Um blog não levado muito a sério, cheio de coisas randômicas e sem sentido.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
Randomicidades do mês: novembro
terça-feira, 1 de dezembro de 2020
Randomicidades do mês: outubro
Livros
Tupinilândia – Samir Machado de Machado
Um milionário excêntrico cria um parque temático em plena Amazônia, mas coisas dão errado e o parque é abandonado, sendo visitado anos depois por um grupo de pesquisadores nostálgicos. Achei o livro bem divertido, é uma coisa meio Jurassic Park com a história brasileira como pano de fundo.
Nota: 3,5
The Hate U Give – Angie Thomas
Livro YA sobre racismo. Sua protagonista tem um amigo assassinado pela polícia, o que gera protestos na comunidade e a faz questionar mais sobre questões raciais. Eu queria ter gostado mais do livro, mas ele não prendeu a minha atenção tanto quanto eu esperava. Apesar disso, acho que ele aborda bem seus temas.
Nota: 3,5
Jamilia – Chingiz Aitmatov
Novela de um autor do Quirguistão. Nela, um jovem conta sobre sua cunhada, a Jamilia do título, uma mulher bela e descontraída que se apaixona por outro homem. É um livro bem curto e muito bonito. Gostei principalmente da ambientação.
Nota: 3,5
Quatro minutos para a meia-noite – Bárbara Morais, Sol Chioro, Vitor Castrillo e Roberta Spindler
Coletânea de quatro contos de terror. Gostei do tom bem brasileiro de alguns, porque não costumo ler terror nacional. Meu preferido provavelmente foi o da Roberta Spindler, porque gostei mais da escrita e porque moscas e larvas me dão muita aflição.
Nota: 3,25
O amanhã não está à venda – Ailton Krenak
Texto breve sobre a pandemia do coronavírus da perspectiva de um autor indígena.
Nota: 3,0
Em uma noite sem luar – Dai Sijie
Livro sobre a busca de um antigo documento escrito em língua desconhecida que fascinou nobres chineses e estudiosos estrangeiros. Gostei bastante de algumas partes, mas é um livro que alterna bastante entre o presente com os protagonistas e cenas do passado, e isso se torna meio cansativo.
Nota: 3,0
Uzumaki – Junji Ito
Faz tempo que eu queria ler esse mangá, que mostra uma estranha cidadezinha amaldiçoada por espirais. No começo eu estava gostando bastante do clima de mistério e loucura, mas depois de um tempo fui cansando, talvez porque lá para o meio os casos começaram a não ter tanta conexão ou consequências. É um mangá bem interessante e bizarro, mas eu queria que ele fosse mais intenso.
Nota: 3,5
O passado é um lugar – Tana French
Com o aparecimento de uma mala misteriosa numa casa abandonada, um policial volta ao bairro onde nasceu e é forçado a conviver com a família de quem ele fugiu, revivendo antigas mágoas e tensões. Gostei bastante do foco nas relações familiares, principalmente entre os irmãos, mas achei o protagonista um tanto irritante e a história demorou para engrenar.
Nota: 3,25
Chocolóvski: o aniversário – Angela Sommer-Bodenburg
Releitura de um livro de infância. Eu me identificava muito com o protagonista porque o sonho dele era ter um cachorro. Hoje, no entanto, não sonho mais com isso e acho o Chocolóvski, o cachorro falante do livro, um chato. O livro é legalzinho.
Nota: 3,25
Chocolóvski: vida de cachorro é boa – Angela Sommer-Bodenburg
Nesse volume, o protagonista vai dar uma festa de aniversário. E esse é o grande enredo do livro. Não lembrava que tão pouca coisa acontecia em cada volume, é um pouco frustrante.
Nota: 3,0
Chocolóvski: cuidado, caçadores de cachorro! – Angela Sommer-Bodenburg
Já nesse volume coisas acontecem. O protagonista sente que Chocolóvski está em risco e tenta descobrir mais sobre o passado do cão. Fico feliz que ele tenha agido junto com a família, porque antes me irritava um pouco ver os draminhas dele com a irmã e com a mãe.
Nota: 3,25
Animes e séries
Houkago Teibou Nisshi
Anime sobre um grupo de garotas do clube de pesca da escola. Pescar não é um hobby que me atrai, mas o anime é tão gostosinho que até fiquei com vontade de tentar alguma vez (talvez mais pelo prazer de comer um peixe fresquinho pego por mim do que pela pesca em si). Eu não estava dando muito pela série, mas ela logo me conquistou com o ritmo tranquilo, as paisagens litorâneas e as personagens.
Nota: 3,75
Fleabag
Eu tinha um certo receio de não gostar tanto da série, e o humor realmente não funcionou sempre comigo, mas acabei gostando, principalmente da segunda temporada e do relacionamento da protagonista com a irmã.
Nota: 3,5
Yokohama Kaidashi Kikou
Dois episódios de puro iyashikei, com uma androide cuidando de um café numa cidade parcialmente submersa. Talvez seja tranquilo demais, porque fiquei meio entediada em alguns momentos, mas gostei muito de alguns trechos e da obra em geral, além de ficar curiosa com o universo em que ela se passa.
Nota: 3,5
Ima, soko ni iru boku
Nesse anime, um menino tenta proteger uma garota e acaba capturado e levado a um mundo em guerra ameaçado por um tirano megalomaníaco. É uma obra que não tem medo de mostrar o pior do ser humano, mas sempre contrastando com o otimismo inabalável do protagonista. O anime é muito bom em criar uma atmosfera desoladora e em transmitir uma miríade de emoções. Ele tem suas falhas e é meio simplista em sua abordagem, mas eu me envolvi tanto nele que não me incomodei com isso ao assistir.
Nota: 4,25
Vinland saga
Esse não é o tipo de anime que me interessa, porque é sobre vikings, guerras e batalhas, mas ouvi gente falando tão bem que fiquei curiosa. Ele é bem feito e tem bons momentos, mas eu estava achando pouco interessante até chegar na metade final e eu ficar mais interessada no Askeladd como personagem. Para mim, ele carregou o anime nas costas e fez a experiência valer a pena.
Nota: 3,5
I know this much is true
Série em que Mark Ruffalo interpreta dois gêmeos, Dominick e Thomas. Explorando bastante o passado dos personagens, a série mostra as dificuldades de Dominick ao cuidar do irmão esquizofrênico, os relacionamentos conturbados com os outros e as dúvidas em relação à família. É uma série densa, que transmite bem a angústia dos personagens e acaba te deixando agoniado junto com eles.
Nota: 3,75
Haikyuu!! (1ª temporada)
Eu queria ver um anime empolgante, que me desse vontade de maratonar, e acabei ficando viciada na série. É uma história simples de um garoto baixinho que ama vôlei e de um outro garoto que é um prodígio do esporte que iniciam como rivais, mas se tornam colegas de time. A série segue muitos dos tropes do gênero e não faz nada de muito revolucionário, mas é uma delícia de se assistir. Eu adoro os personagens e o humor, a animação é excelente e as partidas transmitem bem toda a adrenalina e a emoção.
Nota: 4,25
Filmes
Wind
Curta baseado em uma fotografia. É simples, basicamente uma câmera girando e revelando a cena ao seu redor, e isso o torna bem surpreendente.
Nota: 3,25
Ingrid goes West
Mulher se torna obcecada por uma influencer e faz de tudo para virar amiga dela. Não sabia muito o que esperar do filme e até que gostei.
Nota: 3,5
The Lighthouse (2006)
Vi dois filmes com o mesmo título esse mês. Esse primeiro é um filme armênio sobre uma mulher que retorna à vila dos avós para tentar convencê-los a sair de lá para fugir da guerra. Achei meio arrastado.
Nota: 3,0
Mirai no mirai
Gosto bastante do trabalho do Mamoru Hosoda e achei esse filme bem bonitinho. Ele conta a história de um menino que acaba de ganhar uma irmãzinha e fica todo enciumado. Através de uma árvore mágica no quintal, no entanto, ele consegue se comunicar com sua irmã do futuro e aprende a aceitar melhor sua situação. O menino é um tanto irritante, mas me identifiquei muito com as birras dele, porque sei que agi igual quando a minha irmã nasceu.
Nota: 3,75
Juliet, nua e crua
Li o livro faz um tempão e não lembrava mais nada da história além de que tinha gostado. O filme, no entanto, achei bem mais ou menos e esquecível.
Nota: 3,0
Sivas
Filme turco sobre um menino que adota um cão abandonado após uma rinha. O garoto quer tratar bem do cão, mas acaba convencido pelas pessoas ao seu redor de que um cão como aquele tem que lutar nas rinhas. Algumas cenas de rinha me deram aflição. Terminei o filme meio sem saber o que achar em relação à mensagem, as coisas ficam meio jogadas.
Nota: 3,25
O farol (2019)
Fiquei curiosa para ver esse filme desde que ele foi lançado, mas tinha medo de ser chato, porque afinal são só duas pessoas em cena. Não achei nada muito incrível, mas gostei. É relativamente tenso e menos cansativo do que eu esperava.
Nota: 3,5
The recorder exam
Curta coreano sobre uma menina que se sente negligenciada pela família e está se preparando para uma prova de flauta-doce. Achei bonitinho.
Nota: 3,5
Grande hotel Budapeste
Queria ver esse filme faz tempo. Os filmes do Wes Anderson nem sempre me agradam muito, mas gostei desse. Adoro a estética e achei o filme bem divertido.
Nota: 4,0
Burn burn burn
Após a morte de um amigo, duas jovens partem em uma viagem para espalhar as cinzas dele nos locais que ele escolheu, lidando com o luto e com seus próprios problemas. Eu estava achando o filme até que bem divertido, mas ficou meio arrastado e sentimental demais mais para o final.
Nota: 3,25
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
Randomicidades do mês: setembro
Livros
Uma morte em família - James Agee
O livro mostra o impacto da morte de um homem em sua família, alternando o foco narrativo entre as pessoas próximas a ele. É um livro publicado postumamente, com trechos incluídos pelos editores, o que significa que talvez ele não tenha a forma idealizada pelo seu autor. Gosto da mudança de foco de personagem para personagem, mas sinto que alguns trechos destoaram um pouco do resto.
Nota: 3,5
Leon e o retrato tal e qual – Allen Kurzweil
Mais uma releitura da infância/adolescência. Leon vive seu pior pesadelo ao conhecer a nova professora, que é rígida, excêntrica e fanática por costura, atividade em que Leon é péssimo. Para piorar, o valentão da classe está sempre enchendo o saco dele. Por um golpe de sorte, no entanto, Leon descobre uma maneira perfeita de se vingar. O livro é bem divertido em seu relato da vida atípica de Leon.
Nota: 3,5
Trem noturno para Lisboa – Pascal Mercier
Um professor universitário encontra um livro de um autor português e decide largar tudo e partir para Lisboa para descobrir mais sobre o escritor. Achei o livro meio arrastado e não consegui me interessar muito nem pela vida do protagonista nem pela do escritor, cujo textos, em boa parte, achei enfadonhos.
Nota: 2,25
A viagem do Pequeno Vampiro – Angela Sommer-Bodenburg
Eu adorava essa série quando era criança e devo ter lido boa parte dela. Nesse volume, Anton descobre que vai viajar com os pais para um sitio. Prevendo o tédio, ele convence o Pequeno Vampiro a ir com ele, e os dois se veem frente ao desafio de transportar um vampiro e seu caixão sem ninguém descobrir. O livro é divertido, mas o Rüdiger é tão chato que fiquei questionando por que ele e Anton são amigos.
Nota: 3,5
O Pequeno Vampiro no sítio – Angela Sommer-Bodenburg
Finalmente no sítio, Anton e Rüdiger passam por aventuras tentando esconder o vampiro das pessoas e encontrar comida para ele. Nesse livro, o Anton está super aborrescente, quase tão chato quanto o Rüdiger, então entendo melhor por que eles são amigos, hehehe.
Nota: 3,0
A mind to murder – P.D. James
Livro policial sobre um assassinato em uma clínica psiquiátrica. O livro gasta um bom tempo com os interrogatórios de cada suspeito, em um formato pouco dinâmico e que pouco revela de fato sobre os personagens. Mesmo com isso, tive dificuldades de lembrar quem é quem e, consequentemente, não fiquei tão interessada na história quanto poderia.
Nota: 3,25
Séries e animes
Mo dao zu shi
Depois de virar fã da série The Untamed, tive que saciar a minha curiosidade em relação à versão animada da história, que dizem ser mais fiel ao livro e que, por enquanto, tem duas temporadas. O ritmo aqui é bem mais rápido, mas como eu já conhecia a história, isso foi bom. Foi legal ver tudo aquilo que não entendi na série fazendo sentido. A parte visual é caprichada e muitas cenas são mais grandiosas do que na série. Minha maior crítica é que a segunda temporada é corrida demais e tira o impacto de boa parte das cenas.
Nota: 3,5
Trapped
Série policial islandesa que se passa numa cidadezinha isolada. Na primeira temporada, os policiais investigam o caso de um corpo encontrado no mar enquanto se veem sem ajuda externa devido a nevascas intensas. Os cenários gélidos são bonitos e combinam com o clima da série. Os personagens não são dos mais interessantes, mas a narrativa é bem construída e conseguiu manter o meu interesse. A segunda temporada segue a linha da primeira, mas achei que deixa algumas pontas soltas e alguns personagens são mais irritantes.
Nota: 3,5
Fullmetal Alchemist: Brotherhood
Li o mangá e vi a primeira versão do anime faz um tempo e gostei, mas não foi nada apaixonante. Como todos falam muito bem dessa versão, resolvi dar uma chance e foi uma experiência semelhante ao do mangá: é muito bom, mas não é algo que me impacta ou me empolga. É uma história bem bolada, num universo rico, com personagens relativamente bem desenvolvidos e ótima animação. O ritmo às vezes é rápido demais, mas como eu estava revisitando a história, achei isso até bom.
Nota: 3,75
Saber Marionette J
Assistia esse anime na finada Locomotion, no auge do meu otakismo adolescente. Revê-lo foi uma experiência meio entediante. Apesar de eu gostar de alguns momentos mais cômicos e aleatórios e de ter gostado muito do episódio do Esquiloso, achei o conflito central mais desinteressante do que lembrava.
Nota: 3,0
Filmes
Retrato de uma jovem em chamas
Esse filme foi muito hypado e eu já gostava bastante do trabalho da diretora, então estava com medo de me decepcionar, mas acabei gostando bastante.
Nota: 4,0
Brooklyn
Filme sobre uma jovem irlandesa que migra para os EUA. Li o livro faz um tempão e gostei, mas não foi nada muito maravilhoso. O filme segue nessa linha: é charmoso e gostoso de assistir, mas não me marcou muito.
Nota: 3,5
#Alive
Eu meio que gosto de filmes/séries de zumbis e, como quase todos que vi são sul-coreanos, fiquei animada para ver esse. Nele, uma epidemia zumbi se alastra rapidamente e um jovem se vê isolado em seu apartamento. O filme é um bom entretenimento, mas achei que ele poderia se aprofundar mais em alguns temas.
Nota: 3,25
Tokyo Idols
Documentário sobre a indústria japonesa das idols. Gostei do foco em nomes underground e pouco conhecidos, mostrando o lado menos glamoroso e mais genuíno da vida das artistas, além de criticar o que deve ser criticado. É interessante para quem tem algum interesse na cultura contemporânea japonesa, mas também não se aprofunda muito na análise.
Nota: 3,5