Título: Os filhos da pátria
Autor: João Melo
Editora: Record
Mais uma vez, eu fujo da minha lista do DL e escolho algo mais conveniente. Neste caso, um livro que eu deveria ter lido no semestre passado, para a faculdade. Mas sabe como é, né? O trabalho final daquela disciplina foi cancelado e eu me contentei com os quatro contos que já tinha lido. Até tentei retomar a leitura em outras ocasiões, mas o livro não conseguiu me seduzir. Então fui jogando-o para o canto até chegar a oportunidade perfeita para lê-lo.
João Melo é um escritor angolano e isso já faz seus contos terem um sabor especial de proximidade e de distância ao mesmo tempo. Os dez contos de Filhos da Pátria tratam pricipalmente de questões como raça, problemas sociais e políticos, e, principalmente, sobre a identidade angolana. Um exemplo é Ngola Kiluanje sobre um "angolano, embora branco" que deixou o país com a família, mas que sempre sentiu sua terra natal a atraí-lo de volta. Ou o estilista de O efeito estufa, obcecado com a identidade nacional e contrário a qualquer influência portuguesa, como se fosse um Policarpo Quaresma angolano.
São contos ágeis, que mostram uma realidade crua e cruel. Às vezes crua e cruel até demais.
O narrador é irônico, vive fazendo intrusões que às vezes se prolongam por metade do conto, o que irrita. Ele tem lá suas razões, mas irrita.
Como o conto deve ser enxuto, ou ele te conquista ou não. Não posso dizer que Filhos da Pátria me conquistou. Eu salvaria uns três contos, no máximo. É muito interessante para ter uma ideia da realidade urbana e contemporânea angolana, mas não faz o meu estilo.
Não recomendo para quem se incomoda com linguagem vulgar, nem para quem não sabe nada da história de Angola, porque o livro é carregado de referências a fatos históricos/políticos.
João Melo é um escritor angolano e isso já faz seus contos terem um sabor especial de proximidade e de distância ao mesmo tempo. Os dez contos de Filhos da Pátria tratam pricipalmente de questões como raça, problemas sociais e políticos, e, principalmente, sobre a identidade angolana. Um exemplo é Ngola Kiluanje sobre um "angolano, embora branco" que deixou o país com a família, mas que sempre sentiu sua terra natal a atraí-lo de volta. Ou o estilista de O efeito estufa, obcecado com a identidade nacional e contrário a qualquer influência portuguesa, como se fosse um Policarpo Quaresma angolano.
São contos ágeis, que mostram uma realidade crua e cruel. Às vezes crua e cruel até demais.
O narrador é irônico, vive fazendo intrusões que às vezes se prolongam por metade do conto, o que irrita. Ele tem lá suas razões, mas irrita.
Como o conto deve ser enxuto, ou ele te conquista ou não. Não posso dizer que Filhos da Pátria me conquistou. Eu salvaria uns três contos, no máximo. É muito interessante para ter uma ideia da realidade urbana e contemporânea angolana, mas não faz o meu estilo.
Não recomendo para quem se incomoda com linguagem vulgar, nem para quem não sabe nada da história de Angola, porque o livro é carregado de referências a fatos históricos/políticos.
Pareceu-me muito interessante, mas acho que faço parte do grupo que não sabe praticamente nada a respeito da história de Angola, neste caso creio que me sentiria um pouco perdida na leitura...
ResponderExcluirParece interessante, mas provavelmente eu ficaria voando como o que aconteceu com os contos do José Cardoso Pires...
ResponderExcluirEu não sei necas da História de Angola, mas acho que isso não seria um obstáculo, não. Normalmente, eu gosto de pesquisar assuntos novos a partir das referências literárias que encontro enquanto leio. Bjs
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