terça-feira, 9 de junho de 2020

Randomicidades do mês: maio

Leituras


Avatar: The last airbender – The Promise – Gene Luen Yang
Depois de terminar a série animada, fiquei com um gostinho de quero mais e fui ler os quadrinhos, que são uma continuação da história. Neste, Aang e Zuko pretendem ajudar no processo de devolver as colônias conquistadas pela Nação do Fogo ao Reino da Terra, mas Zuko percebe que isso prejudicaria parte de seu povo e se recusa a continuar, o que gera um conflito entre os amigos e as nações. A história é interessante, mas drama demais é gerado de algo que poderia ser resolvido com uma conversa mais aprofundada. Tudo bem que o Zuko sempre foi impulsivo, mas achei que ele tinha amadurecido o suficiente para lidar com a situação com mais sabedoria.
Nota: 3,5


Serena – Ian McEwan
Uma mulher jovem e bela passa a trabalhar como secretária para o serviço secreto britânico até ser promovida para um projeto cultural secreto. Gosto muito do McEwan, mas achei esse livro bem morno. Esperava algo mais empolgante por tratar de espiões e esperava que pelo menos a escrita fosse mais envolvente.
Nota: 3,0


Boa noite, Punpun – vols. 1, 2 e 3 (edição da JBC) – Inio Asano
Decidi começar a reler o mangá agora que tenho a coleção completa. Por enquanto posso dizer que minha primeira leitura foi bem mais impactante, mas ainda acho a série muito boa, só não me conectei tanto assim com os personagens e temas. Está sendo interessante revisitar a obra, tem muita coisa que eu não lembrava mais.
Nota: 4,0


Micro – Michael Crichton e Richard Preston
Não sabia muito o que esperar desse livro, e o que recebi foi uma versão de “Querida, encolhi as crianças” com cientistas em uma selva do Havaí. Eu gosto bastante dessa premissa e estava achando o início bem empolgante, até que as coisas ficaram repetitivas e percebi que, sem tanto interesse na trama, o resto não se sustenta tão bem. Os personagens não são tão interessantes, o vilão é caricato e a história tem alguns clichês irritantes, mas é uma leitura fluida e divertida na maior parte do tempo.
Nota: 3,5


Sobre os ossos dos mortos – Olga Tokarczuk
Mortes misteriosas acontecem em uma pequena vila e nossa protagonista, uma velha excêntrica, fã de astrologia e defensora dos animais, vê nelas uma vingança dos animais contra os caçadores. Eu tinha altas expectativas em relação ao livro, mas achei a escrita meio arrastada e oscilei bastante entre simpatizar e odiar a protagonista.
Nota: 3,25


Na estrada Jellicoe – Melina Marchetta
Fazia um tempão que eu queria ler esse livro, mas o hype morreu e eu meio que esqueci dele. Que bom que decidi lê-lo agora, porque gostei bastante. O início é bastante confuso, alternando duas histórias e apresentando as coisas em termos vagos, mas é confuso de um jeito bom, intrigante, que te faz querer decifrar o mistério. Aos poucos as coisas vão fazendo sentido e o livro vai ganhando ritmo. Gostei bastante dos personagens e das interações entre eles.
Nota: 4,0


Colin Cosmo e os naturalistas – Eoin Colfer
Releitura de um livro da infância/adolescência. Eu era muito fã de Artemis Fowl, do mesmo autor, mas aqui sinto falta de personagens mais carismáticos e mais bem desenvolvidos. Não sou muito fã do enredo também, sobre um menino órfão que se junta a um grupo que luta contra criaturas misteriosas que só eles conseguem ver. A história meio que se perde em reviravolta após reviravolta e todas as descrições de invencionices tecnológicas são meio cansativas.
Nota: 2,5

Séries e animes


A máfia dos tigres
Como todos estavam falando dessa série documental, é óbvio que fiquei curiosa para ver. As pessoas e os acontecimentos mostrados nela são muito doidos, mas já tendo ouvido bastante coisa a respeito antes de começar a assistir, perdi parte do elemento surpresa. As histórias são completamente absurdas e essa é a graça da coisa, mas não achei a série tão envolvente quanto esperava.
Nota: 3,25


Hataraku Saibou
O anime acompanha um glóbulo vermelho em seu trabalho pelo corpo humano, muitas vezes encontrando bactérias, vírus e cia e observando as células do sistema imunológico salvando o dia mais uma vez. A ideia é muito legal e imagino que ele funcione como um bom anime educativo, mas achei a fórmula repetitiva, os personagens, mal explorados e, como não sou fã de ação, muitos episódios foram realmente chatos.
Nota: 3,0


Happy sugar life
Esse anime tem uma trama meio indigesta, com uma jovem que se apaixona por uma garotinha. É um anime meio exagerado, com quase todos os personagens moralmente questionáveis e acontecimentos não muito críveis, mas ele consegue desenvolver bem a tensão e tem alguns momentos visualmente criativos.
Nota: 3,25


Avatar: the last airbender
Vejo muitas pessoas que amam Avatar e o julgam uma das melhores séries animadas de todas, mas sempre tive certa relutância em assistir. A primeira temporada demorou para me conquistar; apesar de os personagens até serem interessantes, os conflitos por vezes eram meio bobos e as aventuras não estavam me deixando muito animada. Só no final da primeira temporada é que me senti realmente fisgada e acabei devorando o resto em poucos dias. Gosto bastante do worldbuilding e dos personagens de Avatar. O humor é meio bobo, mas é bem eficiente, e as cenas de ação em geral são bem animadas e coreografadas. Como quase todos os fãs, adorei o desenvolvimento do Zuko e seu relacionamento com o tio. Algumas coisas me incomodaram aqui e ali, fazendo com que eu não ache que a série é essa perfeição toda, mas no geral foi uma experiência muito satisfatória.
Nota: 4,0


Mahoutsukai no yome
Comecei a série gostando até que bastante e terminei decepcionada. A trama, de uma adolescente comprada por um mago para ser sua aprendiz e noiva, já não é das mais fascinantes, mas pelo menos o mundo fantástico era interessante. Depois de um tempo, no entanto, cansei de tudo. Os protagonistas são uma menina insossa e um mago chato, a trama se perde lá para o final e vai ficando cada vez mais chata. É um anime que parecia bem promissor e que agradou muita gente, mas talvez minhas expectativas fossem altas demais.
Nota: 3,0


Jyu Oh Sei
Após a morte dos pais, Thor é enviado a um planeta de natureza selvagem, onde humanos se organizam em clãs e lutam entre si para subir na hierarquia. O ritmo do anime é bem rápido, e isso foi algo que me agradou no início. No entanto, nos episódios finais, as coisas ficam corridas demais e faltou desenvolvimento a certos personagens. Para um anime pouco conhecido e que não parecia dos mais interessantes, até que ele me agradou.
Nota: 3,25


I am not okay with this
Série da Netflix sobre uma garota que descobre ter poderes. O criador da série e o autor do quadrinho que deu origem a ela são os mesmos de The End of the F*** World e as séries têm um estilo meio parecido, apesar de histórias bem diferentes. Achei a série cheia de clichês de histórias escolares adolescentes e meio previsível, mas divertida. Não é nada muito profundo ou inovador e infelizmente termina com um baita gancho para a possível próxima temporada.
Nota: 3,25


Digimon Tamers
Depois de muitso anos, decidi rever esse anime que é considerado o mais dark da franquia. Acho que minhas expectativas altas estragaram um pouco minha experiência, porque achei a série meio cansativa e repetitiva depois de um tempo e não me interessei tanto pela trama central. Gosto bastante que o anime seja diferente de seus predecessores e que seja ambicioso em seus temas, mas sinto que o desenvolvimento dos personagens poderia ser bem melhor, o que daria um peso maior a tudo.
Nota: 3,25


Tada-kun wa koi wo shinai
Eu queria uma comédia romântica despretensiosa e escolhi esse anime, que se inicia cheio de clichês, mas bem divertidinho, e cai em um drama sem muita preparação lá pelos últimos episódios. É um anime bem agradável e visualmente bonito, mas se beneficiaria de personagens mais carismáticos e de mais equilíbrio entre a comédia e o drama.
Nota: 3,25


The homecoming
Série coreana em que um grupo de amigos, participantes do programa Abnormal Summit, viaja para os países uns dos outros. Comecei a ver essa série sem conhecer os participantes, o que tira um pouco da graça da coisa, mas logo você se apega a eles. Gosto do foco meio descompromissado do programa, que tem bastante humor e é bem variado nas atrações visitadas. O defeito é que às vezes o programa é meio prolixo e que eu queria mais variedade de países. Outro defeito é que a Netflix só tinha alguns episódios e não encontrei o resto legendado. Não sei por que eles fazem isso com alguns programas coreanos nesse estilo. :(
Nota: 3,75

Filmes


Plano sequência dos mortos
Filme japonês que se inicia com uma longa perseguição de zumbis em plano sequência. No início é um pouco irritante, porque o filme é tosco e é uma gritaria só, mas depois tudo vai fazendo sentido e é bem legal ver como algumas coisas levam a outras. Achei a ideia do filme muito criativa.
Nota: 3,75


Yesterday
Queria muito ver esse filme porque gosto muito dos Beatles e achei a premissa, de um mundo em que todos esqueceram da banda exceto um homem, muito interessante. No entanto, achei o filme meio fraco. Acho que eu queria um foco maior nas consequências da não-existência dos Beatles e menor no relacionamento do protagonista com a amiga.
Nota: 3,0


P.S. Ainda amo você
Sequência de Para todos os garotos que já amei. Ele não tem uma história tão redondinha quanto a do primeiro filme, é basicamente a Lara Jean lidando com o fato de ser a namorada do Peter Kavinsky, ficando insegura e revendo um antigo amigo. O que me incomodou é que gostei bem mais do crush novo do que do Peter, então fiquei torcendo por ele mesmo sabendo que não ia rolar. É legal, mas nada de muito especial.
Nota: 3,0


Tigertail
Filme sobre a vida de um imigrante taiwanês que sonha em viver nos EUA, da infância à velhice. É um filme interessante, mas não muito marcante.
Nota: 3,0

Curtas


Love suicides
Filme sobre uma mãe, uma menina e o pai que se comunica por cartas e reclama do barulho feito pela filha. É baseado em um conto do Kawabata e fiquei curiosa por causa disso, mas no final achei um filme bem sem graça.
Nota: 2,75


The fall
Curta livremente baseado no conto “The Lottery” da Shirley Jackson. É o tipo de filme que acaba e você fica “espera, é só isso???”. É assustador, mas grande parte do motivo é porque os personagens usam máscaras feiosas. Esperava algo mais próximo do conto, fiquei meio decepcionada.
Nota: 2,5