sexta-feira, 28 de outubro de 2011

DL 2011 - A dançarina de Izu


Título: A dançarina de Izu
Autor: Yasunari Kawabata
Editora: Estação Liberdade

A dançarina de Izu é uma novela com traços autobiográficos. Narra a viagem de um jovem estudante e seu encontro com um grupo de artistas. Ele se encanta pela jovem dançarina da trupe.

Essa não era minha primeira escolha para o DL, mas não achei o livro que eu escolhi (O país das neves) na biblioteca, então eu peguei o livro mais curto que consegui encontrar. (ai, ai, como estou ficando preguiçosa) É um livro belo, sensível, mas talvez eu esperasse mais. Não sei. Os outros livros do Kawabata que li me marcaram mais.

A verdade é que não estou com vontade de escrever esta resenha, então sinto muito pelo texto porco...

Sobre o autor:
Yasunari Kawabata (1899 — 1972) foi um escritor japonês, o primeiro de seu país a ser galardoado com o Prêmio Nobel de Literatura, em 1968.

A vida de Yasunari Kawabata foi marcada desde cedo por acontecimentos trágicos e pela solidão. Ele se tornou órfão de ambos os pais com apenas quatro anos de idade, e mais tarde perdeu a irmã e os avós.

Inicialmente Kawabata fez experimentações com técnicas surrealistas, porém aos poucos se torna impressionista, combinando a estética japonesa com narrativas psicológicas e erotismo.

O estilo de escrita de Yasunari Kawabata distingue-se por uma linguagem suave, mais abstracta que descritiva, onde predomina a subjectividade em relação à objetividade, aproximando-se muitas vezes da prosa poética.

A solidão, a angústia da morte e a atração pela psicologia feminina foram seus temas constantes. (texto roubado e editado da Wikipédia)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

DL 2011 - Mara and Dann

Título: Mara and Dann
Autor: Doris Lessing
Editora: Flamingo
Tema do mês: Prêmio Nobel de Literatura

Em um futuro distante (centenas ou milhares de anos?) o hemisfério norte da Terra se encontra completamente coberto de gelo. O que restou foi a América do Sul (ou South Imirik), a África (Ifrik) e pedaços de terra aqui e ali. No sul de Ifrik, um casal de irmãos começa uma jornada rumo ao norte, fugindo da seca. Eles passam por todo tipo de provação, sempre na esperança de encontrar um terra onde a falta de água e de alimento não seja um problema.

Escolhi esse livro porque tem uns dois livros da Doris Lessing aqui em casa (suponho que sejam da minha mãe) e eu não sabia nada dela. A escolha foi uma randomicidade aleatória e quando eu li a contracapa eu pensei "uau, deve ser bom". Mas, sinceramente, talvez se eu tivesse escolhido aleatoriamente o outro livro da Doris Lessing, eu tivesse me saído melhor.

Para mim, terminar o livro foi uma jornada sofrida assim como a de Mara e Dann. Passei por alguns bons momentos, mas quanto mais avançava, mais desgostava do livro. Eu demorei uns dez dias para lê-lo, mas parecia que foram centenas, ou melhor, milhares de anos.

Não me dou bem com essas histórias de jornada, em que a maior preocupação e economizar seus suprimentos para que eles não faltem no futuro. Mas gostei do lado ficção científica da história.

No geral dou nota 3 de 5; o começo promissor compensa o resto.

Conclusão: julgando por esse livro, a autora não seria digna de um Nobel. Mas imagino que essa esteja longe de ser sua obra-prima.

Sobre a autora:

Doris Lessing, é uma escritora britânica. Nascida no Curdistão Iraniano, de pais ingleses, também viveu no Zimbábue.

Autora de obra prolífica, que inclui trabalhos como os romances The Grass is Singing e The Golden Notebook. A sua obra cobre um vasto leque estilístico, indo da autobiografia à ficção científica (que bom ter uma escritora premiada se dedicando ao gênero!), com claras influências do modernismo. Foi galardoada com o Nobel de Literatura de 2007, tendo a Academia Sueca apontado como razão determinante a existência na sua obra de características que fazem dela "a contadora épica da experiência feminina, que com cepticismo, ardor e uma força visionária escrutinou uma civilização dividida". Doris Lessing é a 11.ª mulher a ganhar este galardão nos seus 89 anos de história. (roubado e editado da Wikipédia)

domingo, 16 de outubro de 2011

DL 2011 - Sartoris


Título: Sartoris
Autor: William Faulkner
Editora: Cosac Naify
Nº de páginas:
408

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi...
que a Cosac Naify sempre capricha na capa dura, papel etc, mas a capa em si não é muito bonita. O livro tem um aspecto sóbrio, bem estilo "olha como eu sou intelectual!", para você sair andando com ele debaixo do braço, mas não faz o meu estilo.

Ela mostra um bar e um carro meio borrado (que antes de ler e de examinar melhor, eu achava que era um banco de praça), o que tem bastante a ver com o romance. Gosto do fato do título e do nome do autor serem pequenos e discretos.

Ah, e não relacionado à capa: o livro tem um cheiro meio forte e estranho. Não é muito bom.

O livro é sobre...uma família, a tal Sartoris do título, que vive à sombra de John Sartoris, herói da Guerra de Secessão. Visto principalmente pela perspectiva da Srta. Jenny, irmã do falecido coronel, desenrola-se o cotidiano de personagens como Bayard, que não superou a morte do irmão gêmeo na guerra, e Bayard Velho, que se sente frustrado por não ter vivido na época da guerra.

É o primeiro livro de Faulkner que se passa no condado fictício de Yoknapatawpha, cenário de romances posteriores.

Eu escolhi esse livro porque... gosto muito do Faulkner. Este é o quinto livro que leio dele e posso dizer que não fiquei indiferente a nenhum deles, por mais que alguns não tenham sido a leitura mais agradável e compreensível do mundo. Há algo nos livros dele que me fascina, mas eu não sei explicar o que é. Talvez seja o grande peso que a família tenha na obra dele. Talvez seja esse universo sulista dos EUA. Talvez seja o modo como ele explora os conflitos raciais. Sei lá.

Eu tinha comprado esse livro no ano passado em uma feira de livros (uma das únicas oportunidades de comprar livros da Cosac por preços decentes) e pretendia lê-lo logo depois, tanto que coloquei na minha lista do DL um outro livro do Faulkner, achando que nesta altura do ano eu já teria lido este livro. Doce ilusão, eu não contava com minha recém adquirida habilidade de adquirir mais livros do que consigo ler...

A leitura foi... um pouco cansativa, mas muito satisfatória. Esse é um romance mais tradicional do que outros como O Som e a Fúria e Enquanto Agonizo, mas ele também é bem lento.

Achei algumas descrições de paisagens/natureza um pouco exageradas, e isso não é algo que eu me lembrava dos livros anteriores que li do autor, então não sei se isso é uma característica anterior dele...

O personagem que eu gostaria de ajudar é o Bayard (o jovem). Por quê?
Porque todo o processo auto-destrutivo dele me dá nos nervos.

O trecho do livro que merece destaque:

"Maldição", exclamou, deitado de costas, olhando pela janela onde não havia nada para se ver, esperando pelo sono, sem saber se ele viria ou não, sem dar a mínima para qualquer uma dessas possibilidades. Nada para se ver, e a longa, longa trajetória de uma vida humana. Três vintênios e um decênio para arrastar um corpo obstinado pelo mundo e atender a suas obstinadas demandas. Três vintenas e dez, dizia a Bíblia. Setenta anos. E ele tinha apenas vinte e seis. Pouco mais de um terço completado. Maldição. (p. 172)
A nota que eu dou para o livro: 4
(sendo: 1- Não gostei; 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5- Adorei)


Sobre o autor:

William Cuthbert Faulkner (1897-1962) é considerado um dos maiores escritores estadunidenses do século XX.

Recebeu o Nobel de Literatura de 1949. Posteriormente, ganhou o National Book Awards em 1951, por Collected Stories e em 1955, pelo romance Uma Fábula. Foi vencedor de dois prêmios Pulitzer, o primeiro em 1955 por Uma Fábula e o segundo em 1962 por Os Desgarrados.

Utilizando a técnica do fluxo de consciência, Faulkner narrou a decadência do sul dos EUA, interiorizando-a em seus personagens, a maioria deles vivendo situações desesperadoras no condado imaginário de Yoknapatawpha. Por muitas vezes descrever múltiplos pontos de vista (não raro, simultaneamente) e impor bruscas mudanças de tempo narrativo, a obra faulkneriana é tida como hermética e desafiadora. (texto roubado da Wikipédia)