fascinante!
Sísifo (Marcell Jankovics, 1974)
Baseado no conto grego de Sísifo, condenado a empurrar uma pedra eternamente. Admiro a fluidez e expressividade da movimentação do personagem, mas narrativamente não tem muita coisa aqui e também não é uma animação visualmente esplendorosa. Meio sem graça.